A Vida Como Ela É escrita por LauC


Capítulo 15
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Ah ehhh oi novamente pessoal. Primeiro Me desculpar aqui por nunca mais ter postado, comecei a estudar de novo ai to meio sem tempo e quando tenho falta inspiração e Segundo: dizer que toda vez que eu ia escrever sempre aparecia alguem ou alguma coisa para atrapalhar. Falando logo que não sei se ficou bom esse cap.



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Estávamos na ultima semana de aula antes das férias de verão, Yoi iria viajar para Tóquio com seus pais na segunda semana de férias, Sato e Fuji iriam visitar seus parentes no interior e Amanda, para minha tristeza, iria visitar seu pai na Alemanha por 20 dias.  Eu ficaria em casa treinando todo santo dia para as competições já que as eliminatórias seriam na ultima semana das férias.

Coloquei a gravata em volta do pescoço e fiz o nó, passei um pente pelos cabelos e passei um pouco de perfume. Hoje era quarta-feira, teríamos a ultima prova do bimestre a tarde, que era de matemática, e depois aula de Kendo e ensinar Amanda. A parte irônica disso é que eu não venho ensinando nada para Amanda desde que começamos a namorar e os nossos pais continuam achando que sim.

Peguei minha mochila vermelha listrada e coloquei nas costas, sai do quarto e caminhei ate a cozinha, peguei o obento que estava em cima da mesa e coloquei na mochila, calcei o meu tênis preto da Nike e sai de casa. Andei calmamente pela calçada, dei um oi para a vizinha que estava saindo de casa e observei os carros passando.

Encontrei Yoi alguns minutos depois na rua que era bifurcada, dei um aceno com a mão para ela e um sorriso.

— Bom dia Yoi.

— Bom dia — Disse me puxando para um abraço. Abracei ela de volta e voltamos a andar. Não conversamos muito, pois estávamos cansadas de estudar e de treinar. Pegamos o trem e não demorou muito para chegarmos a frente da casa de Amanda, senti meu coração batendo mais forte quando a vi acenando e se aproximando da gente.

— Bom dia Amanda — Disse Yoi abraçando ela e sorrindo.

— Bom dia — Amanda respondeu sorrindo, se afastou de Yoi e me deu um beijo na bochecha. Dei um sorriso bobo e beijei sua bochecha também. — Vocês duas estão com uma cara cansada.

— Aham — Disse Yoi dando de ombros e um sorriso. — Ainda bem que hoje é o ultimo dia de prova, porque ninguém merece.

— Concordo — Falei sorrindo.

Andamos para a próxima estação e pegamos o trem, 10 minutos depois estávamos atravessando o portão da escola. Peguei meu sapato no armário e tirei o tênis, esperei elas duas terminarem de trocar e subimos para a sala. As aulas da manhã se passaram rapidamente e chegou a hora do almoço. Levantei para juntar algumas das mesas para quando as meninas chegassem já estarem prontas. Coloquei uma cadeira na ponta da mesa e senti braços envolverem minha cintura, senti o cheiro do perfume de Amanda e sorri sem graça.

— Espero que tenha um almoço bom hoje porque eu esqueci o meu — Sussurrou ao meu ouvido, soltei um riso e me virei para ela. Beijei sua testa e tirei o braço dela ao redor de mim, olhei para trás algumas das nossas colegas estavam nos olhando sem jeito.

— Ta deixando as outras com inveja — Sussurrei caindo na gargalhada, ela também começou a rir e puxou uma cadeira para sentar. Sato se aproximou e sentou em uma cadeira, deu um sorriso sem graça para nós, me fazendo rir ainda mais.

— Vocês duas hein — Disse colocando seu obento na mesa.

— Fizemos nada demais — Amanda segurou minha mão e dei de ombros. Sato balançou a cabeça em desistência.

— Aehh, arrumaram as mesas — Disse Yoi entrando na sala com Rieko e Fugi atrás.

— Yoi ainda bem que você chegou — Disse Sato. — Essas duas ai estão que tão.

— Como assim? — Yoi olhou para mim e para Amanda, olhamos para ela com a maior cara de inocência e ela me deu um cascudo. — Se comporte.

— Eu não fiz nada — Resmunguei esfregando minha cabeça que estava doendo agora. Amanda me olhou preocupada, mas sorriu quando viu Yoi balançando a cabeça. — Só eu que apanho é?

