Maçã Envenenada. escrita por Perona


Capítulo 10
Capítulo X


Notas iniciais do capítulo

olá pessoas ^^ acho que esse capitulo ficou maior que os outros :3
hehe, muitos agradecimentos a quem está acompanhado, favoritando, comentando.... e muuuuuitos agradecimentos a minha coautora Leidy-chan ^^



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Kurenai voltou à copa pensativa, seu sangue pulsava fortemente nas veias atrapalhando até mesmo sua audição, tanto que quase não escutou o chamado de Minato.

- Aconteceu algo Kurenai? E os bolinhos de chuva? – falou ele brincalhão, mas ao mesmo tempo preocupado com a palidez anormal na pele da morena.

- Ah! Me desculpe meu amor, me esqueci, eu realmente não estou me sentindo bem. Vou me deitar um pouco. – falou ela com um sorrisinho no rosto.

- Tudo bem. – disse ele – Quer minha companhia?

- Não! – ela respondeu bruscamente, fazendo o loiro a olhar confuso, e então rapidamente começou a se explicar – Você já tinha seus planos para hoje, não quero atrapalha-los. Está tudo bem.

- Hn. Certo. – disse ele se erguendo da mesa e já se retirando, Kurenai o seguiu até o portal principal – Então vou cavalgar pelos campos e dar uma olhadinha no terreno.

- Ok. – falou a mulher sorrindo esperando-o sair do local para então lançar um olhar penetrante e cheio de significados a um dos guardas que protegiam a entrada do castelo e disse lhe: – Guarda, me acompanhe.

- Sim, Alteza.

Ela voltou para dentro seguindo direto para as escadarias que a levariam a seu destino. Kurenai ao chegar a um dos últimos andares do castelo, e um dos mais inabitados do local se esgueirou pelos corredores lúgubres, sendo seguida não de muito longe pelo homem moreno. Ela entrou numa das portas que existiam.

- Não entendi Kurenai. – começou o homem ao entrar no quarto que mais parecia um pequeno escritório observando a rainha que mantinha o olhar na janela.

A mulher respirou fundo, enquanto observava ao longe a pequena casinha onde a cozinheira morava.

- Asuma... me responda... – começou ela com a voz branda – Qual a possibilidade da “Princesinha Morta” estar viva?

O homem riu.

- Isso é algum tipo de piada? O próprio Rei Hiash confirmou. Ela esta morta.

- Era a palavra de Hiash, Asuma... Ele ficou abalado quando Riza morreu...

- E ainda mais abalado por causa da morte da filha, por isso você se aproveitou do momento de fraqueza emocional do Rei e o fez se apaixonar perdidamente.

Ela deu um sorrisinho ao notar o tom de ciúme na voz de seu amante.

- Mas ninguém mais sabe o que aconteceu, o enterro de Riza e da garota não foi algo aberto, nem eu pude participar. – comentou ela andando de um lado ao outro no pequeno espaço do ambiente, então uma ideia lhe ocorreu e se aquilo fosse verdade, talvez realmente a garota ainda estivesse viva – Há 16 anos atrás, você se lembra se Tsunade estava grávida?

O homem parou para pensar.

- Sim, estava. Foi uma gravidez difícil, tanto que o seu marido morreu numa viagem que fez para buscar plantas medicinais.

A mulher assentiu.

- E por acaso foi Tsunade quem fez o parto de Riza, não foi? Riza ainda suportou alguns dias assim como a filha, mas ela acabou morrendo pela hemorragia não contida,e a garota acabou morrendo de inanição. É essa a historia que contam, não é? – Asuma assentiu novamente – E Tsunade ainda estava grávida nessa época, não é mesmo?

- Faltavam poucas semanas para que a filha dela nascesse. Na verdade alguns dias depois ela teve sua filha, a qual homenageou com o nome da filha da Rainha mais tarde.

- Sabe se o parto dela foi complicado como a gravidez?

- Soube que a parteira trabalhou por mais de doze horas seguidas. – falou o homem ainda não entendendo onde aquilo iria chegar.

- Isso devia ter matado a criança, não? – ponderou Kurenai. – É isso! Definitivamente! É ela!

(...)

Mesmo após a conversa com Tsunade, Naruto e Hinata ainda não haviam voltado a se falar. E mesmo que tentasse não demonstrar, a morena sentia falta da companhia do loiro. Sentia falta de suas aulas e também de sua presença, mas ela tinha que aceitar, afinal, era apenas uma empregada. Nada mais que isso.

