Casa Ao Lado escrita por Laís Oliveira


Capítulo 12
Preparativos


Notas iniciais do capítulo

Oi oi minhas lindas!!!
Eu li todos os comentários e vi que vocês ficaram beeem chocadas, bem, consegui o que eu queria, chocar vocês! Muitas esperavam traição ou coisa do gênero, uma leitora minha até pensou que a Bella é filha do Charlie, mas não foi isso...

E quem não conhece Abba? Quando a vó ou até a mesmo nossos pais ouviam? Quem se interessou pela música para acompanhar um momento divertido, segue o link > http://www.youtube.com/watch?v=xFrGuyw1V8s

Eu não consegui responder os comentários, mas farei isso amanhã sem falta! Venho trazendo um capítulo bem grandão para vocês, divertido e leve! Espero que gostem e nos vemos nas notas finais ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/344831/chapter/12

Edward POV.

Desci até a sala de dei de cara com Isabella deitada no colo de Alice que penteava os cabelos de Bella com os dedos. Alice mantinha uma expressão pensativa e seu rosto denunciava que ela havia derrubado lágrimas momentos atrás, já Isabella sustentava apenas uma expressão vazia e cansada.

– Vamos, Bella? Está na hora. – Alice disse a ela quando me notou a encarando.

Isabella levantou preguiçosamente de seu colo e nossos olhares se encontraram, ela tentou sorrir, mas tudo o que eu consegui ver foi um sorriso amarelo que não chegava às suas bochechas.

– O que aconteceu, Bella? – Perguntei me aproximando dela.

– Está na hora, no caminho eu explico para você. – Respondeu com mais um sorriso amarelo.

Conduzi Isabella até meu carro e assim que eu o coloquei na estrada eu entrei no assunto novamente, eu já deduzia que havia acontecido algo entre ela e o seu pai, porém não sabia o quê.

– Se você quiser falar, hm, eu estou aqui. – A olhei por um segundo até voltar minha atenção para a estrada.

– Meu pai me contou o que aconteceu para Renée ir embora. – Sua voz soou vazia, sem vida.

Fiquei em silêncio por um momento esperando ela dar continuidade ao assunto, todavia, estava sendo difícil para ela dizer o ocorrido.

– Meu pai sempre quis mais um filho, Edward, Renée engravidou de gêmeos e ela os tirou sem a autorização de Charlie, sem o consentimento dele. Eram dois bebezinhos.

Eu não soube o que falar por um momento, minhas mãos agarram-se firme ao volante e eu senti meu maxilar trincar com a informação.

– Ele não queria que eu soubesse talvez para me preservar, mas ele me disse. Charlie sempre quis tanto mais filhos, ela não tinha o direito de tomar essa decisão sem ele.

– Bella, mas por quê? – Minha voz transformou-se num sussurro.

– Ela não queria perder a liberdade novamente – Ela sorriu parecendo lembrar-se de algo – E então tirou o sonho de Charlie assim... Sem... Dar chances de ele impedi-la. Sabe, Charlie ainda me disse que daria a escolha de ela ter os bebês e deixa-los com ele, Renée poderia ir embora depois e Charlie daria um jeito, ele encontraria uma forma de cria-los e eu ajudaria Edward, eu não iria deixa-los como minha mãe fez.

– Eu sei que não linda, eu sinto muito – Falei realmente sentindo – Ela não tinha o direito de tomar uma decisão dessas sozinhas, isso destruiu vocês...

– E como... – Comentou olhando a mata verde musgo ao lado de fora.

Isso era um assunto complicado. Um aborto num país que não era crime realizar tal ato, mas muitas pessoas ainda eram contra. Eu não queria fazer julgamentos à Renée e eu fiz forças para entender o lado dela, mas ela era uma mulher livre, saudável, tecnicamente nova em seus trinta e cinco anos de vida, possuía condições financeiras e sua família era feliz e completamente estruturada. Ela teria mesmo o direito de tirar dois bebês? Ela não poderia fazer como Charlie havia sugerido à Bella ou deixa-los num orfanato à espera de uma família? Ela realmente teria o direito de tirar duas vidas quando o descuido fora dela e de seu ex-marido?

