Já na entrada do local que aconteceria o evento, vimos várias casais. Uns apenas conversando, outros se beijando. E já outros, fazendo coisas que deveriam ficar entre simples quatro paredes. 

O som estava alto. O show propriamente em si, não havia começado. A música que tocava nos auto falantes do lugar, reproduzia música eletrônica, só para entreter as pessoas ali presente. Mais adiante de onde estávamos, havia uma pista improvisada. Calli que não é boba e nem nada, já puxou Nate pela mão e foram em direção a pista. O esto seguiram seus passos e foram para o mesmo lugar.

 Lá em cima do palco, o dj tocava Don't You Worry Child, do Swedish House Mafia. Olhando para o meu lado, vi Matt ali parado, com as mãos dentro do bolso olhando em volta super atento. Derrepente, ele fixou seu olhar em um ponto fixo e sorriu. Epa, epa, epa. Esse sorriso, pelo pouco que conheço dele é o famoso sorriso dele de ''to afim de transar, bora?''. Segui seu olhar e vi quem era o motivo de toda aquela animação. A morenassa vadia, bufei. Ele saiu em direção a ela, e nem falou nada a mim. Idiota, vadio, imbecil, canalha, falei isso baixo só para eu escutar.

- Deve odiar mesmo esse carinha que está xingando hein? - disse Eduardo atrás de mim

Não tinha visto ele ali. 

- É, infelizmente não posso concordar com a parte do odiar. - resmunguei

Ele sorriu e deu um passo à frente.

- Posso ajudar, se quiser. - sussurrou com um tom de voz bem sexy por sinal

O encarei e ele estava com um sorriso estampado nos lábios. E que lábios, pensei mentalmente. Sorri.

- Vamos dançar? - perguntou e eu assenti

Ele agarrou minhas mãos e fomos direto para a pista. O dj já tocava outra música. Yeah!, do Usher, começou. Eduardo logo me puxou para perto de si. Apoiou suas mãos em minha cintura, apertando de levinho a mesma. 

''Yeah (yeah) Shorty got down, saying "come and get me". Yeah (yeah) I got so caught up I forgot she told me. Yeah (yeah) Her and my girl used to be the best of homies. Yeah (yeah). Next thing I knew she was all up on me screaming...''

Já no refrão da música, eu já estava um pouco mais solta, mais à vontade em relação ao Eduardo. Os nosso corpos estavam a milímetros de distância, quase se fundindo. A respiração dele batendo em meu pescoço me deixavam louca, fora de órbita. As vezes ele roçava dele leve seus lábios no mesmo, me deixando mais fora de mim ainda. Porra, pescoço é meu ponto fraco, disse a mim mentalmente. Sua mãos apertavam minha cintura agora um pouco menos leve, mas nada que me fazia sentir dor. A música rolava e ali, entre eu e Eduardo, rolava também, mas algo a mais. Confesso que esse tempo ali, me fez esquecer por completo o Matt. Deletando ele essa noite em 3,2,1... 

''Because I don't know. if I take that chance just where it's gonna lead. But what I do know is the way she dance makes Shorty alright with me...''

A música do Usher chegara ao fim, dando lugar a outra do mesmo. Hey Daddy, mas com um ritmo mais eletrônico. Eu, de princípio, achei que ele estava cansado e sairíamos da pista, mas não. Ele continuou ali. Agora me trazendo para mais perto de sim, onde eu podia sentir a animação dele. Sorri. 

''I just wanna get your attention. I really wanna be your love in your head. Coz when I got you don't wanna get some yeah. But girl that's only if you ain't scared...''

Eu me virei de costas para ele, que agarrou minha cintura trazendo mais para perto ainda. Se é que isso é possível. Ao abrir meus olhos e direcioná-los para o bar, vejo aquilo que me corroeu por dentro. Matt quase comendo a morena em público. A raiva, a dor, o ódio me consumiram naquele momento. Fechei os punhos. Me virei para Eduardo, ficando de frente para ele. Ele me olhava com desejo.

''I ain't gotta do a lot of flexes. Shorty you already know what it is. And girl tonight we'll gonna do a lot of sexin. Can't nobody do your body like this...''

