Percy Jackson À Procura Da Felicidade escrita por Chase


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!



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Capítulo 8

10 anos se passaram e eu nunca mais vi Annabeth, nem meus amigos, nem minha mãe, mas deixa eu explicar o que aconteceu comigo depois que fui embora do acampamento.

Assim que cruzei a fronteira eu não sabia pra onde iria, a única coisa que eu queria era ir pra longe, acabei vindo pro Brasil, moro em Fortaleza, quando cheguei aqui não sabia nada, eu não falava português, o que complicou muito as coisas, mas ao longo dos anos aprendi e agora falo fluentemente, as pessoas me receberam muito bem, fiz amigos, minha melhor amiga se chama Erika, não pensem besteiras, ela é como um irmã pra mim e eu sou um irmão pra ela, acabei descobrindo que ela também é uma semideusa, e eu a protejo desde então.

Infelizmente eu não consegui esquecer Annabeth, no ano seguinte tive o mesmo sonho com Annabeth chorando abraçada a um bebê muito parecido comigo, cabelos pretos e olhos verdes, o mais estranho é que todos os anos eu sonho com ela e o garoto acompanhando o crescimento dele, como se alguém quisesse que eu o visse crescer, não sei por que, mas eu acabei gostando do menino, mas o sonho da noite passada foi o mais me aterrorizou, eu sonhei com meu pai, Poseidon.

Nós estávamos em seu castelo e ele disse:

-Percy, você precisa voltar para o acampamento, tem alguém que precisa de você, sei que não vai querer voltar por causa de Annabeth, mas já se passaram 10 anos meu filho, está na hora de esquecer o que aconteceu no passado.

-Eu não vou voltar, disse sem pensar.

-Vai sim, tudo depende disso, disse ele.

-Tudo o que? Perguntei.

-Não posso falar mais nada, você terá que descobrir sozinho, disse meu pai e eu acordei assustado.

O que será que ele queria dizer com isso? Só tinha um jeito de descobrir, voltando ao acampamento e isso com certeza não era o que eu tinha planejado para o verão.

Resolvi falar com Erika, ela sempre sabe o que fazer, quer dizer, nem sempre, mas sempre tem uma opinião.

-Erika, preciso falar com você, disse quando a encontrei.

-O que foi Percy? Perguntou ela preocupada.

-Eu tive um sonho não muito bom, eu disse.

-Foi com Annabeth e o garoto? Perguntou ela.

-Não, dessa vez eu sonhei com meu pai, e ele disse para eu voltar para o acampamento, respondi. E ele parecia preocupado, disse que tudo dependia da minha volta.

-Tudo o que? Perguntou Erika.

-Foi isso que ele não me disse, falei.

Contei todo o meu sonho para Erika.

-Sabe Percy, eu concordo com seu pai, você tem que voltar, tem esquecer o que aconteceu no passado, disse ela.

-Mas... Comecei e fui interrompido.

-Mas nada Percy, já se passaram 10 anos, não foi 1 nem 2, foram 10 anos, você tem que superar o que aconteceu, já devia ter feito isso.

-Então você acha que eu tenho que voltar? Perguntei incrédulo.

-Eu não acho, tenho certeza, respondeu ela.

-Tudo bem, mas você vem comigo, não vou deixa-la aqui sozinha.

-É claro que eu vou com você, e vamos o mais rápido possível, disse ela rapidamente.

-Espera, eu tenho que me preparar psicologicamente antes, eu disse sério.

Ela começou a rir.

-Você faz isso durante a viagem, vá arrumar suas coisas, vou comprar nossas passagens, disse ela e foi embora.

Eu estava ansioso, faz muito tempo que eu não vou ao acampamento meio-sangue, quem sabe quando eu chegar lá eu encontre um irmão ou irmã no meu chalé. É estranho pensar que eu vou estar lá em alguns dias ou talvez horas.

No dia seguinte embarcamos no avião rumo a Nova York, eu sinceramente não gostei nem um pouco de ir de avião, eu estava no território de Zeus, ele poderia me pulverizar a qualquer momento, não larguei do encosto da poltrona um instante sequer durante a viagem, chegamos a Nova York na manhã seguinte, acho que Zeus devia estar de bom humor, pensei em visitar minha mãe, mas não sabia o que tinha acontecido com ela, então pegamos um táxi e fomos para Long Island, seguimos em silêncio durante boa parte da viagem quando fomos atacados por uma fúria. Sai do carro e destampei contracorrente.

-Perseu Jackson, disse o monstro, faz tempo que não nos vemos.

-Sra. Dodds, eu disse. Não pensei que voltaria a vê-la.

-Senti uma aura forte, mas não esperava que fosse você, disse ela. Mas vamos logo acabar com isso, ela disse e me atacou.

