Dark Angel escrita por docin1


Capítulo 13
Compromissos


Notas iniciais do capítulo

Oooi! Desculpem a demora, "bloqueios criativos" é igual à "romance total", então aproveitem!



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Mike veio faltando apenas alguns minutos para fechar a lanchonete.

–Suzi me falou que você vai ver a Lucy...

–É, eu quero saber como ela está...

–Venha, eu vou com você. – Ele falou abrindo a porta para mim. Hesitei – Vem logo!

Passei pela porta. Não pode acontecer de novo. Mike a fechou e me seguiu andando lentamente até ficar ao meu lado.

–Ér... Lis...

–Como foi o acampamento? – Me senti no dever de interrompe-lo

–Bem... Interessante, mas... Eu quero falar sobre... Aquilo

Droga.

–Eu não vou mais forçar você a nada – Ele começou – Eu sei que... Eu sei que você gostou tanto quanto eu, mas eu também sei que você está com o Grayson, e pelo que fiquei sabendo, você gosta dele. Ele é meu amigo e... Bom, você sabe.

–Obrigada! – Falei assim que ele terminou – Isso não é certo. Obrigada. – Nada seria a mesma coisa entre nós, agora eu sabia como ele podia ser persistente e bom quando queria, mas fiquei feliz em saber que finalmente havia acabado.

–Que embaraçoso! – Ele falou e gargalhou, ri também – Então você gosta mesmo dele? – Ele me cutucou

–Ér... Olha, eu não sei mesmo! – Falei rindo

–Pelo jeito sim! – Ele continuava a rir me fazendo corar – Nunca vi você amarrada assim!

–Não estou “amarrada”!

–Está sim! – Ele abriu a portinha da cerca branca

Parei de rir ao lembrar do motivo que me levou ali.

–Não fica assim, ela não tá mal assim!

Assenti sorrindo fraco. Entramos na casa. Estava silenciosa e com as luzes apagadas.

–Ela deve estar no quarto com a Su, eu vou fazer um lanche, quer?

Acenei que não e apertei a maçaneta antes de entrar no quarto. Ainda havia luz do sol entrando pela janela, o que realçava ainda mais as flores cor de rosa na parede. Ainda havia coisas penduradas no teto, coisas como flores, borboletas, letras formando palavras fofas e outras coisas do tipo. Suzi estava na poltrona lilás assistindo atentamente à televisão em volume baixo e na cama estava Lucy, deitada sob um lençol branco e com uma bolsa de soro ao seu lado.

–Oi Lis! – Suzi quase berrou e depois baixou a voz – Que bom que veio! – Ela sussurrou

–Como ela está?

–Está melhor, bem melhor. Talvez fique de alta mesmo daqui dois dias...

–Mas, o que foi que... – Fui interrompida por um “Shhhh!” – O que há? – Suzi apontou para a televisão

Foi bem rápido, mas eu pude ver quer era urgente e ao vivo. Asa Noturna estava em um combate, não dava para saber contra quem, mas eram rápidos. Fiquei atenta em seus movimentos. Ele acabou por levar alguns golpes e talvez alguns arranhões. Extraordinário. Ele conseguiu entregar quatro homens à polícia e saiu “voando” em sua corda para longe das câmeras.

–Ele não é aquele Supergatinho? O herói? Bem que ele podia me salvar! – Tive que rir depois de revirar os olhos

Não demorei para ir embora, Lucy não parecia muito doente, só estava mais pálida do que o normal e talvez um pouco magra. Mas ela ia se recuperar. Fui para casa.

Eu não tive muito o que fazer, depois do banho, eu estava na cozinha tentando cozinhar alguma coisa. Mesmo não estando com fome de verdade, comi um sanduíche e estava lavando os pratos quando ouvi duas batidas na porta, as duas batidas que eu estava feliz por ouvir. Chacoalhei as mãos para tirar o excesso de água e fui para a porta. Quando eu a abri, ele estava com mão no alto, apoiada na parede e subiu os olhos até encontrar os meus. Ele sorriu devagar ao me ver.

–Oi Lis – Ele falou ainda sorrindo

Dei espaço para ele entrar, mas antes, interroguei:

–Oi... O que foi isso? – Olhei bem para o corte profundo em sua testa no fim da sobrancelha

Ele sabia o que era, entrou passando os dedos no corte. Ele tentou sorrir como se a minha preocupação fosse ridícula.

