Capítulo 13. – Sentindo sua falta mais que nunca.

Stanford.

– Porra, cara. – resmungou Derek, batendo com a bola de basquete no chão.
– Pare de olhá-la, Derek. Ela deve pensar que você é louco. – disse Noah e em seguida, arremessou a bola.
– E eu estou louco. Louco por ela! – afirmou.
Noah riu e olhou para a direção onde o amigo olhava. As líderes de torcida estavam treinando e Derek não tirava os olhos da capitã. Noah a conhecia. Era Rebecca Fields, capitã das líderes de torcida e estava no primeiro semestre de direito, além disso, trabalhava no café do campus.
Derek e Noah haviam ido ao Coffee Stanford há dois dias e haviam sido atendidos por ela. E desde então, Derek não tirava os olhos dela. O garoto havia dado em cima da garçonete, mas a mesma lhe deu um fora, fora esse, que fez Noah rir do amigo até quando os dois voltaram para o dormitório e depois disso também.
Rebecca era uma garota linda. Uma loira, com o corpo esguio e curvas perfeitas. O cabelo comprido, com alguns cachos, os olhos azuis brilhantes e o sorriso cativante havia deslumbrado Derek como nunca antes.
– Vá falar com ela, então. – falou o Parker.
– E você acha que eu já não tentei? Ela me disse que não era mais uma vadia das quais eu estava acostumado a lidar.
– Doeu. – ironizou Noah entregando uma das garrafas de água ao amigo.
– Noah, me ajuda, cara! O que você fez para fazer a Rose se apaixonar por você?
– Fui eu mesmo. – deu de ombros.
– Ah, qual é! Que coisa gay.
– Sério, eu fui completamente honesto com ela, conversávamos sempre, essas coisas.
– Mas ela me odeia!
– Você deve mudar isso, Derek. Se gosta mesmo dela deve fazê-la ver isso. Tente ser um amigo para ela e deixe as coisas rolarem, sem pressa.
Assim que Noah terminou de falar seu celular vibrou, era seu pai.
– Vá lá falar com ela, convide-a para tomar um café enquanto eu falo com meu pai. – instruiu Noah – Não dê em cima dela.
Derek revirou os olhos e colocou a bola próximo as suas coisas e de Noah. O garoto respirou fundo antes de começar a caminhar em direção as líderes, resmungando sobre suas roupas.
Chegou em frente as líderes e foi quando Rebecca o viu. Ela suspirou, prevendo o que viria e mandou as colegas de equipe fazerem alguns exercícios e, de braços cruzados, andou até o garoto, parando em sua frente.
– O que você quer?
– Olá, como vai? – brincou Derek.
– Eu estou ocupada.
– Só alguns minutos, por favor. – suplicou.
– Tudo bem. – suspirou a loira.
– Meu nome é Derek e o seu?
– Rebecca.
– Você não é americana. – afirmou.
– Não, sou de Liverpool.
– Adorei seu sotaque. – sorriu, passando a mão pelo cabelo – Você quer sair comigo, Rebecca?
– Derek, eu...
– Por favor, só como amigos. Prometo não tentar nada que você não queira.
– Tudo bem. – suspirou.
– Sexta à noite, te pego em seu dormitório as oito, pode ser? – a garota assentiu e Derek tirou o seu celular do bolso – Poderia me passar seu número?

❤ Always you. ❤

Harvard.

Era sexta à noite e Rose estava em seu dormitório estudando. Sua colega de quarto, Annelise, havia saído, assim como Dexter.
A ruiva estava de pijamas, sentada em frente à sua mesa de estudos, seus livros jogados em cima e o notebook aberto em um site de pesquisa, estava tão concentrada em seus estudos que se assustou quando recebeu uma solicitação de uma chamada no Skype. Sorriu ao ver de quem era e aceitou prontamente.
Não demorou para a imagem de Noah praticamente tomar conta da sua tela e seu sorriso aumento ainda mais. Ele estava com o cabelo bagunçado de sempre e um moletom da sua faculdade e sorria, mostrando suas adoráveis covinhas.
– Oi. – ele disse.
– Oi, amor. – respondeu Rose.
– Você está linda. – elogiou, fazendo-a corar.
A garota estava com os cabelos presos em um coque frouxo e alguns fios de cabelo em seu rosto e uma blusa branca de alças. Era apenas isso que Noah via através da imagem da webcam.
– Obrigada, senhor Parker. Você também está muito bonito.
– E cheiroso também, caso se importe. – brincou.
– Claro, estou sentindo sua fragrância. – riu.
Rose viu a mão de alguém sobre a cadeira e em seguida a cabeça de Derek apareceu na imagem.
– Ele se arrumou todo só para te ver, Rose. – afirmou o garoto.
– Sério, Derek?
– Sim. Usou quase três litros de perfume.
Rose riu e Noah empurrou o amigo.
– Vá embora, idiota. Vai se atrasar para o seu encontro.
– Tchau Rose! – gritou o Slash.
– Tchau, Derek. Boa sorte no encontro. – riu.
– Desculpe, amor. – disse Noah.
– Sem problemas. Ele anda quebrando muitos corações por ai?
– Derek está apaixonado.
– Que?
– Sim, isso mesmo. Surpreendente, não?
– Um pouco. – brincou – E você, Noah Parker, quebrando muitos corações?
– Nunca. Só tenho olhos para você, meu amor. – piscou para ela.
– Pare ou eu ficarei convencida.
– Hum... Meu pai me ligou quarta-feira.
– O que ele queria?
– Me convidou para passar o final de semana com ele ai.
– Você vai vir? – perguntou sorrindo.
– Eu aceitei. Semana que vem eu estarei ai.
– Sério?
– Seríssimo. Estou morrendo de saudade, Rose.
– Eu também estou. Não aguentarei até semana que vem.
– Rosemary! – Dexter gritou ao entrar no quarto.
– Dex? – Rose se virou para o amigo e o viu entrando no dormitório cambaleando, ao seu lado e no mesmo estado que ele estava, Annelise.
– Minha ruiva! – gritou o moreno andou até Rose – Olha, o Noah. Oi, Noah!
– Ele está bêbado? – perguntou o Parker.
– Ao que parece...
– Noah, eu cumpri o que eu prometi a você, não deixo ninguém se aproximar da Rosemary.
– Obrigado, Dexter. – Noah segurou a risada – Continue assim.
– Noah! – ralhou Rose.
– O que? Não deixaria minha namorada sozinha por ai. Ela é muito bonita e inteligente, alguém teria que ficar de olho nela.
– Eu fiquei, eu fiquei! – anunciou Dexter, praticamente pulando – Eu e a Anne.
– Quem? – perguntou o moreno.
– Annelise, minha colega de quarto. Amor, vou cuidar dele, depois nos falamos. Me desculpe.