— Sim — Disse ela cruzando os braços e se sentando na cadeira. Rieko e Fugi riram e se sentaram também.

Tirei meu obento da bolsa e coloquei em cima da mesa, eu sabia que Amanda tinha esquecido o almoço dela, porque desde que eu fiz um obento para ela, ela nunca mais trouxe o dela. Do jeito que tive que aumentar o meu e trazer hashis extras.

— Pega — entreguei um par de hashis para ela e abri o obento, eu tinha feito alguns sashimis e carne grelhada, algumas verduras e arroz. Amanda deu uma boa olhada e pegou um pedaço do sashimi, vi ela mastigando a comida e dando um OK com o polegar, dei um sorriso e peguei um para mim também, tinha ficado bom.

— Então vocês já fizeram a ultima prova? — Perguntou Rieko para Sato.

— É agora a tarde — Sato pegou um bolinho de arroz e começou a comer.

— Fizemos a nossa agora no ultimo tempo — Suspirou Yoi dando um gole no seu suco de laranja.

— A prova de Ciências estava fácil — Fugi disse dando de ombros e sorrindo.

— Nerd — Falei sorrindo. Amanda deu um tapa no meu ombro.

— Olha quem fala.

— Ei meninas vocês vão viajar quando? — Rieko perguntou apontando com os hashis.

— Na segunda semana das férias — Disse Fugi bebendo um copo de suco.

— Falando nisso — Interrompeu Yoi, ela se sentou direito na cadeira e sorriu. — Meu pai perguntou se vocês não quererem passar uma semana em  uma casa de praia.

— Você está falando serio? — Perguntou Fugi surpresa.

— Sim, no caso como a maioria de nós só vai viajar na 2º  semana, iríamos passar a semana que vem na praia, que acham? — Yoi estava com um sorriso na cara.

— Eu vou de certeza — Disse Rieko sorrindo — Perco essa chance não.

— Tenho que falar com meus pais, mas eu acho que eles vão deixar — Disse Fugi.

Yoi olhou para as outras que deram um positivo com a cabeça e depois olhou para mim, seu olhar ficou meio serio e deu um balançar de ombros. Eu teria que convencer meu pai a me deixar ir. Soltei um suspiro e terminei de comer meu almoço. No ultimo período da tarde fizemos a prova de Matemática, não estava difícil, apenas longa. Olhei para Amanda que estava sentada ao meu lado, ela estava resolvendo as questões rapidamente. Sorri para ela e ela me deu um piscar de olhos, abaixei minha cabeça e voltei a fazer minha prova.

Amanda terminou alguns minutos antes de mim, peguei minha mochila e sai da sala. Desci até a lanchonete e vi as meninas sentadas em uma mesa conversando.

— Como foi na prova? — Perguntou Fugi me olhando com seus incríveis olhos verdes.

— Tinha muitas questões — Respondi tirando minha mochila das costas e colocando no chão.

— Isso é verdade — Disse Sato soltando um suspiro, tirei dinheiro da minha bolsa e me levantei, olhei para Amanda que estava tomando um suco de uva.

— Vou comprar um refrigerante — fui até a maquina de bebidas e peguei uma Coca-Cola.  Meu pai e vovó não gostavam muito de refrigerante, mas convenhamos, eu sou americana. — Então estavam conversando sobre o que?

— Sobre à casa de praia — Amanda respondeu sorrindo, percebi que até ela estava feliz.

— Humm — Sentei ao lado de Fugi e abri a latinha de Coca. — Vai perguntar da sua mãe?

— Claro — Disse Fugi sorrindo. — Minha mãe e minha irmã conhecem vocês então acho que ela vai deixar.

— Problema vai ser seu pai, né Charlie? —Sato perguntou me encarando, confirmei com a cabeça e dei um gole no refrigerante.

— Que tal você ligar e perguntar? — Disse Yoi se levantando para minha surpresa. — Se eu falar com ele, acho que vai ser mais fácil.

— A-Agora? — Perguntei olhando para ela, ela fez que sim com a cabeça e me fez ficar de pé, tomou o meu celular da bolsa e me puxou para fora da lanchonete. — Tem certeza disso?

— Ah vamos lá — Vi Yoi apertando sobre o nome do meu pai no celular e engoli em seco. Colocou a ligação no viva voz e esperamos alguém atender, mas quem atendeu foi minha mãe.

