Antony Eduard Stark, o famoso Tony Stark se recordava quando o deus do trovão veio lhe ver. O moreno não possuía muita afinidades com o restantes dos vingadores o único que conseguia interagir com o rico era Bruce Banner. Porem quando o deus asgardiano veio lhe ver ele ficou surpreso.

Tentou imaginar a todo custo o que o loiro queria com ele, mas foi quando o deus falou o que estava precisando Stark ficou surpreso.

— Loki vai passar muito tempo aqui – fala Thor – eu preciso de alguém de confiança para ficar-lhe vigiando.

— olha eu não acho uma boa ideia ele vir para cá – fala Tony.

— eu sei – fala o loiro sentando no sofá da casa do Stark – já conversei com o Rogers, e o Banner, nenhum dos dois disse que tinha condição de observa-o.

— com razão – fala Stark – ele veio até o nosso mundo matou milhares de pessoas e quer que nós o coloque em um hotel cinco estrelas?

— eu disse que ele vai fazer tudo que você mandar? – falou Thor usando isso como ultimo recurso.

Tony o encarou e riu.

— eu pago para ver isso – falou sarcasticamente.

...

Dia A é praticamente o dia mais importante naquele orfanato, é quando Howard Stark abre as portas para todas as famílias de adoção.

É o dia no qual todos órfãos coloca sua melhor roupa, cortam o cabelo, usa o melhor perfume e o melhor sapato, e treinam seus melhores sorrisos cativantes. Ane gostava de imaginar como se fosse uma feira livre, onde pode passar para olhar os produtos. Mas ela sabia que se falasse o que pensava seria reprendida.

Thom ajustava as caixas de sons, ele trabalhava na HS por causa de sua irmã e o fazia se sentir em casa já que eles dois também moraram em um orfanato.

Tudo andava naturalmente, os casais se sentavam nas mesas onde estavam seus supostos filhos, pelo menos na parte de crianças de cinco a dezesseis anos. Os menores ficavam em outra sala.

As mesas eram arrumadas com comidas, sucos, leite, chá e café. As famílias tomavam o café da manha e passava ali até a hora do almoço.

Os Bennington estavam sentados com os Vereit, e Ane rezava baixinho para que nada desse errado ela torcia para que Nathan ou Kel não desse um chilique qual quer, pois ela sabia muito bem como era difícil ser adotado depois de grande, e sabia como era sofrido.

Parecia que tudo estava indo bem até que em um impulso Nathan joga o mingau de aveia no senhor Bennington que se levanta com raiva e todo melado pela comida.

— quanta ousadia – falou o homem loiro que levantou a mão para dar um tapa.

Por sorte de Nathan, Ane chegou a tempo de parar a mão do homem:

— quanta ousadia tem o senhor ao levantar a mão para uma criança

Tudo aumentou quando a senhora Bennington entrou no meio da discussão, e cada vez que Ane falava alguma coisa o casal falava ainda mais alto, porem foram irrompidos por Nathan gritando:

— guerra de comida – e ai virou uma bagunça ainda maior, as crianças das mesas vizinhas também começaram a jogar o café umas nas outras e atingindo também os convidados.

A coisa toda saiu de controle, Ane saiu abaixada da linha de mira dos garotos, dava para ouvir uma Kel histérica por ter sido acertada por um copo de leite bem no cabelo escovado.

Thom estava no pequeno palco de fundo ajustando os microfones, e vendo aquela cena ele ria. Mas no fundo sabia que isso ia ser péssimo, ele custou a pensar que sua irmã poderia ser demitida por causa disso. Então em uma ideia desesperada ele pegou um microfone e encostou no outro fazendo um barulho chato, que fez as crianças pararem.

— mas que vergonha – fala Thom no microfone – vocês se arrumam ficam se preparando por um mês inteiro pra ter um fim como esse? – fala o moreno encarando a plateia que tinha chamado atenção – eu imagino que com razão não vão ser adotados – fala com raiva na voz – desperdiçando uma oportunidade de serem felizes, e terem uma família, eu espero que o castigo de vocês seja duro para aprenderem.

Depois do que o irmão mais novo de Ane falou todo mundo ficou em silencio, as garotas começaram a limpar a bagunça e logo em seguida os meninos começaram a ajudar, por fim até os candidatos a adoção auxiliaram na limpeza. Tirando apenas um casal que foi embora com raiva os Bennington.

...

O servo de Thanos andava apressadamente pelos corredores mal iluminado do palácio, naquele lugar as cores mais claras que tinha era cinza escuro e o marrom. A ventilação era pouca por viverem embaixo da terra para ele era sufocante viver ali.

O hall do trono era esplendoroso, totalmente escuro devido às pedras que lhe era construído com iluminação vindo de peças redondas que flutuavam, os pilares de sustentação eram redondos feitos de uma pedra escura.

Bem no centro um esplendoroso trono circular, muitas almofadas rodeavam aquele lugar e sentado no trono um ser encapuzado totalmente de preto. Não dava para ver nada, além da túnica escura.

Assim que o servo chegou, ele se curvou diante o trono.

— trago-lhe boas novas – fala o servo encarando o chão, pois haviam lhe dito para não tentar olhar o governante daquele mundo nos olhos.

— ótimo – obtém uma resposta que o faz surpreender.

