A Escolhida escrita por Jamie Hazel


Capítulo 8
Capítulo 7 - Rosas e Margaridas


Notas iniciais do capítulo

Oláaa povo da terra! Como estão nesse Domingo tedioso?
Desculpem a demora e sabem como é né, época de simulado :/

Gente, estou tão feliz pelos comentários e leitores, sério, quando escrevi a história não imaginava conseguir que vocês gostassem dela, nossa, isso é incrível, obrigada!

Mas, chega desse blá blá e boa leitura !



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Finalmente era Sábado. O dia em que Sarah ministrava aulas para crianças deficientes, uma vez que, durante a semana se dedicava á sua própria vida escolar. Ao toque do despertador, rolou da cama e bocejou mais uma vez, desejava poder cochilar por mais alguns minutos, até que se lembrou de hoje não era simplesmente um Sábado comum. Era o dia em que sua mãe saia com Matt á noite.

Sentou-se na cama, esfregou os olhos e esticou os braços. Definitivamente, precisava de um banho para acordar. Colocou os pés no chão e sentiu o frio invadir seu corpo quente, levantou com um impulso e caminhou até o banheiro.

Começou a se perguntar porquê havia aceitado a proposta do próprio Matt para ministrar as aulas no começo do ano letivo. Naquele tempo, ela achava que seria uma boa forma de fugir de seus problemas com Matt e sua mãe juntos, mas, nesse momento, Sarah acreditava que essa era mais uma inútil desculpa do velho para poder aproveitar de Tybria enquanto Sarah ficava fora. Afinal, ela não somente dava aulas ás crianças, como também servia como uma babá até á noite, quando, os pais se lembravam, ou não, de que seus filhos ainda permaneciam na escola.

Entrou no chuveiro e deixou que a água quente escorresse por seu corpo, a acalmando para o dia estressante. A água fervia em sua pele pálida, fechou os olhos e se permitiu aproveitar a ducha.

Espalhou um sabonete líquido com perfume doce no corpo se perguntando se Nicholas a admirava pelo seu físico. De todo jeito, Sarah, apesar de não ser nada narcista, era uma garota e, como tal, gosta de ser admirada e receber elogios. Ela sempre se acostumou com os olhares dos rapazes e cantadas baratas, entretanto, esperava ansiosa pelo dia em que receberia um elogio sincero e sem total malícia.

Desligou o chuveiro e se enrolou em uma toalha branca. Foi até o espelho e parou para observar seu reflexo. Estava estranhamente igual a sempre. Sarah geralmente achava esquisito o fato de que não tinha olheiras, espinhas, cravos ou qualquer tipo de defeitos de adolescentes comuns. Foi então que, se lembrou. Mellany. A sua antiga vizinha vivia dizendo á ela que sua pele e aparência eram esplêndidas. Tão esplêndidas que chegavam a ser perfeitas. Mellany era gentil, e sempre lhe dava elogios, Sarah gostaria de poder ter feito o mesmo, mas, nunca achou Mellany bonita de fato, o que era muito rude de sua parte.

Escovou os dentes e voltou para seu quarto. Abriu seu armário e tirou de lá algo que nunca havia lhe ocorrido usar. Retirou dos cabides um vestido azul bebê curto, envolto em detalhes floridos no busto. Havia também um laço o traçando abaixo dos seios, o que o deixava com uma aparência juvenil e inocente. Sua saia era rodada e extravagante, coberta por um tecido leve quase transparente, deixando aparecer ligeiramente o outro tecido abaixo num tom azul um pouco mais escuro.

Sarah vestiu-o e desceu as escadas para tomar café. Deu de cara com uma mesa posta, atordoada de pães, biscoitos e tortinhas. Havia também um buquê de rosas e margaridas. Procurou sua mãe por todos os cantos, mas não a encontrou. Desistiu e sentou-se para se saciar.

Levou uma xícara de café quente até a boca e comeu alguns biscoitos de chocolate. Enquanto comia, percebeu que um bilhete estava pendurado junto com as panelas acima do fogão, foi até lá e o retirou para ler.

