A Segunda Seleção. escrita por Gabii


Capítulo 15
Ação e Reação


Notas iniciais do capítulo

~~> Não me matem, não atirem tijolos em mim, eu juro por Deus que estava totalmente fora pra conseguir escrever esse capitulo, desculpe por ter demorado para postar ;p

~~> Tenho uma nova finc, caso desejem ver, acho que vão gostar :))) http://fanfiction.com.br/historia/424846/A_Bailarina_Branca/

~~> Espero que gostem, comentem e se quiserem acompanhem a de cima, que eu juro que é muito legal e mais uma vez comentem, me de sugestão, me digam o que esperam do próximo capitulo, me digam qual príncipe vocês mais gostem, me ajudem.

~~> Me desculpem pelos erros de ortográficos.



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Foram necessários exatamente dois meses. Dois meses de puro terror e supertições falsas. Boatos corriam a solta por toda Illéa, eu estava começando a ficar preocupada com a reputação de minha filha.

Os dois meses foram de tormento, aguentávamos dia e noite todas as perguntas de Lanna que ás vezes chegavam a ser toscas, mas pelo que diziam os analistas e terapeutas era necessárias para que sua recuperação progredisse.

Eu estava com medo.

Era difícil de admitir, mas eu estava com medo de que algo a fizesse cair em coma de novo. Quando ela me olhava, eu tinha certeza de que sabia quem eu era, do que eu fiz por ela e de quanto eu a amava.

Depois das onze semanas em que eu vi o seu rosto e sua vida cada vez fugindo mais da realidade e as onze semanas que eu fiquei sem escutar aquela voz me chamar de mãe eu ainda sou obrigada a ficar mais dois meses na sua presença, mas sem jamais poder tocá-la e fazer algo que a assustasse e ela só me chama de Rainha, Senhora Rainha.

Eu desejava tanto poder ficar mais do que as horas cronometradas com ela, eu desejava poder ficar dias e noite na presença dela, eu seria capaz de esquecer de comer e de beber por ela, eu abandonaria todas as minhas necessidades por ela, porque de um jeito estranho eu precisava da minha filha, mais do que precisava de tudo.

Uma leve batida na porta cortou meus pensamentos, eu estava deitada na cama do meu quarto e eu alevantei a cabeça quando Maxon entrou.

Apesar de vinte e um ano anos terem se passado ele continuava o homem mais lindo que eu já tinha visto, meu peito retumbou por um momento, como o de uma garotinha quando se vê na frente de seu amor.

— O que está fazendo? — ele perguntou sorrindo enquanto se esgueirava ao meu lado na cama.

— Só lendo. — eu respondo, apontando para o livro que repousava em meu colo.

Ele esboça outro sorriso.

— Não parece que você está lendo.

— Então parece que eu estou fazendo o quê? — eu pergunto sorrindo de leve.

— Hm’ parece que você está perdida em pensamentos... — ele responde, pegando minha mão e a beijando.

Eu dou uma gargalhada e me viro para ficar de frente para ele, seus olhos castanhos brilham de modo preocupado e carinhoso.

Ali estava eu de frente para o homem que eu amava, ele com seus 40 anos exatos e parecendo ainda o doce adolescente por quem eu havia me apaixonado, aquele por quem eu acordava todas as manhãs e que me deu os melhores presentes da minha vida. Meus filhos.

Paço os  meus braços por se pescoço e fico com a cabeça em cima de seu peito, seu coração retumba embaixo de meu ouvido.

Ele passa as mãos devagarzinho em meu cabelo e eu vou fechando os olhos e quase pego no sono, senão fosse pela batida insistente da porta.

Talison entra, embaixo dos seus olhos castanhos a grandes olheiras e seu cabelo está mais desgrenhado que o habitual, ele olha pra nós e vejo marcas vermelhas em sua face branca.

— O que aconteceu, filho? — pergunta Maxon.

Mas eu fico sabendo, antes que Talison conte, eu via dentro daqueles olhos idênticos ao de Maxon e eu senti que meu coração parou e voltou a bater quinhentas vezes seguidas.

Pulei para fora dos braços de Maxon e sai correndo de nosso quarto, não coloquei pantufas ou o robe, estava apenas de camisola de cetim extremamente fina para um daqueles dias frios;

Os corredores já estavam desertos e as luzes estavam apagadas,a única iluminação era as janelas que deixavam a lua crescente e brilhante entrar.

O chão estava frio e escorregadio e eu derrapei varias vezes antes de conseguir me firmar no chão, e quando vi finalmente a porta do quarto de Lanna guardada por dois guardas eu senti meu coração acelerar mais ainda.

