A Segunda Seleção. escrita por Gabii


Capítulo 2
Preparativos para a guerra


Notas iniciais do capítulo

~>Oiiiiiiiiiiiiiii meninas, como prometido está ai.
~>Espero que gostem e boa leitura.



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Ah, como eu amo dias de aniversários.

São dias perfeitos, cheios de magia e doçura, são dias inesquecíveis em que comemoramos o nosso nascimento. Desde o minuto em que acordamos sabemos que o dia será maravilhoso, ninguém brigara com a gente, ninguém nos xingará por coisinhas besta que fizermos,nos darão presentes de coração, irão rir das nossas piadas sem graça, deixarão nos ir dormir tarde e comer porcarias o dia inteiro.Como é bom o dia do nosso aniversário.

Mas o dia do meu aniversário não foi nada do que eu tinha imaginado, bem, foi pior do que eu tinha imaginado.

Desde momento eu que eu acordei foi brigas, correria, últimos ajustes nos vestidos, trocar flores que murcharam, trocar esculturas de gelo que derreteram, passar as tolhas de mesa e ver se a princesa gostaria de mudar de cor, nada de comer doce você não pode engordar nem uma grama antes de conhecer seu noivo, só verá os presentes quando for dormir, nada de soneca da tarde, últimas fotos para os books, aparar a grama em sentido vertical ou horizontal? Quem se importa desde que esteja aparada.

Os meus ajudantes pareciam estar querendo trocar a minha pele de tantos cremes que colocaram nela, o meu cabelo ficou tão duro, que senti vontade de chorar, as minhas unhas foram lixadas com tanta ferocidade que eu sentia minha carne pegando fogo, e ninguém veio para me tirar daquele sufoco.

— Você tem que aguentar princesa.Você ficará linda para o seu príncipe. — me disseram.

Eu preferia ficar linda para um oito, do que para aquele príncipe idiota, sem coração.

Mas a minha preocupação não era exatamente aquela.

Hoje meu querido irmão começaria a ser competido por trinta e cinco garotas malucas, falsas, arrogantes, mimadas e talvez uma que outra que sejam tão maravilhosa quanto a minha mãe, mas ninguém, nem mesmo a vovó é tão maravilhosa quanto mamãe.

Mamãe resolvera que meu aniversario teria que ser comemorado com uma festa inesquecível, então a seleção que começa sempre depois que o príncipe faz dezoito anos, começou um ano mais tarde e deu uma chance única as trinta e cinco “felizardas” , a terem cinco chances de vencerem, o que gerou uma discussão de minha parte, como sempre me ignoraram. Meu irmão conheceria as meninas na nossa festa de aniversario e eu conheceria minhas rivais e meu noivo, as trinta e seis pessoas que eu mais odeio no mundo juntos, que lindo.

Ao acordar eu encontrará o lado da minha cama vazio frio e liso como se ninguém jamais tivesse se deitado lá comigo, mas encontrei a tulipa roxa, a flor que ele gosta de colocar no meu travesseiro quando fico inquieta, sabia que ele estivera lá. Aquilo me deixou aliviada e consegui me acalmar até descer para o café em família, que somente a minha presença compareceu.

Acho que meio que dormir enquanto eles me preparavam, pois levei um susto quando um deles me cutucou no braço.

Bray, um garoto que sonha em ser estilista, com doces olhos, me encara e depois olhas para as outras duas meninas, parecendo totalmente perdido.

— O que foi, queridos? — pergunto a voz doce.

Eles me olham temerosos, e todos tentaram falar, mas algo os impedia algo que estava começando a dançar no meu estomago.

— Como Vossa Alteza sabe, hoje é o dia em que as meninas irão chegar para se ajeitarem para sua festa. Estamos ocupando o salão que na verdade é para elas, teremos que deixa-lo e a senhorita terá que terminar de se arrumar com suas servas em seu quarto. — explica com a voz suave Clara.

Olho para eles, chocada, mas logo me recupero e no lugar do choque, vem a fúria.

— Como? Eu ocupo esse salão para me arrumar desde que eu nasci, na verdade eu nasci nesse salão, com certeza vocês sabem disso, ele é um lugar dedicado a mim e a minha mãe, nenhuma competidora, irá entrar aqui, terão de me tirar à força.

Acho que subestimei o poder dos meus empregados por que cinco minutos depois eu estava sendo carregada como um saco de batata para o terceiro andar. E também acho que o guarda vai pedir demissão depois de tanto chutes que ele levou.

Ele me largou brutamente na cama e saiu apressado do quarto, me deixando sozinha e descabelada, peguei uma das almofadas e sufoquei um grito de raiva.

Elas querem guerra?

É guerra que elas irão ter.

