Resistentes escrita por Joice Santos


Capítulo 62
Capítulo 61 – Lembranças Perfeitas: Adoção


Notas iniciais do capítulo

Amores mais um capitulo especial pra vocês a adoção da kebi espero que gostem



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Pov. Rosalie

Depois daquele momento meu e de Emmett relembrando nosso casamento, fomos almoçar na casa de Esme e passamos uma tarde muito calma e tranquila em família. Esme estava com um sorriso bobo no rosto depois de receber uma mensagem em seu celular. Ela pensa que me engana, a cara de apaixonada dela era visível. Torço com todas as minhas forças para que Esme seja feliz.

No fim do dia, a alegria de relembrar os momentos perfeitos da minha família ainda me dominava.

Quando Kellan já dormia no berço e Emmett lia uma historinha para Kebi na cama dela, eu saí do banheiro, vestida em minha camisola lilás, e revirei as gavetas do criado ao lado de minha cama até encontrar o que queria.

A foto de Kebi com 1 aninho de idade, no primeiro dia em nossa casa.

Dentei-me na espaçosa cama de casal, encarando a foto da minha pequena, e deixei as lembranças do dia da adoção dela invadirem meus pensamentos.

“ Quando soube que uma garotinha de apenas 1 ano havia chegado ao Abrigo Municipal de Por Angeles, fiquei esperançosa. Eu tinha que me conformar com a ideia de que tinha dificuldades pra engravidar e Emmett, assim como eu, não abria mão de termos uma criança.

Assim que cheguei do trabalho, puxei Emmett para nossa cama a fim de conversarmos sobre isso.

–Emm, lembra-se de quando me disse que adoção era uma das nossas opções caso eu não conseguisse engravidar?

–Lembro sim, amor. – ele respondeu com a expressão um tanto confusa. Eu segurava sua mão.

–Então, a Ângela me disse hoje que essa semana chegou ao orfanato uma garotinha de 1 aninho. Aí eu pensei que... – eu ainda estava incerta em falar, preocupada com sua reação, afinal só tínhamos 1 ano e 3 meses de casados. – Bem, eu pensei que poderíamos ir lá amanhã conhecê-la.

Falei de uma vez, encarando nossas mãos entrelaçadas.

–Rose, - ele falou colocando a mão em meu queixo, o levantando, para que eu o encarasse. – Seria perfeito. – Emm concluiu com um lindo sorriso de covinhas.

Não pude evitar um sorriso gigantesco brotar em meus lábios. Voei em seu pescoço num abraço apertado transmitindo todo meu amor, alegria e esperança.

Depois nos envolvemos num beijo apaixonado.

XXXXXX

–Rose, sossegue. Vai acabar assustando a menina assim. – Emmett falou rindo. Eu andava de um lado para o outro na sala de espera do orfanato.

Esperávamos a diretora do local, a Sra. Renée, nos chamar.

–Sr. E Sra. Cullen podem entrar, por favor. – Ouvimos a voz da diretora. Entramos e nos sentamos nas cadeiras em frente à mesa marrom de madeira.

Do outro lado da mesa, Renée começou:

–Boa tarde, eu fui informada de que queriam conhecer a mais nova moradora do Abrigo. Espanta-me como as notícias correm, a menina chegou essa semana aqui.

–D. Renée, acontece que eu trabalho com uma de suas funcionárias, a Ângela, em um projeto social na Faculdade de Port Angeles e ela me contou sobre a menina. Fiquei empolgada e meu marido concordou em virmos conhecê-la hoje. – expliquei.

D. Renée suspirou, entrelaçou as mãos e apoiou os cotovelos na mesa.

–Pois bem. Antes de começarem a visita, preciso contar a vocês sobre a história da criança. – ela tomou fôlego e começou. – Segundo o investigado por nossas assistentes sócias a menina era filha de mãe solteira e criada pela avó materna que estava doente. A situação do local onde moravam era deplorável. Apenas 3 cômodos velhos. A mãe, alcoólatra, não deve ter tido os cuidados devidos durante a gravidez, o que pode ter gerado a deficiência que a menina tem.

