A Escolhida escrita por Jamie Hazel


Capítulo 18
Capítulo 16 - Japão parte 2


Notas iniciais do capítulo

Como prometido, aqui está a parte dois. Antes de começarmos, gostaria de avisar que talvez haja uma mudança no prólogo porque me lembrei de um texto que tinha feito para essa história então, se houver, eu avisarei.
Esse capítulo foi um dos mais difíceis que escrevi até hoje, tentei deixá-lo o melhor possível. Vocês se lembram que eu pedi um nome para aquele personagem apaixonado por um ninfa? Pois bem, sem querer eu acabei excluindo aquele capítulo. Parabéns, Jamie! Por favor, me perdoem, não foi intencional. Acho que agora eu mesma vou ter que criar um nome. Entretanto, sintam-se livres para me dar sugestões novamente nos comentários.
Lembrando: Nome masculino/ jovem/ cabelos castanhos ondulados/ meio doido.
Boa leitura leitores lindos



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O aeroporto de Londres Heathrow estava cheio. Milhares de pessoas agitadas com malas corriam de um lugar para outro, algumas chegavam á esbarrar em outras. Logo que chegamos, demos de cara com um amplo espaço de dois andares. O aeroporto era repleto de sofás vermelhos, lojas de conveniência e de marcas.

Decidi ir até o primeiro café que vi enquanto Nicholas e Dennis se encarregavam de fazer o check-in. O Califórnia Coffee não ficava muito longe de onde eles estavam então, me permiti pedir um cappuccino e sentar um pouco para esperar. Havia algumas prateleiras com revistas ao meu lado e outras com chicletes e doces. O café era aconchegante de um certo modo, tinha piso de madeira assim como a bancada e várias máquinas para fazer café, obviamente.

Fui até a prateleira de doces e escolhi um Trident de melancia, paguei e caminhei até encontrar Den e Nic.

– Olha quem está aí. – assoviou Dennis. – Estávamos te procurando, nosso voo sai em cinco minutos.

Sorri em resposta e ofereci um chiclete aos dois.

– Vamos indo antes que percamos o voo. - disse Nicholas, puxando minha mão.

– Esperem, caramba! - gritou Dennis que corria para nos alcançar.

Paramos em uma fila para entrar no avião e dois homens bem vestidos revistaram nossas bagagens e carimbaram as passagens. Não demorou muito para que entrássemos no avião da TAM.

Olhei minha passagem. Assento H-2. Procurei em volta e logo encontrei, era o assento da janela, o outro ao lado estava vazio. Sentei no meu lugar, peguei meu celular com os fones de ouvido e comecei a ouvir música enquanto nós ainda estávamos pousados.

Dennis já havia se sentado lá na frente mas, tinha perdido Nicholas de vista. Virei a cabeça de lado para tentar achá-lo quando percebi que havia alguém ao meu lado. Cabelos castanhos caídos em seu rosto. Olhos verdes. Nicholas.

– Procurando por mim? - ele perguntou debochando.

Assenti e virei a cara.

– Isso não teve graça, levei um susto. - bufei.

– Pensei que ia ficar feliz por ter ficado ao meu lado.

– Sim, mas não precisava chegar assim de fininho. - olhei para Nicholas. - Acho que estou ficando muito azarada, não acha?

– Azarada?! - Nicholas levantou suas sobrancelhas. - Então, quer dizer que eu posso trocar de lugar e você não vai se importar?

– Exatamente. - eu disse fingindo não ligar.

Nic se levantou e começou a pegar suas coisas. Tirei meu fones de ouvido e agarrei seu braço.

– Não. - falei.

Ele sorriu e sentou novamente no assento ao meu lado.

– Sabe, eu deveria ir, você me trata tão mal ... - Nicholas imitou uma voz de choro.

– Desculpe, pensei que você saberia brincar. - eu ri.

De repente, uma voz feminina ecoou pelo avião. Iríamos decolar.

