Katerina Petrova escrita por Biah


Capítulo 1
I meet one friend


Notas iniciais do capítulo

Esse é só o primeiro capítulo, então não ficou muito bom, mas nos próximos a história vai melhorar, prometo...
Espero que gostem...
Boa leitura



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Fazia sete meses que eu mal saia de casa. Minha família não queria que vissem minha barriga, afinal, estava grávida fora do casamento. É como um crime aqui. Deixei a todos com vergonha, principalmente papai.

Luka, o pai do bebê, saiu da Bulgária assim que soube da minha gravidez. Mas até onde sei, só ele e sua família sabem de minha gravidez.

Fiquei presa em casa 24 horas por dia nos últimos meses, falaram a todos que eu estava doente.

Passo o tempo em meu quarto escrevendo histórias, lendo, entrando em meu próprio mundo de fantasia.

Sempre fui muito vaidosa, e sempre cuidarei primeiro de mim, eu na frente de qualquer um.

***

Era de tarde, eu estava lendo em minha cama quando comecei a sentir pontadas e dores na barriga, o anuncio de que o neném estava vindo. Gritei, pois a dor era terrível, e logo uma empregada veio em meu auxilio.

Agora já era noite, e eu nunca tinha sentido dor maior. Era horrível, e eu ainda tinha de empurrar. Estava cercada de empregados, meu pai estava apenas observando carrancudo na porta, e minha mãe me ajudando no parto do bebê.

Cada vez que eu berrava, ela repetia “Vamos Katerina, mais força, você consegue, vai dar tudo certo!”, e eu empurrava com mais força.

A dor foi excruciante e durou por muito tempo, até que a criança veio. Minha mãe a pegou e sorriu.

- É uma menina.

- Uma menina – repito, aliviada pela dor que passava e porque queria uma menina.

Estico os braços para pegar minha filha, e quando minha mãe a está me entregando, outro par de mãos arranca a criança dos braços de minha mãe. Meu pai.

- Vou doá-la. Vai ser melhor para vocês duas.

Então me desespero. Como ele pode tirar meu bebê de mim? Levá-la para a adoção? Separar mãe e filha para sempre?

Eu sabia que isso aconteceria, e achava que estava preparada, mas não estava.

- Não papai! Deixe apenas eu pegá-la uma vez! – digo entre lágrimas.

Tento chegar até meu pai que está saindo, mas minha mãe faz uma barreira e diz:

- Será melhor assim... Melhor para as duas, Katerina – ainda tento sair da cama e chegar até lá, mas eu sei que não conseguirei.

Depois de eu me acalmar e parar de chorar, sou deixada no quarto para descansar e me recuperar.

Já estou totalmente convencida de que nunca mais verei minha menininha, mas ainda é difícil aceitar.

Adormeço lendo, e acordo com uma empregada trazendo café da manhã. Sequer agradeço. Simplesmente como quieta, e depois ela leva a bandeja.

Três dias se passaram, minha barriga já esta do tamanho normal e estou totalmente disposta e descansada.

Quando meu pai percebe, acontece o que eu sabia que aconteceria. Sou deserdada, expulsa de casa e da Bulgária.

Minhas malas estão na porta de casa, e uma carruagem me espera, para me levar até a Inglaterra. Terei que recomeçar a vida sozinha.

Minha mãe me abraça e diz um “eu te amo” sussurrado.

Sigo viajem quieta, não falei uma palavra durante todo o caminho. E quando chego, sou deixada numa casa arrumada por meus pais para mim.

Sou obrigada a me acostumar com a Inglaterra, e é isso que eu faço. Aprendo a falar, andar, me vestir e comportar como Inglesa.

Depois de dois meses sozinha, sem amigos, conheço alguém. Estava na praça, comprando alimentos, quando um rapaz vem falar comigo.

Ele é lindo. Alto, com olhos claros e cabelo cor de mel, nunca vi homem mais bonito.

- Olá – diz com um sorriso perfeito – me chamo Klaus... E seu nome seria...?

Por que ele falaria comigo? Nunca me achei feia – morena com olhos escuros, pele clara, magra e razoavelmente alta – mas não teria motivos para ele falar comigo. Ajeito-me, e digo com a voz mais doce que posso:

- Katerina.

- Olá Katerina. – dou o melhor sorriso que tenho, quero impressiona-lo – te vi passando aqui algumas vezes no último mês, mas nunca havia visto você aqui antes... E me interessei muito por você... Seria muita ousadia a minha, se eu perguntasse de onde você veio?

Além de lindo, é cavalheiro.

- Vim da Bulgária há dois meses...

- E está sozinha Katerina?

- Por que acha isso, Klaus? – digo, dando um sorriso torto e levantando uma sobrancelha.

- Todas as vezes que vi você, estava sozinha.

- Sim, estou aqui sozinha...

- Bom, agora, se aceitar minha amizade, não estará mais sozinha – dou um grande sorriso como resposta – onde está hospedada?

- Em uma casinha, não muito longe daqui.

- Gostaria de jantar comigo hoje, Katerina?

O que eu mais queria naquele momento eram amigos, e se fosse um amigo super lindo, seria melhor ainda, então aceito, não só pela amizade, mas também porque fazia um ano que eu não jantava na casa de outra pessoa se não a minha.

- Claro.

- Na minha casa. Não é longe daqui também, seguindo reto por três quarteirões, minha casa é a grande e bege. Espero-te no início da noite.

- Estarei lá – digo e viro as costas e vou para minha casa.

Arrumo-me com o melhor vestido que tenho – rosa, com detalhes de renda branca nas mangas e na borda e com pérolas no busto, penteio o cabelo e deixo parte presa, parte solta. Espero o crepúsculo para sair de casa e parto em direção a casa de Klaus.

Chegando lá, me dou conta de quanto ele deve ser rico, porque a casa é linda e gigante, a maior que já vi desde que cheguei aqui. É toda bege, tem um gramado na frente e uma grande varanda com um sofá, onde Klaus está sentado.

E quando ele se levanta, vejo que não apenas a casa está deslumbrante, mas ele também. Ele se aproxima com um sorriso, beija minha mão e diz:

- Boa noite Katerina, você está maravilhosa neste vestido.

- Obrigada.

E sou conduzida para dentro de sua mansão.


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Notas finais do capítulo

Então... Mereço reviews?? Por favor??