Todos o olharam como se ele fosse bobo, logo Manuela gritou:

_Vamos sair daqui e chamar a policia ! Aqui tem animais selvagens...

Fomos andando até a saida tentando fazer eles acreditarem em tudo fora a parte do tigre (e eles não perceberam a falta de olhos do tigre), realmente chegamos até a saida, mas não poderiamos sair, por que tinha algo ruim que nos esperava, aos que não tinham visto antes causou uma sensação de pânico devido ao tão estranho aquilo era, e tambem uma sensação de que era algo bom, mas não era: eram milhares de esferas brilhantes que flutuavam a nossa frente, brilhavam como uma estrela, sabia que era o perigo.

Eu tentava falar pro pessoal se afastar dela, Matheus apenas as ficava observando com ódio, enquanto Gabriel batia a barra de ferro contra a mão em frente a câmera de Aline.

Ficamos paralisados por um bom tempo, elas não reagiam, apenas flutuavam, brilhavam, sem ao menos nos cegar, era até lindo de ver, mas assustador e me causava um frio no estômago, que jamais senti em toda minha vida.

Gabriel ficava cada vez mais irritado, apertando a barra de ferro na mão a levantou e tentou atingir uma esfera, enquanto gritavamos para ele não fazer isso, a esfera brilhou, brilhou mais do que outras vezes, explodindo, mas não como antes, que os estilhaços sumissem, eles atingiram fortemente o chão, e um deles atingiu a mão de Gabriel, que se contorcia de dor. Pelo canto do meu olho pude ver, o motorista soltava um sorriso, um sorriso histérico impossivel de não ver, olhei diretamente para ele e apenas ficou sério, com uma cara de preocupado, ele atuava muito bem...

Gabriel saiu de perto, as outras esferas repetiram o mesmo ritual das outras, brilhando até explodir, e se transformavam em estranhos animais, todos sem olhos, com um vazio.

Imediatamente nossa reação foi correr, todos separados, menos eu e Samantha, que corremos entre arvores enquanto um enorme animal sem olhos corria atrás da gente, não conseguiamos dizer o que ele era, como um coelho grande, negro e sem pelos, sinistro pra dizer a verdade.

Pulavamos entre troncos e pedras, quase ficamos sem ar, mas não paravamos de correr. Entre uma pedra e outra eu tropecei, o animal chegava cade vez mais perto, Sam parou, não corria mais, apenas jogava pedras em direção ao monstro que se aproximava de mim, eu dizia:

_Corre Sam...

Enquanto lutava para me levantar, como o ombro arranhado, mas sentia dor em todo meu corpo, percebi que o animal tinha reações contra as pedras, lhe machucavam mas ele lutava pra continuar andando, finalmente consegui me levantar, ele brilhou em uma esfera, e não conseguiamos mais acertar seu corpo, explosão do seu corpo, novamente tinha tomado outra forma, mas não era uma esfera, um animal, um monstro... era a forma apenas de um humano.

Um homem que aparentava ter trinta e poucos anos, ele ria histéricamente, enquanto tentavamos lhe acertar pedras, que passavam por dentro de si, ele apenas disse:

_Nada pode acertar uma alma que não esta em formato natural, seja o que for, vocês não podem me matar novamente, nunca...

Sam disse:

_Morra desgraçado, saia de perto da gente...

Ele riu, pouco pude ver, até os momentos finais, onde apenas observava uma esfera flutuando sobre o corpo caida de Sam, e ele sugava a esfera para si, eu gritei:

_Por favor pare esse ato de crueldade...

Ele se virou para mim rindo e disse:

_Não falou na lingua certa idiota...

Não entendi o que ele queria dizer com isso, mas algo me deixou aliviado, poder perceber que a esfera subia ao céu, se afastando daquele lugar, ele gritou:

_Que droga, você deixou ela fugir...

Apenas se virou e foi embora, não entendi por que ele não me matou, apenas me ajoelhei ao chão e fechei os olhos, enquanto percebia poucas lagrimas escorrendo de meus olhos.

CONTINUA...