–Deficiência? Como assim? – Emmett a interrompeu.

–A criança é deficiente visual, ou seja, é cega. – D. Renée respondeu. – Só espero que isso não atrapalhe na decisão de vocês.

Encarei Emmett surpresa.

Como uma mãe pode ser tão descuidada a ponto de não pensar nas consequências que seus vícios poderiam causar no bebê que carrega?

Voltamos nossa atenção a Renée.

– A mãe, pelas informações dadas pelos vizinhos, morreu com uma infecção causada pela bebida. A avó se encarregou de cuidar da neta desde que nascera, já que a mãe não dava a mínima pera criança. A senhora, no entanto, era doente, sofria do coração. Meses depois da morte da filha, ela teve um infarto e também morreu. Uma das vizinhas que as ajudava, informou a história a polícia, fazendo a entrega da criança já órfã, com apenas um ano de idade. A menina foi entregue para nós e aguardamos sua adoção. – D. Renée em fim terminou.

Meu coração não podia conter a tristeza ao ouvir aquela história.

Uma moça destruída pela bebida, uma senhora doente cuidando da netinha deficiente visual. Uma garotinha tão pequena e frágil, já tão sofrida e que com certeza precisa ser amada e cuidada.

Suspirei e encarei Emmett. Ele estava pensativo.

–Então, vamos? Vou levá-los para conhecê-la. – Renée se levantou e fizemos o mesmo.

A seguimos pelos corredores do grande casarão até chegarmos a uma sala onde havia 5 crianças pequenas. Três delas dormiam em berços e outras duas brincavam num colchonete estendido no chão com ursinhos de pelúcia.

–É aquela ali de vestidinho vermelho. – A diretora apontou uma linda garotinha de cabelos castanho-dourados curtos e ondulados. Meus olhos, assim como os de Emm, brilharam ao ver a pequena.

–Qual o nome dela? – perguntei.

–Olha, a menina pelo visto não tinha documentos, certidão de nascimento, pois nada do tipo foi encontrado na casa. A vizinha chegou a mencionar Mara algumas vezes, mas não havia nada que comprovasse.

Mara? Não acho que esse seja um nome adequado para essa menina tão linda. Mara significa amarga. E pelo sorriso no rostinho branco dela ao brincar com o ursinho, imagino que ela seja a criança mais doce do mundo.

Eu e Emmett nos aproximamos dela e nos ajoelhamos ainda meio apreensivos. Não sabíamos direito como agir com uma criança tão especial como ela.

–Oi lindinha. – falei perto dela. A pequena levantou a cabecinha na direção da minha voz e esticou o bracinho, abrindo e fechando a mãozinha. Peguei sua mão e a encostei em meu rosto. Não sabia como agir, apenas fiz o que senti que deveria.

–Eu vim te conhecer. Eu e o Emmett. – peguei sua mãozinha e a coloquei na perna do meu marido. Emm sorriu.

Depois ela jogou os bracinhos pra frente, tateando o chão até encontrar o ursinho de pelúcia marrom.

Agarrou-se a ele sorrindo.

–Você gosta de ursos, né pequena? – Emm falou tocando na bochechinha dela.

–Ela é linda, Emm. – falei a observando.

Passei a mão por seus cabelos ondulados e ela bocejou. Aproximou-se mais de mim e encostou a cabecinha em meu colo.

–Nina. – balbuciou fechando os olhinhos e colocando o dedinho da boca.

Sua voz era como a de um anjinho.

Aquele pequeno gesto arrebatou meu coração e eu soube na hora eu soube que era ela. Tinha que ser ela.

Era ela que eu teria que por na cama todos os dias e ninar, era ela que eu teria que dar banho e alimentar. Que todas as noites que ficasse com medo eu a acalmaria. Sobre tudo, era ela quem eu queria amar e cuidar. Proteger.

Emmett sorriu encantado com a aproximação tão espontânea da pequena.

Foi aí que ele também soube: aquela garotinha seria NOSSA filha.

XXXXX

–Emm, é ela. Eu sinto isso. Você viu como ela se aproximou de nós de maneira tão espontânea?! Nossa, ela é.. Ai, ela é perfeita! - falei me jogando na grande cama de casal assim que chegamos em casa. Eu não conseguia conter minha empolgação.