— Charlie

— Oi Sra. Tanaka é a Yoi aqui.

— Oi Yoi, como você esta? Aconteceu algo?

— Não, está tudo bem — Yoi fez uma pausa e olhou para mim com um sorriso “de vamos nessa”. — Sabe o que era, meu pai perguntou para mim se eu gostaria de levar minhas amigas para passar uma semana na nossa casa de praia e eu queria perguntar se a Charlie pode ir.

— Bem, eu vou ter que falar com o pai dela sobre isso.

— Eu posso falar com ele agora? — Perguntou Yoi.

— Sim, eu acho que posso convencê-lo. Seria bom se a Charlie tirasse uns dias de férias dos treinos — Disse minha mãe. — Espere só um momentinho.

— Tudo bem.

— Yoi? — Disse meu pai no celular, Yoi me deu um olhar serio e respiramos fundo juntas.

— Oi Sr.Tanaka, tudo bem com o senhor?

— Tudo sim e com você? — Meu pai sempre foi simpático com Yoi.

— Bem sim. Eu estou ligando por que eu queria perguntar se o senhor deixa a Charlie passar uma semana comigo e as meninas em uma das casas de praia do meu pai.

— Humm, uma semana? — Perguntou ele pensativo.

— Sim, no caso seria essa próxima semana, porque depois dela eu vou viajar.

— Mas ela tem que treinar para o campeonato.

— Vamos Hayato — Escutei a voz da minha mãe ao fundo, Yoi e eu nos entreolhamos. — Charlie vai ter 3 semanas para treinar, sem dizer que ela já tem treinado muito ultimamente. Não podemos desgasta-la tanto assim, dê pelo menos uma semana para ela relaxar, tenho certeza que ela vai treinar todos os dias depois que voltar.

— Vou sim Pai, por favor — Falei, Yoi me encarou surpresa, olhei para a tela preta do celular esperando ouvir alguma resposta, depois de alguns segundos meu pai suspirou.

— Apenas uma semana e nada mais, ok? — Disse ele.

— Entendi. Só uma semana, não vai passar disso. Há! Valeu pai — Falei dando um pulo de alegria, escutei meu pai rindo do outro lado.

— Obrigado Sr. Tanaka! — Disse Yoi sorrindo.

— Tá ok — Disse meu pai. — Vou voltar para o Dojo, até mais.

A ligação ficou muda, olhei para Yoi e ela para mim, nos abraçamos e começamos a pular de alegria.

— Eu não acredito que ele deixou — Falei embasbacada.

— Somos duas! — Yoi me deu um abraço e me puxou — Precisamos contar para as meninas.

— Sim!

Entramos na lanchonete com um sorriso na cara.

—Então? — Perguntou Amanda com as sobrancelhas levantadas.

— Ele deixou — Falei dando um sorriso maior ainda e a puxando para um abraço.

— Que bom! — Fugi disse se aproximando da gente, puxei ela para um abraço também. Ela me abraçou sem jeito.

— Bem, se a Charlie conseguiu permissão nós vamos conseguir também — Disse Rieko sorrindo.

— Isso é verdade — Concordou Sato dando um tapinha no meu ombro.

Terminamos de conversar e fomos para o prédio dos clubes, trocamos de roupas e fomos para os clubes. Treinei com Fugi hoje, ela estava lutando muito bem, a coloquei para treinar com Rei, aprendiz de Yuku, observamos as duas lutarem, corrigimos alguns movimentos e ensinamos alguns golpes que facilitariam a partida. Elas aprenderam rápido para nossa alegria.

Quando o treino terminou eu estava cansada, me despedir das meninas e fui para o vestiário, tirei o kimono e vestir a saia e a camisa da escola. Vi que tinha uma mensagem de Amanda no meu celular, abri a mensagem e li. “Pode vim aqui na sala de artes? Quero te mostrar uma coisa”.

Dobrei as mangas da camisa e guardei o resto das coisas na mochila. Olhei para Fugi que estava vestindo a camisa.

— Fugi eu vou dá uma passada na sala de artes, tá?

— Certo — Disse dando um sorriso de canto. Coloquei minha mochila nas costas e fui para as escadas, subi os degraus de dois em dois e entrei no corredor, parei na entrada da sala de artes e bati na porta.

