A Maldição Do Titã - Brittana escrita por Ju Peixe


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Boa noite!



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Quando acordei, a van já estava em movimento. Minha cabeça latejava um pouco, provavelmente porque eu dormira sem jantar ou por causa do sol forte no meu rosto.

Remexi-me ainda sonolenta no colo de Santana. A latina pousou as mãos nos meus cabelos e ficou acariciando minhas mechas loiras. Sorri e procurei por seu pescoço com as mãos, puxando-a em direção aos meus lábios assim que o encontrei.

- Bom dia, Cabeça de Alga. – ela murmurou reconectando nossos lábios.

- Ah não, por favor. Já tive bastantes cenas impróprias ontem, não recomecem. – Quinn murmurou do banco de trás.

Ignorei-a e sentei ao lado de Santana no banco, passando meus braços sobre os ombros da latina. Ela me puxou para o seu peito e eu recostei minha cabeça nela.

- Você deve estar morrendo de fome – ela murmurou no meu ouvido me entregando um cupcake – Desculpe, foi tudo o que eu consegui esconder da Quinn. Esfomeada do jeito que ela é, comeu quase uma caixa inteira sozinha.

- Não é verdade, Lopez! – Quinn disse tentando se defender.

- É sim, e você sabe disso!

As duas ficaram um bom tempo discutindo sobre quem era a mais esganada do carro, e pude jurar que até as caçadoras riram de nós. Comi meu bolinho rapidamente, pois eu não tinha a menor ideia de quando a caçadora morena cujo nome eu ainda não sabia iria fazer uma pausa para o almoço.

Três horas e meia depois, quando eu já estava a beira de um ataque histérico, a caçadora parou a van. Desci o mais rápido que pude, antes que eu surtasse lá dentro. Santana riu de mim e abraçou a minha cintura. Quinn e Rachel desceram logo atrás e as caçadoras também se juntaram a nós.

- Nós vamos para o Museu. Tem algo lá... Só sei que vale a pena darmos uma olhada. – A morena falou.

Assentimos e as seguimos para dentro. Estávamos caminhando dentro do museu dos foguetes quando Quinn foi lançada para o chão. As caçadoras pegaram seus arcos e apontaram para o nada, mas de repente uma figura começou a tomar forma, segurando o boné de Santana.

- Blaine? – chamei e o garoto me olhou com os olhos castanhos apavorados.

- Ei! Meu boné! – Santana gritou, tomando-o das mãos do menino.

- O General, monstro... – ele disse arfando.

- O quê? N-não é possível, deve ter se enganado! – A caçadora morena gaguejou.

- Temo que não, Harmony – a outra garota loira murmurou – Quem mais poderia trazer aquilo para cá?

Seguimos seu olhar e arregalamos os olhos. Um leão gigante e extremamente ameaçador estava parado na porta. Ele rugiu tão alto que meus cabelos desprenderam-se do rabo de cavalo que eu usava.

- Santana, o que é isso? – sussurrei apertando a mão da latina.

- L-leão de Neméia, Britt-Britt. – Um dos trabalhos de Hércules fora mata-lo.

- Certo. Isso significa que estamos ferradas.

- Basicamente.

O animal rugiu novamente, e por algum infortúnio prestei atenção no tamanho dos seus dentes metálicos. Senti meu corpo tremer e fiquei paralisada. Ouvi de longe Harmony berrar para corrermos, mas não consegui me mexer. Tudo o que vi foi o animal vindo em minha direção, saltando para o meu pescoço.

Fechei os olhos e esperei que o bote fosse dado, mas não aconteceu. Apenas senti meu corpo ser arremessado no chão, com um peso em cima de mim.

- Temos que parar de fazer isso, Britt-Britt. Alguma hora vamos acabar nos machucando. – Santana disse me puxando do chão para corrermos.

- Obrigada, mais uma vez. – falei buscando a minha espada.

As caçadoras atiravam flechas contra o leão, mas estas só rebatiam na pele do animal. Ele deu uma patada no foguete em que elas estavam e as derrubou no chão. Quinn defendia-se da melhor maneira possível, mas senti que ela estava prestes a ser derrotada. Rachel e Blaine seguravam desajeitadamente suas espadas e golpeavam o ar perto do leão.

Agarrei contracorrente e corri em direção ao animal. Golpeei sua pele de maneira que ele deveria ter sido partido em dois, mas tudo o que consegui foram algumas faíscas. O leão voltou-se irritado para mim e me golpeou com a pata. Esquivei-me rapidamente, mas digamos que o meu casaco ficara inutilizável.

Desviei de suas investidas o melhor que pude, mas ele era rápido demais. Tropecei em alguma coisa no chão e cai de costas. O leão estava prestes a me atacar, mas Quinn foi mais rápida e golpeou suas costas com sua lança, chamando a atenção do monstro. Santana me puxou para fora do caminho e nós corremos para a loja de presentes. Abaixei-me junto a ela e vi um pacote cheio de comida espacial. Lembrei-me do gosto horrível que aquela coisa tinha e de repente tive uma ideia.

A boca era o único ponto vulnerável do monstro. Peguei tudo o que consegui e corri na direção do leão, com Santana atrás de mim.

- Jogue sua faca nele. – pedi.

Ela assentiu e fez o que pedi, tirando a atenção de Quinn e prendendo-a em nós. O animal rugiu e eu atirei um pacote em sua boca. Ele engasgou surpreso e recuou. Abriu a boca para rosnar de novo e eu atirei os outros pacotes em sua garganta. O animal rugiu e ficou entre as patas traseiras.

Harmony e Anna, a outra caçadora, pareceram entender o meu pensamento e atiraram uma saraivada de flechas na boca do animal. Ele ficou bambo por alguns segundos e depois caiu imóvel no chão.

Abracei a cintura de Santana e fiquei observando com ela enquanto o animal encolhia, até ficar do tamanho de um leão normal.

- Pegue a pele dele. – Harmony disse apertando meu ombro.

- Não, você o matou. – respondi.

- Tenho certeza de o que o matou foi a comida que você jogou na boca dele.

Sorri e me aproximei da pele. Era surpreendentemente leve, e assim que a peguei transformou-se em um casaco marrom-dourado.

- Bem, substitui o que ele dilacerou. Se bem que não é muito meu estilo. – murmurei.

- Eu achei que ficou lindo em você. – Santana disse beijando minha nuca.

- Mas a questão é: o que vamos fazer com você? – Harmony disse aproximando-se de Blaine.

- Eu acho que devemos leva-lo. – Quinn falou observando o garoto.

- M-mas a profecia...

- Esqueça a profecia! – ela disse – Seremos nós seis. Esta é a minha missão, Harmony. Não ouse a me contrariar.

- Não ouse a pensar que é melhor que eu, Quinn. Uma missão não significa grande coisa.

- Ei! Chega. Acho que temos problemas maiores a tratar. – falei apontando para a porta.

Homens cinzentos em roupas cinzentas estavam vindo em nossa direção, prontos para atacar.

- De volta para a van. Agora.


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Notas finais do capítulo

Aprovado?



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