We Are Young escrita por Duda Melo


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

POV= Ponto de Vista.



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POV Duda
Vou começar me apresentando, porque acho que é o mais conveniente. Bom, então, meu nome é Eduarda Melo, mas eu prefiro Duda. Tenho 16 anos. Após a morte dos meus pais, a uns 9 anos atrás, passei a viver com minha tia Úrsula, em Nova York. Bom, a gente nunca se deu bem. Para falar a verdade, eu nem sei porque é ela que cuida de mim.. Também tenho um irmão que mora com meus avos em Washington e eu quase nunca o vejo. Falo com ele só pela internet, já que minha tia e meus avos estão brigados a muito tempo. O nome dele é Daniel e ele tem 10 anos. Enfim, estudo no colégio preparatório de Nova York com meu melhor amigo Hunter Coolwel. Um menino de cabelos cor de mel e olhos verdes. Ele é chato,irritante, bobo, idiota e tem uma mania estranha de me proteger de tudo, mas apesar disso, eu ainda amava.
Tudo estava normal, por enquanto. O ultimo sinal bateu, e eu sai da sala com Hunter.
_Foi bem no teste?- perguntou ele.
_Cara, é historia! Eu provavelmente gabaritei!- eu disse confiante, já que sou muito boa na matéria.
_Convencida!- ele respondeu rindo.
_Idiota! Vai me acompanhar até em casa?
_Tenho escolha?
_Não!
Fomos andando até a minha casa. Ele me deixou lá e seguiu seu caminho.Respirei fundo e entrei.
_Bom dia Tia Úrsula.
_Que bom que você chegou Eduarda.- ela me encarava.- Seu boletim chegou pelo correio. Da para me explicar todas essas notas abaixo da média?
_A dislexia e o TDAH não explicam nada?
_Você não tem dislexia e TDAH! Eu já disse! Minha sobrinha não é doente e ponto!
_Diz isso para o médico! Ou melhor, para os duzentos médicos que nós fomos!
Era verdade. Minha tia simplesmente não assumia que eu não era uma criança normal. Ela proibia a escola de aplicar as provas diferenciadas e por esse motivo eu era obrigada a fazer as provas normais. Por isso meu desempenho na escola era horrível.
_Eles estavam errados! Você não é doente! Ponto!-ela falou irritada.
_Tudo bem! Eu também não sou inteligente! Assunto encerrado?
_Não! Porque sou eu que te sustento! Sou eu quem paga seus estudos! Por isso eu exijo notas boas!
–Mentira! Você não contribui em nada! São meus avos que pagam meus estudos e meus caprichos!
_Cale a boca! Se não fosse por mim, você não teria casa! Porque você acha que mora comigo? Seus avos não te querem, seu pai não te quer, e sua mãe esta morta. Você só tem a mim! Então me respeite!
_Como assim meu pai não me quer? Ele esta morto. Com minha mãe. Eles morreram juntos.
_Ah é... Você não sabe a historia, né? Seu pai, não é realmente quem você pensa... Sua mãe foi uma vadia e...
Não consegui me segurar. Quando eu vi, minha mão já estava estampada no rosto de Úrsula.
_Nunca mais fale isso. Ela foi a melhor pessoa que já existiu. Ela não merecia ter uma irmã como você, e quanto a meu pai... Eu não acredito em merda nenhuma que sai da sua boca. Você é uma vadia.- eu disse entre os dentes enquanto ela passava a mão aonde eu tinha dado o tapa, com um sorriso escroto e sarcástico nos lábios.
Sai de casa. Aproveitei para comer uma pizza no bar da esquina, pelo menos lá, eu tinha uma alguém, além do Hunter, no qual eu podia confiar, Sra.Bubbowel.
_Bom dia Duda! - disse ela.
_Bom dia Sra.Bubbowel. - eu respondi.
_Pizza ou Hambúrguer?
_Pizza!
_PIZZA E COCA POR FAVOR, MARCEL!- ela gritou para o cozinheiro
_E PODE CAPRICHAR NO QUEIJO, MARCEL!- eu completei
_PODE DEIXAR QUE VAI SER CAPRICHADO!- ele respondeu
Eu sorri.
_Que houve minha filha? Porque ta tão desanimada?
_Briguei com Tia Úrsula de novo...
_Porque?
_Minhas notas...Ela jogou na minha cara que meus avos não me querem e disse que minha mãe foi uma vadia...
_Você sabe que isso é mentira! Quando eu era amiga dos seus avós eles não paravam de falar de você. Eles te amam. E sua mãe sempre foi um doce de menina.
_Sra.Bubbowel, você conheceu meu pai?
_Sim! André era um moço muito educado!
_Ela me disse que ele não é meu pai...
_Isso é a maior mentira que ela já te falou menina! Já disse para não acreditar nela! Vamos parar de falar nisso, abra um sorriso.- ela disse e eu abri um sorriso forçado, fazendo-a rir.
A pizza chegou e enquanto eu comia, nós conversávamos sobre assuntos diversos. Umas 2 horas da tarde eu voltei para casa e percebi que estava sozinha.
Na cozinha, tinha um bilhete preso na geladeira no qual estava escrito: "Viajei a trabalho. Volto segunda."
A trabalho, sei... Ela deve ter ido para casa de algum dos seus namoradinhos de final de semana. Afastei o pensamento e comemorei por estar livre dela durante 3 dias, parecia o paraíso. Liguei para Hunter:
_Alô? -ele disse
_Vem para cá!
_Quem é?
_Eu, idiota, Duda!
_Ah oi!
_Vem?
_Sério? To com muita preguiça!
_Eu to sozinha! Minha tia viajou! Bora ver um filme ou sei lá!
_Diz as palavras mágicas!
_Eu tenho comida!
_To indo!
Desliguei o telefone e troquei minha blusa do colégio por uma blusa qualquer. Me joguei no sofá e fiquei assistindo South Park até a campainha tocar.
_HUNTER?
_É!
_ENTRA!
Ele entrou todo nervoso. Eu nunca tinha visto ele assim.
_O que houve?-disse me sentando no sofá.
_Duda, eu não posso te explicar tudo agora... Vou resumir, estamos encrencados... A gente tem que ir para o lugar seguro. O único para pessoas do seu tipo... Chegou sua hora!
_Como assim "minha hora"? Eu vou morrer?
_Sim, se você não for embora agora!
_Hunter, você esta me assustando...
_Eu não sou a pessoa certa para te explicar isso..
_Explicar o que?
_Explicar o que você é!- ele disse desesperado, farejando o ar.
_Como assim, o que eu sou? Isso é uma brincadeira? Não tem graça! Você sabe que eu to maluca, tendo alucinações e ainda quer botar coisa na minha cabeça!- eu disse rindo. A um tempo eu tenho visto coisas estranhas, tipo, cachorros gigantes, pássaros do tamanho de carros, pessoas grandes demais para ser... pessoas, entre outros. Bom, talvez eu esteja estudando mitologia grega até demais ou talvez seja só o suco de morango do colégio.

