Maçã Envenenada. escrita por Perona


Capítulo 11
Capítulo XI


Notas iniciais do capítulo

o/
acho que não tenho nada a declarar aqui u.u
bem... então... desfrutem da fic ^^



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Sakura começou a entrar em desespero, precisava avisar alguém, precisava pedir a ajuda de alguém... O que Hinata havia feito de tão ruim ao ponto da Rainha querer sua cabeça?

Ela correu pelo castelo sem nem ter alguém em mente para pedir socorro, e quando trombou com o príncipe Naruto, uma luz de esperança pareceu acender dentro de si.

– Sakura! – exclamou o príncipe surpreso enquanto a rosada se erguia do chão, onde havia ido parar quando se chocou contra o rapaz – Você está bem?

– Eu... eu estou sim, mas... Hinata... ela corre perigo, Alteza! – disse num tom choroso.

– Hãn? Do que está falando? Por que ela corre perigo? – perguntou o rapaz confuso.

– Sasuke vai mata-la. – declarou a moça por fim.

Naruto a encarou incrédulo e então desatou a rir, deixando a rosada frustrada e ao mesmo tempo irritada.

– É verdade! – exclamou ela – Ouvi uma conversa dele com a Rainha ontem! Ela queria matar alguém! Uma das empregadas e pediu para que ele o fizesse, e hoje... a rainha pediu que Hinata fosse vê-la e depois eu a vi entrando na floresta e Sasuke a seguiu! Ele vai matar a minha irmã!_ disse desesperada, quase soltando lágrimas de seus olhos esmeraldinos.

Naruto suspirou exasperado.

– Tudo bem, eu acho essa ideia ridícula, mas vou atrás deles. – falou o príncipe – Me mostre onde eles entraram.

– S-sim, Vossa majestade, obrigada! Muito obrigada! – falou a rosada correndo para o lado de fora do castelo.


...


Sasuke seguia ao longe Hinata e Asuma. Sabia que aquilo não era algo normal. Principalmente depois da conversa realmente estranha que tivera com a Rainha no dia anterior e ainda, quando saia da sala, ele havia encontrado aquele homem prestes a bater na porta, Sasuke estava com um pé atrás agora.

O moreno percebeu que ambos se enfiavam cada vez mais dentro da floresta, aquilo estava interessante, seria Hinata a empregada a quem a Rainha se referira na noite passada?

– Aqui já chega, criança. – falou Asuma parando.

Sasuke se esgueirou até um pouco mais perto de ambos para poder ouvir o que diziam e se escondeu atrás de um arbusto.

– Mas o pé de manga coração ainda está longe. – protestou Hinata.

– Sinto lhe dizer, princesinha, mas não é esse o coração que a Rainha quer.

– Do que está falando? – perguntou Hinata assustada, Asuma sorria de modo psicótico para ela – D-do que me chamou?

– Ah, coitadinha, ela ainda não sabia não é? – falou ele fazendo um bico, fingindo pena – Talvez antes de morrer você mereça saber... Você é Hyuuga Hinata, a princesa que supostamente morreu.

Hinata negou veementemente com a cabeça.

– Mas que ideia! – exclamou – É claro que não sou uma princesa! Por que insistem nisso, o Príncipe e agora a Rainha também?

– Porque é verdade. – falou o homem simplesmente.

– Não! Minha mãe é Tsunade Senju e meu pai é Dan Katou eu sou apenas uma empregada daquele castelo!

– Blá, blá, blá... Não! – bradou o homem – Isso é o que você e todo o resto do reino pensam! Tsunade realmente estava grávida, ela teve mesmo um filho, mas o que diabos aconteceu com ele ninguém sabe! Talvez tenha morrido e servido como seu “corpo” morto enquanto você era renegada pelo seu próprio pai e passou a viver como uma emprega daquele castelo!

– Não... isso é ridículo! – murmurava a garota chorando.

– Ridículo ou não. Você vai morrer e vou levar seu coração, o qual a Kurenai tanto deseja. – falou Asuma por fim empunhando sua espada.