Sem permissões eu me coloquei no lugar de Charlie. E se no futuro Isabella viesse a engravidar de mim? É claro que ela não tiraria o bebê, eu a conheço muito bem para afirmar isso, mas e se ela tivesse um aborto espontâneo? E se meu filho morresse? Controlei o impulso de chorar e não permiti que as lágrimas descessem por minha face, ainda assim, foi difícil fazer certo controle. Charlie com certeza estava totalmente devastado, e eu não entendi porque pensei em Isabella carregando um filho meu, talvez, devesse ser porque eu a amava de verdade.

Meus pensamentos duraram até eu estacionar o carro no lugar de sempre e sem perder tempo eu trouxe Isabella para meus braços. Ela se aconchegou a mim e respirou fundo enquanto eu ora alisava seus cabelos, ora beijava a sua testa ou bochecha. Ficamos nessa posição durante alguns minutos até que fossemos obrigados a entrar na escola para assistirmos as aulas do dia.

Bella POV.

A última semana definitivamente foi um saco, porém com a verdade eu estava conseguindo me dar bem melhor com Charlie agora e meus amigos como sempre estavam me ajudando. Em alguns momentos eu me pegava pensando nos bebezinhos que não chegaram a nascer e tratava logo de afastar os pensamentos; eu não queria esquecer-me deles – de qualquer forma eram meus irmãos – porém eu não poderia ficar sofrendo para sempre com a morte deles. Sendo assim, preferi mantê-los em meu coração e não em minha mente.

– Você vai hoje com as suas amigas fazer compras para a viagem, Bells? – Charlie me perguntou durante o café da manhã de sábado.

– Infelizmente – Resmunguei – Na verdade Alice ligou e disse que em cinco minutos está passando por aqui.

– Tome esse cartão de crédito e compre o que quiser.

– Pai, não precisa, eu tenho minhas economias...

– A senha está logo no verso – Ignorou-me.

– E se eu gastar mais do que devo? – Brinquei.

– Ah, você não vai. O limite é de mil dólares e essa é exatamente a sua cota para as compras e para o passeio.

– Esperto você! – Eu sorri – Obrigada.

– Por nada filha, espero que vocês se divirtam.

– Obrigada mesmo – Eu disse sorrindo – Eu preciso falar uma coisa com o senhor. – Mudei de assunto.

Charlie me observou durante alguns segundos percebendo a minha tensão e bebericou seu café.

– Diga.

– Hoje quando eu chegar das compras vai vir uma pessoa muito importante conversar com você, então... Por favor, o senhor poderia ser gentil com ele?

– Ele?

– Sim. – Afirmei.

– Quem seria?

– Meu namorado.

– Seu namorado? Bells...

– Edward Cullen.

– Edward Cullen? – Perguntou desconfiado e arqueou a sobrancelha.

– É...

– Uau... – Ele disse coçando a cabeça – Até que enfim, com essa demora pensei que vocês não iriam mais para frente.

– Pai... – Praticamente gemi.

– Vamos combinar Bells, você não desgrudava desse rapaz e imagine agora que são namorados. Eu só peço que você tenha juízo e antes de você ir para o Havaí precisamos... Uh... Conversar, se é que me entende.

– Não! Pai! Não mesmo! Não será necessário. – Eu disse balançando os braços meio desesperada.

– Mas...

– É verdade pai, nós não precisamos mesmo passar por essa conversa.

– Mas você sabe...

– Sim! De tudo!

Ouvi um som de buzina e fechei os olhos agradecendo aos céus por Alice me tirar daquela conversa constrangedora. Levantei-me rapidamente jogando o cartão de meu pai dentro da bolsa e o beijei no rosto antes de sair de encontro a Alice.

– Você está vermelha, – Alice olhou-me desconfiada – O que está acontecendo?

– Meu pai estava tentando ter uma conversa sobre educação sexual comigo.

– Então você já contou para ele que está com Edward? – Seus olhos brilharam.

– Sim, ele não pareceu muito surpreso. – Confessei.

– Na verdade ninguém se surpreendeu, era apenas expectativa. – Deu de ombros.

Paramos em frente à casa de Rose e Alice buzinou, mas ela não apareceu. Decidimos então bater na porta e quem sabe a esperar por ali mesmo.

– Olá meninas! – Kate nos cumprimentou.

