Título:Katerina Petrova

Ship:Kalijah

Personagens:Katherine e Elijah.

Palavras:772
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A regra da seleção natural é relativamente simples: o melhor adaptado sobrevive.

Esse sempre foi o princípio básico da vida de Katherine e graças à sua habilidade de compreender tal preceito, ela estava viva.

Talvez não fosse o mais decente a ser feito, uma vez que muitas vezes a vampira era forçada a deixar a honestidade e respeitabilidade para preservar sua sobrevivência. Porém, como o sábio filósofo Nicolau Maquiavel uma vez afirmou, os fins justificam os meios.

Essa frase era a responsável por Katherine conseguir dormir depois de todas as vidas que arruinou. Por mais que ninguém em sã consciência acredite, Katherine Pierce possui um senso do que é certo e errado, entretanto por questões óbvias de adaptação ela era forçada a escondê-lo e ignorá-lo.

Neste exato momento, a vampira estava prestes a deixar seus valores de lado para finalmente conquistar aquilo que sempre quis: sua liberdade. Ela enfim estaria livre de Klaus e sua perseguição eterna; tudo que precisava fazer era continuar manipulando um dos irmãos originais – o que definitivamente não seria uma tarefa difícil, considerando a história deles.

-Katerina – ela sentiu alguém tocar seu ombro.

Um sorriso vitorioso ameaçou cruzar as feições dela. Seu plano estava funcionando da exata maneira que ela planejou.

-Elijah – ela disse em seu típico tom provocativo.

Frequentemente Elijah se perguntava se Katherine tinha consciência do quanto o afetava. Provavelmente sim.

O cabelo intensamente ondulado, a voz, o cheiro, o corpo... tudo – absolutamente tudo – fazia ele querer pular em cima dela e amá-la como um verdadeiro animal. Todavia, ao mesmo tempo em que seu interior se agonizava por todos esses instintos, ele sentia a necessidade esmagadora de protegê-la, de fixá-la em um pedestal de cristal e mantê-la intocada; Apenas sendo observada por ele pelo resto da eternidade.

-Vejo que você mudou seu guarda roupa – ela disse, enquanto sedutoramente brincava com a gravata dele. – Tenho que admitir, Armani cai bem em você.

Ele sorriu.

-As coisas mudaram desde os anos noventa – Elijah respondeu. Apesar de seu tom de voz soar galante, ele não pôde deixar de notar a amargura por trás de suas palavras.

Sim, ele estava acusando-a. Ela era a única que possuía todos os contatos dele; a única com condições de encontra-lo quando quisesse e precisasse; a única por quem ele largaria tudo. Entretanto, ainda assim, ela demorara quase duas décadas para contatá-lo.

-As coisas seriam mais fáceis se seu irmão sanguinário não quisesse me matar – Katherine disse, procurando se justificar.

Elijah não era um idiota. Qualquer um que possuísse tantos anos de vida como ele não poderia ser classificado como idiota. O vampiro original sabia que ela só o procurara porque tinha algum interesse. Elijah Mikaelson não era estúpido.

Contudo, isso realmente importava? Ele realmente precisava ficar se torturando com os motivos obscuros dela? Talvez ele devesse apenas acreditar que ela voltou a ser sua Katerina. Talvez ele devesse apenas ter esperança.

-Mas eu posso mudar isso – ela continuou. – Elijah, eu tenho uma maneira de fazer com que Klaus –

Katherine não pôde continuar, uma vez que os lábios dele encostaram-se aos dela, da maneira doce e terna que ela tão bem conhecia.

-Nós podemos falar sobre isso depois – ele sussurrou contra a pele dela.

Era estranho como Katherine ainda parecia tão macia e delicada contra ele mesmo depois de todos esses anos. Elijah moveu seus lábios em direção ao tão aparentemente frágil pescoço dela, beijando cada centímetro de pele pelo caminho. Ele passara tanto tempo desejando-a, que mal era capaz de se controlar agora que a tinha em seus braços.

Ela suspirou. Katherine realmente precisava da ajuda de Elijah para obter sua liberdade em relação a Klaus. Ela não podia se esquecer disso. Por mais que seu coração batesse aceleradamente contra seu peito a cada toque que ele lhe proporcionava, Katherine precisava se lembrar de que ela só estava usando-o para seus próprios meios de sobrevivência.

Não importava o quanto seu corpo gritava pelo contato dele, ela precisava reunir todas as suas forças para concluir seu objetivo, para...

Qualquer traço de razão abandonou a mente dela no momento em que Elijah a segurou firmemente contra si. Katherine passou suas pernas ao redor da robusta cintura dele, seus lábios encontrando os dele em um beijo ardente e passional; e, por mais que ela odiasse admitir, sua língua estava perdendo a intensa batalha que travava contra a impiedosa e, ainda assim, suave língua de Elijah.

Em outras palavras, ela percebeu enquanto sentia-o apoiá-la contra uma fria parede, ela não era mais a fria e cruel Katherine Pierce que todos conheciam. Não, neste instante, ela era o rastro de Katerina Petrova que ainda existia em seu interior.