Hinata começou a andar para trás se afastando do objeto afiado enquanto as lagrimas lavavam toda sua face.

– Não adianta tentar fugir ou se afastar, no fim, você vai morrer. – falou Asuma.

Hinata ainda se afastava, mas por andar de costas não sabia para onde ia, tanto que acabou encurralada numa árvore.

– Adeus, princesa. – falou antes de investir contra ela.

...

Hinata que havia fechado os olhos em uma prece desesperada, os abriu assustada quando ouviu o som de metal se chocando, viu a sua frente as costas e cabelos negros do guarda-costas do príncipe Naruto.

– Mas que porra...? – bradou Asuma surpreso com a intervenção, encarando os olhos ônix cerrados de raiva do rapaz que segurava uma espada apontada sobre seu coração, quase o atingindo, pela força que pressionava a espada trêmula, assim como suas mãos. Se ele não se controlasse iria perfurá-lo, sem dó e nem piedade.

– Se... – o Uchiha engoliu em seco, sentindo vontade de fazer mil pedaços de Asuma. Ele não era de hesitar. Matou o irmão por vingança, e por que agora iria se importar em não matar um ser qualquer? Estava no seu sangue ser um matador e ele odiava isso. Odiava ver o sangue preso em sua espada, depois de matar alguém. Simplesmente o líquido denso e vermelho o fazia se lembrar de cenas desagradáveis que infelizmente aconteceram em seu passado sombrio. – Afaste... DELA! – rosnou entre as arcadas pressionadas.

O homem ainda surpreso e ao mesmo tempo abismado com a frieza que via nos olhos do mais novo, soltou uma risadinha tensa.

– Ora, Uchiha. Se não vai nos ajudar, ao menos não atrapalhe. – falou ele observando atentamente a lâmina fina apontada para ele.

– Tsc. Não seja ridículo. Acha mesmo que vou deixa-lo matar uma dama na minha frente, seu cretino idiota! – o moreno cuspiu ao final de sua frase.

Asuma riu ainda mais tenso, ele tentava inutilmente procurar por sua espada, mas a mesma estava muito longe.

– Se eu não mata-la, a Rainha me mata...

– E você acha que a vida de quem importa mais em minha opinião? – debochou o Uchiha – Aquela mulher nunca vai saber se matou ou não essa garota, apenas volte para o castelo e diga que a matou.

– Ela me pediu o coração da garota. – respondeu o homem seriamente fazendo o moreno franzir o cenho e Hinata cobrir a boca com as mãos, ela estava começando a se sentir enjoada.

– Isso não é problema meu, se voltar para o castelo sem o coração ou se tentar me enfrentar aqui você vai morrer de qualquer jeito. – concluiu o moreno seguro de si. – Você escolhe o jeito que quer morrer, covarde.

– N-não... – Asuma estava lívido, aquele tal de Uchiha realmente agia com frieza, ele com certeza não tivera problema nenhum quando acabou com a vida do próprio irmão.

– Mate um veado e arranque seu coração. Faça qualquer merda, eu não me importo, apenas suma daqui antes que eu mude de opinião. – falou Sasuke indo até a espada do guarda e pegando-a – E isso fica comigo. Agora suma!

O guarda real respirou fundo e foi andando de costas encarando os orbes ônix do rapaz e desviando o olhar de vez em quando para a pálida menina que estava sentada no chão imundo da floresta com os olhos fechados e as mãos sobre a boca, que parecia rezar. Então quando deu uma distância boa dos dois correu.

– Hm, é mesmo um covarde. – sibilou Sasuke finalmente se virando para a morena. – Você está bem?

A garota negou veementemente e o rapaz percebeu o quanto sua pergunta fora idiota.

– Acho que não é bom você voltar para o castelo, aquele lugar não é mais seguro pra você. – falou ele, e ela assentiu ainda tensa e trêmula, não conseguia se mover direito.

– O-o-obriga-da. – balbuciou Hinata debilmente.