Sarah, quando estiver lendo isto, já estarei á caminho de Denver. Sinto muito não poder ter lhe avisado antes, mas acabei me decidindo em cima da hora.

Há algumas semanas recebi um convite de Daniel Blood, um antigo chefe meu na empresa CDA, em que costumava trabalhar como estagiária antes de ter você, para trabalhar novamente na mesma empresa, dessa vez como editora chefe.

Estarei em Denver nas próximas duas semanas fazendo um teste para trabalhar mais tarde definitivamente. Chegarei no Sábado dia 16 para podermos conversar melhor e esclarecer as coisas.

Amo você, beijos e abraços carinhosos.

PS: Não deixe de comer direito e levar seu casaco nos dias frios. Não saia de casa para ir á lugares mal frequentados!

O queixo de Sarah quase caiu. Sua mãe nunca havia comentado nada sobre essa tal empresa, muito menos desse Blood. Mas, pelos menos, hoje ela não sairia com Matt e nem nas próximas duas semanas! Se alegrou com esse pensamento e deixou pra lá o fato de não saber nada sobre esse trabalho.

Voltou á mesa e terminou de tomar o café. Ajeitou o vestido, pegou sua bolsa e andou até a porta, parou sob o tapete com letras vermelhas escrito " Bem vindos á residência " e suspirou, sabendo que aquele dia podia não ser tão ruim assim.

As ruas estavam cheias de gente passeando e fazendo suas compras matinais. Enquanto andava, procurava um estabelecimento que poderia vender alguns doces para as crianças. Entrou em uma padaria chamada Pão de Mel, esperando que tivesse algum doce.

Abriu a porta com um baque e adentrou no local. Era um lugar pequeno e agradável. Tinha aquele cheiro forte de café, apesar de ser uma padaria. Havia várias lâmpadas amarelas no teto, mas não estavam acessas, não era necessário, uma vez que as janelas estavam escancaradas, fazendo com que a luz e o vento se infiltrassem ali.

Parou em frente á bancada de bolos e tortas. Haviam várias delas, cada uma diferente das outras. Algumas pareciam ser de morando, outras de creme com chocolate. Também tinha pudim de leito estampado ali na bancada, todos muito tentadores, Sarah não conseguia se decidir no que ia levar, então decidiu perguntar ao homem de chapéu que permanecia atrás da bancada, atendendo os outros clientes. Sarah fez sinal com a mão e ele veio até ela.

– Gostaria de levar alguns doces? - perguntou ele.

Sarah balançou a cabeça negativamente e apontou para um gigante pote de biscoitos açucarados com gotas de chocolate. O homem pegou o pote e tirou um saco plástico do bolso para embalar o pedido.

– Quantos vai querer?

– Um pouco mais de 20 e menos que 30. - Sarah respondeu não sabendo o porquê não especificara o pedido.

O homem assentiu e continuo o trabalho. Colocou um punhado de biscoitos variados no saco e pousou-o na balança. Assim, o entregou a Sarah e indicou o caixa perto da saída.

Sarah foi até lá e pagou pelos biscoitos. Logo que saiu, quase entrou em estado de choque. Ela tinha avistado nada menos que Matt entrando em uma rua isolada á frente da padaria.

Então, meio que em instinto, Sarah correu até ele, parando á alguns metros atrás, ela continuo seguindo-o até algum tipo de loja trancada no final da mesma rua. Ela parou por alguns instantes para observar o que ele ia fazer, como se fosse uma visão, Sarah se abaixou atrás de um carro velho estacionado próximo á ela no exato momento em que Matt se virou.

Sarah, agachada no carro, conseguiu visualizar pelo retrovisor do mesmo que Matt havia sumido de sua vista e a porta, antes fechada, agora se fechava rapidamente como se alguém com pressa estivesse passado por ela sem querer sem visto.

Sarah planejava sair de trás do carro quando viu, de relance, uma sombra na janela do local estranho. Matt Lewis sabia que havia sido seguido.







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Notas finais do capítulo

Agradeço por lerem e o próximo capítulo sairá semana que vem, sem falta! Deixem seus reviews e críticas :)

Beijos.