The Roommate escrita por Reet


Capítulo 13
Capítulo 12 Controle


Notas iniciais do capítulo

Sem or eu sei que demorei mas parem de tentar me assassinar, paro com as macumbas, já estou completamente cheia de hematomas por aqui.
Foi 1 mês sem atualização, eo sei, não vou tentar dar desculpa mas caso queiram saber, foi um mês muito difícil para mim. Meu amigo tá com câncer, isso me bloqueou na escrita, fora problemas com relacionamento, uff. Inclusive, o beijo descrito no capítulo é bem verdadeiro... Ops!
Obrigada pelas recomendações, garotas: Acsa (u/161518), Giih (u/269140), Maya (u/240178), Vivian (u/271478), Lele (u/266235), Nath (u/352395), Sah (u/244338), Queen (u/302076), CrazyGirl (u/182099), TrackerJacker (u/319710), Break Up (u/105183), GirlParadise (u/329907), Nyah_Garota (u/72237) e Izzye (u/266510) E AO LEITOR SEM ÚTERO: Hamitt (u/300172).
Foram 130 comentários eu to no chão vocês são maravilhosos perfeitos. Por isso o capítulo hoje tá recheado. Foi revisado pela Amanda Marcatto e Thammi Lima.
Espero que amem! ♥



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Incrível como, inconscientemente, você passa a aceitar qualquer situação, por mais bizarra que possa parecer, desde que você esteja gostando de onde, com quem e das condições em que está. Afinal, que tipo de ser humano em sua insana consciência perderia tempo raciocinando como foi que brotou, legalmente, no quarto do Brad, com o Brad, numa situação confortável dessas que pode ser descrita como “agarrada com o Brad”? Nem perderia tempo tentando entender o porquê de o quarto do Brad estar iluminado, sendo que, em suas condições reais, ele mal tinha passagem de ar. Talvez fosse isso: não eram condições reais.

Olhei a minha volta para conferir todos os brinquedos em seus devidos lugares no quarto, e ao olhar para frente de novo, minha atenção foi fisgada por um par de olhos negros, tão negros e fundos que não podia descrever as sensações que os olhos transmitiam. Eram contraditórias. Era medo, e era desejo. Avaliei sua feição dura e perfeita; seu queixo, seu maxilar, sua boca larga e entreaberta – aquela que eu queria beijar – deixando a vista seus dentes da frente e se repuxando em um sorriso convidativo. Sorri de volta. Estava tão perto que não pude me impedir. Seus cabelos cobriam levemente suas sobrancelhas e seus olhos.

A verdade era que eu não tinha mais capacidade de não fazer nada diante daquela provocação. Pelos céus! Brad tinha aquele ar tão facilmente adorável, estava tão perto que demorei um pouco para me desligar de sua prisão visual e finalmente notar suas mãos de lagartixa em minha cintura. Levei minhas mãos até sua nuca e não hesitei em tocar sua boca com meus lábios. Fechamos os olhos. Senti a delicadeza tomando minha boca, como se quisesse fazê-la sua.

Você não facilita, não é?

Aquela sensação era horrível. Sentir-se sugada de dentro para fora, até não restar mais nada além do vazio, do oxigênio, do sofá e eu, em posição fetal, desfazendo um biquinho que se congelara em meu semblante.

― Você nunca facilita! ― bufou tão perto do meu rosto que tive medo de abrir os olhos naquele momento ― Eu sei que me escondo e tenho atitudes totalmente sem lógica, mas você acabou de chegar e só está contribuindo para que eu perca o controle! Aliás, será que você poderia abrir a porra dos seus olhos? O ritmo da sua respiração muda quando você está acordando.

Arregalei os olhos e soltei um grito aprisionado. Como se não bastasse o sonho da tarde, beijando-o, lá estava ele, com o rosto praticamente colado ao meu. Devia estar de joelhos no chão, apoiado no braço do sofá, os olhos em mim. Espreguicei-me, bocejando. Ele acompanhava meus movimentos despreocupadamente.

― Perder o controle? ― perguntei retoricamente. ― De quem nós estamos falando? De mim ou de você?

― Alexis, você está brincando comigo ― acusou ele aborrecido.

