I Will Always Love You escrita por Tamy Black


Capítulo 16
Proposta




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EDWARD POV.

O modo com que Bella defendera o Ben, me magoara infinitamente, foi como se fosse uma faca que tivesse sido cravada em meu peito e afundasse em meu coração. Eu saí de lá arrasado, peguei meu carro e voei pra casa.

Chorei muito, chorei o que não havia chorado nos últimos cinco anos por ela, como ela não acreditava em? Como? Claro Edward, ela deve sentir o mesmo que eu senti há algum tempo atrás. Obviamente que era isso, mas eu não me conformo. Não mesmo, para ser sincero. Eu a amo e sei que ela me ama.

Eu tenho a mais absoluta certeza que isso tudo que aconteceu foi uma armação e eu iria provar a Bella, e assim poderíamos ficar juntos novamente, mas será que voltaríamos? Será que eu a perdoaria por duvidar de mim? Isso no momento não interessa, mas eu iria atrás da Valerie para início de conversa.

Primeiramente, liguei para o celular dela e logo a operadora telefônica disse que o número não existia mais. Esperta, muito esperta. Eu teria que falar com a secretária dela, mas acho que não vou conseguir muita coisa. Liguei para a empresa e pedi para passarem para a Srta. Anderson.

- Escritório da Srta. Smith. – atendeu a Andy Anderson, a secretária da Valerie.

- Olá Andy, aqui é o Edward. Edward Cullen. – eu disse no meu tom de voz mais sensual.

- Senhor... Sr. Cullen? – ela gaguejou.

- Sim, Andy. Eu gostaria de saber por onde a Val está. – perguntei.

- Sr. Cullen, a Srta. Smith foi passar uns dias com a família em sua terra natal. – ela disse recomposta.

- Obrigada Srta. Anderson. – disse desligando o telefone.

Beleza! Agora era só ir para Boston, conheço os pais da Valerie e os mesmos sempre gostaram de mim, então era meio caminho andado. Eu ainda tinha mais uma solução no percurso, poderia fazer um exame toxológico*. Só que eu teria que pedir um mandato de juiz, aqui em NY não conheço ninguém, mas em Boston sim.

Consegui uma passagem para hoje à noite, iria sem me despedir de ninguém, pois tinha no máximo sete dias para fazer esse exame, senão não encontrarei a substância que comprovará o que eu disse a Bella, que fui dopado como ela há cinco anos.

BELLA POV.

Eu estava muito abalada com toda aquela confusão. Edward ainda me fazia sofrer e morrer de amores por ele. Os dias foram passando e eu fui adoecendo, sinceramente, eu me sentia tão mal. Eram náuseas e vômitos, não estava conseguindo comer e estava trabalhando dobrado, já que Edward tinha se demitido e eu fiquei com os casos dele.

Ben tem me ajudado bastante, ele está à frente de alguns dos casos do Edward, pois ele ainda não achou outro advogado competente como o Edward é, isso não posso negar, Edward era muito responsável e trabalha muito bem.

Eu saí para almoçar com Julie e Alice, fazia alguns dias que eu mal falava com as minhas amigas, o término do relacionamento com o Edward e o trabalho me consumia. Adentrei ao restaurante e logo avistei a mesa que as duas já ocupavam, e sorri ao ver o meu afilhado no colo da mãe, também não o tinha mais visto. Seth já estava com sete meses e dando trabalho para Alice e o Jasper.

- Boa tarde. – disse me fazendo presente.

- Olá Bells! – disseram as duas em uníssono e vindo me abraçar.

Seth sorrira pra mim e eu o peguei no colo depois de retribuir o abraço das minhas amigas malucas.

- Bella, você está mais magra. – observara Julie.

- Com a saída do Ed... Com a saída do irmão da Alice, eu mal tive tempo de respirar, pois os casos dele passaram pra mim. – disse enfadada.

- Ah... – ela murmurou – Mas, não sei... Não me parece só isso.

Dei de ombros e mudamos de assunto, Julie e Emmett iriam se casar dentro de seis meses, finalmente eles marcaram a data. Pedimos os pratos e eu fiquei brincando com o Seth. Elas iam me contando as novidades e eu pedi que não falassem do Edward, Alice retrucara, mas Jullie olhou feio para ela e então a anãzinha se calara.

 Assim que os pratos chegaram, eu quase vomito ali na mesa. Pois Alice pedira um suflê de camarão e o cheiro me dera mais náuseas. Simplesmente entreguei o Seth para a Jullie, que estava ao meu lado, e praticamente saí correndo para o banheiro. Abri o box e vomitei pela milésima vez só hoje.

- Bella! Você está bem? – perguntara Alice com Seth nos braços assim que eu saí do box.

- Não. – respondi indo lavar as mãos e o rosto.