– Peço aos passageiros presentes que se encarreguem de colocar os cintos de segurança e ficarem eretos em seus assentos. Desliguem seus aparelhos e evitem levantar enquanto o avião não estiver em repouso novamente. Desejamos que tenham um ótimo voo.

Logo sentimos o avião decolando. Aquela pressão nos ouvidos já estava começando a me afetar. Nicholas segurou minha mão e apontou para o chiclete no meu bolso.

– Vai ajudar. - ele disse.

Peguei um e masquei.

Depois de algumas horas de voo, eu já estava com a cabeça apoiada no ombro de Nicholas e seu braço me envolvia. Nós havíamos pegado no sono mas, acabamos acordando com a turbulência.

Segurei firme em Nicholas e deixei que ele mexesse nos meus cabelos.

– Você é linda.

Me remexi no assento e afundei o rosto no peitoral dele, tentando me esconder. Em vão, pois ele levantou meu rosto e selou um beijo nos meus lábios. Era calmo e aquecedor. Era o típico momento em que você espera nunca terminar, aquele minuto que faz toda a diferença em seu dia. E tudo está em uma sintonia perfeita até que, Nicholas para o beijo. Ele me fita com aqueles olhos esverdeados maliciosos e toca minha bochecha corada.

– Pare de me olhar assim. - sussurrei, ofegante.

– Não consigo. - ele sorri torto e volta a me abraçar.

Ficamos assim até ouvirmos novamente a mesma voz de mulher.

– Atenção, passageiros. Estaremos pousando dentro de alguns minutos, permaneçam em seus assentos e recoloquem seus cintos de segurança. Inclinem-se na cadeira e só voltem á posição anterior quando estivermos em chão. Desliguem os aparelhos eletrônicos. A TAM deseja uma ótima estadia no Japão.

Pouco tempo depois, a tortura começou de novo e masquei outro chiclete para amenizar. Estou viajando pela segunda vez e já não aguento mais isso, a pressão não é o mais insuportável e sim, o enjôo que dá enquanto o avião pousa. Para minha sorte, logo terminou e nós três estávamos descendo do avião, indo direto ao aeroporto de Shiozuka.

Era bastante diferente do de Londres, o lugar estava mais cheio, além de ser menor. Quase todas as placas, propagandas e anúncios eram chamativas e destacavam as cores azul e vermelho.

Não demoramos muito lá dentro, não havia muito tempo. Então, peguei um mapa que encontrei no próprio aeroporto e me dirigi á saída.

Meu queixo caiu. Milhares de sakuras* infestavam as ruas japonesas, deixando uma impressão colorida e alegre. O Japão dispunha de diversas árvores e construções de madeira que são adequadas para terremotos. A arquitetura japonesa era incrivelmente revigorante e, apesar de ser parecida com a chinesa, deixava transparecer mais o ambiente.

*É o nome dado ás cerejeiras no japão, basicamente, flores rosas.

Enquanto caminhávamos pelas ruas, notei que em todas as esquinas haviam lugares específicos para bicicletas, parece que os japoneses são bastante ambientais. Acabamos passando por alguns templos, pelo menos, é o que pareciam ser mas, não entramos.

Com certeza, o vermelho predomina no Japão. É uma cor quente entretanto, não deixou o ambiente cansativo, talvez, devido a magnitude no céu azulado que inundava a cidade de esperança. Suspirei e continuei seguindo os dois rapazes que, pareciam tão encantados quanto eu.


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Notas finais do capítulo

Capítulo pequeno? É, eu sei e estou tentando mudar isso no próximo. Também estou enrolando um pouco a história porque não falta tanto assim para terminar a primeira da trilogia. Ei, você disse "trilogia"? Sim, sim. Devem faltar cerca de uns 7 capítulos para finalizar e eu espero muito que vocês gostem bastante para acompanhar os próximos.
Obrigada por lerem e até o próximo, seus lindos :3