Dama Do Tempo escrita por Ana Eduarda


Capítulo 7
Capítulo 7




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Era como se tudo se movesse em câmera lenta. Mais mesmo que se movesse assim, meu coração era totalmente acelerado. Não saberia explicar o momento. Era como se o vento batesse rapidamente em meu cabelos, mais meu corpo não se mexesse com rapidez suficiente. Senti meus músculos tremerem. Eu estava a ponto de desabar. 

Não poderia ser real. Era muito imaginário para eu poder criar, mais ainda assim muito surreal para eu poder dizer. Não saberia dizer oque está acontecendo se não visse pelo meus próprios olhos. Não saberia explicar senão estivesse a frente disto. 

Foi como se seu toque me levasse para outro local, outro mundo. Em pé sobre as estrelas, o vento some rapidamente e o mar não mais aparece. Só a imensidão do espaço e o contra-tempo do relógio sobre posto na parede invisível tiquetaqueando alto. Me senti mais confusa e abismada do que propriamente assustada. 

Era um local diferente dos outros. Era muito diferente de tudo que eu tinha visto. 

O garoto a minha frente era só um pouco mais alto que eu. Os cabelos negros desalinhados e lisos estavam presos por uma cartola preta alta e sedosa. Os olhos negros do garoto me fitavam com interesse. Nos seus olhos a pupila chegava a ser confundida com a íris. A pele branca era quase transparente mais ainda assim bonita de se olhar. Doía nos olhos. Os lábios esticados em um meio-sorriso e o corpo sendo sustentados me uma bengala como antigamente. Mais mesmo pelas roupas antigas ele era muito jovem. 

Com um súbito repelão deixou-se tirar pela bengala e andou lentamente em minha direção até chegar a minha frente. Ele era muito mais alto que eu visto de perto. Tinha muitas perguntas a fazer. Mais não consegui falar. Era como se não pudesse.

_ Olá?  - Perguntou a sedosa voz de veludo do garoto. Um leve sotaque francês pode ser visto e confundido com um alemão ou português. Tão díficil de definir. Tão indecifrável. Não consegui falar e só fitar seus olhos negros e ficar na ponta dos pés para poder ficar a sua altura. No seu queixo. - Eu lhe cumprimentei. Você não irá falar comigo? - Disse arqueando de leve uma de suas sombrançelhas. 

_ Olá. - Gaguejei. Arrancando de leve um riso de seus lábios. Senti meu coração parar de bater. Senti meus pelos arrepiarem mesmo não tendo vento algum no local onde estava. - Onde estou? - Tive coragem e perguntei,

Eu parecia perdida no tempo. Eu estava em algum local distinto e distante. 

As estrelas pareciam pontos distantes mais ainda assim mais perto do que vistas na terra. Eu estava flutuando no ar. Se houvesse algum tipo de ar ali. Mais mesmo sem ar eu respirava. Era irreal. 

Ele andou um pouco para longe de mim e depois virou-se para mim gracioso. 

_ Bem-Vinda ao meu lar. - Disse gesticulando para o local que derrepente se transformou em uma mansão grande. Eu estava a ponto de cair. 


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