— Tanaka-san, nos visitando novamente? — Disse Ino, a presidente do clube de artes.

— Me chamaram na verdade — Falei sorrindo. Ino olhou para trás onde estava Amanda e sorriu.

— Acho que sei quem foi — Disse com um sorriso no rosto, abriu a porta para eu passar e entrei. — Amanda fez um desenho bonito. Essa garota tem talento.

— Tem é? — Falei levantando uma sobrancelha e dando um sorriso de canto, Amanda fez cara feia para mim. Me aproximei dela e olhei para a tela que estava coberta com um pano branco. — O que você queria me mostrar?

Vi o rosto de Amanda ficar vermelho e eu fiquei curiosa sobre o que era a pintura, eu nunca tinha visto nenhum desenho dela. Olhei para seus olhos que estavam azuis e olhei para a tela coberta.

— Posso? — Perguntei para ela, ela me confirmou com a cabeça, olhei para o lado onde as outras meninas estavam nos observando. Segurei o pano e tirei de uma vez. Senti meu coração parar de bater por um segundo.

Amanda tinha pintado o dia em que nos conhecemos. Estávamos de baixo da arvore de cerejeira, o sol estava se pondo, havia um tom laranja no céu que estava escuro, as folhas das arvores estavam misturadas entre rosa e laranja. Em baixo da arvore estava eu em pé usando o uniforme do colégio, com a camisa para dentro, gravata apertada, usando o casaco preto e a saia vermelha. Amanda estava sentada no chão ao meu lado, usando sua blusa de manga preta e branca, seu tênis vermelho e jeans. Seus cabelos castanhos estavam com um tom laranja por causa do sol. A pintura estava linda.

Senti minha boca abrir para dizer algo, mas nada saiu. Virei o rosto para Amanda e encarei-a, nossos olhos se encontraram e eu engoli em seco. Olhei de novo para a pintura e passei a mão pela cabeça. Respirei fundo e encontrei novamente minha voz.

— Ficou ... lindo. Essa é a mesma pintura que eu vi e não entendi da ultima vez?

— Sim — Respondeu Ino ao meu lado, olhei para Amanda que estava com o rosto corado. — Ela demorou para finalmente concluir a tela. Disse que queria dar de presente para você.

— Verdade? — Perguntei olhando nos olhos azuis de Amanda, ela me deu um sorriso tímido confirmando. Puxei ela da cadeira e a abracei. Ela me envolveu seus braços em volta de mim, seu rosto estava ao lado do meu. — Sua besta, precisava me dar nada não.

— Mas eu queria — Disse para mim com um sorriso. Beijei sua bochecha e me afastei.

— Muito obrigada, então — Falei olhando para a tela e sorrindo. — Pensei que nunca ia me mostrar um desenho seu.

— Fiquei pensando se eu ia — Disse me dando um soco no braço, ri daquilo e peguei o pano do chão.

— Ficou muito bonito — Disse Sato para minha surpresa. — Aconteceu de verdade?

— Ah, sim — Falei sorrindo sem graça, olhei para Amanda que estava do mesmo jeito. — Foi como nos conhecemos.

— Serio? Que romântico — Disse Ino sorrindo.

Amanda e eu ficamos sem graça com aquilo e para nossa surpresa todas na sala riram da nossa expressão. Ino ajudou a colocar um pano para proteger a pintura e depois nos saímos do clube.

Encontramos Yoi e Fugi na frente do portão nos esperando, deram um olhar de interrogação quando me viram carregando um quadro nas mãos.

— O que é isso? — Perguntou Fugi.

— Uma pintura que ganhei — Respondi sorrindo.

— Podemos ver? — Disse Yoi se aproximando de mim.

— Não. Deu um trabalhão para embalar — Falei, Yoi me deu um olhar e eu sorri.

Caminhamos para a estação, nos despedimos de Fugi no trem e caminhamos para o prédio de Amanda. Chegamos alguns minutos depois, Yoi disse para nos comportamos e foi embora. Entramos no saguão e pegamos o elevador, paramos no 5ºandar e entramos no corredor com paredes azul e prata. Destrancou a porta do seu apartamento e entramos.

— Mãe chegamos! — Amanda disse alto. Tiramos os sapatos e fomos para o quarto de Amanda. Coloquei minha mochila e o quadro em um canto e fui até a cozinha beber um copo de água. Não vi a mãe de Amanda em canto nenhum.

