As Noivas Do Drácula: O Despertar Do Caçador escrita por avada kedavra


Capítulo 3
The Brides - Part 2: Aleera Morgan


Notas iniciais do capítulo

Gente, desculpa a demora. Estou por um tempo sem internet, mas consegui postar mais um capítulo pra vocês...



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Aleera Morgan era uma moça muito bonita que morava na Espanha. Era uma camponesa pobre, mas não deixava sua condição social acabar com sua felicidade. Sua beleza atraía grande parte dos homens e mulheres da Corte espanhola. Tinha cabelos encaracolados cor de cobre, uma pele bronzeada, um corpo delineado e seios avantajados, que despertavam olhares por onde ela andava.

          A garota ajudava seus pais a vender a alface que produziam para que pudessem ter dinheiro suficiente para sobreviver. Era muito querida onde morava, pois se dava bem com todos, até com crianças, mas na Corte ela tinha fama de prostituta, ladra e usada.

          Aleera tinha um namorado chamado Ben. Eles eram amigos desde a infância e começaram a namorar há pouco tempo. O maior sonho dos dois era ter filhos, mas a sua posição social não garantia o sustento suficiente para uma família de jovens camponeses. Eles sempre se encontravam às escondidas e ficavam a noite toda olhando para as estrelas.

          Um belo dia seu pai a manda para uma venda para trocar os vegetais produzidos por moedas de ouro. Na noite anterior Ben havia prometido a ela que eles dariam um passo a mais na relação deles. Aleera não dormira à noite pensando no encontro prazeroso que teria com Ben. Enquanto levava a cesta com os vegetais dentro encontrou umas crianças e começou a brincar de pique-esconde com elas. A garota era como uma grande moleca e isso fazia sua mãe dizer “Homens não querem molecas. Querem mulheres de verdade. Você já é moça há bastante tempo e nunca arranjou um pretendente decente”.

          Aleera entrou em um beco. A criança que procurava estava perto do local e a garota adentrou mais o beco, de costas, em busca de um esconderijo melhor. Ao virar-se viu uma cena que a fez largar a cesta. Ela estava perplexa e em choque. Bem na sua frente Ben se beijada calorosamente com uma garota rica. Eles se acariciavam e quando ele viu Aleera, empurrou a mulher e tentou se explicar.

          — Meu amor, não é o que você pensa. Meus pais queriam que eu tivesse um futuro e...

          A garota deu um tapa na cara dele e saiu correndo, chorosa. Enquanto caminhava batendo em várias pessoas, um homem parou em seu caminho. Ele tinha uns 18 anos e era bem bonito. Ele acariciou o rosto dela e limpou suas lágrimas.

          — Por que uma garota bonita como você está em prantos desse jeito?

          — Desculpa, mas eu o conheço? — perguntou ela, enxugando as lágrimas.

          — Não. Contudo, eu sei reconhecer quando uma donzela está machucada.

          — Eu não estou machucada — respondeu ela.

          — Está sim — falou o garoto — Não existe somente ferida física. Existe as feridas sentimentais. E você está machucada aqui — ele colocou a mão sobre o seio esquerdo dela.

          Aleera se assustou com a atitude do homem. Ela empurrou a sua mão e se preparava para ir embora quando ele segurou o seu braço.

          — Desculpe os meus modos — começou ele — Meu nome é Finn.

          — Aleera.

          — Aleera? Belo nome. Sabe, eu estou com uns amigos aqui perto e nós estamos nos divertindo à beça. Quer nos acompanhar?

          — Eu não sei. Talvez outro dia.

          — Eu não acredito! —exclamou Finn — Você vai deixar mesmo aquele babaca lhe abalar? Eu não o conheço, mas para abandonar uma mulher como você só sendo um babaca mesmo.

          A mulher riu. Apesar disso ia recusar o convite educadamente, mas Ben apareceu na esquina. Ela foi tomada por uma sensação estranha e se juntou ao homem, que sorriu sarcasticamente e a conduziu pela rua. Quando voltou a si Aleera percebeu que eles estavam num beco vazio e já estava escurecendo. Ela tentou se soltar do braço de Finn, mas esse a segurava firmemente. Os dois encontraram um grupo de quatro homens, todos com a mesma idade de Finn. Ela viu o sorriso na cara deles e ficou com medo.

          — Até que fim — falou um —Pensei que tinha desistido.

          — Nunca — riu Finn.

          — Dessa vez você caprichou — falou um segundo — Trouxe uma bela acompanhante hoje. Olha esses seios...

          — Finn, eu quero ir embora — falou Aleera, assustada.

          — Mas você acabou de chegar — esnobou o homem — E a noite só está COMEÇANDO!

          Ao som dessa palavra os cinco partiram para cima da garota. Eles acariciavam seu pescoço, seus seios seus cabelos ruivos. Lágrimas saiam dos olhos dela, que tentava gritar, mas sua boca fora tampada por um dos rapazes. Eles rasgavam o vestido dela, exibindo suas roupas íntimas e algumas partes das suas nádegas apareceram.

