Os Cavaleiros Do Zodíaco - A Saga Do Bronze escrita por João Carlos Caumo


Capítulo 8
Capítulo 8: Trevas e Luz! O Acorde Noturno!


Notas iniciais do capítulo

Os Cavaleiros de Ouro de Virgem e de Gêmeos encontram seus inimigos no caminho, enquanto João Senpai e Yanka tentam escapar do Inferno de Hades!



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Na Quarta Passagem do Labirinto de Hefesto, Danilo de Virgem e Avallos de Unicórnio travam uma batalha mortal. Avallos, emanando um cosmo cheio de maldade, tenta desenfreadamente acertar Danilo com seu chutes violentamente rápidos. O Cavaleiro de Ouro evita todos os ataques, enquanto eleva seu cosmo pouco a pouco.

- Avallos de Unicórnio você disse não é? Você também competiu pelo direito do cargo de Cavaleiro de Ouro, como pode emanar um cosmo das trevas desta maneira?

- Eu costumava amar a Terra e as pessoas, por isso queria seguir a Deusa Athena. Mas não pude conquistar o direito de trajar uma Armadura de Ouro. Eu era fraco, apesar da coragem que tinha. Foi então que o Deus Hefesto me concedeu poder, me concedeu o direito de atravessar as estrelas espalhando o caos e o terror!

- É tudo ilusório Avallos... Este poder de trevas, jamais poderá triunfar sobre o amor e a justiça.

- Vou te provar que as trevas em meu coração são mais fortes do que tudo! GALOPE DO UNICÓRNIO!

Avallos salta as alturas, descendo na velocidade do som, aplicando toda a sua força em um poderoso chute. Danilo de Virgem, considerado o Cavaleiro de Ouro mais próximo do status de um Deus, utiliza o teletransporte para esquivar da técnica do Galope do Unicórnio.

- Avallos, seu coração não caiu nas trevas... Hefesto apenas o convenceu que esse poder existia dentro de você, mas ele está te controlando como uma marionete... 

- Está insinuando que sou fraco? GALOPE DO UNICÓRNIO!

- Irei abrir seu olhos, e livrar todo esse ódio de seu coração... RENDIÇÃO DIVINA!

Na Quinta Passagem do Labirinto de Hefesto, Jubas de Gêmeos iniciava sua luta contra Vini de Lobo. O jovem Cavaleiro de Bronze de Lobo era mais rápido que um trovão. Com seu cosmo elevado, projetava seu cosmo em formas de garras para tentar golpear Jubas. O habilidoso Cavaleiro de Ouro evita todos os ataques, sem muitas dificuldades.

- Com esse baixo nível de cosmo você nunca me derrotará Vini, desista!

- Sou um dos Cavaleiros de Bronze mais rápidos dentre os 10 Cavaleiros de Bronze. Com minhas técnicas cortantes, causarei feridas profundas em você, anulando pouco a pouco seus movimentos!

- Cavaleiro tolo! A Armadura de Ouro de Gêmeos é a mais bem protegida dentre as 12 Armaduras Sagradas, impedindo revelar meus pontos vitais ao inimigo. Já essa sua Armadura de Bronze, além de não possuir brilho ainda expõe a maior parte de seu corpo, tornando um alvo fácil de eliminar.

Vini de Lobo aumenta ainda mais a frequência e velocidade de seus golpes. Até que Jubas de Gêmeos é atingido em sua perna direita:

- Não é possível, mesmo com a proteção da Armadura de Gêmeos, ele encontrou uma brecha para me atacar e me ferir.

- Exatamente... É um corte profundo, vai te causar muita dor, e até irá inibir seus movimentos!

- Maldito... Mesmo assim vou manter minha calma. Você é muito veloz, mas não é forte ao ponto de me derrotar. Por isso, manterei minha consciência “bondosa” para te vencer!

- Cavaleiro de Gêmeos, você é uma piada! Morra! GARRAS UIVANTES!

- Suma daqui! OUTRA DIMENSÃO!

“Yanka! Yanka! YANKA!”

Como um sussurro, Yanka ouve a voz de João Senpai de Lyra. Ainda zonza, com tudo rodando a sua volta, ela vai recuperando a consciência e voltando a si.

- Sen... Senpai... O que houve...?

- Está tudo bem agora Yanka. – Pegando Yanka em seus braços, João Senpai de Lyra ajuda Yanka a se sentar.

- Pharaó! Pharaó de Esfinge! Onde ele está! Tenha cuidado Senpai!

- Calma Yanka! Ele ficou para trás, ele está derrotado Yanka...

- Onde... Onde Estamos...?

- Estamos chegando ao Mundo dos Vivos... Tenha cuidado para não cair, estamos no barco do Canoante, assim que cruzarmos este rio Aqueronte estaremos muito próximos do Mundo dos Vivos.

