A Maldição Do Titã - Brittana escrita por Ju Peixe


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Boa noite! Deem uma olhada na minha nova Fic Brittana e Faberry. É muito diferente de todas as que eu já fiz, mas o pessoal está gostando, então deem uma conferida.
Boa leitura!



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- Avise-me quando isso acabar – Santana murmurou apertando-se contra meu peito.

As estátuas voavam a uma altura considerável, nos deixando acima das nuvens. Quinn estava literalmente agarrada em Rachel com os olhos completamente cerrados. Fiz uma nota mental de criar mais piadas sobre seu medo de altura.

- Estamos muito alto? – Santana perguntou com o rosto enterrado no meu pescoço.

- Não... – murmurei.

- Não? Estamos indo tão alto quanto os aviões! – Blaine disse animado.

- Cale a boca, moleque.

- Você não é muito mais velha do que eu, moleca.

- Engraçadinho. Lembre-me da próxima vez que estivermos em um rio de eu te atirar lá mesmo.

Voamos por um bom tempo. Eu estava um tanto quanto entediada, pois Santana não abria a boca e muito menos os olhos. Tentei conversar com Blaine um pouco, mas fiquei com vontade de atirá-lo no oceano mais próximo.

- Onde vocês querem pousar? – Uma das estátuas perguntou.

- No Embarcadero Building. – Harmony respondeu.

Lentamente começamos a descer. São Francisco era ainda mais legal ao vivo. Todas as cores, estátuas... Tudo me chamava atenção.

Nos despedimos das estátuas que voaram para longe. Santana abraçou a minha cintura e beijou meus lábios com vontade em um longo selinho. Intensifiquei o beijo pedindo permissão com a língua e invadi sua boca. Ela apertou o abraço na minha cintura e me puxou para mais perto. Ficamos na nossa bolha invisível até que Quinn fez o favor de estourá-la dando um cutucão nas minhas costas.

- Vocês não conseguem se controlar nem na rua? Pelo amor dos deuses!

Fiz uma careta e entrelacei minha mão na de Santana e saímos atrás de Harmony.

- Aonde vamos? – perguntei.

- Encontrar Nereus. – Ela respondeu.

- Certo. Aonde? – retruquei.

- Saberá em breve. E eu preciso arrumar novas roupas para você.

Não entendi muito bem do que ela estava falando, até que Harmony voltou com uma camisa xadrez esfarrapada e um jeans umas duas vezes o meu tamanho. Ela me empurrou as roupas que eu vesti muito a contragosto.

- A perfeita mendiga. – ela disse sorrindo.

Eu estava ridícula. Sério, acho que nem da vez que Finn e Santana me vestiram de mosca no meio de Nova York eu passei tanta vergonha. Ela estava certa, eu estava a perfeita mendiga.

Caminhamos até o píer onde recebi minhas instruções. Encontrar um cara com o cheiro diferente, agarra-lo e não solta-lo até dizer o que eu precisava saber.

Caminhei pelo meio de alguns mendigos. Cheiro horrível, mas nenhum horrível anormal. Alguns outros me olharam torto, mas também nada de mais.

No final do píer, um cara que parecia ter um milhão de anos passou por uma faixa de luz. Ele usava pijamas e um roupão esfiapado que provavelmente devia ter sido branco.

Ele era gordo, com uma barba branca que havia se tornado amarela, como uma espécie de Papai Noel, se Noel tivesse rolado da cama e se arrastado por um aterro.

E o cheiro dele?

Conforme eu cheguei perto, eu congelei. Ele cheirava mal, certo — mas oceano mal. Como algas marinhas quentes e peixe morto e salmoura. Se o oceano tinha um lado feio… este cara era esse lado.

Eu tentei não passar mal quando me sentei perto dele como se estivesse cansado. Noel abriu um olho suspeitamente. Eu podia senti-lo me encarando, mas eu não olhei. Eu balbuciei algo sobre escola estúpida e estúpidos pais, calculando que pareceria razoável. Papai Noel voltou a dormir.

