Ago(u)ra escrita por


Capítulo 103
Fel


Notas iniciais do capítulo

Para Castello Branco, Hélio Flanders, Maria Rita e Lucas Silveira.



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Recolhi o dedo em riste
Explodi as entranhas em borboletários irritadiços
Amolei meu coração com os cortes da tua voz
E o teu fel corrosivo dilacerou-me o andar
Não mais corro as dunas; agora, manco pelos manguezais.
[...]
O amargo é a prova de que eu estou descendo de nvo ao Tártaro:
A pupila dos teus olhos claros e foscos.
Eu digo sim.
Minha (nossa) estrada se torna bipartida
E é necessário decidir o que seguir, a qual lado caminhar
É o instante agonizante de pegar ou largar
O abominável momento do sim ou não
Castello ou Cícero
Chute ou Pontapé
Coro ou Choro
Sara ou Ferida
Nós ou Lua.
Só espero não ter que te perder pra isso,
Porque, na pura e cristalina e introvertida realidade,
Eu ainda nem mesmo te conquistei.
Por você, meu choro se converteu em riso,
quando os olhos se curvaram para o chão,
as bocas mudas, sem saber o que dizer.
Os lábios, dançantes no rosto,
A caminhar batucando o ar sem escrúpulos.
A sua vontade em mim, a sua vontade em ti.
Deixei nos seus braços minh'alma, recém-nascida,
Para que cuidasses.
As cores, mortas, colorem a vida do nosso dia suburbano.
Seu abraço é o meu quotidiano - alternativo.
Certas horas, sinto a proporção do meu amor:
quer vendaval, quer brisa, por vós, em céu e mar e terra, eu morreria.


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Notas finais do capítulo

O muro que
No escuro se
Arma.
Quanto mais alto
Mais silêncio
Mais nos afasta.

— Apanhador Só



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