O Uchiha ficou sem jeito, mas esse sentimento logo foi embora, pois ele ouviu movimento na mata, sem nem perceber empunhou sua espada a qual apontava para a garota a sua frente. Ele percebendo que a assustou colocou o dedo indicador sobre os lábios em sinal de silêncio.

Então sem ninguém esperar ou realmente enxergar alguma coisa, num flash amarelo, algo pulou do meio dos arbustos atacando o Uchiha firmemente.

– Naruto! O que pensa que está fazendo? – perguntou o moreno se defendendo dos ataques do amigo quando percebeu quem era ele.

– TEME! O QUE EU PENSO QUE ESTOU FAZENDO?! EU NÃO ACREDITO QUE SAKURA FALAVA A VERDADE! SEU HIPÓCRITA NOJENTO! VOCÊ NÃO VAI MATAR A HINATA! EU NÃO VOU PERMITIR!

– Matar? Você está louco? – bradou o Uchiha.

– Cale a boca e lute seu imprestável!

Do mesmo lugar em que o loiro estava, surgira uma Sakura arfante correndo desesperada até a irmã que encarava a cena atônita.

– Hina! Hinata! Você esta bem? – perguntou a rosada a sacudindo – Me responda!

– Sakura! P-pare! – falou ela – O-o q-que eles estão fa-fazendo? Por que estão lutando?

– Por quê? Como por quê? Porque aquele idiota moreno e lindo e maravilhoso e gostoso também ia te matar! – falou a rosada obviamente.

– Não! – a morena então achou forças e se levantou.

Sakura ainda a tentou impedir, mas a mesma se meteu entre os dois que duelavam fazendo Naruto a encarar surpreso e Sasuke bufar irritado.

– Naruto-kun! Sasuke-san! Por favor, parem!

– Como pode me pedir isso Hinata? Ele estava tentando te matar!

Sasuke começou a rir com escárnio enquanto Hinata se virava para o loiro, que aparentemente estava muito preocupado.

– Não! Naruto-kun, ele me salvou! Asuma ia me matar, mas ele nos seguiu e me defendeu! Se não fosse pelo Sasuke-san, eu talvez estivesse mesmo morta.

O loiro e a morena se encararam firmemente, acabando por se perderem naquele olhar tão forte. Fazia tanto tempo que Hinata tinha olhado aqueles belos olhos azuis que ela até esquecera a tonalidade incrível que eles tinham, e o mesmo acontecia com Naruto, mas ele não conseguiu se conter, deixou sua espada cair e puxou a morena para uma apertado abraço.

– Mas ontem...! – começou Sakura ainda desconfiada, apontando um dedo para o Uchiha que a encarou com as sobrancelhas arqueadas – Você... você conversou com Kurenai, ela te pediu para matar uma empregada!

Sasuke revirou os olhos.

– E você por acaso escutou nossa conversa particular até o final, senhorita sabe-tudo? – perguntou o moreno com desdenho.

Sakura então corou e fechou a cara num biquinho.

– Não tive oportunidade. – respondeu.

– Então não sabia que eu neguei! – falou ele cruzando os braços – Isso é ridículo, eu não sabia quem era a empregada que Kurenai queria que eu matasse e ela ainda zombou de meus motivos por ter eliminado meu irmão, coisa da qual ainda me arrependo! Mas principalmente, se eu soubesse que era essa daí, acha mesmo que eu mataria a mulher que meu melhor amigo ama?

Então seguiu-se de uma fase de silêncio e de rostos ficando corados. Sasuke por raiva, Sakura por ter duvidado do moreno, Naruto pelo que o amigo falou e Hinata porque ouviu o que o moreno falara do Príncipe sobre seus sentimentos em relação à mesma.

– Me... desculpem. – falou Sakura derramando fios de lagrimas para então se deixar cair no chão sujo chorando abundantemente, Hinata se livrou dos braços do loiro que ainda a mantinha presa e correu até a irmã abraçando-a.

Naruto olhou com certo pesar para o amigo, com um pedido de desculpas silencioso. O moreno apenas revirou os olhos para o príncipe.