― Agora eu não sei do que estamos falando. Que horas são? ― me impulsionei no sofá, desviando de seu queixo antes que me machucasse e olhei para a janela procurando a claridade.

― Três horas.

― O bicho resolveu sair da caverna? ― ironizei da forma mais rude possível, provocando sua irritação. Porém, ao contrário do que eu esperava (um revirar de olhos, no mínimo), Bradley respondeu com um suspiro afirmativo.

Depois que ele se trancou no quarto e eu tomei meu café da manhã, fiquei tão entediada que adormeci no sofá. Não houve sinal de Bradley depois disso. E agora estava ali, todo vestido de preto. Tinha acabado de se jogar no chão de madeira e recostou a cabeça no outro sofá, enquanto me encarava serenamente.

― Talvez você esteja certa ― murmurou.

― Talvez o quê?

― Você ouviu, tá? ― resmungou. É, eu tinha ouvido. ― Talvez eu realmente me esconda quando as coisas não me agradam. Desculpe por ser um animal mimado. Mas com um pouquinho de esforço você vai perceber que não sei o que fazer. Você quer que eu fique parado enquanto você joga meus remédios fora?

― Quero que você aja como adulto e entenda que esse é o primeiro passo para que você melhore ― cruzei os braços.

― Realmente ― concordei de forma sarcástica. ― Aliás, o que eu estou fazendo aqui mesmo? Vou pegar minhas malas e morar com outro problemático que queira dividir o apartamento comigo para eu servir de controle.

Levantei-me do sofá e fui em direção ao corredor, um pouquinho irritada. Antes que eu pudesse andar mais que alguns passos, os dedos de lagartixa de Brad seguraram meu tornozelo e depois ele agarrou meu braço. Eu o encarei, esperando alguma reação que me satisfizesse.

― Talvez você esteja certa ― resmungou. ― De novo.

― Você é um bebê, Adams. Um bebê grande.

― Volte a me chamar assim quando eu estiver tendo uma crise de abstinência ― arqueou as sobrancelhas ― Você vai querer me controlar quando eu estiver louco, fora de mim? Quando estiver irritado, inquieto, nauseado...

Ajoelhei no chão ao seu lado com tamanha rapidez que o assustei. Eu me sentia no controle agora. No controle dele. Não estava em uma posição abaixo, esperando que ele me desse as ordens... Agora eu havia percebido que ele estava querendo que eu ditasse as regras.

― Vou! ― grunhi, agarrando sua camiseta indecente. ― Mesmo que você seja um porre, vou querer te controlar, porque é isso que eu estou fazendo aqui, Bradley!

Brad.

― BRAD! MAIS QUE MERDA! Você é muito irritante! Podia ser um pouquinho menos?

De repente, quando era para ele me responder no mesmo tom de voz, Brad começou a rir de uma forma quase contagiante, olhando em meus olhos.

― Do que você está rindo, babaca? ― rebati.

― É que você fica linda nervosa ― riu mais um pouco, inclinando as costas para suportar as gargalhadas.

Eu desisti. Não o entendia, pelos Céus, ele era muito complicado. Levantei-me, dei a volta e fui em direção ao corredor. Logo foi possível ouvir o barulho quase imperceptível de seu peso correndo descalço até mim. Ele veio atrás. Aquele poste veio atrás de mim pelo corredor mal iluminado.

― Alexis ― chamou. Eu murmurei em resposta, mas não pensei em me virar. Com isso, ele me puxou levemente até que ficássemos frente a frente, eu, olhando muito para cima, e ele, olhando muito para baixo.― Você sabe o que é melhor para mim, não sabe?

― Suponho que sei o que fazer, por quê?

― Então faça ― suspirou, olhou para baixo e encurtou o espaço entre nós. Eu não me movi, apesar de querer. ― Eu vou colaborar, prometo. Serei um bom animal. Farei da sua forma para melhorar.

― É uma promessa, como um tipo de contrato? ― indaguei, lembrando que eu havia assinado um contrato de moradia por algum motivo escrito entre as linhas. E esse era o motivo.

― Sim, senhorita Mester ― ergueu o braço e estendeu a mão, para selarmos o acordo. Fiz o aperto de mãos como um contrato oficial e sorri, balançando a cabeça. ― Sabia que antigamente as pessoas se beijavam para selar contratos?