Quando eu entrei ela estava sentada na cama, as suas três servas, sentada junto a ela. Elas riam como criancinhas, Filipe estava com elas, assim como Lucas e Alice, uma das selecionadas que eu menos gostava e eu senti-me a mãe mais feliz do mundo.

Ela virou a cabeça, os cachos ruivos armados e brilhantes o sorriso mais doce e verdadeiro estampado em seus lábios, o rosto desprovido de maquiagem, uma camisola velha e sem graça com inúmeras flores desbotadas, um ursinho de pelúcia nos braços.

Ela pulou da cama e correu até mim, parou alguns passos de mim e sorrio como se fosse a coisa mais doce a se fazer, então finalmente ela estava frente a frente de mim. Ela ergueu um dos braços e retirou uma das mechas que caiam sobre minha cara e acariciou minha testa e me abraçou, seu cheiro era o de sempre.

Eu me senti levitando entre nuvens, eu me senti tomando um banho quente depois de um dia cansativo e frio. Eu me senti liberando o grande nó que estava prendendo o meu peito e que havia começado a incapacitar a minha respiração por oito meses. Oito longos meses que fizeram com que a minha vida, que não era perfeita, mas boa, se tornasse um caos de tristeza e dor.

E ali estava ela.

A fonte de tudo, caindo sobre meus braços como a água, me deixando sem defesas e me fazendo sentir a pessoa mais feliz do mundo. Ali estava eu, com dois filhos, um marido e um reino para cuidar. Ali estava eu, vendo meus filhos trilharem seus próprios caminhos, fazendo escolhas certas e erradas, e mostrando ao mundo que eles eram.

— Senti sua falta. — sussurrei em seu ouvido.

Pude senti-la sorrir por entra outra torrente de lágrimas que vinha contra mim.

Depois de alguns minutos, tudo se acalmou.

O pequeno grupo que estava com ela na cama, agora estava circulando em volta da gente, Maxon, Talison, a Rainha Alexia e o Rei Adílson, tinham se juntando a nós.

Allana me soltou.

—Mãe... — ela disse, e eu seria capaz de morrer e ressuscitar várias vezes para ouvi-la falar.

Eu a abracei com mais força, sentindo-a arfar quando eu a apertei com mais força.

—Filha...— eu solucei de novo.

Quando finalmente ela conseguiu se soltar, ela segurou meus ombros e me olhou nós olhos, da forma que somente ela conseguia, como se conseguisse enxergar minha alma.

—Mãe, preciso da sua autoriza-a-a-a-ção pra uma coisa m-u-u-ito importante, eu preciso ver a Jo-o-ana.

Levei três minutos pare entender o que ela tinha pedido, sua voz falhava muito e mudava de tom constantemente.

—Como?

Ela piscou e sorrio um pouquinho.

— Joana, mãe. Eu preciso ver ela.

Pisquei.

—Não.

—Mãe eu preciso ver ela. — ela gritou para mim, os olhos brilhantes de lágrimas.

—Não quero que se sinta culpada.

— Mãe...

— Allana minha flor, por favor, entenda que...no momento, você está frágil. Precisa se recuperar, descansar, retornar aos poucos a sua rotina, escrever, se consultar, tomar os remédio, ficar com sua família...filha, precisa voltar a sua vida habitual.

Lanna me olha como se eu fosse a pior mãe do mundo, finalmente as tão esperadas lágrimas irrompem de seus olhos, e ela volta correndo pra cama e se aninha nos cobertores.

Todos trocam vários olhares, quando seus soluços tornassem cada vez mais rápidos e barulhentos e então ouvidos, um engasgo e a figura descabelada de Allana coloca a cabeça para fora dos cobertores e se curva pra fora da cama enquanto vomita.

Todos correm para ela, que pede pra se afastarem enquanto tosse e engasga como louca.

Um sentimento terrível dentro de mim me faz sentir culpada pelo o que estava acontecendo, era algo grande quente e escorregadio e me fazia ter pensamentos horríveis sobre mim mesma.

Enquanto minha filha vomitava tudo o que havia comido nos últimos dois meses, eu me curvei sobre ela, encarando a poça amarela esbranquiçada e sussurrei nos ouvidos dela.

— Você pode ir, querida.

Ela se virou e sorrio para mim de levinho e correu para o banheiro.

— Eu não consigo acreditar que você a deixou ir, amor, sabe que não será um bom encontro. — disse Maxon.

— Eu sei...mas como diz Einstein, toda a ação tem uma reação igual e oposta. Ela precisa aprender com as próprias escolhas. Uma vez na vida,temos que deixar a bomba explodir e deixar os danos dela ser reparados por quem causou a explosão.


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Notas finais do capítulo

~> Comentem.

~~> Olhem se quiserem. http://fanfiction.com.br/historia/424846/A_Bailarina_Branca/