— Amanda — Falei.

— Oi.

— Sua mãe não tá em casa — Terminei de falar.

— Eu percebi!

— Quer água? — Perguntei colocando água em um copo.

— Quero — Respondeu ela do quarto, bebi um pouco de água e levei o copo até ela.

— Aqui — Estendi o copo para ela, ela virou o copo em um só gole, sorri com aquilo e fui até a minha mochila.

— Tá rindo porque? — Disse se sentando na mesinha.

— Por nada — Tirei um novo livro que eu tinha comprado sobre hiragana, que era é um dos silabários japoneses utilizados para se representar a forma escrita da língua japonesa em palavras que não possuem representação em ideogramas kanji, que deixava a leitura mais difícil. — Tá ai um novo livro para você.

— Vixe, Hiragana logo? Isso é um saco — Disse colocando a cabeça na mesa.

— Nada, depois que aprende é fácil — Falei me sentando ao lado dela. — Vem vamos começar.

Amanda realmente tinha dificuldade naquilo, expliquei varias vezes até que ela entendeu direito e começou a fazer um exercício do livro. Quando ela terminou, abaixou a cabeça na mesa exausta e eu fui corrigir. Ela tinha acertado a metade e errado a outra.

— Acertou 50% — Falei em voz alta.

—Humm — Resmungou, pegou o meu celular que estava em cima da mesa e colocou a musica Mirrors do J.Timberlake.

— Se continuar vai ficar bem nisso — Deitei de costas no chão e fechei os olhos. Amanda envolveu sua mão na minha e ficou em cima de mim. Dei um sorriso — Pensei que estava exausta.

— Não para você — Disse se inclinando e me dando um beijo, soltei sua mão e apertei seu corpo contra o meu.

Minhas mãos percorreram suas costas, passei pela sua barriga e desabotoei sua camisa. Me sentei e ela ficou no meu colo, dei um sorriso para ela e beijei seu pescoço, desci para o seu ombro e o seu peito. Tirei a sua camisa, deixando-a só de sutiã e a saia da escola. Amanda puxou meu rosto para cima e beijou meus lábios, nos beijamos como se fosse o ultimo dia nosso na terra. Ficamos de joelhos, ela tirou minha camisa e beijou meu pescoço.

Abracei ela e ficamos de pé, pressionei suas costas contra a parede e a beijei, sua mãos percorreram minhas costas, meu corpo estava clamando pelo dela e meu coração parecia que iria explodir a qualquer hora. Ela me empurrou contra a porta do quarto e tirou minha saia, dei um sorriso para ela e girei a chave da porta. Coloquei Amanda novamente contra a parede.

— Sem hesitar — Sussurrou contra o meu pescoço, pressionei seus lábios contra os meus.

— Sem... hesitar — Confirmei e tirei sua saia. Amanda envolveu suas pernas na minha cintura, ficou mais alta do que eu por alguns centímetros, abracei suas costas e fomos parar na mesa. Derrubamos os livros no chão e demos um riso com aquilo, continuamos a nos beijar e nos tocar. As mãos de Amanda tocaram minha cintura e minha bunda, soltei um sorriso com isso e continuei a beija-la, minhas mãos apertaram suas coxas.

— Cama — Disse entre os beijos, ela me jogou na cama e ficou em cima de mim. Mordeu meu lábio inferior e depois me beijou, nossas línguas se encontraram, segurei seu pescoço, nosso beijo ficou mais intenso do que nunca. Ela soltou o meu sutiã e me deu um olhar safado. Beijou meu pescoço, depois o meu ombro e peito. Nos duas estávamos suadas, tocou meu seio com as mãos e eu tremi, fechei meus olhos e tentei respirar fundo.

Amanda beijou meus seios e lambeu a gota de suor que passou entre os meus seios. Senti minha pele queimar e um arrepio me percorreu. Ela continuou a lamber minha barriga até a minha cicatriz, beijou-a com cuidado e me deu um sorriso. Começou a tirar minha calcinha e eu respirei fundo. Senti seus lábios tocarem a minha virilha e suas mãos a abrirem minha perna, então ela fez.

