Half-blood Games escrita por Debby Valdez


Capítulo 3
Mais Confusões


Notas iniciais do capítulo

Oi atrasado! bem, gente, minha vida esta um CAOS vocês nem tem ideia. Mas aqui vai o capítulo ^^



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POV Percy


Já fazia meia hora que eu esperava a Debby. Onde aquela garota se meteu? Depois de mais alguns minutos ela apareceu com Leo e Harley, todos comendo morangos (Algum deus vai ficar com raiva...). Ela estava com a Fatal, sua espada, ou seja, pronta para ensinar pivetinhos do seu jeito. Ameaçando eles. Está aí o porquê dos semideuses menores não gostarem dela.


– Hey, você está atrasada! – Gritei para ela.

– Meu jovem Percy... – Ela me olhou séria – Eu não me atraso, nem me adianto. Eu chego exatamente quando me der na telha.

Ninguém merece.

– Se passasse menos tempo lendo Crônicas de Nárnia e mais tempo treinando, seria melhor que Hércules.

– Crônicas de Nárnia?! Crônicas de Nárnia?! Crônicas de Nárnia é a minha mão na tua cara! Isso é Senhor dos Anéis, seu poser do Hades!

– Ahn... Não interessa! Temos que dar aulas pra esses semideuses e pronto!

– Tá, tá! – Ela entregou três morangos para Leo que distraidamente estava escorado em uma árvore. – Harley, vamos.

Antes mesmo de Harley responder, Lacy apareceu correndo.

– Ainda bem que cheguei antes. Podem emprestar o Harley um pouco.

– Não – Debby falou, empurrando-o para longe e arrastando o pequeno para o centro da Arena de Combates.

Tinha umas 15 crianças. Umas duas filhas de Afrodite, três de Apolo, uma de Deméter, duas de Ares (Estavam brigando com as duas de Afrodite), duas de Hefesto, junto com o Harley, três, duas de Íris e duas de Nêmesis. De novo. Quem vota em apresentar anticoncepcionais aos deuses, porque nér.

Eu e Debby distribuímos espadas com capinhas feitas pelo chalé de Hefesto. Elas quase não tinham peso e impediam de se cortar. Até agora só houve quatro incidentes, o que eu acho que é considerado pouco na nossa contagem de cinco aulas (contando com essa). Depois de os mini campistas estarem devidamente armados e com mini escudos, partimos para a aula.

– Olá pessoal, eu sou Percy Jackson e eu...

– Minha irmã disse que você é o rei das privadas... – Um garotinho de Ares informou.

– Obrigado...

– Spike. – Isso é nome que se dê num cachorro...

– Spike... Bom saber que ainda mantenho minha fama. Mas, é senhor supremo dos banheiros... – Humpf. Não respeita ninguém...

– Rei das privadas parece mais com você – Spike disse arrancando as risadinhas grasnantes dos pequenos.

– Okay. Vamos para as lições. O primeiro passo é segurar o cabo corretamente, com os dedos dessa forma e...

– Sabemos como fazer, otário. – O outro filhote de Ares falou segurando sua espada terrivelmente... Bem.

– Como é seu nome?

– Rufus. – Pelo amor de Afrodite, todos os filhos de Ares tem nome de cachorro?

– Okay, Rufus, se não quiser me escutar, pode ir embora a porta é... – Olhei para o lado – Ah, não tem porta.

– Poseidon é deus dos retardados? Ou dos lesados? – mais grasnados infantis.

Olhei para Debby e ela olhava para o céu, sonhadora. Com certeza, tava entediada e resolveu tirar um cochilo de olho aberto. Vagabunda. Percy Jackson acalme-se. Você não vai bater em dois “cachorrinhos” e uma tartaruga. Bufei em alto e bom som.

– Certo. Agora, um voluntário? – Começaram a gritar e levantar os braços. Chamei uma garotinha loira que acho que era de Afrodite. Tinha dois cachos amarrados por pompons felpudos na cabeça. Era tão fofinha.

– Então, o que eu tenho que fazer? – Ela perguntou com uma vozinha angelical.

– Uh, como é seu nome?

– Valentine. – Não pude deixar de sorrir. Dava até vontade de bater. Cara... Tô passando tempo demais com a Debby.

– Okay, Valentine, ajeite o punho da espada. Vamos “lutar” – Fiz aspas com as mãos – Você tenta me derrubar, certinho?

