Still Into You. escrita por paloma


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Sorry pela demora.
Obrigada pelo comentário Jordana. E pelo os outros das outras fic's também... (:
Boa leitura!!



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''Ooooh, it's your fucking nightmare!'' Acordo com Alex escutando Avenged Sevenfold no último volume. Tudo bem, eu gosto de rock, curto o som da banda, mas acordar com esses gritos é demais. Me levanto e vou até o quarto do meu irmão. Como de costume, a porta está fechada.

- Alex! - grito tentando fazê-lo me escutar, já que o volume da música não deixa - Alex!

Se esse menino acordar morto, já digo, foi por motivos, penso.

Desisto, ele nunca vai escutar mesmo. Saiu até meu quarto. Olho no relógio. Porra, vou chegar atrasa! Saiu em disparada até o banheiro. Me arrumo em tempo recorde. Tomo um café meia boca. Pego minha bolsa, meu Ipop e meu celular e saiu de casa. Olho no visor do celular e aí que minha certeza de chegar atrasada se concretiza. 

Ando em passos rápidos, estilo elefantes, como meu irmão nada normal tem mania de dizer. Com o Ipop ligado tocando alguma música do The Killers e sigo meu caminho. Derrepente escuto barulho de buzina. Olho para o lado e eis o porque do barulho. Reviro os olhos e continuo a seguir caminho. E mais uma vez a buzina. Eu tiro um fone de ouvido e me viro para a direção do barulho.

- O que quer, Matt? 

- Te dá uma carona, só isso. - diz ele de dentro do seu carro conversível

E o filho da puta tem dinheiro, penso para mim.

- Precisa não. - dou um sorrisinho forçado e volto a andar

De soslaio vejo o carro de Matt andando devagar ao meu lado. Bufo com aquilo. E tento ignorar.

- Prefere se atrasar do que aceitar uma carona minha? - ele pergunta

Eu paro, o encaro. Ele continha um sorriso de ''ei, sou sua única opção, baby''. Olhando no relógio mais uma vez pelo visor do meu celular, chego a conclusão que eu deveria aceitar a carona do marrento ali. Eu ia me arrepender, mas que seja. Melhor do que chegar atrasada e ter que aguentar o sermão de uma hora ou até mais do diretor.

Entro no carro dele, e me sento no banco do passageiro. Coloco o cinto, mas aquela merda resolve simplesmente travar. Bufo baixo algo do tipo ''mas que porra''. E tento mais uma vez fazer aquilo funcionar. Vejo Matt soltar um riso abafado quando me olha.

- O que foi? Tá rindo do que? - pergunto

Ele apenas me fita e continua rindo. Vem em minha direção. Por um momento, achei que ele iria me beijar. Paralisei naquela hora. Merda! Minha respiração ficou escassa, meio descompassada. Tentei me acalmar, voltar ao meu estado de sanidade mental, mas estava difícil. Aquela proximidade estava me deixando meio sem reação. Foi aí que vi que aquele show todo, era apenas para arrumar o cinto. Quando ele volta para o volante, não sei se eu soltei a respiração por está agradecendo por não haver beijo ou por ele não ter me beijado. O que? Estava já pensando merda. Pego meu Ipop e ligo no máximo possível para não escutar sua voz se ele resolvesse falar comigo. 

Chegamos no colégio. O estacionamento estava bem cheio. Olhei no relógio e vejo que estávamos adiantados dez minutos. Retiro os fones, os guardando na bolsa.

- Viu? Se você não aceitasse minha carona, com certeza estaria na metade do caminho para cá. - disse ele me encarando como um sorriso debochado no rosto

Bufo com aquilo e saiu do carro. Fecho a porta com força.

- Ei, cuidado! - fala Matt

Dou de ombros. Sentados em uns bancos debaixo de uma árvore ali do pátio. Calli e Nate conversam rindo. Fui chegando perto. Mas nada deles notarem minha presença. Do nada sinto alguém agarrar meu braço, me fazendo virar.

- Esqueceu seu caderno no meu carro, Cass. - disse Matt 

Dou um sorriso de agradecimento e volto a virar para Calli e Nate. Agora sim eles notaram minha presença. Mas aonde foi parar as gargalhadas de minutos atrás. 

- Seu caderno, no carro dele? - pergunta Calli meio confusa, depois me manda um sorriso típico dela - Ah sua safada! 

Franzo o cenho.

- Não pense merda ok, Calli? Ele só ofereceu uma carona para mim e eu meio relutante aceitei, se não iria chegar atrasada. - disse por fim - Prefiro aguentar ele do que os sermões do diretor. - digo me sentando

Era nove horas da manhã. Aula de física. Eu até gosto de física, tenho facilidade, mas não diríamos que é a minha matéria favorita. A aula passou numa lerdeza só. Olhava para o fundão da sala, só dava para escutar os roncos de alguns, os murmúrios de lamentos de outros e uns ''cri cri cri'' dos demais. 