Ela se remoía, enquanto enrolava para se levantar, deitada em sua cama, se lembrando da noite anterior, quando encontrara com o rapaz na festa da colheita da Vila. Ele estava divinamente lindo...

Ela tinha que admitir, estava perdidamente apaixonada pelo príncipe. E aquela seria sua sina daqui em diante, viver amando alguém que não devia amar. Tendo que observá-lo de longe, e apenas se lembrar dos dias que passara ao lado dele.

Seus olhos arderam, mas ela não se permitiu chorar, Sakura já gritava por ela para irem trabalhar.

...

O dia do casamento do Rei Minato e da Rainha Kurenai finalmente chegara.

Todo o reino de Impera, e também o Namikaze, estavam em alvoroço.

Minato e Kurenai haviam decidido fazer uma cerimônia grande, mesmo com o dinheiro em falta, para assim receberem grandes monarcas e talvez assinarem um bom acordo que lhes trouxesse alguns lucros e avanços.

O salão estava altamente decorado, com tecidos luxuosos na cor branca e também champanhe. Minato recepcionava seus convidados que iam chegando gradualmente, enquanto Kurenai vestia o belíssimo vestido de seda branca que mandara fazer especialmente para aquela ocasião, altamente trabalhado com cristais.

Naruto estava enfurnado em seu quarto, suas vestes também eram novas, chegavam a ser desconfortáveis de tão bem feitas e arrumadinhas que eram. Por ele mesmo, nem iria nesse casamento, mas aquela não era uma coisa que pudesse escolher. Seu pai o obrigaria a ir mesmo se estivesse morrendo, e como seus motivos eram “apenas birra” – como a própria Kurenai sentenciara em uma discussão sobre o ‘estar ou não estar’ no casamento -, bem, ele não tinha escolha.

Naruto até começava a duvidar dos motivos de seu pai se casar com Kurenai. Aceitara quando o mesmo lhe explicou que tudo não passava de uma farsa que ambos planejavam, umcoup d’État¹, unificar os reinos com certeza traria bons frutos. Mas nas ultimas conversas – que quase sempre se transformavam em brigas – que tivera com o Rei, estava claro que um sentimento começou a surgir entre os dois. E o Príncipe não conseguia engolir aquela história.

- Senhor. – uma voz se fez escutar fora de seu quarto, com certeza uma das empregadas do castelo – Vosso pai, o Rei, lhe mandou chamar. A cerimônia começará em breve.

- Tudo bem. – respondeu ele sem animo.

Então com um semblante totalmente entediado, o príncipe desceu as grandes escadas em espiral que dava acesso ao salão festivo, bem a tempo de ver seu pai dizendo sim para Kurenai e a beijando chochamente, na sua humilde opinião. Naruto odiava casamentos, e principalmente ir a eles, quando convidado. Mas o que o príncipe mais odiava naquele momento era o pai se unindo com uma mulher que não era sua mãe.

Terminou então de descer as escadas e encostou-se ao canto de uma pilastra perfeitamente enrolada em flores brancas, recebendo constantemente o olhar reprovador de seu pai.

Um breve tempo se passou e o tédio de Naruto foi-se em bora por um momento quando avistou Kurenai e seu pai tentando se beijar entre uma torre de bolos empilhados. O loiro tentou se controlar, mas não conseguiu, ao ver amegera rainhase esforçando para não cair, nos pés erguidos, fora a cara de raiva que ela expressava, diante daquela tradição, dita por ela, desagradável. Não deu outra, a gargalhada gostosa de Naruto começou a ecoar pelo local e todos os olhares foram para ele.

Nem um pouco constrangido, o príncipe foi até o casal e os cumprimentou, em seguida seu olhar agora severo desceu para os rubis de sua madrasta, que fingiam felicidade.

- Meus parabéns por ter conseguido enfeitiçar meu pai, mamãe. – foi irônico a se referir a ela como uma ente querida.

- Naruto, aonde você vai?!

O príncipe que já estava subindo as escadas injuriado, pouco se importou em dar uma resposta ao pai preocupado.

Ele simplesmente chegou até seu quarto e se jogou na grande cama, ficando perdido em seus pensamentos dilacerantes.

De repente o loiro saiu deles, quando ouviu alguém bater á sua porta.

- Entre! – gritou de raiva.