Ele foi dizendo no ritmo da música aquele refrão. Confesso que comecei a ficar excitada com aquilo. Na parte do ''And girl tonight we'll gonna do a lot of sexin?'', ele cantara pausadamente. Naquela hora eu perdi completamente a noção. Antes mesmo de pensar em como tomar a iniciativa e o beijar, ele já havia feito isso. Sua boca na minha, parecia que ele iria me comer ali mesmo. Pensando bem, se deixasse, ele faria isso, penso. Os beijos foram ficando quente. Ele foi cessando com leves selinhos, seguido de uma mordida no meu lábio inferior. Ao abrir meus olhos, vejo a imagem dele mordendo seu próprio lábio, com a intenção de se controlar. Quando ia o beijar novamente, Calli grita em meu ouvido, dizendo que o show principal iria começar. Assenti.

- É... - o que falar depois de um beijo desse? 

Ele sorriu para mim, me deu um selinho, e ainda com os lábios colados aos meus murmurou algo.

- Depois a gente termina. Temos um Rock in Rio para curtir. - disse ele com uma voz cheia de promessas e segundas intenções

Sorrio com aquilo e seguimos em direção ao local do show principal.

Chegando lá, já estava amontoado de gente. Mesmo até na área vip. Um pouco mais organizado que no meio do povo. 

- Cass aqui! - gritou Alex para mim

O avistei e fui até eles. 

- Vai começar, maninha! - disse ele todo eufórico

Sorrio com a animação do meio irmão. É o sonho dele vir ao Rock in Rio. 

As luzes do palco apagam, ficando totalmente escuro o local. Na mesma hora, me pego agarrando a mão de Eduardo, que estava ao meu lado. O escuto soltar um risinho. 

- Relaxa, Cass! - disse ele sussurrando perto do meu ouvido

Derrepente, um acorde de guitarra começa, o que fez o público ir ao delírio. Logo em seguida, a bateria, e outro acorde de guitarra começam a se unir com a primeira. Segundos depois, a voz do vocalista começa a cantar. Muse aparece quando as luzes neon do palco se acendem. 

''Mad mad mad. I can't get this memories out of my mind. And some kind of madness. Has started to evolve...''

Eles começam o show cantando Madness. Meu irmão cantava junto. Kristen via meu irmão todo animado e sorria para ele. É, pelo jeito ele está gostando dele de verdade, murmuro para mim mesma. Olhando para o lado, vejo Calli cantarolando baixo, e Nate abraçando-a por trás. Eduardo estava atrás de mim, quando viu que eu estava o olhando, sorriu. Chegou perto, se colocando atrás de mim, passou seus braços pela minha cintura e apoiou seu queixo em cima do meu ombro. Gostei da atitude, disse meu inconsciente. Olhando para o outro lado, vejo Matt sair de um cantinho qualquer arrumando as calças. Logo atrás a morena do elevador saiu arrumando o cabelo pós-transa dela. Malditos!, grita meu inconsciente. Tento ignorar aquilo e me viro para Eduardo e o beijo de surpresa. Ele que ficou surpreso com meu movimento repentino, retribui mesmo mesmo.

Depois do setlist de Muse, no palco estava Daughtry no palco cantando Over You, fiquei meio assim ao escutar a música. Expeli com uma sacudida na cabeça as lembranças nada boa e aproveitei o show e o carinha legal e que beijava muitíssimo bem atrás de mim. 

Já era a terceira banda que se apresentava. Pelo o que o Eduardo me dissera, era uma banda brasileira mesmo. Ele não estava interessado em ver o show deles, já pra mim, tanto importava. Ele me chamou e fomos para a praça de alimentação. Ali, ele avistou um Mc Donald's e fez nossos pedidos. Sentados na mesa, jogando conversa fora, ele me contara o que já tinha feito de errado na vida dele e as tantas merdas que ele já fizera. Eduardo, tinha uma carinha de santo, mas era pura enganação. 

- Vou ao banheiro. - falei e segui ao mesmo

Chegando lá, passo uma água na nuca, pois estava muito calor. 

