Kate estava sentada na recepção do hospital, esperando impacientemente alguma notícia de Rick, enquanto era amparada por Lanie e Jenny que chegaram o mais rápido que puderam junto a Ryan e Esposito. Os mesmo queriam poder ajudar, mas as meninas acharam melhor eles ficarem no canto deles, já que nem gostavam de Richard, mas doía-lhes o coração ver a amiga chorando profundamente chamando a atenção de funcionários e outras pessoas que passavam pelo corredor.

Se ninguém vier me dar notícias dele logo, eu vou invadir o centro cirúrgico. – disse Kate pausadamente por causa do choro.

Calma Katie logo alguém aparece com notícias. – disse Lanie tentando acalmar sua amiga que cada vez chorava mais.

Se acontecer alguma coisa com ele, eu nem sei o que eu faço. Esse acidente é minha culpa.

Claro que não é sua culpa, você não poderia imaginar que passaria um bêbado com um carro roubado, no exato momento que você estava atravessando a rua. – disse Jenny ajudando-a a secar algumas lágrimas. – Mas pense bem, esse acidente também serviu pra te provar uma coisa.

Provar-me o que? Que eu ainda sou completamente apaixonada pelo Rick e estou aqui feito uma louca chorando por ele?

Também... Mas você acha que se o Castle não te amasse, ele seria capaz de se jogar em frente ao carro pra te salvar? Está ai a prova que você tanto queria.

E agora ele pode… vocês sabem. – tentou evitar a palavra certa. – por minha culpa. EU DEVERIA ESTAR LÁ DENTRO, EU MERECIA TER SIDO ATROPELADA – gritou Kate.

Se acalme, já dissemos que você não tem culpa de nada – disseram abraçando-a fortemente.

Parentes ou amigos de Richard Castle? – um médico que aparentava ter pouco mais de cinquenta anos, chamou alto ao entrar na sala de espera.

Somos nós – levantaram a mão e o médico andou até eles – Como meu… – pensou bem, eles haviam terminado. – amigo está doutor?

Bem as notícias não são muito boas. – Beckett aumentou a frequência do choro. – Richard bateu a cabeça com muita força e sofreu um traumatismo craniano, infelizmente tivemos que colocá-lo em coma induzido até o inchaço em seu cérebro diminuir. – a morena caiu ajoelhada e soluçava alto, Lanie e Jenny também choravam, mas de forma mais silenciosa.

Quando ele vai acordar doutor? Me diga pelo menos que ele ficara bem, por favor.

Isso dependera da forma como seu organismo vai reagir. Em algumas pessoas o inchaço passa de imediato a partir da medicação, em outras pode demorar alguns dias e talvez até uma ou duas semanas, a partir do momento que o cérebro dele voltar ao tamanho normal eu suspendo a medicação forte e ele acorda.

Ele machucou mais alguma coisa além da cabeça? – perguntou Javier que até então estava calado.

Teve uma leve lesão no pé direito, mas não foi preciso engessar, se ele acordar em uma semana, já vai poder andar normalmente. Fora isso e a lesão na cabeça não ocorreram mais nada.

Podemos ir vê-lo? – perguntou Kate levantando-se.

Sim mas apenas uma pessoa pode entrar e ficar lá dentro, ele está na UTI e não é permitido duas ou mais.

Vá Katie, nos vamos para casa qualquer coisa que aconteça, você nos liga.

Tudo bem, obrigada por tudo meninas. – despediram-se e em seguida voltou sua atenção para o médico. – Por onde fica a UTI?

Entre por aquela porta. – disse ele a indicando. - Suba duas rampas e vire no corredor a esquerda, o quarto é o numero 147. Daqui a algumas horas eu passarei lá pra ver como ele está.

Obrigada. - olhou no paletó do médico. – doutor Eduardo. – em seguida fez o percurso que o médico tinha lhe dito até que encontrou o quarto de Richard.

Sentiu suas pálpebras mais embaçadas ao vê-lo deitado na cama quase sem vida, conectado a vários aparelhos, só Deus sabia como ela queria estar no lugar dele. Aproximou-se da cama e passou a mão por seu rosto e deu um leve selinho em seus lábios.

Eu vou estar aqui quando você acordar, eu prometo – disse ela sentando-se no sofá que havia no quarto e adormeceu em seguida, não porque queria, mas sim porque já passava das seis da manhã e seu corpo não respondia a nenhum movimento, por tamanho cansaço.