Kate era mãe de Jasper e Rose. Ela era extremamente linda, cabelos longos e louros assim como os de Rose e um sorriso encantador. Ela nos convidou a entrar para que esperássemos Rose descer e então seguirmos até Seattle.

Conversamos sobre como estávamos animados para ter um natal com Sol, sobre a escola e namorados. Enfim, Rose apareceu na ponta da escada e desceu de encontro a mim e Alice.

– Desculpe a demora meninas, eu acordei atrasada hoje. – Rose desculpou-se.

– Tudo bem, agora vamos porque eu vou comprar todas as lojas que aparecerem na minha frente! – Alice disse batendo palmas e Rose repetiu o ato.

– Boa sorte, Bella. – Garret, o pai de Rose disse ao sentar-se no sofá.

– Obrigada, eu vou precisar.

Paramos em uma loja chamada “Tininha’s Brazil” apenas de biquínis brasileiros em Seattle, Rose jurava que ela era ótima. Realmente continha biquínis lindos e coloridos que eram a cara do verão, porém, muitos deles eram biquínis nada discretos e que ficariam lindos em outras garotas, menos em mim.

– Boa tarde, senhoritas, eu posso ajuda-las? – Uma mulher com no máximo vinte e cinco anos perguntou para mim, Alice e Rose, ela também tinha um sotaque brasileiro um tanto fofo.

– Oh, eu acho que vou me perder aqui agora mesmo! – Alice disse sorrindo e deixando apenas a mim e Rose.

– Eu estou com Alice – Rose disse olhando para mim e fez bico.

– E eu estou com a vendedora, vou ficar bem.

– Então, qual o seu nome?

– Meu nome é Isabella, mas me chame de Bella, por favor!

– Que coincidência, meu nome é Isabella também, mas prefiro que me chamem de Isa!

Nós sorrimos juntas, Isa era bem simpática e me ajudou a encontrar biquínis brasileiros e coloridos mais discretos que os que estavam à mostra. Ela também me ofereceu algumas gangas de praia, saias e shorts jeans que foram bem aceitos por mim.

Como meus seios não eram lá muito avantajados, Isa me explicou que um biquíni com estampas ou listras horizontais ajudaria a dar uma aparência mais volumosa a eles, e eu poderia escolher o “meia taça” ou “tomara que caia” para ajudar no resultado. Como eu fiquei insegura do biquíni criar vida própria e realmente cair, eu fiquei com um azul marinho, outro com listras de zebras e o ultimo tinha uma estampa divertida em cores intensas entre o vermelho, branco e amarelo, todos eram meia taça. Por fim, peguei dois shorts jeans e duas cangas de praia.

Alice desistiu de usar os biquínis brasileiros julgando não ter bumbum o suficiente e comprou biquínis no estilo dos que eu havia pegado, e Rose, claro, ficou perfeita em todos os que ela experimentou. Também nos lembramos de comprar chinelos havaianas.

No fim, saímos da loja com um cartão de Isa para um possível volta e várias sacolas que foram depositadas no banco de carona do carro de Alice.

Paramos em outra loja não muito longe daquela e compramos roupas de calor, como blusas de malha fresca, alguns vestidos leves e mais short jeans.

No meio da tarde entramos em um restaurante para almoçarmos e continuar a caminhada, agora atrás de protetores solares e chapéus.

– Eu estou surtando! – Alice disse ao bebericar seu suco – Dois anos sem sentir o Sol na minha pele e sem mais nem menos, Havaí.

– Alice, eu estou há nove anos sem sentir o Sol na minha pele. Quando a vovó faleceu minha mãe não foi mais até à Florida.

– Eu nem vou reclamar, se é assim. – Rose comentou.

À volta para casa foi tranquila, mas eu estava mesmo era muito cansada, tanto pela caminha quanto pelas trocas de roupa que as duas me fizeram fazer. Eu tentei dormir, porém fui impedida por Alice e Rose, e como não podia vencê-las eu tive de me juntar a elas.

Alice ia passando as estações de rádio freneticamente enquanto dirigia pelas rodovias da saída de Seattle. Assim que ela parou de passar Rose começou a gritar.

– Não, não, não!

Tudo o que eu conseguia fazer era dar risada da música que certamente estávamos prestes a cantar, pelo menos eu não me importava.