― Como é que é?

Ergui a cabeça e o encarei como se ele tivesse ficado louco ― mais do que já era. O problema era que ele me olhava como se estivesse totalmente certo de suas atitudes, como se estivesse dizendo coisas cheias de sanidade.

― Eu li em um site.

Balancei a cabeça negativamente. No momento seguinte, ele segurou os dois lados da minha nuca com seus dedos longos e ergueu os ombros, inclinando a cabeça como se estivesse prestes a fazer exatamente o que eu estava pensando. Eu não acreditei. Balancei a cabeça e tentei empurrá-lo pelo tronco. Pelos céus! Ele era forte!

― Brad, não! ― protestei, mas ele não prestou atenção. Aliás, por que eu estava protestando?

Fui encostada na parede do corredor escuro. Ele exalava a respiração contra meu rosto. Sua boca desviou da minha nos últimos segundos e alcançou minha bochecha, beijando sem parar, soltando estalos enquanto eu me contorcia, presa. Protestei, soltei gritos agudos, mas ele não parou de me beijar até que se desse por satisfeito.

Oferecendo pouca resistência, empurrei e ele bateu na parede do outro lado do corredor, rindo. Ficamos nos encarando ― ele com um sorriso e eu, incrédula, estática como uma estátua ― até alguém resolver se pronunciar, no caso, eu mesma.

― Satisfeito? ― arfei. Brad revirou os olhos em relação à pergunta.

― Já sonhou ou teve a leve sensação de que você já beijou alguém e sabe exatamente como é se fizesse isso de verdade? ― perguntou. Senti meu corpo congelar de dentro para fora. Podia até dizer que não havia mais batidas dentro do meu peito. ― É uma pergunta aleatória, é claro.

Balancei a cabeça afirmando, fingindo ter certas dúvidas quanto a isso, sendo que, na verdade, eu havia acabado de sonhar que o estava beijando. Ele também maneou a cabeça em uma expressão confusa.

― Por que? ― resolvi perguntar.

― Eu acabei de ter essa estranha sensação com você ― respondeu, como se revelasse que preferia golfinhos quando muitas crianças preferiam tubarões. Meu estômago deu voltas. ― É estranho, porque você é minha colega, só faria isso se estivesse incrivelmente impulsionado por bebida ou drogas.

E voltei a afundar, me dando conta, naquele momento, de que ele não se lembrava exatamente de nada que havia acontecido durante a semana. Tudo bem, eu podia sobreviver fingindo que não tinha nenhuma vontade de beijá-lo, mesmo que estivesse morrendo de vontade para dar drogas generalizadas em suas mãos para que ele ficasse incrivelmente impulsionado a me beijar de novo. Quanta consideração!

― Acontece ― dei de ombros.

― Você gostou! ― Brad acusou. Arregalei os olhos, ele me cortou antes que pudesse rebater algo. ― Ficou arrepiada, os pelos da sua nuca ficam eriçados.

― Cai. Fora. Daqui. ― Sibilei, apontando para o final do corredor. Meu rosto estava queimando a uma temperatura tal que achei que fosse explodir ou dar defeito. Brad balançou a cabeça para ajeitar os fios de cabelo.

― Vou tomar banho ― avisou casualmente. Entrou e saiu do quarto com toalha de banho e algumas peças de roupa que não fiz questão de conferir minuciosamente. Por que me interessaria saber que a cor da sua roupa íntima era preta e da marca Tommy Hilfiger? Não, isso não era da minha conta.

Aguardei até que a porta estivesse fechada e me senti livre para arfar, bater a cabeça na parede, repassar as imagens das últimas cenas na minha cabeça e apodrecer silenciosamente em meio a uma poça de vergonha particular.

Então eu era a consciência do Bradley... Perfeito! O peso nas minhas costas havia triplicado de tamanho. Eu sabia que tinha que começar a agir e me esforçar para pensar: por onde começar? Pelo começo, talvez. Tentar consertar seu lado de dentro exigia que eu consertasse seu lado de fora.

Meus olhos percorreram o perímetro e se fixaram na porta arranhada de madeira do seu quarto.