          Eles a empurraram no chão e ela bateu a cabeça forte. Os homens acariciavam-na e beijavam todo o seu corpo, rasgando o tecido próximo ao ventre da mulher. Finn sorriu maliciosamente e levantou-se. Disse É hora do show! E desabotoou o cinto e a calça. Quando ia se lançar para cima de Aleera uma sombra o lançou para trás. Os outros ficaram pasmos com o que aconteceu e se distraíram, fazendo que Aleera, meio zonza, conseguisse se soltar.

          Mesmo com a visão um pouco turva ela conseguiu ver o que acontecia. Um homem muito pálido havia chegado e agora encarava os cinco rapazes. Ele olhou para quatro deles e disse em alto e bom som: Vocês vão embora daqui e irão esquecer de tudo que aconteceu. Ao ouvir essas palavras Aleera sentiu vontade de ir pra casa e esquecer-se de tudo. Porém o que aconteceu depois a chocou. O homem pegou Finn pela gola da camisa e o ergueu como se ele não pesasse nada.

          — Calma, meu senhor — falou Finn, assustado — Eu só queria me divertir um pouco.

          — Divertir-se? — indagou o homem — Você queria se divertir? Pois eu vou lhe dar diversão.

          O homem arremessou Finn na parede e se moveu rapidamente, agarrando o corpo do garoto. Ele entortou o pescoço dele e enfiou o rosto lá. Finn gritava de dor. Talvez fosse a mente de Aleera lhe pregando uma peça, mas quando o homem misterioso soltou o corpo de Finn seus dentes estavam maiores que o normal e cobertos de sangue. Ele pegou um lenço e começou a limpar a boca. Depois disso se aproximou de Aleera cautelosamente, fazendo-a se afastar de medo.

          — Calma, calma — ele começou — Não tenha medo. Não vou lhe machucar.

          — O que você quer? — perguntou ela, com medo.

          — Você está ferida. Sua cabeça sangra. Precisa de tratamentos e comida.

          — Não! Quero ir para casa.

          — Mas você iria adorar me fazer companhia — ele falou com uma voz doce que hipnotizou Aleera — O que me diz?

          — Eu iria adorar acompanhar você...

          O homem a levou para sua mansão na cidade. Lá lhe deu de comer e providenciou um lugar para ela descansar. A mulher só foi sair do transe quando ele estava tratando de seus ferimentos.

          — Qual é o seu nome? — perguntou ela, como se acordasse de um sono.

          — Conde Vladislaus Dragulia — falou, de costas para ela. Ele tinha na mão uma taça de vinho e uma adaga. Ele cortou o pulso e pingou o sangue dentro do vinho — Mas pode me chamar de Drácula — disse, entregando a taça.

          Ela olhou bem para ele e para a taça, desconfiada. Quando ia perguntar, ele lhe cortou:

          — Beba, vai se sentir bem. Eu juro.

           Aleera bebeu o conteúdo e imediatamente começou a se revigorar. Não percebia, mas os arranhões do corpo se curaram e a cabeça parou de doer.

          — Sabe, Aleera — o Conde começou — Venho procurando uma noiva há muito tempo e não acho uma perfeita. Porém, quando bati os olhos em você fiquei enfeitiçado.

          — Como, se você nem me conhece direito?

          — Mas vou conhecer. Com o tempo — depois de uma pausa, ele prosseguiu — Tenho consciência de sua situação financeira e vou lhe ajudar. Você vai melhorar de vida.

          Ela sorriu. No dia seguinte Aleera foi para casa bem cedo. Quando seus pais viram seu estado ficaram alarmados e ela lhes contou a história. Os dois ficaram tão comovidos que fizeram uma cesta com a melhor colheita e enviaram o Conde. Isso significaria a perda de ouro, mas nada lhes era mais precioso que a filha. Porém a cesta voltou duas vezes, pois não encontravam o Conde Dragulia em parte alguma. Aleera decidiu entregar pessoalmente.

          Depois de alguns anos a situação da família Morgan havia mudado. Seu casebre fora substituído por uma casa decente e suas vestimentas foram aprimoradas. Aleera recebia aulas de etiqueta e comportamento com o Conde e era presenteada com vestidos e joias. Ela nunca o via comer e toda vez que pensava em perguntar esquecia na mesma hora. Os seus pais perceberam que ela estava mais desleixada no trabalho. Suas roupas estavam melhores e os gracejos que ela recebia foram aumentando. Eles não fizeram nada até receberem o relato de Ben do que acontecera no beco. Ele falou do homem que foi encontrado quase morto com a garganta mastigada e que ele lhe contara tudo. Os pais dela se enfureceram e chamaram a filha.

          — Esse Conde é um assassino! — falou o Sr. Morgan — Ele quase matou o rapaz no beco escuro. Ben nos contou tudo!

          — Ele contou que a culpa foi dele? — falou Aleera, com os olhos cheios de água — Ele contou que se não tivesse com a língua enfiada na boca daquela mulher eu nunca teria parado naquele beco?

          — Não mude de assunto! — gritou o pai.