– Essa música foi lançada um ano antes de minha mãe nascer, Alice! – Eu disse preparando minhas cordas vocais.

– Um, dois, três! – Alice gritou.

You can dance, you can jive

Having the time of your life

See that girl, watch that scene

Digging the dancing queen


Friday night and the lights are low

Looking out for a place to go

Where they play the right music, getting in the swing

You come to look for a king

Anybody could be that guy

Night is young and the music's high

With a bit of rock music, everything is fine

You're in the mood for a dance

And when you get the chance


You are the dancing queen, young and sweet, only seventeen

Dancing queen, feel the beat from the tambourine, oh yeah

You can dance, you can jive

Having the time of your life

See that girl, watch that scene

Dig in the dancing queen


Até mesmo Rose se rendeu e cantou também, no final éramos apenas três amigas cantando uma música com a mesma emoção que nossas avós cantavam quando eram adolescentes. Esse momento épico, e depois foi a vez de cantarmos "We Found Love" da Rihanna.

– Juntas para a foto! – Rose gritou durante a música quando Alice parou em um sinal vermelho – Estou com a câmera de Emm.

Como eu estava no banco do passageiro apenas inclinei meu corpo para frente e em questão de segundos Rose e Alice estavam coladas em mim. Na primeira foto nós estávamos literalmente gargalhando, na segunda foto nossos sorrisos chegaram até os olhos e na terceira eu mostrei a língua, Rose fez bico e Alice o símbolo de paz e amor. E para falar a verdade eu havia gostado de fazer compras.


Deixamos Rose e seguimos para a casa de Alice, Edward estaria me esperando para enfim deixar meu pai ciente de que estávamos namorando sério. O pensamento fez um frio surgir em minha barriga, meu melhor amigo agora meu namorado... Se me contassem isso alguns meses atrás eu provavelmente iria rir.

– Quero ver tudo o que compraram! – Esme disse enquanto retirávamos as sacolas do carro.

– Um dia você vai passar para ver só o que Alice comprou. – Zombei.

– Eu conheço a filha que tenho! – Esme pontuou.

– Eu estou ouvindo Isabella, estou ouvindo! – Alice se fez de irritada.

– Quem é Isabella aqui, Alice? – Eu disse quase irritada.

Alice deu risada sabendo que aquilo me irritava e eu me lembrei de um episódio curioso que aconteceu dois meses depois que os Cullen se mudaram para Forks.


Flaskback On

– Olá Isabella.

– Porra, Edward, meu nome é Bella! – O respondi irritada, eu estava no estacionamento da escola esperando por Alice.

– Desculpa – Ele parecia realmente culpado.

– Eu não gosto que me chamem assim. – Reforcei a ideia.

Edward passou ao meu lado e com algum movimento muito preciso que eu não entendi, ele havia me pendurado de cabeça para baixo e me mantinha longe do chão com seus braços em volta da minha cintura.

– Isabella, Isabella Marie – Ele falava me sacudindo levemente de um lado para o outro como se eu fosse uma espécie de boneco de pano.

– Ahhhhh, Edward, merda, pare com isso! – Eu gritei.

– Isabella, se você parar de gritar eu solto você.

– Eu vou parar de gritar, Ed. – Eu sentia todo meu sangue descendo para a minha cabeça.

– O quê?

Essa fora a deixa para beliscar fortemente a sua coxa e ele me largar com um gemido de dor. Depois desse dia eu fiquei uma semana sem falar direito com Edward e quando fizemos as pazes ele nunca mais me chamou de Isabella.

Flashback Of


– Do que você está rindo, magrela? – Edward tirou-me de meus devaneios.

– Apenas do quanto éramos patéticos há alguns anos atrás.

– Exemplos. – Sugeriu ele.

– Eu estava me lembrando da primeira vez que ficamos sem nos falar direito, Isabella, Ed. – Fiz careta e voz fina ao pronunciar os nomes.

– Seu nome é realmente lindo, você deveria parar de frescura.

– E seu apelido também é realmente lindo, você deveria parar de frescura. – Desafiei.

– OK, você venceu Isabella. – Provocou.

O olhei furiosamente e Edward se retraiu sorrindo torto.