- Como viemos parar aqui?

- Você desmaiou ainda na Terceira Prisão. Tive algumas batalhas desde então, mas te protegi, e te carreguei no colo até aqui... Se você ainda não estiver bem, te carrego até o Mundo dos Vivos...

- Acho que estou bem... Obrigada Senpai!

João Senpai de Lyra, tentando impedir que Hades volte a vida, encarnando em Yanka, foge rumo a Terra, o Mundo dos Vivos, invejado pelos Deuses pelas suas belezas naturais. Durante sua caminhada, enfrentou e venceu facilmente alguns Espectros de Hades, sendo eles Pharaó de Esfinge, Rune de Balrog e Caroante de Aqueronte.

- Senpai... É verdade que sou a escolhida para ser a reencarnação de Hades?

- Sim Yanka... Mas não deixarei que isso aconteça. Eu prometi te proteger não foi?

Yanka sorri, enquanto vão navegando pelo rio Aqueronte.

Chegando a margem do rio, João Senpai e Yanka seguem rumo ao Castelo de Hades, que fica no Mundo dos Vivos, servindo de portal para o Mundo dos Mortos. Com a chegada de Hades sendo esperada por todos no Inferno, o Castelo se mantém vazio. João Senpai e Yanka sobem até a torre mais alta. No topo da torre, um enorme pátio acima de uma sacada proporcionava uma linda paisagem, em pleno brilho do luar. Eles caminham até a beira. Admirada com o brilho da lua, Yanka se maravilha com a vista proporcionada. Uma leve brisa sopra, fazendo seus cabelos esvoaçarem. Ela fecha os olhos, e parece absorver tudo isso a sua volta, e com um leve sorriso abre seus olhos, demonstrando a satisfação do primeiro contato com este Mundo dos Vivos, que lhe foi tirada ainda bebê para crescer no Mundo das Trevas. Yanka pega na mão de João Senpai de Lyra que estava ao seu lado, presenciando os mesmos sentimentos. Em uma troca de olhares, uma lágrima cai do rosto de Yanka:

- Por que você está chorando Yanka? – Pergunta João Senpai, secando a lágrima, acariciando seu rosto.

- Você tinha razão. Isso tudo é lindo... – Diz Yanka pegando na mão se Senpai em seu rosto – Senpai queria te contar uma coisa... Eu...

- Desculpe, mas posso interromper este momento?

- Esta voz... Não pode ser! – Diz João Senpai de Lyra, tomando a frente de Yanka para protege-la.

As grandes portas da torre, que estavam fechadas, explodem deixando apenas a silhueta de um cavaleiro no interior da torre. O cavaleiro emanava um cosmo extremamente perigoso e poderoso. Ele caminha em direção aos dois, quando a luz da lua revela sua identidade:

- Essa não... É Radamanthys... Radamanthys de Wyvern! Um dos três Juízes do Inferno! – Diz Yanka, escondendo-se atrás de João Senpai de Lyra.

- O que faz aqui Rhadamanthys? – Indaga João Senpai para o Espectro, segurando firme na mão de Yanka.

- Cavaleiro de Prata, você sempre teve ar de traidor para mim. É uma pena que a Senhorita Pandora não tenha percebido isso como eu percebi. Infelizmente, por você ter jurado lealdade ao Imperador Hades, e telo traído de tal forma, levando seu corpo para o Mundo dos Vivos, sua única punição plausível é a morte, e terá sua alma presa no vazio eterno!

- Yanka, fique aqui e não se mexa! – Diz João Senpai de Lyra, empunhando sua lira para o combate.

- Não lute com Rhadamanthys Senpai! Por favor, ele é um dos três Juízes do Inferno, seu cosmo é terrível! Tem que haver outro meio de lidarmos com esta situação.

- Rhadamanthys tem um gênio mal, não posso deixar que ele te leve de volta para o Inferno ou que te machuque! Eu lutarei com ele e vencerei! 

- Não! Senpai!

João Senpai de Lyra corre em direção a Rhadamanthys, elevando seu cosmo:

- Rhadamanthys, prepare-se! Te colocarei em sono profundo! SERENATA DA VIAGEM DA MORTE!

Rodeando de Rhadamanthys de Wyvern, Senpai de Lyra começa a tocar sua Serenata da Viagem da Morte.  Rhadamantys começa a ficar sonolento, e vai caindo levemente. Prestes a encostar no chão, como um vulto ele desaparece e reaparece nas costas do João Senpai:

- Acha mesmo que essa sua música horrível causará efeito em mim?

- Mas como você...

Antes mesmo que João Senpai tivesse tempo para se defender, é fortemente atingido com um chute, sendo arremessado para o ar. Rhadamanthys pula acima de João Senpai, golpeando-o com um forte soco, que sem reação se choca com o solo, causando uma grande destruição durante o impacto.