          — Eu quase fui estuprada! Quase que eu perco minha honra!

          — Sua honra? Você perdeu faz tempo! Sua fama na vila é de prostituta. Antes eu lhe defendia, mas agora percebo que é verdade!

          — Mamãe? — chamou a menina, aos prantos. A mãe estava chorando de desgosto em um canto.

          — Me desculpe, filha — falou ela.

          De repente a garota sentiu-se invadida por uma força. Toda a sua tristeza e ressentimento foi varrida e substituída pela raiva pura.

          — Prostituta? Pois sim. Se é isso que você acha de mim, que seja. Nunca mais apareço de novo por aqui. Você acaba de perder sua única filha.

          Ela arrancou o chapéu e a saia e saiu correndo pela porta. O pai gritou Está deserdada! e ela corria pela rua aos prantos.

          Foi para a casa do Conde e contou tudo a ele, chorando e lamentando-se sem parar.

          — O que eu não daria para me vingar daquele maldito canalha que tentou me estuprar!!!

           Dragulia somente se levantou, foi até à escrivaninha e pegou uma caixa de veludo azul.

          — Depois do que você me contou, eu tive certeza. Senhorita Aleera Morgan, quer casar comigo?

          As lágrimas de tristeza e raiva dela foram substituídas por alegria. Eles começaram a se beijar e se abraçar calorosamente. O Conde rasgou o vestido dela e começou a acaricia-la. Ambos começaram a se beijar e a sentir prazer juntos. No auge eles estavam sobre a cama, gemendo e gritando. Ela se abraçou por cima dele e começou a beijá-lo fervorosamente. Ele começou a levitar. Cada vez mais alto. Aleera estava tão tomada pelo prazer que não percebeu nada. Eles subiam cada vez mais, encostando no teto. Drácula acariciou os peitos fartos da moça e levantou as mãos, chegando ao pescoço. Ele afastou os longos cabelos ruivos dela e começou a beijar sua nuca. Ela gemia. Depois, as pupilas dele s retraíram e seus lábios se abriram, preparando uma dentada. Ela abriu repentinamente os olhos e a cor se esvaiu do seu rosto.

          O corpo de Aleera foi encontrado em um rochedo na praia. Os seus pais foram comunicados e a Sra. Morgan teve um colapso nervoso e entrou em depressão. No enterro, Ben se martirizava de arrependimento e era o que mais chorava, pois fora ele que causara tudo. O corpo da mulher foi velado e a tumba foi fechada. À tarde, quando todos saíram um homem encapuzado foi até o túmulo. Ele beijou uma rosa negra e jogou na sepultura. Te vejo em breve, meu amor, falou ele. Após sua saída, a tampa de mármore começou a se mover.

          No dia seguinte Finn recebera alta do hospital. Ele não sabia que Aleera havia morrido e estava a caminho de comemorar sua recuperação com os amigos. Era uma tarde nublada. Ele entrou numa rua que não tinha ninguém, exceto um grupo de gatos e outros animais que estranhamente o seguiam. Ele viu um vulto branco passar por detrás dele e se virou. O vulto passou novamente e deu uma risada. Ele sussurrava o seu nome: Finn... O homem parou, assustado. Uma mulher de vestido claro surgiu do outro lado do muro de pedra, levitando e girando num turbilhão de pano. Ela pousou atrás dele. Finn se virou e um relâmpago ribombou. Ele havia tomado um super susto.

          Era Aleera. Seus cabelos estavam mais brilhosos e cheirosos, a pele perfeita e trajava um vestido rosa claro com branco que decotava muito bem os seus seios. Apesar de estar um pouco mais pálida o seu moreno latino ainda era sedutor. Sua boca era mais desejável e os cachos vermelhos davam a impressão de estarem queimando. Porém, seus olhos estavam estranhos. As pupilas estavam contraídas de um jeito que nenhum ser humano normal conseguiria. Era apenas um pontinho preto no meio da íris azul.

          — Olá Finn — falou ela calmamente.

          — É muito bom ver você, Aleera — falou ele, mais calmo.

          — Sabe, eu penso que nós devíamos terminar o que começamos naquele dia.

          O sorriso de Finn abriu-se e ele ficou animado.

          — Já que é você que está pedindo, você terá prazer.

          — Pode apostar que vou!

          Ao falar isso ela sorriu, fazendo seus caninos crescerem. O garoto gritou e se virou para correr, mas ela apareceu na sua frente. Ela olhou nos olhos dele e disse: “Maldito seja seu sangue!” e pulou em seu pescoço. Finn gritava e gritava, mas ninguém ouvia. Após sugar a última gota, ele jogou o cadáver e disse:

          — Espero nunca mais ver você, seu humano imundo!

          Aleera soltou uma gargalhada e saltou bem alto. Os panos do seu vestido nos braços começaram a se adensar e viraram asas coriáceas. Ela abriu voo na sua forma demoníaca, rindo de todas as vidas que iria sugar.


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem. O próximo talvez demore um pouco, mas não abandonem a fic. Deixem reviews.