– Bella... – Se corrigiu – Posso levar você até a sua casa? Preciso falar com o seu pai sobre certa moça.

– E quem seria ela? – Fiz charme.

– Seria Isabella.

– Edward! Porra! – Eu disse o batendo levemente no braço.

– Desculpe! – Ele gargalhou – Vamos antes que eu perca a coragem.

Despedi-me de Alice e Esme e caminhei com Edward ao meu lado até minha casa, ele segurava as minhas sacolas durante o trajeto e no meio do caminho Esme gritou “Boa sorte, filho”, eu sorri ao incentivo. Busquei a chave na bolsa abrindo a porta delicadamente e meu pai estava subindo as escadas, quando percebeu minha presença ele voltou o caminho.

– Já chegou Bells?

– Sim? – Minha afirmação soou mais como uma pergunta.

Charlie percebeu a presença de Edward logo atrás de mim e coçou a cabeça minuciosamente.

– Edward, você pode deixar as sacolas ao lado do sofá mesmo, por favor. – Eu disse.

– Ainda bem que eu cheguei antes de vocês, não sei o que vocês fariam sozinhos aqui. – Charlie pensou alto ainda coçando a cabeça e quando percebeu, era tarde demais. Ele ficou vermelho como tomate assim como Edward e provavelmente eu.

Limpei a garganta rapidamente chamando a atenção dos dois para mim e tentei falar sem que minha voz tremesse.

– Hm, pai, esse é o Edward, o senhor já conhece ele... Eu... É...

– Boa tarde rapaz, quer dizer, boa noite. – Charlie se apressou em dizer e trocou um aperto de mãos com Edward.

– Boa noite Chefe Swan – Edward o cumprimentou logo em seguida, sua voz estava firme e eu tive inveja da sua segurança.

– Eu fiquei sabendo que você está namorando a minha filha.

– Pa-ai! – Eu quase gritei.

– É verdade Chefe Swan, eu gostaria da sua benção em nosso namoro, eu prometo que vou cuidar da Bella.

Charlie sentou-se no sofá e fez menção para que Edward fizesse o mesmo, eu como um imã sentei-me ao lado dele.

– Bem, antes eu preciso fazer umas perguntas a você. O ultimo namoro da Bella não deu muito certo e ela namorou o filho do meu melhor amigo, ou seja, eu tenho de protegê-la.

– Certamente. – Ele assentiu.

– PaisejadiscretopeloamordeDeus – Sussurrei apertando minhas próprias mãos.

– Sim Bella? – Charlie olhou-me.

– Nada...

– Bem, eu quero saber quais são as suas intenções com ela, de verdade.

– As melhores possíveis, eu realmente amo a sua filha demais para pensar em brincar com ela.

– Ótimo, até porque se você estiver mentindo eu tenho uma espingarda com a qual eu trabalho e uma arma comum de foto também. Apenas poupei Jacob porque ele é filho do meu melhor amigo.

– Pai o senhor pode, por favor, parar de falar nele?

– Claro, Bells, desculpe – Coçou a cabeça novamente – Isso é bem embaraçoso. – Comentou para si mesmo – Dando continuidade, vocês sabem o que é camisinha? Quando o namoro fica sério... Eu não posso monitorar...

– Chefe Swan nós não fizemos nada disso e...

– Ótimo! Dois pontos para você e zero para mim – Coçou novamente a cabeça e desviou o olhar, isso estava me irritando – Porém tem o passeio, vocês podem fazer alguma coisa e...

– Quartos separados, pai. – Novamente, quase gritei.

– Mas eu preciso conversar sobre isso...

– Pai nós temos dezessete anos e aprendemos tudo na escola. Não se preocupe.

– Certo... Você a ama, não fizeram nada demais e vão dormir em quartos separados, vocês sabem todas as regras e o que é camisinha... Minha menininha está crescendo...

– Obrigada pai, agora o Edward precisa ir embora. Tchau, Edward. – Eu disse levantando-me do sofá e o puxando pela mão.

– Tchau, rapaz. Pode me chamar de Charlie.

– Obrigada – Edward o respondeu me olhando com os olhos arregalados.

– Desculpe – Eu disse o colocando para fora e fechando a porta atrás de mim – Ele não iria parar enquanto você não saísse de lá, se quiser entrar daqui a meia hora eu tenho certeza que ele não vai tocar nesse assunto, eu espero esse tempo com você aqui fora, desculpa. Ele ainda te ameaçou de morte!