Desviei do primeiro ataque e investi contra o monstro, ela desviou e veio em minha direção novamente, tentei um golpe, mas ela o repeliu com a asa, ataquei novamente e dessa vez consegui desferir um golpe e o monstro foi reduzido a pó.

Eu não tinha percebido, mas estávamos no pé da colina meio-sangue, e vários campistas tinham vindo ajudar pensando que era alguém que precisava de ajuda, incluindo alguns dos meus amigos que assim que me reconheceram vieram falar comigo, Nico, Leo, Jason, Piper, Connor e Travis Stoll.

-Percy! Disseram todos juntos e me abraçaram.

-Oi, há quanto tempo, eu disse.

-Muito tempo, disse Nico.

-Pensamos que estivesse morto cara, disse Connor.

-Vamos, Quíron vai ficar muito feliz quando te ver.

-Também estou ansioso para vê-lo, eu disse.

-Com licença, disse alguém atrás de mim.

Me virei. Erika estava parada nos olhando.

-A desculpe, disse a ela.

-Pessoal essa é minha irmã Erika, disse a todos. Eles me olharam espantados.

-Quer dizer, ela não é minha irmã de verdade, mas digamos que nos tornamos irmãos de coração, ela me ajudou muito no Brasil.

-A então quer dizer que a gatinha está disponível, disse Leo.

-Estou, mas não estou interessada em você, disse ela e seguiu colina acima.

-Vamos logo, disse Jason. Aposto que todos vão adorar te ver. Então subimos a colina e cruzamos a barreira do acampamento.

Tudo estava como antes, mas ver o acampamento meio-sangue depois de tanto tempo me deu uma sensação de finalmente estar em casa. Assim que os campistas que me conheciam me viram, vieram correndo em minha direção, acho que eu nunca recebi tantos abraços, menos de Clarisse é claro que só deu um oi, só tinha uma pessoa que eu não tinha visto ainda Annabeth, e eu não estava preparado para vê-la.

Cheguei na casa grande e todos que estavam comigo voltaram as suas tarefas, encontrei Quíron na varanda jogando cartas com o Sr. D.

-Olá, eu disse.

-Eu não estou acreditando nos meus olhos, Percy, é você mesmo? Perguntou Quíron.

-Sou, respondi e ele me abraçou.

-É muito bom revê-lo.

-Então você voltou para me atormentar Peter Johnson, disse o Sr. D. Acho que era essa a maneira dele de dizer oi.

-Quíron, acabei de chegar e se não se importa, eu vou para o meu chalé, estou cansado.

-Tudo bem, vá criança, disse ele.

Caminhei até meu chalé, estava vazio como sempre, coloquei minhas coisas em cima da cama e fui dar uma volta pelo acampamento.

Fui até o pinheiro de Thalia e ouvi gritos de socorro, corri para ver o que estava acontecendo.

Quando cheguei até lá  vi um garoto de uns 9 anos pendurado de cabeça para baixo em um galho alto, ele tinha cabelos pretos e olhos verdes e usava a blusa do acampamento, e quatro campistas, acho que filhos de Ares o balançavam de um lado para o outro.

-Socorro! Gritou ele.

-Cale a boca Tiago, alguém pode escutar, disse um dos valentões.

-Ei, soltem o menino, falei alto.

-E quem é você? Perguntou um deles.

-Não interessa, soltem o garoto, repeti.

-Não, disse um dos valentões.

Destampei contracorrente e desarmei o primeiro valentão antes mesmo que ele pegasse sua espada.

-Caiam fora, disse e eles foram embora.

-Obrigado, disse o garoto.

-De nada, disse a ele.

Cortei as cordas que o prendiam, o peguei no colo e o coloquei no chão.

-Oi, meu nome é Tiago, disse ele.

-Quem é você? Perguntou Tiago, acho que já te vi em uma foto mas não lembro seu nome.

-Eu sou Percy Jackson, disse a ele.

-Você é Percy Jackson, aquele que derrotou o titã Cronos e a deusa Gaia? Perguntou Tiago surpreso.

-Sim, eu sou, mas não gosto de me gabar pelas coisas que eu faço, respondi.

-Desculpe, disse ele.

-Tudo bem, vamos Tiago, já está quase na hora do almoço, daqui a pouco a concha vai soar.

Então eu tive uma ideia.

-Tiago, você quer se vingar daqueles caras? Perguntei. Ele abriu um sorriso encrenqueiro no rosto.

-Como? Perguntou ele.

-Vamos fazer uma pegadinha, disse sorrindo e ele sorriu mais ainda.

-Vem, vamos para o meu chalé, lá a gente decidi o que vai fazer, eu disse.

O coloquei em minhas costas e corri em direção ao chalé de Poseidon. Cheguei em meu chalé e o joguei na cama.

-Vamos companheiro de pegadinha, está na hora de bolar um plano infalível, eu disse.

-Só se for agora, disse Tiago concordando.


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