Merda, o quarto! ― praguejei. Minha cabeça foi bombardeada com ideias. De repente, eu sabia tudo que eu tinha que fazer.

Fui até a cozinha e voltei com alguns objetos pontudos, como facas e garfos, que me ajudariam no processo. Entrei no quarto à procura da lanterna e, assim que achei, a posicionei em direção às janelas fechadas por pedaços de madeira. Os pregos foram mal colocados, então eu iria conseguir facilmente arrancá-los. De início, tive que puxar os pregos enterrados com a faca e depois consegui puxá-los com o garfo e grande esforço. Aos poucos, arranquei as madeiras, até que a janela inteira foi descoberta. Eu a abri, empurrando as duas abas, e fechei os olhos assim que os raios de sol invadiram prontamente o quarto. Virei-me para ter certeza de que a bagunça era como eu imaginava: só que pior.

Não eram apenas os brinquedos que estavam espalhados por todo o canto, mas também pedaços de lixo, peças de roupa, toalhas jogadas, livros, aparelhos eletrônicos, o quarto era todo fora do lugar. Não que eu fosse obcecada por limpeza, mas viver ali no meio iria fazer mal uma hora ou outra. Deixei o garfo e a faca de lado e iniciei a coleta de tudo o que achei pela frente com uma velocidade impressionante. Os livros e aparelhos eletrônicos foram para a estante ― que arrumei em compartimentos com uma só mão; as peças de roupa foram separadas, as limpas foram dobradas em cima da cama e as sujas, diretamente para chão; arrumei brinquedos como uma mãe arruma o quarto de uma criança de cinco anos e eu nem tinha vocação para ser mãe... Por fim, quando dei por mim, o lixo fora varrido e o quarto já estava arejado.

Sentei-me na cama, agora arrumada, abri a gaveta do criado-mudo. Como esperado, mais bagunça, mas não era algo que me incomodasse, era só uma gaveta. Empurrei os objetos, encontrei fones, cabos, até que a situação começou a ficar mais tensa com isqueiros, caixas de remédio vazias e o que me fez recolher a mão. Havia ali no fundo, cinco lâminas afiadas, unidas por uma fita adesiva. Retirei as lâminas com cuidado e coloquei em cima do criado. A porta do quarto se abriu, e me virei lentamente.

― O que você fez? ― Brad perguntou incrédulo. Olhou em volta para conferir que sua bagunça havia desaparecido. ― Por que diabos você tirou a droga dos pedaços de madeira?

― O que essas lâminas estão fazendo aqui? ― indaguei.

― Se queria arrumar minha bagunça era só ligar a lanterna! Como eu vou dormir?

O que essas lâminas estão fazendo aqui, Bradley!? ― grunhi. Ele me encarou mortalmente.

― São eras passadas, eu já devia ter jogado fora...

― Então algum dia você se mutilou? ― Eu estava a meio caminho dos gritos.

― Faz muito tempo.

― Eu não entendo por que você faz essas coisas com você mesmo! Seu babaca! Por que não teve essa merda dessa ideia de ter um colega de quarto antes?

― Talvez porque eu não quisesse ninguém se intrometendo no meu quarto antes!

Virei-me para sua cama com raiva, puxei a primeira coisa que estava na frente e joguei em sua direção. Infelizmente, era apenas um urso de pelúcia e não satisfez minha vontade de quebrar a cara dele.

― Eu estou fazendo isso pelo seu bem! ― gritei.

― Você está louca?

― Nós sabemos quem é o louco aqui!

Brad jogou o bicho de pelúcia de volta em minha direção, mas tive tempo de desviar. Corri até ele e acertei meus punhos fechados em seu peito. Eu estava com tanta raiva que poderia abrir um buraco nele se ele não me segurasse.

― Se não quer que eu entre na sua vida, por que não me manda embora e quebra esse acordo?

― Eu não disse que não queria que entrasse na minha vida, disse que não queria que se intrometesse no meu quarto!

― É assim que você vai melhorar! Caso contrário, não me importo de te deixar aqui e ir embora! ― tentei disferir mais um soco, mas, vacilando, recuei e o encarei com raiva.

― Se quer tanto ir embora, por que não vai logo e me deixa aqui? ― retrucou no mesmo tom.