Sasuke com uma garrafa de Gim em mãos, adentrou ao quarto um tanto cambaleante e se sentou na beirada da cama do príncipe. Ele já tinha intimidade para isso. Naruto o considerava como amigo também, e ele mesmo um tanto distante de pessoas queridas, tentava retribuir a rara amizade.

- Toma um pouco, cara. – ergueu a garrafa. – Quem sabe dorme mais rápido e se esquece da cena escrota. – o moreno sorriu, junto do loiro ainda esparramado na cama.

- Obrigado Sasuke, mas você sabe que eu não tento resolver meus problemas ingerindo altas doses de bebida alcoólica.

- Está me ofendendo, Vossa Alteza. – Sasuke se fingiu de vítima e voltou a dar um gole generoso no bico da garrafa escura.

- Oh, me desculpe, leal subordinado. – o loiro entrou na conversa, sorrindo daquele diálogo.

Se tinha uma coisa que Sasuke não sentia, era ofensa. O moreno não costumava darimportância à opinião dos outros sobre ele.

- E aí, você vai ficar lamentando ou vai voltar a ser aquele bobo alegre por natureza?

- Ultimamente não estou tendo motivos para ser “alegre por natureza”. – desdenhou, fazendo aspas com os dedos.

Ainda sentia raiva, só de imaginar a rainha beijando seu pai... O ciúmes lhe corroía.

- Ah, não? – Sasuke virou o rosto malicioso em direção ao amigo e voltou o olhar para frente. – Hn. Sei bem, e aquela morena? A irmã daquela Rosada que... – o moreno mordeu o lábio inferior, e desenhando com as mãos as curvas de Sakura no ar – Ah, deixa quieto. – iria acabar falando besteira. Era melhor se controlar, mesmo desconhecendo tal verbo naquele momento...

Naruto logo se sentou na cama, ao se lembrar da morena que Sasuke estava falando.

- Hinata! – suspirou o príncipe abobalhado.

- É isso aê! Hinata. – Sasuke um pouco embriagado, mas forte na queda continuou a sua tentativa de animar o amigo. – Hm, mas então, que dia vai dar uns catos nela?

O loiro se avermelhou de raiva e constrangimento rapidamente.

- Nossa, Sasuke! Quanta insensibilidade, hein. As mulheres não são para dar “catos”. – declarou irritado e logo voltou a sua naturalidade ao lembrar-se constantemente do rosto alvo daquela que atormentava seus sonhos. – E Hinata é uma mulher mais que especial. Ah, aquele sorriso meigo... seus cabelos macios e negros... ah, aqueles lábios vermelhos e macios, que eu tanto queria mordiscar, beijar docemente, alternando por brutalidade quando perdesse o controle... – ele falava suavemente imaginando-se nos braços da morena, mal sabendo o quão sexy estava daquele modo, pondo três dedos enluvados em seus lábios, ele continuava a descrever a desejável morena que fazia seu coração pulsar mais rápido e fluir paixão por suas veias enquanto Sasuke o olhava com uma cara de nojo – Aqueles pés delicados que tanto anseio tocá-los e massageá-los; aquelas mãos tímidas e pequenas, que tanto desejo tocando meu corpo, e aquelas cur...

- Êh, irc! parou com a... irc! boiolagem. Como... irc! pode pensar em... irc! PÉS? – Sasuke agora mais que embriagado, cortou o amigo, que assumiu um semblante revoltado.

- Teme, você é um péssimo amigo. Se a sua intenção é me animar, olha, está indo de mal á pior, viu. – e cruzou os braços, escorando as costas na comprida cabeceira da cama.

Sasuke se levantou e antes de sair pela porta, lançou a garrafa vazia no colo de Naruto.

- Tchau... irc! Sonhe com sua emprega... irc!... dinha.

- Já vai tarde!

...

Não se passaram nem dois dias desde o casamento e o Rei do agora Reino da Folha² saiu em viagem para o Reino de Suna, onde assinaria acordos e tratados de paz.

Minato se despediu da mulher com um cálido beijo, mas do filho nem teve sinal. Um tanto desapontado ele entrou na carruagem e esta iniciou a viajem.

Kurenai, esperou o marido sumir de sua vista e então pediu para um dos guardas reais para que lhe chamassem Uchiha Sasuke e que o esperaria no ultimo andar do castelo na sala 4, para onde se dirigia agora.