– Bella, você está pálida. – Edward disse afagando o meu rosto.

– Foi constrangedor, nem nos meus piores sonhos eu iria imaginar que ele tentaria dar aulas de educação sexual para nós dois, tipo, isso não faz sentido vindo dele. Charlie está mudado.

Sentei-me em frente à porta e Edward se sentou ao meu lado, passou o braço por minha cintura e eu repousei minha cabeça em seu ombro.

– Está cansada? – Ele perguntou; seu hálito soprando minha face.

– Sim, Alice tem um fogo que deveria ser estudado por alguém – Bocejei – Mas tudo foi muito legal, eu gostei.

– Fale mais – Incentivou-me.

– Compramos shorts, biquínis, blusas de calor, havaianas, Rose e Alice compram algumas sandálias, eu comprei algumas cangas de praia também, protetor solar, óculos de Sol, um chapéu e acho que só, tudo colorido – Bocejei novamente – E você e os meninos?

– A mesma coisa tirando as coisas de meninas, sungas, shorts, óculos de Sol, protetor solar e eu comprei uma câmera semiprofissional também. Vamos ter belas fotos.

– Gostei disso. – O elogiei virando meu rosto de encontro ao seu e ganhei um beijo lento e demorado.

Alguns minutos mais tarde eu e ele entramos em casa e como o previsto meu pai não fez mais perguntas constrangedoras, ele até convidou Edward para assistir um jogo de futebol com ele que por sua vez, aceitou.

– Obrigada por ser legal com ele, pai – O agradeci quando Edward foi embora.

– Tenho de agradecer aos seus amigos por terem mantido você de pé quando eu não o fiz. – Charlie disse com rancor.

Eu não disse nada, sabendo que isso era realmente verdade. Meus amigos me mantiveram de pé quando eu estava prestes a cair e isso era um fato. A única coisa que eu fiz foi abraça-lo para tentar fazê-lo se sentir melhor quanto a isso.

Depois de lavar a louça que estava na pia, secar e guardar eu subi para o meu quarto e não demorou muito até que eu recebesse uma ligação inesperada.

– Alô? – Atendi com a voz tremula.

– Olá querida, esqueceu que tem mãe? Por que você não me liga?

“Não, você que se esqueceu da sua filha” pensei.

– Eu ando ocupada, mãe.

– O que pode ser mais importante do que a sua mãe, Bella?

– Os meus irmãos que deveriam estar nessa casa hoje ou talvez ainda na sua barriga. – Eu disse com rancor, mas logo me senti mal por jogar isso na cara dela.

– O que...

– Mãe, por favor. Eu já sei o que aconteceu para você ir embora e o que desestruturou essa casa. Eu não te odeio, mas o que você fez não foi certo. O papai tinha direito de ter influencia na sua decisão e você tirou esse direito dele.

– O que você faria se estivesse no meu lugar? – Sua voz soou impaciente, ela estava nervosa.

– Eu os receberia de braços abertos.

– Eu vou te visitar em breve, querida, aí sim nos podemos conversar. – Ela respirou fundo.

– Mas eu vou v...

– Tchau. – Ela disse antes que eu pudesse anunciar minha ida ao Havaí.

Sem querer pensar em suas palavras ou a desculpa que ela usaria num futuro provavelmente próximo, tudo o que eu fiz foi cair na cama e abraçar o travesseiro de Edward – que permanecia comigo – e cair na inconsciência.

Forks definitivamente não poderia se tornar mais frio. Era começo de tarde de um sábado e Charlie havia ido para o trabalho, então eu resolvi cozinhar algo para ele comer quando chegasse à noite em casa.

Depois de cozinhar arroz, peixe, batatas e deixar uma salada de folhas verdes pronta sem tempero na geladeira a campainha tocou e eu fui imediatamente atender, já imaginando quem seria.

– Oi Bella! – Alice abraçou-me eufórica e adentrou na sala.

– Oi Alice, como vai? – Perguntei passando a chave na porta.

– Vim te ajudar a arrumar as malas, hoje vamos ao Havaí!