– O que realmente aconteceu? – perguntou o príncipe, então Sasuke lhe contou tudo que ocorrera, desde o pedido de Kurenai, até o momento em que Asuma fugira.

– Por que você deixou aquele desgraçado fugir?! – berrou Naruto incrédulo.

– Dobe, se eu o matasse e Hinata voltasse para o castelo, ela ainda seria morta; se eu o matasse e Hinata não voltasse para o castelo, Kurenai iria desconfiar; se eu o deixasse fugir e fingir que matou Hinata a Rainha vai deixar ela em paz.

– Mas e se ele dedurar? – perguntou Sakura timidamente finalmente entendendo tudo o que se passara.

– Ele não vai. – respondeu o moreno seriamente – Se ele disser que Hinata está viva e que fugiu, ele morre.

Naruto sorriu.

– Eu não disse? É você! A Princesa desse país é você!

Ela negou tristemente.

– Ainda não consigo acreditar nisso, preciso ouvir da boca de minha mãe para ter certeza. – falou ela.

– Mas... – insistiu Naruto, mas recebeu uma cotovelada do amigo nas costelas, que o encarou friamente.

– Não! – exclamou a garota baixo – Não entende Naruto-kun? Se isso tudo for verdade, se eu for mesmo a princesa que supostamente morreu, minha vida inteira foi uma farsa... eu nem tenho uma identidade própria! Isso é... é frustrante!

– Hinata... – ele murmurou entendendo o que ela passava – Bem, você não pode voltar para o castelo. O que precisamos mesmo fazer agora é te esconder Hinata.

– A casa de caça... eu posso ficar lá. – falou a morena com um suspiro longo, secando as lagrimas que ainda molhavam seu rosto.

– Sim. É um bom lugar, mas vamos ter que cuidar quando viermos te visitar, afinal você não pode ficar só e muito menos sem comer. – falou Sakura – E não se preocupe... eu vou falar com a mamãe, mesmo que ela tenha que pensar que está morta... eu vou arrancar a verdade dela.

– Por que ela não pode saber que estou viva?

– Seria muito obvio. – falou Sasuke – Se ela soubesse talvez não fingisse tão bem quando descobrisse que a filha esta morta. Já vai ser difícil esconder que esses dois aí sabem da verdade e eu já estou correndo perigo suficiente com Asuma sabendo desse segredo.

– Você está certo, teme. – confirmou Naruto. – Venha. Vamos Hinata, para seu novo lar.

Abruptamente o príncipe pegou Hinata e a segurou em seu colo, carregando-a em direção a casa de caça.

Pimentão maduro, tomate maduro, maçã madura, enfim essa era a cor que o alvo rosto de Hinata tomou. Ela não sabia onde enfiar a cara, diante das safiras que a focava com ternura e o sorriso esbranquiçado nos lábios dele, aberto especialmente para ela.

– Na-Naruto-Kun! N-Não, não precisa me... me carregar!

– Sh, precisa sim.

– Ai, que vergonha...

Sasuke e Sakura que ainda estavam parados, observando a Hinata constrangida tentando se soltar do colo de Naruto, não deixaram de rir suavemente da cena.

– Oh, eles formam um belo casal._ Sakura limpou uma lágrima, agora de felicidade no canto dos olhos.

Sasuke a olhou de relance e começou a andar.

– Vamos logo, sabichona._ ela não tinha percebido o sorriso sincero na boca dele, pelo mesmo estar de costas para ela.

Sasuke tinha que admitir, gostava da presença da Rosada, mesmo a achando muitas das vezes, um tanto irritante por falar demais.

– Hm, vai ficar me zoando para sempre, seu convencido?

Pronto, lá começava um jogo de provocações entre Sasuke e Sakura.

– AAAAAAH! Alteza! O que está fa-fazendo?!

O loiro rodopiava freneticamente com Hinata ainda em seu colo, soltando uma gargalhada, da cara assustada que ela fazia.

– Hahaha, você é muito medrosa, Hinata-Chan...

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CONTINUA...


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Notas finais do capítulo

então? comentários?