- Senpai, não! Pare Rhadamanthys não faça isso! – Desesperada, Yanka corre em direção de Senpai, que está caído em meio aos destroços do pátio.

- Yanka... Corra... Proteja-se...

- Devia cuidar é de você mesmo! Morra verme de Prata!

Rhadamanthys voa em direção a Senpai para aplicar o golpe final, quando Yanka entra na frente do golpe. Surpreso, Rhadamanthys para bruscamente seu ataque mortal:

- Sua tola, quase te matei! Não se atire assim contra meus ataques, você é a reencarnação de Hades, não pode morrer... Porém... – Diz Rhadamanthys, estendendo a palma da sua mão em direção a Yanka.

Com uma velocidade e uma pequena porção de força, Rhadamanthys dá um tapa na cara de Yanka, fazendo-a cair ao chão, abrindo caminho para que ele pudesse aplicar o golpe final em João Senpai de Lyra.

Yanka, caída ao chão e em prantos, põe a mão no rosto. Apesar de não ter sido um golpe mortal, ela sente a dor da violência de um Espectro:

- Não posso mata-la, pois você é a reencarnação de meu Mestre e Imperador do Sub Mundo, o Hades. Mas não significa que não menosprezo sua insignificante existência como uma humana mortal! – Esnoba Rhadamanthys, demonstrando toda a sua superioridade quanto ao cargo de Juiz do Inferno.

De repente, as pedras envoltas dos destroços ao qual João Senpai de Lyra tinha caído, começam a flutuar, rodeadas por um cosmo branco, puro porém devastador. João Senpai de Lyra se levanta com dificuldade. Sangue escorre de

sua testa:

- Rhadamanthys... Você poderia muito bem ter acabado comigo antes mesmo que eu me tornasse escravo de Hades. Mas vocês do Inferno me deram a chance de conhecer uma pessoa muito importante para mim. Vocês dizem que Yanka é a reencarnação de Hades, isso porque são reles Espectros sem coração! Achei que iria me esquecer do que é ser um humano no Inferno, mas foi Yanka que me fez lembrar, de quanto belo é o amor, esse calor que queima em nossos corações! Elevarei meu cosmo, mas o queimarei de dentro do meu coração para que você tema a força de um Cavaleiro quando ele luta por alguém que ele ama!

- Não poderá sequer chegar perto de me vencer! Pare de lutar por essa humana, que não serve mais que um recipiente vazio para a alma de Hades!

- Por meu descuido você agrediu Yanka! Eu não vou te perdoar Rhadamanthys de Wyvern! Nunca irei te perdoar!

- Senpai... Vença ele... Por mim tá? – Diz Yanka, sorrindo para Senpai de Lyra.

O filme de Rhadamanthys agredindo Yanka passa pela mente de Senpai novamente. Seu cosmo altamente elevado, de cor branca e brilhante como a lua se apaga. Ignorando completamente o Juiz do Inferno, João Senpai de Lyra caminha em direção a Yanka. Abaixando-se diante Yanka, como se a estivesse reverenciando, ele começa a tocar sua lira:

- Eu estava preparando esta música para você Yanka, mas não queria que fosse desta maneira que tudo terminasse. No entanto, por ironia do destino, este momento é perfeito para um novo acorde para você.

- João... Senpai... – Sussurra Yanka.

- Não menospreze a mim, um dos três Juízes do Inferno! Vou arrancar sua cabeça para que nunca mais volte a este Mundo! – Diz Rhadamanthys explodindo em raiva o seu cosmo.

- ACORDE NOTURNO!

Linhas energizadas caem do céu em direção a Rhadamanthys. Como relâmpagos, atingem em cheio o Espectro que desaparece com o som da música tranquila da lira de João Senpai. Quando os relâmpagos cessam, pó de estrelas dançam em volta do local. Mais adiante, um pedaço do chifre do elmo da Armadura de Wyvern cai ao chão.

- Acabou. Venci. – Diz, João Senpai de Lyra abaixando-se junto de Yanka, tomando-a em seus braços. – Você está bem? Ele te machucou Yanka?

- Foi só um susto Senpai...

- Me perdoe Yanka, por descuido meu ele...

- Aliás... – Interrompe Yanka, com as mãos no rosto de João Senpai de Lyra. – Eu adorei sua nova música para mim.

Tendo a Lua como testemunha e cenário, Yanka e João Senpai se beijam debaixo da luz do luar. Após um tímido beijo, Yanka sorri dizendo:

- Naquela hora, o que eu queria ser a primeira a dizer... Que eu te amo Senpai...

- Acontece... Que eu disse que te amava primeiro...

João Senpai e Yanka riem, quando novamente se beijam. Os raios de Sol começam a surgir no horizonte. Desta vez, eles poderiam desfrutar o destino que havia os unido, desta vez longe das trevas.


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