– Me ajudar a arrumar as malas? Eu posso fazer isso sozinha, Alice.

– Bella – Alice pronunciou meu nome cuidadosamente – Você está realmente dispensando a ajuda da sua melhor amiga? Da sua cunhada, irmã?

– Não Alice...

– Eu só estou querendo falar que eu vou te ajudar e ponto final, você não pode lutar contra isso. Vamos? – Bateu os cílios e girou-se para subir as escadas correndo, como uma fadinha sorridente.

Segui Alice aos tropeços até chegar ao meu quarto e ela já tinha uma porta de meu guarda roupa aberto. Algumas roupas ela jogava em cima da cama e outras no chão.

– Esse chão está limpo, sim? – Perguntou-me.

– Sim – Respondi buscando a mala em cima do guarda-roupa.

– Seria uma pena se você tivesse de lavar todas essas roupas novamente – Comentou superficialmente e eu dei uma risadinha irônica.

– Vai ser uma pena quando você for dobra-las e guarda-las nas gavetas novamente. – Rebati.

– Nós faremos juntas. – Determinou.

Abri a ultima porta de meu guarda-roupa e comecei a colocar creme para cabelo, protetor labial, protetor de pele e tudo mais que era preciso no nécessaire que acompanhava a mala de rodinhas enquanto Alice ainda fuçava minhas roupas.

– Bella! – Alice gritou.

– Estou bem do seu lado. – Respondi rindo.

– Você só vai levar uma mala?

Olhei para ela que tinha os olhos arregalados, ela oscilava seu olhar entre mim, a mala e a nécessaire.

– É o suficiente. – Informei.

– Não é não! Como eu vou colocar todas essas roupas aqui dentro?

– Eu não tenho tantas roupas assim e, Alice, essa mala é grande! Vai sobrar espaço, nós nem vamos nos vestir direito.

Alice encarou a peça de roupa que estava em suas mãos e pensou por um momento, talvez percebendo que realmente não iriamos vestir calça jeans ou blusas de moletom e jaqueta durante a viagem.

– Eu estou levando três malas – Disse recuperando sua confiança – Uma mala de roupas de frio, uma de calor e a outra com roupas de banho.

– Tão Alice... – Dei de ombros.

– Empurra mais Bella! – Alice dizia com a voz entrecortada enquanto tentava fechar a minha mala.

– Estou tentando, não consigo mais! – Eu disse tentando amassar a mala inutilmente com as mãos.

– Senta em cima!

Fiz o que ela mandou e não consegui, eu já estava cansada de tentar fecha-la nos últimos dez minutos e nada acontecer.

– Eu não sou pesada o suficiente! – Reclamei.

– Então eu sento e você tenta fechar.

– Alice você é uma anã, a mala vai te jogar contra a parede.

Alice rolou os olhos e apoiou os joelhos na cama.

– Pula em cima, Bella! – Gritou estupefata segurando uma das pontas.

Então eu tirei os sapatos e comecei a pular e nada... Soquei e nada... Resolvi literalmente me jogar em cima dela e fiz força com a barriga contra sua abertura.

– Isso, quase Bella! – Gritou e começou a correr com o zíper da mala em volta de suas extremidades.

– Conseguimos! Céus, conseguimos! – Comemorou quicando em cima da cama e me agarrou. Nós duas fomos ao chão.

Minha cabeça doeu, porém eu não me importei. A única coisa que me veio à cabeça foi abraça-la forte ali mesmo.

– Eu nem acredito que vamos ter a nossa primeira viagem juntas, eu amo a minha vida! – Alice gritou ainda agarrada a mim.

– Bem, por eu ter todos vocês em minha vida eu também passo a ama-la.

– E eu amo você Bella.

– Eu também amo você, Alice.

– Ah, minha roupa está amassando! – Resmungou saindo de cima de mim – Aliás, que horas são?

– Hm, me deixe ver... Alice... São cinco horas da tarde...

– Ah meu Deus! Você precisa ficar pronta até às seis da tarde, nosso voo é às nove e meia! – Gritou saltando do chão – Eu vou te ajudar, já estou pronta mesmo!

Alice pegou a minha mala a arrastando por suas rodinhas na direção da escada.

– Isso está pesado, me ajude! – Reclamou me chamando.