Ela não ficara parada em relação ao que ouvira na cozinha alguns dias antes e sobre o que conversara com Asuma, tinha certeza agora de que Hinata era mesmo a princesa, a semelhança dela com Riza era realmente incontestável, tanto que até se recriminou por não ter percebido isso antes.

Por fim, ao chegar até a sala, sentou-se atrás de uma mesa de madeira de lei e esperou pelo moreno que talvez fosse a sua salvação. Afinal, um vingador sempre seria um vingador, ela conseguiria convencê-lo a ajuda-la, principalmente se houvesse muito dinheiro envolvido no meio do esquema.

...

Sasuke se aquecia para fazer exercícios físicos quando recebeu o chamado da rainha. Sem entender muito bem ele confirmou ao guarda que iria até ela. Com um suspiro cansado ele olhou em volta a procura do seu amigo mais idiota do qual também era guarda-costas e o viu cochilando em baixo da sombra de uma arvore um tanto distante. Tinha certeza que o Uzumaki não sumiria de suas vistas como vinha fazendo há algum tempo, pois o mesmo andava um tanto deprimido desde que parara de conversar com a empregadinha. Sasuke não pode deixar de sorrir ironicamente, o Príncipe estava mesmo apaixonado por uma criada.

Respirou fundo e entrou no castelo, mesmo sem querer admitir estava curioso para saber o que a Rainha tinha para lhe dizer.

...

Sakura limpava o corredor do quarto andar com algumas outras empregadas se ocupando dos quartos e salas daquele pavilhão. Percebeu quando Kurenai subiu para o quinto andar do castelo. Não deu muita importância ao fato, a rainha muitas das vezes se trancava numa das salas daquele andar e ficava o dia todo enfurnada lá dentro.

Mas sua curiosidade aumentou quando um rapaz de pele pálida e cabelos escuros seguiu o mesmo caminho alguns minutos mais tarde.

- Sasuke? – perguntou para si mesma um tanto cismada.

Olhou a sua volta, as outras criadas estava dentro dos quartos e não prestavam atenção nela, então foi fácil se esgueirar atrás do moreno.

Quando apareceu no corredor do quinto andar viu que o mesmo estava vazio, então, ou Sasuke estava andando à toa e desceu pelo lance de escadas do lado oposto ou havia ido falar com a Rainha.

Nas pontas dos pés Sakura se aproximou da quarta porta daquele corredor e pode ouvir a voz de Kurenai ao oferecer uma bebida a alguém. E logo depois a negação na voz grave do moreno. A rosada não pode deixar de se assustar com aquilo, o que diabos Kurenai teria para conversar com o guarda-costas do príncipe Naruto? Mas mesmo assim continuou a ouvir a conversa:

- Ora, vamos... – riu Kurenai – Conhaque? Vinho? Gim? Alguma coisa.

- Não Vossa Majestade, apenas quero que me diga o que deseja de mim. – respondeu o moreno firmemente.

- Ah... – Sakura percebeu o riso malicioso da Rainha – O que eu desejo de você, hn?

- Me desculpe a franqueza alteza, mas não costumo calçar meias velhas. – falou a voz do moreno, Sakura cobriu os lábios para não rir – Se era apenas isso, eu me retiro...

- Não! Nem pense nisso querido. – falou a voz da Rainha um tanto mais séria depois do fora que levou – O que tenho a lhe dizer... na verdade... é um pedido.

- Um pedido?

- Sim. Um... “servicinho real”. – falou a mulher, o moreno não respondeu, mas de tanto que já havia o observado de longe, sabia que provavelmente estaria com uma sobrancelha arqueada esperando a continuação – E claro que não seria de graça, não é? Envolve bastante dinheiro pode apostar.

- Pare de enrolar. – falou o rapaz por fim.

- Quero que mate uma pessoa.

Sakura cobriu a boca com as mão tremulas.

- O-o quê? – o rapaz parecia tão confuso quanto ela.

- Tenho meus motivos para querer a morte dessa pessoa, e preciso de alguém que faça esse serviço para mim, e ninguém melhor do que aquele que vingou toda sua família matando o próprio irmão, não é?

- Quem é essa pessoa?

- Apenas um empregada que me irritou profundamente. – respondeu a rainha em tom de descaso – Então, o que me diz?