― Porque você vai voltar pra estaca zero, seu idiota! Não vê que já mudou demais desde que eu cheguei?

― Não vejo nada!

Brad estava nervoso. Não sabia dizer se estava com raiva por eu ter arrancado as madeiras de sua janela, ou se era porque eu estava ameaçando ir embora. Ele tentava responder com a mesma indiferença que eu estava demonstrando ― indiferença que ele não tinha. De repente, notei um filete de sangue escorrer por seu nariz. Arregalei os olhos e ele notou minha mudança de expressão, levando a mão até o rosto. Limpou o sangue e olhou para suas mãos.

― Seu nariz ― disse ― sangrando. Brad, seu nariz tá escorrendo sangue!

Ele olhou momentaneamente para a janela aberta e revirou os olhos.

― Epistaxe ― murmurou e encostou-se à parede, passando a outra mão no nariz que continuava a escorrer. ― Sangramento nasal por pressão alta. Eu estou nervoso e aqui está quente. Não me olhe como se eu fosse morrer.

Corri até ele e puxei seus pulsos.

― Como faz para parar?

― Tenho que tampar o nariz e abaixar a cabeça até acabar.

Fiz com que ele me acompanhasse para fora do quarto Fomos até o banheiro e ele ficou parado como uma estátua, com o nariz sangrando, até eu encontrar o saco de algodão. Brad encostou-se à parede e eu levei o algodão ao seu nariz, limpando o que já estava sujo. Rudemente, ele tirou o algodão da minha mão e tampou o nariz. Abriu a boca para respirar e abaixou a cabeça.

― Já me trouxe até o banheiro, agora já pode ir embora.

Arqueei as sobrancelhas.

― Como é que é? ― coloquei as mãos na cintura.

― Você disse que não se importaria em ir embora. Não precisa se importar agora que meu nariz sangrou.

― Adams ― chamei. ― Você é um grande babaca! Eu não vou sair daqui. Está demorando para entender? Eu sei que talvez você esteja acostumado com abandono, com pessoas que vêm e vão embora, ou talvez nem conheça afeição, mas eu... Não vou sair daqui.

Para não sofrer por amor, permitia-se sofrer por solidão. Devia ser isso.

Ele, que já estava com o olhar baixo, precisou abaixar mais a cabeça para me encarar. Puxei o algodão cheio de sangue e joguei no lixo, pegando outro mais limpo e voltando-me em sua direção mais uma vez. Antes que pudesse erguer o braço, Brad desencostou da parede e segurou-me pela nuca puxando-me leve e rapidamente. Não raciocinei, apenas fechei os olhos e senti minha boca encaixando a sua. O tempo que levou até que reconhecesse aqueles lábios macios foi o mesmo que sua outra mão levou até minha cintura, colando nossos corpos e, em conjunto, sua língua invadiu minha boca e combateu com a minha.

Fui tomada por uma sensação de incrível bem estar. As montanhas-russas internas desapareceram. Descrevi mentalmente: macio e diferente de qualquer um que eu já havia beijado. Não ousava, não tinha pressa. Foi molhado e quente. Era uma suavidade inacreditável, eu sabia que iria me viciar naquela sensação. E quando menos esperei, se afastou. Novamente, aquela horrível sensação de tudo estar sendo sugado de mim.

Ele tomou o algodão das minhas mãos e limpou o nariz, saindo com uma velocidade vagarosa do banheiro. Entrou em seu quarto e fechou a porta.

Sinceramente, eu não sabia o que tinha naquela cabeça. Que defeito deu nele para cogitar e colocar em prática a ideia de me beijar e sair andando.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Amaram? Odiaram? Tudo isso junto? Eu compreendo.
Eu queria fazer uns joguinhos com vocês como sempre faço mas ninguém nunca responde nada ;-; Vou fazer umas perguntas aqui, quem me responder vai ganhar alguma coisa que eu ainda não sei o que é.

1 Como foi seu primeiro beijo?
2 Qual a última música que escutou?
3 Você acredita em amor? Acha que pode senti-lo?
4 Algum ponto em seu corpo que se fizerem massagem você fica arrepiado?

Até o próximo, beijossss