Eu rolei, certo — direto pra baixo do píer até que minha cabeça bateu em um poste. Eu

fiquei tonta por um segundo, e o aperto de Nereus afrouxou. Ele estava fazendo uma pausa. Antes que ele conseguisse, eu recuperei meus sentidos e o ataquei pelas costas.

- Eu não tenho dinheiro! - Ele tentou ficar de pé e correr, mas eu travei meus braços em torno do seu peito. Seu cheiro de peixe podre era horrível, mas eu persisti.

- Eu não quero dinheiro - eu disse enquanto ele lutava. - Eu sou uma meio-sangue! Eu quero informação.

Isso só o fez se debater mais.

- Heróis! Por que vocês sempre vêm atrás de mim?

- Porque você sabe tudo!

Ele rosnou e tentou me sacudir para fora de suas costas. Era como me segurar a uma montanha russa. Ele batia a sua volta, tornando impossível ficar em pé, mas eu cerrei meus dentes e apertei mais. Nós fomos em direção à beirada do píer e eu tive uma ideia.

- Oh, não! - falei. - A água não!

O plano funcionou. Imediatamente, Nereus gritou em triunfo e pulou da beirada. Juntos, nós mergulhamos na Baía de São Francisco.

Ele deve ter ficado surpreso quando eu apertei com mais força, o oceano me suprindo com energia extra. Mas Nereus tinha alguns truques também. Ele mudou de forma até que eu estava segurando uma lustrosa foca negra.

Eu já ouvi pessoas fazendo piadas sobre tentar agarrar um porco besuntado, mas eu vou te contar, agarrar uma foca na água é mais difícil. Nereus mergulhou, torcendo e açoitando e espiralando através da água escura. Se eu não fosse filha de Poseidon, de jeito nenhum teria conseguido segurá-lo.

Nereus girou e se expandiu, tornando-se uma baleia assassina, mas eu agarrei sua barbatana dorsal quando ele irrompeu da água.

Todo um grupo de turistas gritou,

- Uou!

Eu consegui acenar para a multidão. É, nós fazemos isso todos os dias em São Francisco.

Nereus mergulhou na água e se tornou uma enguia viscosa. Eu comecei a dar um nó nele até que ele percebeu o que eu estava fazendo e voltou para a forma humana.

- Por que você não se afoga? - ele se lamuriou, agredindo-me com seus punhos.

- Eu sou filha de Poseidon, - eu disse.

- Maldita arrivista! Eu estava aqui primeiro!

Finalmente ele desmoronou na beira da doca. Acima de nós estava um daqueles píers turísticos com lojas alinhadas, como um shopping na água. Nereus estava se agitando e arquejando. Eu me sentia ótimo. Poderia ter continuado por todo o dia, mas não disse isso a ele. Queria que ele sentisse como se tivesse me dado trabalho.

- Você conseguiu! – Harmony disse alegre.

- Ah, maravilha! Uma plateia! Uma garota com mais de mil anos, uma filha de Atena lésbica, e... Lindo! Você trouxe seus três priminhos! E me pergunto como uma filha de Zeus e os dois filhos de Hades não fizeram nada para ajudar. – Nereus disse.

Olhei para ele estática. Filhos de Hades? Bem, isso explica como Blaine colocou fogo nas pedras.

- O quê? Vocês não sabiam? Bolas! Devia ter parado de falar, poderia ter sido essa a pergunta. Ora, falem logo. Uma pergunta, e estou livre. Vamos.

Tomei ar antes de falar.

- Diga-me onde achar este terrível monstro que pode trazer um fim aos deuses. O que Ártemis estava caçando.

- Ah, mas isso é muito fácil! Ele está bem aqui. – Nereus disse, apontando para o mar.

- Onde? – perguntei.

- Acordo cumprido! Adeus, heróis. – ele disse, antes de transformar-se em peixe e saltar para dentro do mar.


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Notas finais do capítulo

Aprovado?



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