The Family Business escrita por Tia Stark


Capítulo 2
Capítulo 1– Meu celular saiu voando pela janela


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amores :33Como vai o fim de semana de vocês?Preparados para o 1 capítulo?Ótimo,então boa leitura :3



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Ouvi um barulho de porta batendo e acordei sobressaltada, só com os cotovelos apoiados na cama macia, cocei meus olhos e virando-os para ver o despertador.

Oh droga. — sussurrei reclamando comigo mesma pelo incidente do despertador.

Me sentei na cama antes de levantar e fui em direção ao meu celular que estava em cima da escrivaninha, carregando. Tirei o fio do carregador do celular, porque já marcava que a bateria estava carregada na tela; eram 02h45min da manhã, cocei meus olhos mais uma vez, ainda com sono e cansada e fui lentamente até minha cama e acendi o abajur que havia em cima do criado-mudo. A luz me fez fechar os olhos, pois estava um pouco mais forte do que o normal.

Fui até a minha janela para verificar se o Impala estava lá, e não estava. isso significava que os dois tinham saído para caçar, o que me deixou irritada, e, ao mesmo tempo feliz. Eles haviam me deixado para trás, mas ao mesmo tempo, eu não iria ficar em casa sem fazer nada o dia todo. Corri até a minha cama, me abaixei e peguei a minha mochila que eu havia arrumado na noite passada com roupas e tudo que eu iria precisar.

Coloquei minha mochila em cima da cama e fui me trocar, e quando terminei andei até o meu guarda roupa e peguei a minha inseparável jaqueta de couro. Até parece que eu iria deixá-la para trás. Sai do meu quarto e tranquei a porta do mesmo, não iria deixar ninguém mexer nele quanto eu estivesse fora, era como se estivessem mexendo em um diário.

Coloquei minha mochila e jaqueta em cima do sofá, e andei até a cozinha, fui até o estoque de sal e peguei 3 pacotes, caso alguém precisa-se. Coloquei os pacotes em cima da bancada e voltei a minha atenção para os armários. Era um estoque de gordura e ataque cardíaco. Para falar a verdade, só tinha porcaria, chocolates, tortas e muito mais. Se eu não morresse com uma faca enfiada no meu coração ou um tiro, eu poderia morrer de um ataque cardíaco ou de diabetes.

Peguei tudo o que eu precisaria comer até chegar em um lugar saudável ou coisa parecida e coloquei tudo em cima do balcão, junto com o sal e fui até o micro-ondas. Peguei a chaleira de café, coloquei em cima da bancada e fui até o armário e peguei a minha xícara do Batman e coloquei café dentro. Sim, o café graças a Deus estava quente. Eu só estava tomando café por causa do sono, levei a xícara até a boca e tomei um gole.

"Quando vai entender que eu só quero seu bem?"

A frase de Dean sussurrou em minha mente. Eu sempre soube que ele queria meu bem, mas eu precisava de um voto de confiança dele só uma vez. Eu não era mais uma criancinha, parecia que ele não queria me ver crescer. Eu já era uma adolescente, eu conseguia me virar sozinha. Mas para ele, parecia ser difícil perceber que a garotinha cresceu.

Depois que terminei de tomar café peguei as coisas que havia separado em cima do balcão e fui até a sala. Abri a minha mochila e comecei a colocar as comidas 100% diabéticas juntamente dos pacotes de sal. Quando terminei fechei a mochila, coloquei minha jaqueta de couro e minha mochila nas costas.

— É agora ou nunca, garotinha. — falei para mim mesma.

Verifiquei se o meu celular estava no meu bolso, e como estava, comecei a lembrar se havia deixado alguma coisa para trás. Mas nada me vinha a mente; estava tudo dentro da minha mochila. Fui até a porta da frente e sai.

Sabe aquela sensação de liberdade? Pois bem, acho que eu senti muito mais que isso.

Santa líder de torcida do Batman, que frio! — exclamei colocando as minhas mãos em volta dos meus braços para amenizar um pouco o frio que fazia.

Comecei a andar na direção a onde tínhamos marcado para nos encontrar, eu estava há um metro de distância quando pude ver a luz rosa que ela projetava. Comecei a andar em sua direção, até que ela me viu.