— contei ao meu soberano que vós conhecestes Loki e ele ficou ainda mais animado para fazer o contrato.

Recebeu uma risada gélida em troca de resposta.

— foi um péssimo negocio, ter usado Loki para liderar essa guerra – fala o servo.

O ser todo encapuzado se levantou do trono e desceu levemente as escadas, chegou bem próximo do servo que estava ajoelhado e retirando o capuz revelou cabelos brancos como a neve, longos e enrolados, o rosto era de uma beleza sem igual, quando Yiskah disse:

— nunca deixe um trabalho de mulher, para um homem – agora o servo encarou a jovem na sua frente, ela possuía uma beleza impar, seus olhos eram vermelhos, uma boca bem desenhada, orelhas pontudas como as de um elfo iluminado.

— achava que você...

— fosse um homem? – falou a rainha dando as costa para o servo – que pena vai desistir do acordo agora?

Ela terminou se sentando novamente no trono agora encarando-o.

— não foi isso que eu quis dizer, perdão – falou o servo – se a vossa majestade tem a capacidade de conseguir a vingança almejada pelo meu senhor não vou me colocar contra só pelo fato de ser uma dama.

— mas o que acha com quem esta lidando? – fala com muita raiva na voz – ao contrario do que pensa sou muito honesta no que eu faço, e pago todas as minhas dividas e não quebro os meus contratos.

— conheceu realmente o deus Loki? – perguntou o servo levantando os olhos ate a jovem.

— basta – falou de modo baixo e extremamente raivoso – desconfia agora das minhas palavras.

— me desculpe – fala o servo – é que tamanha beleza não me faz raciocinar de modo correto, vou transmitir os detalhes para o meu superior.

A mulher deu um sorriso ameno, retirando todo os resquício de raiva nos olhos. O servo vi-a como um belo espécime, e imaginava se uma dama daquele naipe seria capaz de entrar numa guerra empunhando qual quer tipo de arma. E saiu o mais rápido do que entrou para não falar mais nada de inútil que pudesse desfazer o negocio de seu governante.

...

Loki se lembrava do dia anterior:

Stark sentado rindo com o colar de Thor nas mãos abriu a gaveta e colocou um punhado de notas para o loiro que o olhou estranhamente e disse:

— realmente vale a pena – falou sorrindo – tudo bem fortão me convenceu eu fico de olho no seu irmão, mas apenas durante essa semana.

Thor assentiu, pegou o dinheiro e sorriu:

— levaste muito a sério – virou dando-o ao Loki – use caso precisar.

Stark gargalhou com a ideia de Thor ainda que não admitisse estava muito preocupado com o irmão mais novo.

Agora ele estava ali, de quatro no chão, esfregando o piso com uma escova de dentes, pensando se poderia ser mais humilhante. Mal o deus da trapaça sabia que sempre que esta ruim pode piorar.

Stark andava pela casa procurando alguma coisa, chegando ali na cozinha ele notou que o Loki estava fazendo uma tarefa que lhe foi dada por ele. Lavar toda a cozinha com uma escova de dentes, Stark não deixou de sorrir.

Foi andando até onde o moreno estava , e como ele estava apoiado de quatro no chão, Tony passou por cima de Loki pisando nele, fazendo o moreno bater o rosto no chão onde estava sujo e molhado fazendo o Loki sujar o rosto.

E fingindo que não tinha visto o moreno ali disse:

— é você? Achei que fosse um dos meus novos tapetes.

Loki limpou o rosto com a manga da roupa, e voltou silenciosamente a esfregar o chão, mas mentalmente praguejava o homem.

Foi então que JARVIS anunciou pelo interfone na cozinha:

— senhor uma ligação da direção do HS – falou de seu modo robótico como sempre.

— a direção? – perguntou espantado.

— sim senhor, o que eu devo fazer? – perguntou o computador.

— transfere a ligação pra cozinha JARVIS – fala Stark

Tony chegou na geladeira abriu a porta pegou alguma coisa para comer, e Loki ali continuando a esfregar o chão.

— senhor Stark? – falou a voz de uma mulher.

— senhora Kenny! – fala surpreso – aconteceu alguma coisa?

— sim! – falou a senhor decidida.

— o que foi que aconteceu? – falou Tony preocupado.

— uma guerra – falou a senhora.

Tony chegou mais próximo do interfone e Loki parou de esfregar o chão para escutar melhor a conversa, o deus da trapaça abriu um sorriso irônico.

— uma guerra? – perguntou Stark não sabendo se estava escutando direito.

— foi – afirma a velha.

Dessa vez Loki não deixou de rir da noticia, e Tony encarou com uma cara tentando entender a situação.

— foi terrível – continua a senhora – foi comida para todo lado

— comida?

— sim foi uma guerra de comida dos alunos – fala a senhora– o que mais seria?

Tony colocou a mão na testa e riu aliviado e Loki olhou para o interfone não acreditando naquilo que escutava.

— você precisa vir aqui – fala a senhora – a situação foi controlada, mas tem muita gente indignada.

— eu vou ver isso senhora Kenny – fala Stark rindo – até mais.

— até – respondeu a senhora.

Assim que a ligação foi desfeita, Tony ria tentando imaginar a cena e Loki não acreditava no que tinha ouvido, e voltou para seu afazer de esfregar o chão.

— larga isso –falou Stark puxando a medalha no peito – você vai vir comigo.