Voltamos a ele, quando ele continuou:

_Sabe, dizem que esse parque foi abandonado, por um motivo, relatos que ele seria assombrado, a lenda desse local disse que a muito tempo um problema na montanha russa matou 20 pessoas que se acomodavam no carrinho, incluindo um homem e sua filha e seu filho, o parque não assumiu sua culpa, com relatos de visões estranhas pouco tempo depois...

Ele parou para respirar um pouco e pensar, até um ponto pensei que ele estava inventando, mas logo notei que não:

_...um homem foi encontrado de cabeça para baixo, enforcado, bem ali, em cima da roda gigante... Assustados fecharam um parque, que teve vários problemas, inclusive a abertura de uma cratera no chão, com diversos tuneis, que muitos relatam que é uma abertura feito por espiritos para descansarem... então dizem que sempre que uma pessoa entra aqui interrompendo o sono profundo deles, eles sem pensar atacam, se alimentando de suas almas...

Isso explicava muito, olhamos a baixo pensando com nós mesmos, mas quando levantamos a cabeça e ele não estava mais lá, para responder novas perguntas, saiu dali como se tivesse escondido boa parte da história, continuamos andando, sempre olhando para os lados, Gabriel estava confuso, e Aline teria gravado tudo o que tinham falado.

Andando por lá ouvimos vozes e gritos, em meio a arvores que passavamos estava Matheus, Manuela, Emily e Thaina, muito assustados que tentavam afastar tigres, e outros monstros estranhos com madeiras, enquanto apenas levantavam garras tentando atacar, Emily nos viu e gritou:

_Ajuda a gente droga !!!

Gabriel correu entre os monstros batendo neles enquanto apenas o arranhavam, eu e Aline ficamos imóveis sem reação, com medo de tudo, até do que aquela situação iria provocar, Gabriel pediu ajuda, apenas Matheus se moveu e ajudou batendo com uma madeira em todos os animais que conseguia.

Um deles o mordeu na perna, o que ocasionou mais raiva. Um dos animais se aproximou de Emily, fazendo ela o chutar com a maior força que conseguiu, gritando:

_Sai bicho feio...

Aline não aguentou, me deu a camera para eu gravar enquanto ela pegava uma madeira no chão para bater neles tambem, apenas eu estava agindo como um medroso, eu não fazia nada e não pensava em fazer, todos lutavam juntos para manter os animais afastados enquanto eu tremia de medo, mas por incrivel que pareça, nenhum dos monstros teve a reação de vir me atacar, sempre tentando destruir o pequeno grupo, fiquei apenas em volta observando.

Thaina gritava sem saber o que fazer, até finalmente ir batendo em um por um, irritada com eles, Manuela e Emily ficavam juntas batendo nos que se aproximavam como grandes amigas, Emily disse:

_Que droga que esta acontecendo aqui ?

Manuela disse:

_Esse é o inferno, só pode...

Gravei tudo, Emily gritava:

_Larga a droga dessa camêra e vem ajudar...

Sem a menor chance, pensei, estava com muito medo e estava vivo até agora por não me arriscar, eu gritei:

_Não, tenho de documentar tudo pa - para - para mostrar a todos quando sairmos...

Percebi a Thaina levantar seu dedo do meio, como um gesto de raiva, Manuela rezava para sair dali chutando e batendo, e gritou a mim:

_Você não é um amigo de verdade !

Aquelas palavras ecoaram na minha cabeça balançando meu cérebro, levando a realidade o absurdo da situação, eles lutavam para apenas se manter respirando enquanto eu assistia inutilmente, sem fazer algo que pudesse levar um bom rumo ao caso.

Peguei a maior madeira que eu achei e segurei em uma mão e a câmera em outra, correndo ao meio da pancadaria, enquanto percebi um pequeno sorriso em todos, percebendo que eu ainda não estava louco, e seria bem util, e talvez um pouco corajoso.

Gabriel com sua barra conseguiu abrir um caminho ao qual todos corremos, os animais corriam atrás, como loucos, querendo arrancar a carne de nossos ossos, por mais que corressemos não conseguiamos nos livrar, pude ouvir um gritou enquanto corria, o que fez perceber, um de meus amigos tinha sido pego por uma fera, voltei a olhar, aquilo não era possivel, batia o mais que podia nas costas do animal e ele não parava, pude observar em meio aos gritos o rosto de quem foi pego...