- Amiga, você está branca. – ela disse me avaliando.

- Praticamente transparente! – emendou a Julie adentrando ao banheiro – Bella, sua menstruação está atrasada? – ela me perguntara.

- O que? – a indaguei confusa – O que isso tem a ver com o meu mal estar?

- Tudo. – ela me olhara sério e Alice a olhou também.

OMG! A ficha caiu. Mas... Não podia ser, podia? Se não tivesse uma poltrona no banheiro, eu tinha caído sentada no chão. Eu coloquei as mãos na minha cabeça e tentei esvair essa hipótese ridícula da minha mente. Mas, se bem que isso poderia ter acontecido. Edward nunca usara camisinha comigo e eu sempre tomei minhas pílulas, mas... OMG! Que isso não seja verdade.

Eu senti minha cabeça rodar e meus pensamentos iam a mil, como eu estaria grávida assim? Tudo bem que o filho era do cara que mesmo me fazendo mal, eu o amava incondicionalmente, mas mesmo assim... Eu não tenho estrutura para criar um filho, sou bem sucedida, mas e todo aquele lance de família que eu quero dar ao meu bebê? Quero dar o que nunca tive. Uma família. Quer dizer, eu tive, mas eu nem me lembro disso.

- Bella? – escutei Alice e Julie me chamar longe.

Acordei dos meus devaneios e olhei para as duas.

- Amiga, não quer ir pra casa? – Julie me perguntara.

- Não, eu preciso ir numa farmácia. – disse me recompondo e lavando o rosto.

- Mas Bella, você está mal a beça, não pode ir sozinha. – retrucou Alice.

- Eu estou bem, preciso tirar isso a limpo. – disse olhando séria para as duas.

- Amiga, eu posso ir contigo. – disse Julie.

- Não precisa, eu vou sozinha. Desculpe garotas, mas qualquer coisa eu aviso e me perdoem por ter estragado o almoço de vocês. Até mais. – disse tudo rapidamente e saí correndo dali.

Peguei meu carro e parei na primeira farmácia que avistei. Adentrei e logo procurei um atendente, ele me indicara o corredor correto e comprei uns três testes de marcas diferentes. Paguei e voltei para o carro, dirigi tensa de volta ao escritório, será que eu seria mesmo mãe? Sorri involuntariamente. Um filho do Edward seria a coisa mais linda.

EDWARD POV.

Eu cheguei a Boston à noite, avisei os meus irmãos e logo recebi a notícia de que Emmett e Jullie marcaram, finalmente, a data do casamento. Casamento. Se não fosse essa confusão estúpida, eu já estaria noivo de Bella e também já estávamos marcando a grande data. Merda. Mas, isso tudo vai acabar e logo ela estará em meus braços de novo.

O dia amanhecera e fui conversar com o meu amigo, Kevin O’Donnel, ele é juiz do principal tribunal de Boston, sem contar que o cara é um grande amigo de faculdade. Eu estava a esperar para ser anunciado sem marcar hora para o cara, mas foi só dar o meu nome para a secretária dele que o meu amigo pedira para eu somente esperar um pouco.

Não demorara muito e eu fui chamado por ele. A sala era bem ampla e organizada, como toda sala de advogado é. Ele estava sorrindo e gargalhou pra mim, cínico.

- Grande Cullen! O que o trás de volta a velha Boston? – ele ironizara assim que nos cumprimentamos.

- Será que posso pedir uma ajuda ao velho amigo? – perguntei divertido ao me sentar de frente para ele.

- Lógico! – ele rira.

- Bom... – e eu comecei a contar a história para ele.

Narrei completamente o meu caso e o Kevin somente ficara escutando atentamente, enquanto me olhava seriamente, terminei o meu discurso e ele ficara em silêncio por alguns instantes.

- Edward, eu vou pedir a solicitação do exame toxológico pra você, mas eles só entregam de quinze a vinte dias. – ele me olhara.

- Sem problemas, eu esperarei. – disse.

- Ok, mas você a ama mesmo, não é? – ele sorrira.

- Sim, você sempre soube. – falei sorrindo.

- É, sacanagem do Calahann. – ele suspirara.

- Muita, mas eu irei resolver isso. – falei confiante.

- Vai sim, até mais Edward. – ele disse quando eu me pus de pé.

- Até Kevin e muito obrigada. – agradeci.

- De nada, só não demore a fazê-lo. – ele pediu.

- Sim, farei ainda hoje. – eu disse por fim.

Despedimo-nos e eu fui logo à procura de um laboratório, encontrei um próximo ao tribunal e logo fiz o bendito exame, ele sairia dali a vinte dias. Ficaria vinte dias aqui, maravilha. Fui até a casa dos pais da Valerie e encontrei tudo fechado. Bati várias vezes na porta e ninguém veio atender, fiquei esperando por mais de duas horas e nada de ninguém aparecer. Até que uma senhora aparecera e viera falar comigo.