Tudo a minha volta ficou lento, senti Amanda em mim, um arrepio e um prazer enorme me envolveram e me contorci. Soltei um gemido e escutei Amanda dando um riso daquilo. Puxei-a para cima porque não iria aguentar mais. Olhei em seus olhos, que estavam muito azuis, ela estava mordendo o lábio inferior e me olhava com desejo.

— Minha vez — Beijei seus lábios e tirei o seu sutiã, percorri minha língua pela sua garganta e ombro. Amanda era minha e eu era dela. Já havia entregado o meu coração para ela a muito tempo. Passei minha mão lentamente pelo seu corpo enquanto a admirava. Me inclinei e toquei seus seios com a minha boca, suas mãos tocaram minhas costas nuas, mordisquei seu seio esquerdo e escutei ela gemer, lambi a sua barriga e com a mão tirei sua calcinha. Subi e beijei seus lábios novamente.

— Logo

Mordi seu lábio e sorri, entendi o que ela queria que eu fizesse. Fiz o mesmo percurso só que mais lentamente, quando cheguei na sua barriga afastei suas pernas gentilmente e beijei sua virilha. Olhei para cima, ela estava com os olhos fechados, respirei fundo e prossegui. Toquei seu sexo e ela gemeu, Amanda se contorceu, a segurei e continuei até quando vi que ela não iria aguentar. Beijei sua barriga que estava suada, ela cravou suas unhas nas minhas costas e senti um dorzinha vindo delas.

Toquei seus seios, seu pescoço e beijei sua bochecha. Deitei sobre ela e nós duas tivemos um orgasmo. Senti nossos corpos relaxarem e consegui respirar direito. Ficamos deitadas respirando e sentindo o corpo uma da outra por um tempo. Sai de cima dela e deitei ao seu lado.

— O bom é que se perguntarem se tivéssemos uma trilha sonora, responderemos Mirrors — Disse Amanda rindo alto, a musica tinha repetido umas 2 vezes.

— Isso é verdade — Falei rindo.

Não falamos mais nada, ficamos ouvindo apenas a musica tocar pela terceira vez e quando chegou no final eu cantei junto.

“Girl you're my reflection, all I see is you (garota vc é o meu reflexo, tudo que eu vejo é vc)
My reflection, in everything I do (meu reflexo, em tudo que eu faço)
You're my reflection and all I see is you (garota vc é o meu reflexo e  tudo que eu vejo é vc)
My reflection, in everything I do (meu reflexo, em tudo que eu faço).

You are, you are the love of my life …” ( vc é, vc é o amor da minha vida)

Amanda se inclinou e beijou minha testa, seus olhos estavam com um brilho e um sorriso magnífico surgiu em seus lábios.

— Agora, por favor, desliga essa musica antes que eu enjoe — Disse me dando um tapinha no ombro.

— Certo — Falei me levantando e pegando o celular da mesinha e desligando o reprodutor de musica. Olhei para trás e vi Amanda me observando. — Que foi?

— Nada — Ficou de pé e me puxou para um abraço. — Posso olhar para a minha linda namorada não?

Sorri sem graça e beijei sua bochecha, olhamos em volta, o quarto estava com roupas e livros espalhados pelo chão.

— Você não tem jeito, né? — Digo sorrindo.

— Tem certeza que sou eu? — Ela me deu uma mordida no pescoço e eu tremi. Beijou meu ombro e colocou sua testa contra minha, senti como se pudéssemos ler a alma uma da outra quando nossos olhos se encontravam. Beijei levemente seus lábios e senti o cheiro do seu corpo. — Humm. Apesar disso ser realmente bom, acho melhor arrumamos o quarto e tomar banho, minha mãe deve chegar a qualquer minuto.

Amanda se afastou de mim e foi em direção as roupas quês estavam no chão. Observei seu corpo nu de costas e meu corpo se moveu sozinho. Abracei ela por trás e beijei seu pescoço. Ela se virou e me beijou, um beijo suave e doce.

— Vá tomar banho vai — Disse me empurrando para longe e jogando uma toalha limpa. Fui ate minha mochila no canto e peguei uma escova de dente que eu sempre carregava.

— Chata! — Falei saindo do quarto, olhei para o corredor para ter certeza que a mãe dela não tinha chegado e entrei no banheiro. Coloquei a toalha e a escova na pia, abri o chuveiro e deixei a água fria me envolver, passei sabonete no corpo e coloquei pasta de dente na escova. Uns minutos depois Amanda bate na porta.