– Certinho – Ela sorriu. Vomitando. O. Arco. Íris. [Íris desaproves].

– Então... Valendo.

Cruzei aminha espada com a dela e virei para acertar suas costas. Ela tentou me acompanhar, mas perdeu tempo me procurando enquanto eu me esquivava. Ela me achou e tentou atacar minhas pernas. Pulei sua espada e, por impulso, dei-lhe uma rasteira derrubando-a. Ela arfou e fez cara de choro. Ah, céus.

– Deuses, me desculpe... –Estendi a mão para ela se levantar. Ela me derrubou.

Pôs o pé em meio peito e vez uma posição vitoriosa. Como se não bastasse à vergonha, deu-me um chute nas costelas, expulsando o ar dos meus pulmões. Arrastei-me para o lado e empunhei Contracorrente. Tentei golpeá-la, mas ela se esquivou e deu um golpe forte no meu calcanhar e tentei segurar um urro. Tentei.

Olhei para Debby um segundo e ela estava assistindo ao show. Valentine me derrubou com um chute no joelho e deu-me outro no estômago. Debby finalmente fez algo de útil e afastou a garota.

– Woa, calma. De quem você é filha mesmo?

– Ares.

A garotinha que outrora eu achava fofa deu um sorriso branco. Quase esqueci que estava bravo com ela. Tentei dizer pra ela que isso era obvio depois da surra, mas só consegui dizer:

– Aii...

Debby me ajudou a levantar. Valentine sorriu outra vez:

– Fui aprovada?

– Nem... Ai... Nem era uma prova!

– Ah... Mesmo assim, fui bem?

– Claro... Vai lá pra trás.

Ela passou por entre Spike e Rufus dando-lhes tapinhas de mão. Deuses do Olimpo...

– Certo... Mas alguém quer tentar dar uma surra no Cabeça de Algas? – Debby gritou.

– EEEEEEEEEEEE!

As crianças avançaram e mim com força total, me derrubaram e em um segundo estava em um mar de crianças. Eu preferia o mar de Monstros. Só tive tempo de ver um galho vindo em minha direção antes de apagar.

.

Acordei com uma intensa luz branca. Tudo era silêncio até um grito cortar o ar.

– Morre logo, Desgraça! – A inconfundível voz da Debby. Focalizei. Estava na enfermaria, Debby estava do meu lado jogando um Game Pac man.

– Uh...

– Não se mecha... – Dessa vez era Quíron. Olhei para ele, o que me deu uma terrível dor. Ele terminava de enfaixar meu braço. – Debby...

Ela continuou a atacar o game

– DEBBY!

Ela se assustou e derrubou o jogo. Levantou-se dando continência.

– Sim, senhor, cavalo, se apresentando senhor! – Quíron bufou.

– Debby, vá buscar néctar para Percy, sim.

– Sim, senhor, cavalo, estou indo senhor! – Correu porta a fora. Poseidon. Por quê?

Quíron terminou de enfaixar meu braço e o pôs em cima da minha barriga. Sem dizer mais nada, saiu e viu Debby chegar tomando uma garrafa de néctar e com outra em mãos.

– Tome de conta dele.

– Mas...

– Nada de mais. Apenas tome conta dele.

Debby bufou.

– Sim, senhor, cavalo, senhor...

Ela sentou se do meu lado e me ajudou a sentar na maca. Me deu a garrafa de néctar aberta e bebi já me sentido melhor. Depois de secar a garrafa, virei para Debby:

– Muito obrigado... Por nada.

– Eu já escutei muito sermão do cavalão, não tô afim.

– Okay, mas eu acho que...

Antes de terminar a frase, uma “coisa” completamente vermelha entrou chapinando gosma entrou. Tinha forma de gente, mas era gosmenta e nojenta. A coisa passou a mão pela cara. Era Annabeth.

– Oi Cabeça de Algas. – Ela falou, infeliz – Debby...

– Fala corujona.

– O que aconteceu com você? – falei.

– Nem queira saber. Apenas nunca deixe entrar nada que não seja livros na sua sala de aula. Mas e você? O que aconteceu?

– Crianças...

– Ahn.

Annabeth se sentou na maca, do meu lado, me sujando de seja lá o que fosse aquilo. Não sabia o que era e nem queria saber. Logo depois, Leo, Connor, Travis, Katie e Clarisse entraram. Os cinco usavam roupas de construção, capacete e cintos de ferramentas.

– Vamos construir aquela joça, palerma. – disse Clarisse. Duh.