- Pelo jeito a companhia do idiota te deixa com calor, a ponto de passar água na nuca. - disse Matt encostado na porta fechada do banheiro

Me viro para ele.

- O banheiro masculino é logo ali do lado. - disse me virando novamente para o espelho

Do mesmo, vejo-o vindo em minha direção. Ai não! Ele para atrás de mim. Posso sentir o calor que o corpo dele soltava. Merda, merda. Ele dá mais um passo à frente e dirige sua boca até minha orelha.

- Duvido que ele te faz sentir isso. - sussurrou ele bem pertinho do meu ouvido

Confesso, aquilo estava me deixando completamente sem fôlego e arrepiada, mas não demonstraria isso a ele.

- Sentir o que? - passo uma voz decidida a ele

Ele sorri e roça a barba por fazer em meu pescoço. Puta merda!

- Não se faz de ingênua, Cass. Você sabe muito bem do que to falando, mas se quiser que eu fale, eu falo sem problema algum. - morde de leve meu lóbulo - Tá completamente excitada só de eu está assim com você. - disse por fim

Era para eu não demonstrar aquilo, porra. Respiro fundo, o ignorando por completo. Vamos lá, seja forte.

- Desculpe acabar com o seu ego, mas se estou assim, você não é o motivo e sim o carinha idiota que está me esperando na mesa pronto para ir embora e... como é que você diz mesmo? Ah sim, me comer. - disse sorrindo o encarando pelo espelho

Ele muda a expressão na mesma hora e se afasta me encarando.

- Vai transar com ele? - perguntou

Fecho a torneira e me viro para ele, sorrindo.

- Não te interessa, mas já que perguntou, sim eu vou. Agora se me der licença... - disse saindo do banheiro

Já longe dele, solto todo o ar que eu segurava. Nossa!, só isso que consigo dizer. Já perto da mesa, olho para Eduardo ali parado abocanhando o resto do sanduíche dele. Olho para trás e vejo Matt me fuzilar com os olhos. Sorrio para ele e vou em direção a mesa. Lá eu agarro Eduardo pelo colarinho da camisa e o puxo para um beijo quente. Quando terminamos, olho em direção a porta do banheiro e não vejo mais Matt lá. Bem melhor, penso.

- Ow! - disse Eduardo com a respiração falha - Cass, eu...

- Shh... - o calei com um selinho - Não to mais me aguentando desde a pista de dança. Vamos logo! - falei e ele riu

- Achei que era só eu. - falou

Fomos direto para o hotel. Já no elevador, ele me prensou contra a parede do mesmo, me beijando. Minha sorte é que ele é lindo, fofo, beija bem. Fomos aos trancos e barrancos até seu quarto. Com dificuldade ele abre a porta do mesmo. Ainda me beijando, fecha a porta com o pé. Me joga na cama, ficando por cima de mim em seguida. Coloco minhas mãos na barra de sua camisa e a tiro. Olho rapidamente para o corpo malhado e bronzeado dele e mordo o lábio. Ele percebe e sorrio maliciosamente. Ataca meus lábios mais uma vez.

Agora, ambos totalmente pelados, nos beijamos. Ele estica o braço para a gaveta ali do lado e pega uma camisinha. Abre a mesma e a coloca. Ele hesita antes de entrar em mim. Franzo o cenho com aquilo.

- Cass, você... - ele para

Ah!

- Não sou virgem. - disse sorrindo

Ele me olha, sorrio pervertidamente e entra em mim. SInto ele lá. Porra! Os movimentos deles são estocadas fortes, porém ao mesmo tempo delicadas. Tempo depois, chegamos ao ápice juntos. Ele cai em cima de mim, com todo o seu peso. Ficamos ali, naquela posição durante alguns minutos, até que ele se levanta vai até o banheiro e joga a camisinha no lixo e volta, se deitando ao meu lado. Ele chega perto do meu ouvido.

- Depois dizem que as brasileiras são quentes na cama. - sussurra para mim, com uma voz completamente sexy e ofegante

Aquilo me fez sorrir. Me viro, ficando de costas para ele, que chega perto de mim. Dormindo assim, de conchinha comigo.