Estávamos todos no refeitório. Eu, Calli e Nate sentados em uma mesa mais para o meio do local. Conversávamos bem animados. Sexta-feira chegando tínhamos que fazer nossos planos para o fim de semana. O que? Simples, festas! É, Calli e Nate tem essa coisa em comum. Adoram festas. 

Enquanto eu comia minha maçã, olhei para direção da porta do refeitório e vejo Matt entrar. Observando ele discretamente, percebo o quanto ele é lindo. Já tinha notado isso antes. Posso ter minhas desavenças com ele, mas sei dizer quando algum garoto é bonito. Seu estilo é meio marrento, rebelde de ser. Seu cabelo sempre está no estilo ''acabei de acordar'', meio desgrenhado de propósito. Seu sorriso de canto de boca sempre está ali. Suas roupas, típico bad boy. Reviro os olhos. Ele é o seu tipo, não é, Cassie?, diz meu inconsciente para mim. Tento ignorar aquilo. Porque no fundo eu sei que é. É bem o meu tipo.

Derrepente, os olhos de Matt encontram o meu. Ficamos ali, daquele jeito por minutos. Nossos olhos pareciam se sustentar. Ele sorri para mim e eu me vejo sem saber o que fazer. Responder com um sorriso também ou simplesmente ignorar? Me perguntei mentalmente isso. Mas preferi a opção c, que era ''me levantar e saí do refeitório como se nada tivesse acontecido'' 

Eram onze da manhã, quando segui até a saída da escola. No meio do caminho, fui parada por um carinha.

- Cassie, quanto tempo. - disse a voz

Me viro e leve um susto. 

- Lembra de mim, Cassie? - disse

- Acho meio impossível esquecer como você foi um filha da puta comigo na última festa da sua casa né, Kevin? - revido o encarando

- Mas meu bem...

- Pode parar com isso de meu bem. - o interrompi

Ele apenas sorri para mim. De um jeito cafajeste. Reviro os olhos. Kevin vai chegando perto, perto até demais. 

- Sabe Cassie... - disse se aproximando

Eu vou dando passos para trás. Até quando eu sinto algo rígido atrás de mim. Olho para trás e vejo Matt parado ali. Pela primeira vez, foi um alívio vê-lo.

- Matt... - digo o teu nome como sei lá o que

Ele apenas me olha e volta o seu olhar para Kevin. Entendo a situação, ele sorri. Me puxa pela cintura e me beija. Fui pega de surpresa com aquele ato dele. Mas correspondi o beijo. Era bom, muito bom. Tivemos que parar por falta de ar. Ele me dá um selinho cessando de vez o contato de nossos lábios e sorri para mim.

- Cass, vamos. Temos que ir até a minha casa. - disse ele ainda me abraçando

Eu estava atordoada ainda por causa do beijo. Franzo o cenho querendo entender o que ele queria dizer. E logo depois e entendo. 

Escuto uma tosse de Kevin.

- Atrapalho? - disse ele me olhando - E esse, quem é? - pergunta ele para mim

Quando eu ia responder, Matt me interrompi.

- Namorado dela e você é? - disse ele com a maior naturalidade e convicção possível

A expressão no rosto de Kevin depois que Matt disse que éramos namorados foi impagável. Ele engole em seco.

- Amigo - sorri forçado - Nos vemos por aí, Cassie. 

E ele se vai. O que era mais temido. Eu e Matt sozinho depois daquele beijo e do ''namorado dela'' Eu o olho e ele sorri dando de ombros ao mesmo tempo. Ele me dá carona e me leva até em casa. Paramos na frente dela, o silêncio era ensurdecedor naquela carro. Resolvo quebrar.

- Então... Acho que vou indo. - digo abrindo a porta

Quando estava prestes a sair do carro, Matt segura meu braço.

- Quem era aquele cara?

- Um carinha aí que eu não quero lembrar sua existência - digo

Ele sorri para mim e arqueia uma sobrancelha.

- Para eles somos namorados. Que eu saiba ele estuda na nossa escola, ou seja, essa mentira vai se espalhar e amanhã quando chegarmos na escola vai está todo mundo sabendo

Merda, merda. Pensei para mim. Ele tinha - razão. 

- Mas antes que você diga que essa mentira que eu disse a ele deve ser desfeita, pense que se eu falar que você não é minha namorada, ele vai querer forçar algo contigo como tava forçando no estacionamento.

 mais uma vez ele tinha razão. 

- Ok. - digo por fim

- Ok o que?

- Eu aceito essa mentira. Mas nada de exageros ok? - pergunto

Ele assente sorrindo de um jeito vitorioso e sexy. Ok, tira o sexy, ou não. 

- Tchau! - digo saindo do carro

Ele abre a janela do carro e grita para mim.

- Tchau, minha namorada. - falou debochado

Reviro os olhos e falo mexendo só os lábios, sem emitir som algum ''vai a merda'' E sigo para dentro de minha casa. E ouço o ressonar dos pneus do conversível dele cantar pela asfalto.


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Notas finais do capítulo

Reviews gente
Valeu!!



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