–É mesmo Rose, eu também a adorei. –Emm falou se sentando na cama, ao meu lado. – Mas sabe que as responsabilidades com ela são praticamente dobradas em relação às com uma criança sem a deficiência dela.

Levantei meu rosto e me sentei na cama de joelhos, para encará-lo.

–É eu sei disso. E estou disposta a encarar qualquer responsabilidade pra cuidar dela. Você ouviu a história dela, ela precisa de alguém pra amá-la e ajudá-la. E nós podemos e queremos fazer isso. – falei convicta de minha decisão, olhando em seus olhos.

Eu realmente queria isso pra vida. Eu queria aquela garotinha como filha.

–Sabe Rose, eu também quero isso. Também quero cuidar dela, amar e a escutar me chamando de papai. Eu estou encantado por aquela pequena e disposto a encara também todas as responsabilidades por ela. – Ele falou com um brilho no olhar e um sorriso doce que fez meu coração de encher de alegria.

A certeza de Emmett era tão forte quanto a minha.

Passei meus braços por seu pescoço e selei nossos lábios em um beijo apaixonado e transbordado de felicidade.

No dia seguinte começamos todo o processo, demos entrada nos papéis da adoção. Uma assistente social veio conhecer nossa casa, saber da renda da família e outras coisas necessárias pra ver se tínhamos realmente condições de cuidar de uma criança.

Todos os dias nós visitávamos nossa menininha no orfanato até chegar o dia de levá-la pra casa.

–Florzinha, eu não vejo a hora de te levar pra casa. Eu vou ser sua mamãe. – falei sorrindo, ansiosa pra tê-la em casa logo. Ela brincava em meu colo com os tão amados ursinhos de pelúcias já velhos.

Emmett a pegou de meu colo e beijou sua bochechinha rosada.

–Agora você vai ter uma mamãe e um papai, ursinha. – Emm falou pra ela.

Entendendo ou não ela sorriu. Abraçou o ursinho com seus bracinhos curtos e soltou um gritinho de felicidade, seus olhinhos até se fecharam.

2 meses depois...

Eu achei que fosse esperar uma eternidade, mas finalmente os papéis da adoção saíram. Estava tudo certo e agora oficialmente ela era nossa filha.

Depois de muito pensar, escolhermos chamá-la de Kebi. Achamos o nome pequeno e lindo. Combina com nossa bonequinha.

Era maravilhoso olhar a certidão de nascimento em minhas mãos e poder ler Kebi Melissa Hale Cullen, filha de Emmett Cullen e Rosalie Hale Cullen. Não tinha orgulho maior.

O quarto dela já estava preparado em casa. Coisa da Alice é claro. Mesmo ocupada coma pequena Mackenzie, minha amiga teve tempo de me ajudar a organizar tudo.

Kebi se adaptou ao nome, a casa e, principalmente, a nós.

Nossa família estava finalmente formada. Eu e Emmett dedicaríamos o resto de nossas vidas para cuidar desse nosso presente enviado por Deus.

–Mamã?! –Kebi balbuciou, colocando a cabecinha na curva de meu pescoço enquanto eu a balançava, antes de colocá-la no berço pra dormir. Era a primeira noite dela em nossa casa. Na casa que agora também era dela.

Meus olhos se encheram de água e eu a apertei em meus braços acariciando seus cabelos.

–É, meu amor. Eu sou sua mamãe. – confirmei com toda certeza em meu coração. Afundei meu rosto em seus cabelos aspirando seu cheirinho doce. O cheirinho de bebê que eu tanto desejei sentir.

Lágrimas rolaram por meu rosto, mas eu não em importei. Eu estava tendo meu momento mãe e filha com a minha pequena e aquilo era perfeito. A felicidade e emoção transbordavam por meus olhos, fazendo aquele dia ser um dos mais perfeitos da minha vida.



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Notas finais do capítulo

Capitulo lindo e de fazer a gente chorar né. Gostaram? comentem e recomendem beijos e mordidas



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