— Charlie, eu vou entrar para deixar roupas limpas para você.

— Como se já não tivesse me visto nua, né? — Falei ironicamente.

— Ah, cala a boca — Me cortou. — Vou deixar aqui, a sua farda eu coloquei para lavar.

— Tá bom — Terminei de escovar os dentes e me enxuguei. Sequei meus cabelos com a toalha e fui ver a roupa que ela tinha deixado para mim. Era uma camisa folgada branca e uma samba canção. — Mas que diabos ... Amanda!

Escutei passos vindo do corredor e ela abriu a porta. Me olhou sem entender e eu apontei para a cueca.

— Pode me explicar que diabos é isso?

— Uma cueca — Me olhou como se eu tivesse ficado doida. — Uma samba canção na verdade.

— Eu sei que é uma cueca, mas o que eu quero saber é, por que diabos você tem uma.

— Ah... Explica direito né mulher! — Disse cruzando os braços e me dando um balançar de ombros. — Eu comprei para você.

— Pra mim? — Perguntei não entendendo mais nada.

— Eu sempre te quis ver numa — Disse, abri minha boca para dizer algo, mas fechei. Olhei para a samba canção listrada preta, vermelha e cinza, peguei ela e vesti. Respirei fundo e olhei para ela, Amanda me deu um sorriso e riu alto. — Vejo que gostou.

— Só não era o que eu imaginava — Disse morrendo de rir.

— Affes — Vesti a blusa e sai do banheiro. — Tome logo o seu banho.

Fui para a cozinha, tomei um copo de água e fui no varal, todas as nossas roupas inclusive meu kimono que estava na bolsa. Voltei para o quarto e me deitei na cama, eu não tinha percebido que eu estava exausta, fechei meus olhos e fiquei escutando o barulho do chuveiro. Antes que eu percebesse estava dormindo. Senti alguém deitando na cama e eu senti o cheiro de Amanda.

— Vixe, que horas são? — Perguntei me sentando com tudo. Amanda me fez deitar de novo na cama.

— Relaxa, já é meia noite.

— Meia noite? Meu pai vai me matar — Falei tentando ficar de pé, mas ela me fez deitar de novo.

— Relaxa, eu liguei para o seu pai dizendo que você acabou dormindo aqui depois que se esforçou para me ensinar o Hiragana. Ele disse que estava tudo bem, melhor você tá aqui do que na rua.

— Humm, isso é bom, apesar que isso soou como se eu fosse uma delinquente — Amanda riu disso e me deu um tapinha no ombro. — Sua mãe chegou?

— Sim, ela está dormindo também — Disse cobrindo nós duas com um cobertor. — Chegou morta, mas disse que você pode dormir todo dia se quiser.

— Ah tá — Ri disso. Puxei Amanda contra mim e ficamos de conchinha, ainda estava com sono e cansada.

— Você usou o meu sabonete?

— Aham — Respondi. — Podia não? Agora já era e se eu fosse você não reclamava porque quem tá usando samba canção sou eu.

— Não tá mais aqui quem falou. Mas se não quiser usar pode tirar — Amanda deu de ombros, olhei para o seu rosto que estava com um sorriso indecente e balancei a cabeça. Virei de costas para ela.

— Boa noite Amanda.

— Boa sua chata.

Depois de alguns minutos Amanda colocou o braço ao meu redor e seu rosto no meu pescoço, eu quis sorrir mas eu sabia que ela ia ver, então apenas curtir o momento. Dormir que nem um bebe.

Acordei de manhã minutos antes do despertador do celular tocar. Olhei para o lado e vi o rosto de Amanda ao lado do meu, ela estava deitada sobre metade de mim, sorri dei um beijo na sua bochecha. Desliguei o despertador que estava marcado para 6 horas da manhã para a minha caminhada matutina. Passei uma mensagem para Yoi e fiquei vendo Amanda dormir. Ela ficava mais linda ainda dormindo, com seu cabelo bagunçado e seu rosto calmo.

Quando deu 6:40 me levantei devagar da cama para não acordar ela e fui ao banheiro, lavei o rosto e as mãos no final e fui para a cozinha. Abri a geladeira e vi o que tinha dentro. Peguei algumas coisas e uns temperos, liguei para a recepção para perguntar se podiam comprar algumas coisas para mim, minutos depois entreguei o dinheiro e uma lista para  o porteiro. Enquanto ele ia comprar os ingredientes que faltavam, peguei os nossos uniformes e passei ferro, dobrei-os e coloquei sobre a mesa do quarto de Amanda, que continuava dormindo.