- O senhor está procurando os Smith? – ela me perguntara amavelmente.

- Sim. – talvez ela me desse alguma informação.

- Eles viajaram e só voltam em um mês, saíram tem uns três dias. – ela falara.

- Sério? – merda! Merda! Merda! – E a filha deles estava com eles?

- A menina Valerie? – ela perguntara e eu assenti – Ela não aparece por aqui tem mais de meses.

- Ah... – murmurei – Obrigada.

Deixei meu telefone com a senhora, pois queria saber quando eles chegariam, ela assentira e me dissera que me ligaria, eu disse que tinha um assunto urgente para tratar com os pais daquela loira miserável! Saí dali e fui dirigindo até o hotel em que eu estava, eu tinha alugado um carro para transitar por aqui. Droga! Teria que esperar vinte dias para o resultado sair e mais dez até os pais da Valerie chegarem.

BELLA POV.

Cheguei ao escritório e quase corri até a minha sala, se não fosse os saltos nojentos e o meu mal estar que piorava a cada minuto. Disse a Angela para não deixar ninguém entrar na sala, que eu precisava descansar um pouco, pois não me sentia bem, o que era verdade.

Corri para o banheiro e fiz os benditos três testes, agora era só esperar. A espera era o que definitivamente matava. Fiquei lá dentro, segurando as três ridículas palhetinhas brancas, nelas estava a minha felicidade, ou tristeza. Mas um bebê era sempre um motivo de alegria, eu espero.

Os minutos pareciam horas e até que por um milagre divino os minutos requeridos para o resultado chegaram; eu peguei à primeira palhetinha receosa, se aparecessem duas linhas horizontais e de cor vermelha, era: POSITIVO e se aparecesse só uma era: NEGATIVO. Respirei fundo e olhei para a palhetinha e lá estavam às malditas duas linhas brilhando pra mim. Posso morrer agora?

Peguei a segunda e continha a mesma coisa, e adivinha? Na terceira e última palhetinha – dos infernos – continha a mesma coisa. Deus! Eu não sabia o que fazer. As lágrimas já invadiam a minha face e eu não sabia se era por desespero ou felicidade. Porque como eu iria criar essa criança? Do jeito que a minha vida estava uma bagunça! Mas, por outro lado, era um bebê... Meu e do Edward. Nosso.

Mas, mesmo assim, ainda seria complicado. Porque nós dois estávamos definitivamente longe um do outro, ele sumiu depois da briga na sala do Ben e ninguém sabe aonde ele se meteu. E sem contar que, mesmo que ele volte, nós dois não nos reconciliaremos. Eu não queria criar um filho sem pai.

Eu saí do banheiro, ainda banhada por minhas lágrimas, e me sentei no sofá da minha sala. Do nada a minha porta fora escancarada e Ben adentrava por ela, visivelmente preocupado comigo. Eu fiz a menção de me levantar, mas ele não deixara.

- O que você tem, Bella? – ele me perguntara agachado a minha frente.

- Eu só... – tentei falar, mas as lágrimas me impediram – Eu estou grávida, Ben. – disse de súbito.

Ben ficara mudo e me encarava sem reação alguma. Eu já não estava mais ligando para nada, pois tinha um serzinho minúsculo em meu ventre e que – obviamente – nasceria no meio de uma confusão maior do mundo. Já não sabia o que se passava ao meu redor, às lágrimas já rolavam intensamente, que eu nem percebia mais. Somente despertei quando senti um par de braços me enlaçando, um abraço extremamente acolhedor.

- Não se preocupe Bella, eu estou do seu lado. – Ben sussurrara pra mim enquanto eu estava com a cabeça encostada em seu peito.

Não sei por quanto tempo fiquei abraçada a ele, mas ficamos por alguns minutos em um silêncio interminável. Ben me afastara delicadamente de seu peito e me encarara seriamente.

- Bella, eu tenho uma proposta para lhe fazer. – ele dissera ao me encarar.

- O que? – perguntei limpando as lágrimas.

- Case-se comigo. – ele disser rápido.

- Hã? – murmurei.

Ele não podia estar falando sério, não é?

- Isso mesmo que ouvira. – disse empolgado – Case-se comigo, sei que o pai não sou eu, mas eu o amarei como se fosse... Deixe-me fazê-la feliz. – pedira me olhando com seus intensos olhos azuis.

Eu não sabia o que responder. Ele realmente me pegara de surpresa. Como podia me propor isso? Oh God, o que fazer agora?




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Notas finais do capítulo

CAPÍTULO REPOSTADO. (ABR/11)