Asas Negras escrita por Carolina Amann


Capítulo 20
Capítulo 20 - Parte I


Notas iniciais do capítulo

Tá, é pequeno eu sei. Ok, ok, é um capítulo minúsculo, mas eu simplesmente não resisti à tentação de deixá-los na curiosidade (de novo) hehe. O próximo vem no primeiro minuto de amanhã, então, tenham só mais um pouquinho de paciência, "watashi no tenshi"...



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Ethan acenava para mim de fora da janela do trem. Eu havia encostado minha cabeça na vidraça e apenas sorri de volta, era hora de voltar para casa, eu estava esgotada. Havíamos ficado mais algum tempo na praia, calados. Eu tinha milhares de perguntas borbulhando em minha mente, mas sabia que não compensava trazê-las à tona. Pela expressão no rosto de Ethan, ele não revelaria mais nada. Talvez eu nem estivesse pronta para algo mais, na verdade, eu nem havia conseguido absorver o que tinha acontecido comigo nos últimos dias, que dirá nas últimas horas. Mas tinha outro motivo por trás de meu silêncio. Eu sentia como se fosse desabar caso dissesse alguma coisa, não queria isso. Não queria que ele me visse como uma menina pequena e fraca, que precisava da proteção dele, eu havia soterrado essa parte de mim à muito tempo atrás, não havia porquê deixa-la vir despertar agora. Só havia uma coisa da qual eu não abrira mão perguntar.

- Então, durante todo esse tempo – disse olhando as ondas quebrarem na areia – minha mãe foi injustiçada? Durante todos esses anos, ela foi taxada como louca em vão? – ele suspirou.

- Sua mãe realmente enlouqueceu Aurora. São raros os mortais que não enlouquecem à visão de um ser celeste, seja ele bom ou mau. É simplesmente demais para o intelecto e fisiológico da maioria. Os poucos que conseguem, costumam ter algo divino em seu sangue, ou seja, não são puramente humanos. Mas isso não significa que ela tenha perdido toda a sua sabedoria, Auro. Se for esperta, ainda vai aprender muito com sua mãe.

E foi só, depois daquilo ele havia me levado à estação de trem, comprado minhas passagens e me mandado para casa, ele iria por “outros meios”. Fechei os olhos, o vidro gelado tremia de leve contra minha testa. Pensei no que havia feito hoje, abandonado a escola sem levar nada além da roupa do corpo - e do estagiário que, além de gato, era um anjo – e de quebra, ainda tinha destruído o laboratório de biologia. É, eu me meti numa enrascada. Perguntei-me se Punk pegaria minhas coisas para mim, ele devia estar “P” da cara. Minha avó provavelmente seria notificada de minha ausência. Internato Para Garotas St. Louise, aqui vou eu... Suspirei. “Vamos com calma” pensei comigo mesma, “um problema de cada vez, por favor”.

- Posso sentar-me neste vagão? – indagou-me uma voz masculina vagamente familiar.

- Fique a vontade. – exclamei abrindo os olhos devagar.

Congelei. Parado na porta do vagão, com minha mochila nas costas, meu celular na mão e um sorriso debochado na cara, Daniel me olhava.


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Notas finais do capítulo

Perdoem ocasionais erros de digitação que possam ter ocorrido. E aí? Gostaram? Precisa melhorar ainda? Reviews são sempre bem-vindos! Até o primeiro minuto do amanhã, "watashi no tenshi"!



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