_Não é brincadeira! Eles estão aqui! Eu to sentindo! Temos que ir agora!-ele disse realmente apavorado.
Então, gritos vieram do lado de fora. Vi um carro passar perto da minha janela. Eu gritei, mas logo fui calada pelas mãos de Hunter. Ele me guiou até meu quarto no segundo andar, ainda com as mãos em minha boca e eu pude sentir suas mãos tremendo. Ele me empurrou para dentro do meu quarto e trancou a porta. Depois colocou uma cadeira travando a maçaneta e empurrou minha cama para frente dela.
_O que esta acontecendo?- eu perguntei.
_Fica em silêncio! Eles estão aqui. Eles estão na casa do lado, te farejando. Temos pouco tempo até eles entrarem aqui na sua casa. Você tem muitos documentos ou informações lá embaixo?
_Não, tá tudo aqui...
_Tudo bem.
Ele pegou minha mochila e tirou tudo de lá. Depois tirou uma flauta de sua mochila e recitou uma musica de olhos fechados. Depois abriu meu armário e jogou praticamente quase tudo meu naquela mochila. Eu não entendi como coube tudo ali, mas não tínhamos tempo para explicações. Ele mandou eu pegar tudo o que eu queria levar dali, e disse que talvez, eu nunca mais iria voltar, e talvez, os seres que estavam na casa do lado, iam destruir tudo que estava ali. Então comecei a jogar tudo dentro daquela bolsa. Ela não tinha peso e tudo que eu colocava ali, sumia. Livros, roupas, cd's, tudo. Isso levou em torno de 8 minutos, mas é claro que fiz tudo com ajuda de Hunter. E é claro que tudo isso seria um sonho.
_Tudo bem. Se um dia você quiser voltar, a gente pode trazer tudo de volta nessa mochila. Ta tudo ai? Tem certeza?
_Sim!
Descemos as escadas em silêncio. Estávamos preparados para ir para o tal lugar quando um carro atravessou a minha porta de entrada. Gritei e novamente minha boca foi calada pelas mão de Hunter. Ele me puxou para a saída dos fundos, que era na cozinha. Então, 2 seres de quase 3 metros entraram na minha casa. Era fortes, obviamente. Corremos pela porta dos fundos, peguei meus coturnos que estavam do lado da porta e entramos na garagem, onde me deparei com o Mustang de Úrsula. Peguei as chaves na porta e Hunter me disse para tomar o lugar do motorista. Eu, felizmente, sabia dirigir. ele jogou sua mochila no banco de traz e se assentou no banco de passageiro. Coloquei os coturnos no chão e a mochila no bando de trás e entrei no carro. Tudo isso em milésimos de segundos. Acelerei sem esperar a porta da garagem abrir direito, arrancando-a. Isso me traria problemas depois. Na rua, demos de cara com um dos gigantes com uma geladeira nas mãos. Desesperadamente eu apertei o acelerador e ele arremessou a geladeira em nossa direção. Freei e ela caiu na frente do carro. Olhei pelo retrovisor e vi o gigante correndo atrás da gente. Voltei a acelerar e contornei a geladeira. Quando eu me certifiquei que estava bem longe, respirei.
_AGORA ME EXPLICA TUDO!- explodi.
E foi o que ele fez. Me disse tudo. Sobre os deuses, o Acampamento, os campistas e etc...
_Onde é o acampamento?-perguntei e ele me deu exatamente o endereço.
_Mas então, de quem eu sou filha??
_Não sei! Ainda vamos descobrir!