– Anda, Debby, o carregamento acabou de chegar! – Leo falou batendo o pé.

– Uh! Tô indo! Annabeth, você fica e cuida dele. Se o Quíron aparecer... Diz que eu morri. – E saiu correndo.

– Anda logo, peixe morto! – Katie gritou.

– Chegando!

A cambada foi embora correndo. Annabeth e eu não podíamos deixar de rir. Será que as pessoas também me viam assim?


POV Connor



Depois de a Debby nos fazer parar para ela vestir uma roupa melhor, fomos para o chalé quatro (que era vizinho...). Estava tudo uma bagunça. Caixotes e mais caixotes. Os móveis estavam acabando de chegar e adivinhem, teríamos que montar tudo. Bufamos e fomos mão á obra. Clarisse abria os caixotes sem ajuda de martelo nem nada, Leo ajeitava os suportes metálicos com a ajuda do Travis, que de vez em quando olhava para a Katie. Ela conversava com as sementes como se fossem bebês... Nem me pergunte.


Eu ajudei a montar a estrutura e levantamos as pedras (um pouco maiores de um tijolo) fazendo uma primeira volta. Me senti no Minecraft. Bati minha mão na madeira e... Eu não estava no Minecraft. Quando terminamos a primeira volta, me ocorreu uma coisa...

– Galera, cadê o cimento?

– Droga, eles não deixaram! – Leo falou saindo apressado. - Acho que eles deixaram lá no ponto de descarga e...

Travis começou a rir.

– Ponto de descarga? Seria o banheiro? – Ele começou a rir constrangedoramente alto. Ninguém riu com ele.

– Travis, mano, não. – Falei segurando seu ombro.

– Desculpe... – Ele parou de rir, mas ainda sorria como um retardado. Pra piorar ele sempre tinha cara de retardado. Com aquele sorriso e orelha de elfo... Mas, pera.

– Enfim. – Leo continuou – Quem poderia ir buscar?

– Nós vamos – Falei. – Não estamos fazendo nada mesmo.

– Okay, vão até perto da casa grande e esperem pelo cimento... E depois misturem com água pra fazer a massa.

– Certo capitão. – Falei arrastando o Travis Risadinha Stoll.

Depois de percorrer quase toda aquela joça, chegamos e um caminhão da Hermex havia acabado de chegar. Um sátiro uniformizado desceu.

– Aqui é o ponto de descarga, correto? – O sátiro falou, enquanto escrevia em uma prancheta. Como, sabe-se lá porque o Travis não nasceu normal, ele começou a rir. De novo e escandalosamente alto. – Qual o problema disso?

– Ninguém sabe ao certo. – Falei dando de ombros enquanto Travis se escorava em uma árvore para parar de rir.

– Semideuses... Enfim. Assine aqui.

Peguei a prancheta e assinei “Travis Stoll”. Vai que dá problema. Um ciclope descarregou dois sacos enormes aos meus pés e entrou no caminhão. O sátiro entrou na parte da frente e foi embora. Travis já havia se recomposto e me ajudou a pegar um dos sacos.

– É tão macio... Tem certeza que é isso? – Travis falou. Olhei para o saco. Tinha escrito “AFNHIRA ED GIRTO ONAD MTERDEE”, mas em cima tinha escrito em grego: Φυτείες της θεάς Δήμητρας, ou seja, alguma coisa Deméter.

– É esse mesmo. Vamos.

Carregamos até o chalé quatro e despejamos o cimento no chão. Encontramos um bilhete: “Fomos lanchar. Arrumem o cimento antes de vir” Depois tinha uma letra feia e tosca “Se não mato vocês, palermas”. Achei melhor nem falar nada. Pegamos a mangueira e despejamos água sobre o cimento e fizemos a massa.

– Era pra ser branco assim?- Travis perguntou.

– Acho que sim...

Depois de misturar tudo, vimos três sacos grandes e marrons.

– Irmão, acho que esse era o cimento – falei.

– Nhá, viu como o que a gente pegou era pouco, só trouxeram mais.

Demos de ombros misturamos os outros. Ele era preto, mas deve ser alguma coisa de construção. Pegamos alguns salgadinhos de queijo e comemos enquanto trabalhávamos passando o cimento e pondo as pedras. O cimento branco deu para três voltas. Alguns minutos depois de acabarmos tudo (umas três horas depois de a gente voltar), o pessoal chegou.