— Oi. — cumprimentei sorrindo.

— Olá.— Mel respondeu-me com um sorriso que ia de orelha a orelha.

— Está pronta? — perguntei zombando de seu nervosismo. — De verdade? — ela ficou muda.

Olhei para ela esperando sua resposta, mas percebi que ela estava bem mais nervosa que eu. Mel era do tipo que sorria no nervosismo e sorria na felicidade. Eu não conseguia entendê-la de jeito nenhum.

— Não. — ela disse ainda demonstrando nervosismo.

— Fica tranquila. — pedi tentando amenizar o seu nervosismo — Eu também estou assim. — e por fim, sorri.

Ela caiu na gargalhada segurando a segurou a barriga.

— Que foi? — perguntei sem entender.

— Vamos morrer! — Mel parou de rir ao falar — Temos duas opções: morrer, ou seremos mortas por alguém na caçada, ou então quando chegarmos em casa. — ela voltou a segurar a barriga e rir.

— Sei que vou estar ferrada na mão do Dean quando chegar em casa. — afirmei dando de ombros. — Achou algum caso? Alguma coisa?

— Sim, é foi um bem estranho. — ela concordou fazendo careta e começando a andar.

Estranho? Mas é exatamente isso que procuramos — retruquei.

— Sim, mas também é bem interessante. — Mel adicionou pegando um jornal do bolso e me entregando.

Assassino ou maluco dos doces? — li o título, incrédula. — Está me zoando? — perguntei olhando para ela.

— Leia a matéria, querida. — Mel respondeu enquanto sorria.

Comecei a leitura:

"O maluco dos doces ataca de novo, mas dessa vez na Midwest City em Oklahoma. Todos estão apavorados com o maluco dos doces, as pessoas estão fechando suas casas, e até o comércio está em alerta."

— E o quê isso tem de mais? — indaguei bem mais confusa.

— Leia a parte das vítimas. — ela ordenou docemente arrumando a mochila em seu ombro.

Voltei a minha atenção para o jornal:

"As vítimas dizem que o maluco as raptavam e as levavam para outra dimensão, onde veem OVNIs e outras dizem que elas morrem mais de cem vezes."

— Estamos indo atrás de um maluco psicótico por carinhas de outro mundo e coveiro? — zombei.

Mel revirou os olhos.

— Mas aonde entra a história dos doces? — indaguei desligando a lanterna e entregando-lhe o jornal.

— As vítimas sempre acham um pacote de doce depois que voltam para a "nossa dimensão" — ela fez aspas com os dedos ao falar “nossa dimensão” logo depois de guarda o jornal no bolso.

Parei de andar e percebi uma coisa meio curiosa.

— Que foi? — Mel perguntou-me, sem entender o porque de eu ter parado no meio do caminho, do nada.

— Vamos a pé? — reclamei desacreditada. — São mais de seis horas de viagem! — exclamei.

— Na verdade são onze horas de viagem. — ela corrigiu-me dando de ombros, e se virou continuando a andar. — Mas nós não vamos a pé. — Mel revelou sorrindo.

— Vamos de quê então? — perguntei em confusão.

—Fica tranquila, daqui há uns dois quilômetros você vai entender — contou, para logo depois continuar a andar.

[...]

Depois de andarmos dois quilômetros, eu consegui ver um carro estacionado no acostamento da estrada. Pude observar uma morena com uma faca na mão. Ela não me era estranha...

A mulher virou o rosto para a minha direção. Sim, era Meg.

— Meg. — cumprimentei sorrindo.

— Anna. — ela disse me abraçando. — Faz mais de dois anos que não nos vemos...

— Mais de quatro anos — corrigi colocando as mãos no bolso de minha jaqueta — Por que não mudou de casca? — perguntei sendo mais curiosa do que o normal.

— Essa morena aqui tem estilo — Meg disse sorrindo e apontando para si mesma — Você está tentando caçar sozinha não é mesmo? — indagou sorrindo e olhando para a minha mochila.

Ei! — Mel protestou. — Eu também estou aqui!