Porém ela não pode ouvir a resposta do moreno, pois passos na escada denunciavam que chagava alguém mais para aquela reunião, então correu desesperada até conseguir chegar até a escadaria do lado direito, onde desceu praticamente correndo, com o coração pulando de modo frenético e a respiração descompassada.

...

Sakura andava muito preocupada desde o dia anterior e agora, enquanto ajudava a mesma na limpeza do salão principal, Hinata estranhava o modo como a irmã agia, ela se assustava com coisas bobas e parecia um tanto neurótica. Mas quando lhe perguntava o que ela tinha olhava-a com cara de paisagem como se não tivesse entendido.

Resolveu deixar por aquilo mesmo, afinal ela mesma andara meio viajando nos últimos dias. Às vezes se pegava observando o príncipe de longe, mas ele mantinha distancia, como ela pedira, aquilo era ao mesmo tempo bom e frustrante.

- Hinata, a rainha deseja lhe falar. – o guarda Asuma chamou-a no portal do salão.

Com aquelas palavras Sakura quase teve uma síncope.

- H-H-Hi-na-t-t-ta? – disse Sakura baixinho – Hi-hinata está me ajudando na limpeza do salão, senhor Asuma!

Exclamou a rosada um tanto desesperada. O homem cerrou os olhos para a mesma.

- Está me dizendo que esse salão é mais importante que o desejo da Rainha, serviçal? – perguntou ele friamente tocando de modo ameaçador a bainha de sua espada.

Hinata lançou um olhar incrédulo à irmã.

- O que pensa que está fazendo, Sakura? – ela falou apenas com os lábios.

A irmã a olhou com pesar.

- Tudo bem Asuma, estou indo.

Ela deixou seu esfregão de lado e secando as mãos no vestido velho se dirigiu até o quarto da Rainha, soube que a mesma não passara bem a noite anterior e agora descansava em seus aposentos.

Depois de pedir licença entrou no quarto ainda sendo seguida pelo guarda real. Fez uma reverência e perguntou:

- Em que lhe sou útil, Majestade?

Kurenai a olhou de cima em baixo como se a analisasse, aquele olhar fez a morena ficar constrangida, não gostava que a examinassem de modo tão descarado.

- Ah! Seus olhos! Eu os desejo, são muito lindos. – Hinata deu um sorriso amarelo e a Rainha riu de seu constrangimento – Mas... na verdade, estou com vontade de comer manga, quero que pegue algumas para mim.

- Tudo bem. – respondeu Hinata.

- Mas não são essas que tenho no quintal. – Hinata arregalou os olhos – Quero aquela manga vermelha que nunca brotou aqui, a que parece um coração...

- M-m-mas... Só têm dessa manga na floresta, alguns quilômetros à dentro...

- Asuma vai com você para ajuda-la, não se preocupe. – a rainha lhe sorriu – Só peço que não demore muito.

...

Sasuke estava apoiado na janela do quarto do amigo terminando de devorar uma maçã que roubara do pomar real mais cedo, o loiro estava jogado em sua cama como nos últimos dias, um tanto depressivo e murmurava sem nexo algum e com voz de choro o nome da empregadinha.

- Naruto, levanta essa sua bunda daí! – falou o moreno pela milionésima vez.

- Não quero... – mas então o rapaz se ergueu de rompante – Ah! Já se passou mais de uma semana que falei com Tsunade! Ela já deve estar mais calma! Vou falar com ela...

O loiro então começou a pegar suas roupas que estavam espalhadas por todo o quarto que já não era limpo há algum tempo, pois o mesmo não deixava nenhuma empregada entrar ali – a não ser se a empregada em questão fosse uma morena de olhos liláses, o que não foi nenhum dos casos.

Sasuke voltou seu olhar para fora e viu Asuma e Hinata caminhado juntos. Franziu o cenho para aquela cena, seria...?

Se desencostou do beiral e saiu correndo como um louco deixando para trás seu amigo, o príncipe, atordoado.

- Ei! Sasuke?! O que você tem, seu louco!?

...

Sakura nem limpava mais o salão, andava de um lado para o outro perto do grande vitral colorido, ela estava ficando com falta de ar de tanta preocupação, então acabou abrindo parte do mesmo vendo uma cena que a deixou desesperada.

Hinata desaparecia entre as arvores do inicio da floresta e algum tempo depois com a espada na bainha, ele...

Uchiha Sasuke.

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CONTINUA...


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Notas finais do capítulo

odeiem a Kurenai gente o/
até :3



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