Killer X escrita por Jhay


Capítulo 4
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Paçoquinhas do meu coração, voltei com mais um capitulo prontinho que acabou de sair do forno! - Quero agradecer a: Bird por favoritar minha fic >w



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Pensara o resto da tarde e a noite inteira na garota misteriosa. Virava de um lado para o outro na cama sem conseguir dormir. Levantou, andou, tocou, leu, escutou, fez mil coisas, mas o sono teimava em chegar.

 Agora que precisava ir para a escola e se manter acordada, morria de sono e quase caiu da bicicleta quando fechou os olhos por alguns segundos.

  – Hey! Garota tímida! – Andrey se aproximou enquanto ela colocava a trava de segurança na bicicleta.

 Limitou-se a pegar a mochila e caminhar. O garoto era insistente, foi atrás dela.

– Seu nível de timidez me assusta.

– Não sou tímida. Só não desperdiço meu tempo com coisas inúteis.

 A voz era indiferente, mas por dentro se martirizava por ser tão má. Queria poder falar com ele...

– Entendo que seu trabalho requer não se envolver emocionalmente com alguém, mas você poderia ser mais amigável. Tentar ser feliz não é má ideia.

– Felicidade é uma ilusão frágil que basta uma coisinha insignificante para destruí-la – disse mecanicamente uma de suas frases feitas.

– Você está destruindo a si mesma assim.

 Com um movimento rápido e gracioso Laura jogou Andrey contra a parede, com o antebraço direito pressionou o pescoço e olhou bem em seus olhos.

– Eles me mataram. Mataram minha inocência e o que eu era. Não diga o que eu devo ou não fazer, você não sabe de nada.

– Pelo contrário – disse com uma voz vacilante por causa de seu pescoço pressionado.

– Falando nisso... O que você quis dizer com “há mais coisas envolvendo sua história e a organização”? O que você sabe? – afrouxou um pouco a pressão.

– Sei muito. Não posso dizer aqui.

– Por que não? – seus olhos se estreitaram.

– Porque não quero correr o risco de alguém escutar. Não sei se você percebeu, mas estamos na escola onde estudam várias pessoas e alguém pode muito bem ser um espião da organização. Quando chegar o momento certo você saberá.

 Não sabia por que, mas começou a se lembrar da garota e do sonho, um arrepio percorreu sua espinha até a nuca.

– Então... Você vai me soltar ou...

– Ah! – tinha esquecido se do garoto e da posição constrangedora que se encontravam.

 Soltou-o e foi rapidamente para a sala de aula. Tentou prestar atenção, mas seu esforço foi em vão, logo estava debruçada na mesa, dormindo tão profundamente que sonhou.

  – Você precisa salvar nossa irmã.

 Laura estava diante de um espelho que a refletia. A moldura que contornava toda a estrutura do espelho era feita de bronze decorativo.

  – Você precisa salvar nossa irmã Laura – o reflexo movia a boca e falava.

 A voz era diferente da sua. Além do mais, como o reflexo poderia se mover sendo que ela mesma não se movia?

  – A não ser que não seja um reflexo – disse e andou dois passos até ficar cara a cara com a intrusa.

 Ergueu a mão direita e a esticou. O reflexo-não-reflexo ficou parado. Sua mão, ao invés de topar com vidro, encostou de leve o rosto da garota.

  – Você... Quem é você? – Laura queria saber, queria entender quem era aquela com o mesmo rosto, cabelo e olhos que ela.

  – Não temos tempo a perder, você sabe. Seja só mais um pouco paciente querida Laura.

 De repente tudo ficou preto como se tivesse acontecido um apagão no sonho. E depois um flash. A claridade voltou, mas não havia espelho nem garota. Estava em uma sala toda em branco. Olhou de um lado para o outro, mas a única coisa que via era a janela negra do tamanho da parede, do outro lado, tinha certeza, alguém podia vê-la. A porta se abriu de repente. Laura esperou que alguém entrasse, mas nada aconteceu, o silêncio era total. Alguém gritou. O grito era abafado, porém Laura percebeu, com certo receio, que o grito era de dor. E tinha a impressão de que já conhecia o dono. Sua irmã... Era sua irmã! Ela quem gritava desesperadamente de dor.

 Tentou pensar em algo racional, mas não conseguiu. Saiu correndo para encontrar a fonte do grito, e estava cada vez mais perto. Finalmente parou em frente a uma porta branca com o número 05 cravado em cima. Os gritos vinham de lá. Colocou a mão na maçaneta e não hesitou, abriu e escancarou a porta.

 Lá dentro estava minha doce e delicada irmãzinha, mas não estava tão doce e tão delicada dês da última vez que a vi. Seus cabelos antes cor de cobre a anelados estavam sem vida e sujos. Seus dentes eram afiados, nada a ver com os dentes lindos e brancos que tinha. Seu rosto... Oh céus! Seu rosto lindo e meigo estava cheio de feridas, roxeados e cortes profundos, irreconhecível e assustador. Seu corpo era pele e osso, sem aquela energia e essência de criança que antes possuía.

  – Ísis, o que fizeram com você? – disse horrorizada. Uma lágrima percorreu sua bochecha.

  – Eles me mataram irmã. E a culpa é sua! Sua Laura? Por que me abandonastes?

  – Não... Não quis que isso acontecesse com você querida. O que eu mais quero e tento é libertá-la – mais lágrimas acompanharam a primeira.

 A garotinha estranha-conhecida curvou um pouco as costas e correu rapidamente em direção a Laura. Ela quis fugir ou esquivar-se, mas não conseguiu a tempo. A garotinha foi diretamente nela.

 Laura acordou assustada e com os olhos arregalados. Sentia uma lágrima marcando seu rosto. Olhou ao seu redor e viu que a sala estava vazia.

  – Você está bem? – a voz daquele garoto, Andrey, invadiu seus ouvidos.

 Ela se virou para a origem do som e o viu sentado casualmente na mesa ao seu lado, seu rosto demonstrava certa preocupação.

  – Estou. Só... Só peguei no sono.

  – Isso é uma lágrima?

  – Foi um pesadelo, ok?! – desabafou exasperada.

  Andrey tinha chegado à escola há dois dias, porém nunca achou que veria uma manifestação daquelas naquela garota em especial.

  – Vamos. Eu te acompanho – apontou para a porta com a cabeça e deu sorriso leve.

 Não disseram mais nada. Pegaram suas mochilas e foram embora. Laura estava cansada e triste demais para retrucar e negar a presença dele.

 Ela pegou sua bicicleta, olhou de relance para o garoto e, para seu espanto e curiosidade, o viu caminhando – talvez para casa – na companhia de uma garota. Ao observar melhor viu que a garota era a mesma da rua e do sonho.


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Notas finais do capítulo

Eai? Gostando? Eu gostaria que vcs mandassem reviews sabe... porque eu to precisando saber o que vocês acham pra saber se posso continuar ou não.