— Sozinha é uma maneira de dizer sem os Winchester's — Meg olhou para Marylin sorrindo e logo depois voltou a me encarar — Seu pai não te deixa caçar, não é mesmo?

— Não. — suspirei derrotada. — Vamos de carona com você? — perguntei mudando de assunto e fitando o carro por alguns instantes.

— Claro — Meg confirmou super animada indo abrir a porta do carro — E mais uma coisa...

— O quê? — Mel e eu perguntamos juntas.

— Não contem a ninguém que estou ajudando vocês — ela pediu, sorrindo.

Entramos no carro; lá dentro na verdade fedia à whisky e outras bebidas baratas.

— Você roubou esse carro? — Mel perguntou fazendo careta para mim.

— Na verdade Mel, roubei de um estacionamento. — Meg respondeu trancando as portas e olhando para a morena ao meu lado pelo retrovisor.

— Ótimo, o homem devia ser gordo e bêbado. — ela disse sem entusiasmo algum. — Mas voltando ao caso dos doces...

— Sim, não tenho nenhuma conclusão sobre isso. — falei tentando pensar no ocorrido. — No jornal mostra o nome das pessoas que foram abduzidas ou mortas mais de 100 vezes? — perguntei, tentando formar uma estratégia.

Mel pegou o papel do bolso e começou a ler.

— Uma delas mostra. — Mel arregalou os olhos — Rosalie Clarkson? — ela contou-nos o nome assustada.

— Olha, uma parente sua... — debochei. — Que tal uma reunião em família?

[...]

Meg disse para dormirmos na viajem, pois iria demorar um pouco para chegarmos. Meg já estava em seu décimo sono, enquanto eu nem consegui pregar os olhos para descansar; era uma sensação horrível.

— Porque não dorme?— ela perguntou, percebendo o fato de eu não ter conseguido dormir. — Tomou café?

— Tomei um pouco antes de sair de casa. — respondi olhando para a paisagem.

Ficamos em silêncio, só dava para escutar o motor roncar e a respiração pesada de Mel, que era engraçada.

— Por que ele não me deixa caçar? — perguntei olhando para Meg que dirigia. Eu havia ficado inconformada com essa atitude de meu pai.

— Seu pai ficou muito protetor depois que você começou a viver com ele. — Meg riu-se, explicando. — Isso é normal.

— Normal? — continuei inconformada. — Ele me prende igual a um passarinho.

— Ele só quer te proteger Anna, não seja tão má com ele — Meg sorriu — Eu vi sua mãe esses dias.

Meus olhos quase começaram a lacrimejar e meu coração queria pular do meu peito ao ouvir Meg falar tal coisa. Fazia um tempo que eu não via minha mãe, estava longe dela há tanto tempo que nem lembrava mais de como era estar com ela.

— Como ela está? — perguntei sorrindo.

— Ela está bem e morrendo de saudades de você. — Meg contou-me olhando para mim pelo retrovisor, sem se desgrudar sua atenção da estrada.

— Também estou com muitas saudades dela... — suspirei.

[...]

Chegamos em Mindwest City por volta das 20h40min, eu tinha conseguido dormir um pouco, depois do efeito do café passar. Acordei com Meg me chacoalhando e dizendo:

— Vamos acorda! Nós chegamos!

Cocei meus olhos e dei um suspiro pesado de cansaço. Sinceramente, era como se eu não tivesse dormido há meses.

— Vamos nos hospedar em um hotel. Amanhã vamos para o caso, tudo bem para vocês? — ela perguntou olhando para mim e para Mel como se tivéssemos que concordar com alguma coisa mesmo estando com sono demais.

Sai do carro e bati a porta com uma força desnecessária. Meg me olhou assustada e fez um sinal para eu amenizar o barulho. Olhei em volta e percebi uma coisa estranha; estava tudo em silencioso demais...

— Por que estão quietos? — perguntei ainda com sono, mas prestando atenção ao meu redor.

— Estão com medo. — Meg deduziu trancando o carro. — Mas...

— Tem certeza que vamos usar esse carro amanhã? — Marilyn perguntou ainda com sono.