Mandei um bilhete por uma amiga de minhas melhores amigas/servas, dizendo que queria me aprontar sozinha para todos ficarem surpresos e para ficar mais linda para o meu futuro marido, acho que elas estavam tão desesperadas para me verem feliz com meu casamento que acreditaram, por isso nenhuma veio checar ser era verdade.

Mas por incrível que pareça era. Eu queria estar deslumbrante na MINHA festa de aniversario, onde EU devo brilhar. E por isso tive que mudar umas coisinhas no meu visual.

Eu seria obrigada a usar um vestido branco horroroso, para mostrar que eu não via a hora de me casar, mas jamais gostei de cores frias, eu prefiro brilhar nas cores quentes. Os meus cabelos preso num coque comportado no alto da cabeça foram soltos e lavados até estar novamente sedoso. Tive que ficar de molho por uma hora para conseguir retirar o cheiro forte de camomila que estava impregnado no meu corpo.

Eu não iria agradar aquele príncipe e nem as competidoras, mas agradaria meu irmão e isso já era suficiente.

Destaquei somente meus olhos, como mamãe havia me ensinado desde pequena, as pessoas, principalmente os homens, devem olhar nos seus olhos não o seu corpo. Pequenas joias, como mamãe também havia me ensinado, humildade e bondade, sempre é o principal e o necessário. E cabelos soltos, porque ser ruiva é maravilhoso e principalmente quando a ruiva tem cachos brilhantes e naturais.

Eram apenas seis horas quando desci novamente para o salão que a de portas fechadas, mas dava para se ouvir as conversas e os gritos que vinham dali dentro.

Fiquei passeando por um corredor que ninguém nunca passava, ele dava para o jardim, mas demorava muito para chegar lá, comecei a andar de um lado para o outro a capa verde que mamãe havia me dado cobria meu vestido e meus olhos.

Parei de repente e me escorei na porta de vidro que estava aberta, deixando um vento morno entrar, ele dançava ao meu redor e eu podia o ver dando cambalhotas e fazendo brincadeirinhas engraçadas, alevantei meus olhos para o céu.

Era um manto negro iluminado por milhares, trilhares de estrelas, grandes e pequenas, que brilhavam mais e menos, alevantei meu dedo e encostei-o em cada uma delas, tocando os meus sonhos, desejos, medos, amores e esperanças, elas acenavam para mim e sorriam alegremente, e me dava aquele brilho lindo o qual eu tanto amava e esperava.

Quando pequena, não conseguia dormir direito sozinha, meu irmão me levava ali e sempre dizia “Toque as estrelas Lana, elas responderão ao seu chamado, elas não te abandonaram, só por algumas horas que passam rápido, porque elas têm outros amigos em lugares diferentes e eles ficariam magoados se elas não aparecessem, gurde tudo nelas, elas serão fieis amigas, guardaram seus sonhos, medos, brincadeiras e sorrisos e a noite você dormira sabendo que tudo o que é seu está guardado, pelas fieis guardiãs da noite” Ele sempre dizia isso com as mesmas palavras, talvez de tanto ouvir do meu pai, ou de ler livro de ficção demais. Mas eram palavras que me embalavam num sono tão doce, vigiado pelas estrelas, minhas amigas eternas, minhas eternas amigas.

— Faça com que essa noite, eu recebe o brilho de uma estrela e talvez uma chance de ficar, perdoe por ter feito isso tudo tão errado e por ter entrado onde não devia, sei que logo sairei e daí poderei dizer Amém. — não fora eu que dissera aquilo.

Olhei para trás de mim, mas não havia ninguém, a pequena estrada para o jardim estava escura, mas eu ouvia pequenos soluços vindos de lá.Desejei que mamãe não tivesse dito, que deveríamos amar a todos e ser bom com todos, por que um dia você não ajudou no outro está precisando de ajuda.

Olhei para as estrelas no céu, que acenaram afirmativamente, então com passos cuidadosos fui me aproximando do local. Estava tudo absolutamente escuro, não conseguia ver nada e ouvia barulhos estranhos. Fiquei imaginando quem seria o idiota o bastante para se esconder ali.

Agachei-me perto de um troco de árvore infestado de flores, cheguei perto e o cheiro de maça era tão forte que poderia ter me feito desmaiar, enchi meus pulmões com ar e cheguei mais perto, coloquei a minha mão num ombro frio e macio.

— Está tudo bem?

O corpo de virou tão rápido que quase me derrubou, a lua finalmente apareceu e iluminou o rosto mais lindo que eu já virá.


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Notas finais do capítulo

~>Mereço reviews?
~>Ficou bom?
~>Você gostaram?
~>Quem você acham que são?
Me contem e me ajudem! Minhas lindas.



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