O porteiro bateu na porta 20 minutos depois, abri e peguei as sacolas.

— Obrigado — Falei baixinho. Ele deu um aceno e eu fechei a porta. Voltei para a cozinha e comecei a cozinhar. Fiz três obentos, um para mim, Amanda e Anne, guardei-os no microondas e comecei a preparar o café.  Fiz bacon, ovos fritos, bolinho de arroz, torrada e suco de laranja. Olhei no relógio, 7:30, já estava na hora de Amanda acordar. Entrei no banheiro e tomei um banho rápido, vesti minhas roupas, quando comecei a abotoar minha camisa escutei um barulho do lado. olhei para Amanda que estava se sentando. — Bom dia.

— Hmm, bom dia — Disse esfregando os olhos e dando um bocejo. Olhou para mim e piscou, olhou para o relógio do lado da cama.

— Melhor tomar um banho — Falei sorrindo. Ela se levantou e saiu do quarto, escutei a porta do banheiro fechando. Terminei de fechar a camisa e fui para a cozinha.

— Charlie! — Escutei Amanda sussurrando, me virei e olhei para a porta do banheiro — Acorde minha mãe.

Fiz que sim com o polegar e ela fechou a porta logo em seguida. Caminhei até o quarto de Anne e bati na porta devagar. Abri a porta e vi ela dormindo profundamente na cama, o seu quarto era igual ao de Amanda. Me aproximei e toquei seu braço, ela abriu os olhos e me encarou com aqueles olhos cinzas.

— Charlie? — Disse depois de um segundo. — Hmm, já está na hora?

— Sim — falei balançando a cabeça. — Amanda já está saindo do banheiro e o café da manha está pronto.

— Certo, já estou indo.

Sai do quarto dela e fui para a cozinha, coloquei a comida na mesa e os pratos, 5 minutos depois as duas apareceram na cozinha.

— Você que fez o café? — Perguntou Anne para Amanda, ela negou com a cabeça e eu sorri. — Charlie?

— Não, foi nada Sra. Anne — Falei me sentando na cadeira.

— Nós tínhamos bacon em casa?

— Não que eu me lembre — Disse Anne para Amanda. — Você comprou?

— Sim, mas não esquenta — Coloquei suco no copo delas e servi a comida no prato para elas. Elas comeram sem dizer nada. — Então?

— É já dá para casar — Disse Anne para mim, senti meu rosto corar e Amanda começou a rir. Depois que terminamos de tomar café limpamos a louça, peguei os obento no microondas — Fez almoço também?

— Percebi que vocês não gostam muito de cozinhar — Dei de ombros. — Aqui, este é o seu — Entreguei um obento para Anne que me deu um sorriso.

— Case com ela Amanda — Disse pegando o obento e sorrindo, Amanda e eu nos entreolhamos em duvida. — Vou terminar de me arrumar, boa aula para vocês.

— Ta bom — Disse Amanda confusa, escutamos a mãe dela entrar no quarto, ela olhou para mim. — Ok, estou confusa.

— Eu então! — Concordei, coloquei o obento na mochila e fechei o zíper. — O quadro eu pego a tarde.

—Mãe estamos indo! — Gritou Amanda, calçamos nossos tênis e pegamos nossas mochilas, ela me puxou para um abraço e me deu um beijo. — Como eu sei que não vamos poder fazer isso na escola.

Envolvi meus braços em volta do seu pescoço e a beijei devagar, ela mordeu meu lábio e piscou para mim. Coloquei meu rosto ao lado do seu e aspirei o cheiro do seu perfume.

— Eu te amo — Sussurrei no seu ouvido, Amanda deu um riso e me beijou novamente.

— Eu também te amo — Segurou minha mão e sorriu. — Agora vamos antes que Yoi suba para nos procurar.


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Notas finais do capítulo

Então que acharam? Comentem,vai que com isso eu me empenhe mais para terminar a fic logo. shauhsuahsa. Bjus galerinha, até o proximo, que juro que vou tentar nao deixar vcs esperarem muito. E comentem ! quero ver quem ainda gosta da fic e o que estão achando.
>.< T.



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