Colégio Interno De Forks – Tobi – POV Kate

- Tubo bem, Kate. Me conte tudo. Tudo mesmo.

- O que você quer saber?

- Seu nome, onde você morava, quem é Annabelle e por que ela queria saber onde Forks fica.

- Meu nome é Kate.

- Seu nome inteiro!

- Amanda Kate Snow.

- Onde você morava?

- Em New York. Annabelle é minha melhor amiga. Ela tem 17 anos. – adiantei a resposta para sua próxima pergunta.

- Porque ela queria saber onde Forks fica?

- Ela quer vir me buscar.

- Kate! Você ainda é de menor, e além disso essa escola é quase uma cadeia... Não da para fugir.

- Eu sei. A Belle é muito precipitada. Depois falo com ela direito.

- Tudo bem... Mas mudando de assunto: o que aconteceu na diretoria?

- Eu ferrei a Julie.

- Como? – ela parecia surpresa.

- Dei meu jeitinho.

                Nesse momento, um sinal estridente tocou e eu cai da cama.

- Você... Caiu... Por causa... Do sinal! – Bella estava, literalmente rolando na cama de tanto rir.

- Vai se ferrar!

- Você tem certeza que vai sair de salto? Está pior do que eu jogando vôlei.

- Vai encher o saco de outra.

- Vem, eles não esperam quem se atrasa.

                Coloquei meu celular na bolsa e segui-a até o portão e entrarmos no ônibus.

*Em Port Angeles*

                Descemos do ônibus e Bella me guiou para um McDonald’s, onde quase todo mundo entrou.

- Kate, como você conseguiu? – Aria me perguntou quando sentamos numa mesa.

- O que?

- fazer a Julie perder o direito de vir hoje!

- Shh! – reclamei, ela estava gritando.

- Kate você é incrível! – ela respondeu.

- Obrigada, eu sei disso. (N/A: Humildade, Kate, você precisa de humildade) (N/K: Me deixa narrar a historia?) (N/A: Você está narrando, mas eu estou escrevendo então shiu você u.u) (N/K: Posso continuar?) (N/A: Pode).

- Humildade pra que né Kate?

- Que isso, eu só...

*TOQUE DE MENSAGEM*

                Peguei meu celular e vi que era uma mensagem do Tobi.

- Só um minuto meninas. – fui para o banheiro com a minha bolsa.

                Tranquei a porta e respirei fundo antes de abrir a mensagem. Teria que contar para ele que o Henry me agarrou. Abri-a.

“Kate, eu não acredito que você fez isso comigo. Acabou.” E tinha uma foto de quando o Henry me beijou a força no vestiário.

                Senti lágrimas escorrerem dos meus olhos, o gosto salgado em minha boca. Pisquei para afastá-las, adiando a dor o máximo que conseguia, e disquei o número dele.

- Alô? – sua voz era raivosa. Ele nunca foi assim, não comigo.

- Tobi, não desliga, por favor!

- Você ainda tem coragem de me ligar? – seu tom de voz era frio, me assustei com sua agressividade.

- Tobi, me deixa te explicar! – implorei.

- O que? Que você me traiu? Não tem o que explicar Amanda! Você sabe o quanto eu odeio traição! Eu me afastei da minha mãe por isso, por culpa da traição! – ele me chamou pelo meu primeiro nome. Ele nunca, jamais, me chama pelo primeiro nome.

- Por favor! – implorei.

- Não tenho o que falar com você. – ele desligou.

Soltei meu celular, que caiu no chão. Como já estava encostada na parede, só escorreguei até o chão. Fiquei assim por alguns minutos.

- Tem alguém ai dentro? – alguém bateu na porta, o que me despertou.

- Já vou sair. – falei para a pessoa, enquanto jogava tudo dentro da minha bolsa (que havia caído comigo).

                Abri a porta e cambaleei para fora, trombei com a garotinha e sai correndo porta afora. Minha visão embaçada não ajudava em nada, pelo contrario, só me fazia tropeçar e trombar nas pessoas a cada passo.

                Porque? Porque ele? Logo ele, que foi meu amigo logo no inicio da separação dos meus pais, o amigo que eu apoiei na separação dos pais dele também. Que de melhor amigo virou namorado. Ele. Que sempre me apoiou, e sempre conseguiu tirar um sorriso de mim. Que sabia como eu me sentia, e sabia o que fazer.

                Tropecei mais uma vez, mas dessa vez eu cai. E só então percebi que estava num beco escuro.

- Olá gatinha. – uma voz grossa disse, na minha frente. Uma voz de homem.

                Sufoquei um grito e me arrastei para longe dele, para o muro. Mas ele se aproximou de mim com dois passos largos.

- Ora, não tem para onde fugir garota.

- SOCORRO! – gritei, desesperada.

- Fique longe dela. – um garoto falou de trás do homem.

- E quem é que vai me obrigar?