_O que tem na sua mochila??
_Ambrosia, Néctar, Espada, Escudo, Dracmas...- ele disse olhando para mim, que provavelmente, estava com cara de apavorada.-Eu sei que é difícil de entender mas tudo vai melhorar!
Ele olhou para mim e eu revirei os olhos.
_Você tem mesmo 16 anos, Hunter?
_Não!
_Seu nome é Hunter mesmo?
_Sim!
_Tem alguma coisa importante que eu não saiba sobre vc?
_Acho que não!
_Espero! Então você é um guerreiro??- disse bagunçando o cabelo dele
_Para, você ta dirigindo! Quer morrer mulher?
_Desculpa!- eu disse rindo.
_É aqui. Teremos que subir a colina andando...
_Sem problemas, comparado a tudo que aconteceu hoje.
Ele riu, sem humor.
_Hunter! Olha para traz! Fomos seguidos!- Gritei.
Um monstro enorme vinha correndo atrás de nos!Saímos do carro em disparada ao pinheiro da divisa. Peguei as mochilas no banco de trás, joguei a dele para ele e coloquei a minha nas costas. Eu corria enquanto tentava calçar os meus coturnos. Infelizmente o monstro era rápido demais e tinha nos alcançado!
_DUDA VAI CORRENDO! EU CUIDO DELE!
_TÁ MALUCO?? NÃO POSSO DEIXAR VOCÊ SOZINHO!
_VAMOS TENTAR CHEGAR LÁ EM CIMA JUNTOS! CORRE O MAIS RÁPIDO POSSÍVEL!
E assim fomos os dois o mais rápido que conseguíamos. Chegamos no topo, ofegantes e cansados, quando senti braços enormes me levantado! O monstro podia ser horrendo, mas com certeza passou horas na academia. Não conseguia me mexer, nem respirar. Hunter foi com tudo para cima do monstro. Foi tudo muito rápido e eu não vi o que aconteceu com clareza. Mas o monstro me soltou e atacou ele. Então quando Hunter foi dar o golpe, o monstro o empurrou tão forte que o arremessou direto a uma árvore, e ele caiu no chão. O ciclope pegou uma das 2 lanças que estavam penduradas em sua armadura nas costas. Então me lembrei da espada que Hunter tinha colocado na mochila dele. Corri até onde a mochila estava jogada. Coloquei a mão dentro e era como se aquilo fosse um buraco negro, então a espada simplesmente apareceu na minha mão e eu a peguei.
_SAI DE PERTO DELE! SEJA HOMEM... MONSTRO.... OU SEJA LÁ O QUE VOCÊ FOR E LUTE COM ALGUÉM QUE ESTEJA .... ACORDADO!
Péssima ideia! Ele veio com tudo para cima de mim e jogou uma das lanças que atingiu a minha perna esquerda. Gritei de dor. Fui me arrastando para traz pressionando o lugar aonde a lança estava e consegui me apoiar na arvore. Juntei todas as minha forças ou o resto delas e tirei a lança da minha perna. O ferimento queimava. Algumas lagrimas desciam pelo meu rosto contra minha vontade. Me agarrei na arvore e levantei. Ajeitei a espada em minha mão e deixei a mochila que estava em minhas costa encostada na arvore. Avancei em sua direção, apesar da dificuldade. Ele se preparou e quando ia me golpear, eu desviei e passei pelas suas pernas. Atrás, não me pergunte como, eu dei um golpe em suas costas. Ele gritou e se virou para mim, levantou o braço e jogou a lança, eu me abaixei e ele explodiu em pó dourado. Estranho? Só um pouco. Olhei para trás, e o pior tinha acontecido. A lança atingiu Hunter!


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