–Como foi que fez isso? – Coloquei-o sentado no sofá observando-o com olhar severo e de reprovação

–Eu... Eu...

–Não me diga que se meteu em uma briga! – Caminhei até a cozinha e de uma das prateleiras, tirei uma caixinha de primeiros socorros e voltei a tempo de vê-lo rir baixo.

Coloquei a caixa na mesa do centro da sala e me sentei ao seu lado. Me concentrei bem nos machucados. Limpei bem o machucado passando o algodão várias vezes enquanto sentia seus olhos azuis me observando atentamente. Eu teria ficado no mínimo vermelha, mas estava ocupada de mais me concentrando em seu machucado.

–Será que você pode tentar tomar mais cuidado? – Pedi quando finalizei o serviço fingindo estar irritada

Encontrei o seu olhar muito próximo aos meus e me perdi naqueles olhos ficando congelada, exatamente ali. Acordei do “transe” que ele causava em mim e me afastei um pouco.

Pov. Dick

Bati devagar duas vezes na porta e ela a abriu logo. Lis vestia uma camiseta larga e um short jeans curto. Era incrível o jeito como ela não se esforçava para ficar linda. Vi os pelos de seus braços se arrepiarem com o vento gelado que entrou comigo.

–Oi Lis... – Falei sorrindo e ela me deu espaço para entrar

–Oi... O que foi isso?

Desviei de seu olhar ao entrar. Os machucados. Passei o dedo pela sobrancelha. Ela fechou a porta e me colocou sentado no sofá me olhando de um jeito severo.

–Como foi que você fez isso? – Ela se virou caminhando para a cozinha

–Eu... Eu...

–Não me diga que se meteu em uma briga! – Ela voltou com uma caixinha vermelha de primeiros socorros e eu ri

Ela colocou a caixa na mesinha de centro e se sentou ao meu lado em cima de uma perna para conseguir me ver. Passou o algodão gelado e úmido pelo corte no fim de minha sobrancelha extremamente concentrada no que fazia.

–Será que você pode tentar tomar mais cuidado? – Ela pediu finalizando o serviço parecendo um pouco irritada

Ela finalmente encontrou o meu olhar. Nós estávamos próximos de mais, eu a observava feliz por tê-la ali. Depois de um tempo nos observando, ela se afastou recuperando-se. Eu fui mais rápido. Segurei sua cintura impedindo-a de se afastar mais.

Ela parecia tão desprotegida.

Nos aproximamos lentamente, quando os nossos lábios selaram-se, segurei sua nuca.

Ela correspondeu muito bem ao beijo, cada vez mais intenso. Ela passou a segurar a minha nuca e eu escorreguei a mão até a sua cintura. Lis passou uma das pernas para o outro lado, deixando uma de cada lado e ficando sentada em meu colo.

Eu precisei levantar a cabeça para alcança-la e seu cabelo nos rodeava. Eu desci mais a mão e ela sorriu.

Ouvi um alerta no celular, era uma mensagem. Eu não queria parar, não mesmo, mas a campainha tocou, fazendo ela se afastar um pouco e parar o beijo. Ela suspirou e, enfim, se levantou caminhando para a porta. Aproveitei para ver qual era a mensagem.

“Dick, reunião com B agora. Babs”

Lis voltou revirando os olhos.

–O que foi?

–O meu síndico... Nada que valha a pena!

–Ér... Lis, eu vou precisar ir agora...

–Mesmo? – Ela perguntou demonstrando estar um tanto decepcionada

–Sim... – Ela sabia que eu não queria

Eu me levantei suspirando. Ela se aproximou e me beijou como uma despedida. Um beijo longo que eu não queria parar de maneira alguma.

–Dick? – Ela sussurrou sem parar o beijo

–Hum?

–Você tem que ir – Ela sussurrou de novo e depois se afastou

–Tem razão, eu... Eu preciso ir

Caminhei seguindo-a até a porta e a beijei mais uma vez

–Obrigado pelos... Curativos.

Ela sorriu e eu finalmente fui.


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Notas finais do capítulo

Então? Então? *-*