Revirei os olhos e prendi a risada. Meg mostrou sua outra face, a de demônio. Mel pareceu irritá-la.

— Ela só está com sono. — avisei sorrindo — Não vamos matá-la. — reconfortei Meg, que logo saiu da sua face monstrenga bolacha para uma bolacha fofinha.

— Ótimo, vamos nos hospedar em um hotel. Amanhã vamos resolver esse caso. — ela disse pegando nossas mochilas de dentro do carro e andando até os fundos de um hotel.

— Não vamos pagar? — perguntei rindo.

— Só vamos passar uma noite. — Meg deu de ombros. — Segura isso aqui. — ela me entregou as mochilas.

Segurei as mochilas enquanto Meg abria a porta dos fundos do hotel com um grampo de cabelo. Quando finalmente ela conseguiu abrir, entramos e andamos até um quarto vazio perto do saguão do hotel.

— É um hotel de luxo? — perguntei para a morena.

Tecnicamente ela não precisava responder pois, o lustre já dizia:

"O brilho é meu"

Ele parecia ser cravejado em diamantes, ou algo assim. O brilho dele conseguia cegar os meus olhos.

— Sim, é. Mas vamos, entrem logo. — Meg disse me empurrando para dentro do quarto.

Entramos no quarto, meu Deus, aquele quarto era muito luxuoso. Havia duas camas de solteiro e umas poltronas de couro. Quase enfartei. Os lençóis da cama pareciam ser de seda!

— Meu Deus! —Mel exclamou maravilhada.

Meg mostrou seus olhos negros.

— Lúcifer? — Mel disse tentando reverter a situação, sem sucesso. — Como faz ela voltar ao normal? — ela perguntou quase que desesperada.

Meg riu e voltou a sua linda cara de bolacha:

—Vamos dormir crianças.

[...]

Acordei com meu celular tocando. O sol já estava iluminando o quarto. Olhei para o ID de chamada e encontrei:

"Pai"

Droga. — resmunguei para mim mesma. — Mel... — chamei-a.

— Que foi? — ela respondeu com voz de sono e abrindo os olhos lentamente. — Puta que pariu, desliga a droga dessa luz, Anna. — ela ordenou tampando os olhos.

— Olha a boca, menina. — ri. — Não dá para desligar o sol. — falei atacando um travesseiro na cara dela.

— Sol? — ela se levantou assustada e acabou batendo o pé na cama. — Meu Deus... — Mel quase gritou.

— Meu pai tá no celular. — contei segurando o celular com preocupação entre minhas mãos.

Ela tomou o celular de mim e o tacou fora pela janela.

SUA FILHA DA MÃE! — gritei irritada, me levantando.

— Problema resolvido. — ela sorriu docemente mas ao mesmo tempo sendo irônica.

— Gente, cheguei. — Meg disse com uma voz doce e entrando no quarto fazendo eu e Mel olhamos para ela — Que foi?

— Ela jogou meu celular na rua! — dedurei inconformada.

— Tenho que lidar com crianças? — Meg perguntou sorrindo.

— Não. — falei me sentando novamente na cama antes de perguntar: — Qual o plano?

— Usem isso. — Meg jogou roupas em cima de nós.

— Mas que merda é essa?! — Mel perguntou mostrando uma blusa social para Meg.

— Olha a boca. — Meg a repreendeu.

— Eu já avisei isso para ela! — falei olhando as roupas, todas sociais. — Mas ela tem razão. Que merda é essa? — perguntei pousando meu olhar em Meg.

— Roupas de Agentes da FBI. — ela explicou pegando umas identidades.

— FBI?! — Mel e eu perguntamos juntas.

— Claro, agora se troquem. Vamos na casa das vítimas daqui a dez minutos. — Meg avisou saindo do quarto.

— Vamos visitar sua família, Mel. — falei sorrindo irônica.


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Notas finais do capítulo

Comentários?Recomendações?Sugestões?Já viram os personagens da fic meus amores?Estão no meu blog:http://hobbies-to-autumn.blogspot.com.br/Beijos até o fim de semana que vem (ou antes,se eu ganhar alguma recomendação)



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