– Lanchinho longo o de vocês... – comentei.

– Tivemos um problema com fugas de pégasus com a Monique e a Jessie. Tivemos que caça-los. – Debby falou tirando uma pena no capacete.

– Vejo que ficaram bem ocupados – Leo falou dando uma olhada na obra. – Muito bom.

Terminamos de construir o chalé inteiro, faltava apenas os móveis, encanamento, fiação e a decoração fina. Bem pouquinho. Fizemos bem rápido toda a obra graças ás ferramentas mágicas, mas estávamos orgulhosos. Faltava uma hora para o jantar, então decidimos parar por ali mesmo.

– Muito bem pessoal, acho que foi uma boa obra – Katie falou.

– E está bem firmado, Stoll – Leo disse. Oh, pare. Eu sou tímido.

– Aguenta um soco? – Clarisse falou desejosa. Depois de um dia sem esmurrar ninguém, ela parecia triste.

– Vai nessa! – Leo falou.

Pra que, meu Zeus. Clarisse bateu e o chalé tremeu. As pedras do cimento branco deslizaram. A parte de cima do chalé virou, quebrando todo o suporte e esmigalhando as pedras. Oh. Meu. Zeus. Parecia com aqueles joguinhos de madeira que a gente fazia um castelinho cutucava para derrubar.

– O. QUE. FOI. ISSO?! – Katie gritou.

– Mas vocês pregaram com cimento! – Leo gritou mais alto ainda, suas mãos inflamaram. Apenas Clarisse não parecia chocada, parecia mais... Satisfeita.

– Stolls... – Debby falou calma, o que me assustou – Vocês usaram isso como cimento?

Ela segurava o saco de cimento branco.

– Sim, por quê?

Ela apenas entregou para o Leo, chutou uma pedra, esmigalhando-a, e saiu para seu chalé.

– Stolls... Vocês leram a inscrição?

– Sim, mas...

– Isso é FARINHA DE TRIGO DONA DEMÉTER. Isso é massa de bolo!

Meu coração vacilou uma batida. Eu tinha construído isso com... Trigo? Clarisse pareceu que saiu de seu momento de glória.

– Stoll... O que diabos você fez?!

Antes que pudesse responder, uma comitiva de semideuses com camisas roxas havia chegado. Podia ver Reyna, Jason, aquela moreninha irmã do Nico, o próprio Nico, o bebê lutador de sumô, o vampiro Kool-Aid, Piper, com a blusa laranja, e mais uns cinco semideuses que eu não conhecia. Quíron vinha na frente e:

– O QUE HADES FOI ISSO?!

– Eu... Nós... Uh...

Leo e Clarisse olharam pra mim e... Saíram correndo. Travis tentou, mas dei um bloqueio nele.

– EXPLIQUEM-SE

– Nós reconstruímos o chalé com massa de bolo?

– Olhe eu preciso de um tempo. - Quíron massageou as têmporas - E o chalé de Deméter vai ficar no de Hera. Falei com a deusa. Enfim. Vão dormir.

Fiquei bem aliviado com o Quíron nem se importar, mas tenho medo do que ele vai fazer, por que sinto que ele só não me deu um coice aqui e agora só porque tinha os romanos. Simplesmente, cada semideus voltou para seu chalé e foi dormir. Como a calmaria antes da tempestade.


POV. Debby



Acordamos com uma voz ecoando por todo o acampamento.


SEMIDEUSES. ESPARAMOS TODOS, SEM EXCEÇÃO NO ANFITEATRO, EM UMA HORA. E VISTAM ROUPAS DESCENTES E LEGAIS!

Percy não estava lá, mas me vesti o mais rápido que pude e fui para o anfiteatro. Vários semideuses saíam de seus chalés e caminhávamos juntos. Encontrei Monique, Astrid e Jessie no caminho.

– O que aconteceu? – Murmurei.

– Acho que o Quíron arranjou um jeito de nos punir. – Monique falou tremendo.

– Se tivermos sorte... – Astrid falou.

– Sua mãe me odeia. – Falei chutando uma pedra.

Conversamos apenas sobre o que nos esperava. Chegamos e encontramos um palco com um senhor D com roupas berrantes roxas e azuis e uma peruca rala verde. Com todos reunidos, ele anunciou.

– Bem-vindos. Bem-vindos. Que Tique esteja sempre em seu favor e que os jogos comecem.


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Notas finais do capítulo

É só isso pessoal Até terça!