Ajudei Alice a descer com a mala e depois eu subi para o meu quarto. Tomei o banho mais rápido de toda a minha vida, escovei os dentes e vesti uma calça jeans, blusa de frio e jaqueta – já que nós ainda iriamos encarar o frio até Seattle. Alice fez uma escova no meu cabelo o deixando impecavelmente liso, eu gostei do resultado. Por fim, ela marcou meus olhos com rímel preto e um batom cor da boca, a permitir apenas para deixa-la feliz.

De repente ouve uma batida na porta do meu quarto.

– Bella? Você está aí?

– Estou sim pai, pode entrar!

Charlie ficou sem jeito quando viu Alice, de qualquer forma, ele foi educado com ela.

– Olá Alice! Não esperava encontrar você aqui.

– Oi Charlie! Bem, eu vim ajudar Bella a se arrumar, se depender dela ela iria sem nem se produzir para sua chegada ao Havaí.

– E não iria mesmo – Ele concordou – Bem, eu consegui passar aqui a tempo para me despedir de você antes da viagem, e boa ceia de Natal dentro de um avião. – Debochou.

– Hahaha, muito engraçado Chefe Swan! – Eu o abracei – E o senhor vai até a reserva, está tudo certo?

– Sim, Billy já reservou meu lugar na mesa, Jacob vem passar o Natal aqui também.

– Que bom que Billy pode tê-lo por perto mais uma vez. – Eu disse.

– Eu aconselho você usar a sua espingarda hoje à noite então. – Alice sugeriu sorridente e Charlie também riu.

– Ele foi por muito pouco, enfim, o trabalho me chama Bells, boa viagem para vocês meninas! – Charlie me deu um abraço apertado e depois abraçou Alice delicadamente antes de sair pela porta deixando um sorriso tímido pelo caminho.

– Nem parece o seu pai!

– Eu sei que não!

– Já podemos descer, vamos!

Alice me pegou pela mão e correu escada abaixo praticamente me arrastando atrás dela. Arrastei a mala com dificuldades até o jardim e quando eu tranquei a porta caminhamos para o jardim ao lado.

– Estão atrasadas um minuto. – Emmett anunciou e tirou uma foto minha e de Alice.

– Você ao menos poderia pedir para que fizéssemos uma pose legal para tirar foto, Emm.

– Então façam uma pose legal. – Ele anunciou preparando a câmera novamente.

Alice passou o braço em meu pescoço e sorriu grande assim como eu.

– Perfeito! – Emmett disse e virou-se de encontro a Esme.

– Hm, de quem é esse carro? – Perguntei para Alice.

No gramado estava estacionado um grande carro preto.

– Ah! É um Pajero Dakar, o pai do Jasper tem uma loja de aluguel de carros ao lado do aeroporto de Seattle e ele nos emprestou o carro para que nós pudéssemos ir todos juntos. Tem sete lugares, mas se nós nos apertarmos um pouquinho e nenhum policial nos parar na estrada chegamos lá a tempo, já que estamos em oito. – Sorriu – E não conte nada ao seu pai sobre esse pequeno detalhe, já foi difícil o suficiente convencer Carlisle a violar a lei.

– E existe essa lei mesmo? – Fiz-me de desentendida – Ah, mas e as malas? Como elas vão se não temos mais o espaço do porta-malas?

Alice rolou os olhos.

– As nossas malas estão todas na loja do Sr. Hale, não se preocupe, só vamos levar a sua mesmo. Eu sabia que você não levaria mais de uma mala então decidi que eu viria te ajudaria, assim não levando a sua pela manhã.

– Obrigada Alice – Eu disse rindo sabendo que Alice tinha as melhores intenções para mim mesmo fazendo quase tudo da maneira dela.

– Não há de que, agora vamos entrar no carro que o Edward está te secando! – Completou correndo até o carro graciosamente como uma bailarina.

Eu não tinha percebido Edward me olhando, senão eu mal conseguiria me concentrar na conversa com Alice. Enquanto trocávamos olhares eu percebi seus olhos brilhando como nunca antes, ou talvez algumas poucas vezes antes.

– Meninos, juntem aqui! – Esme nos chamou e nos aproximamos dela que estava em frente ao carro – Oh Céus, eu estou me sentindo como uma coordenadora de passeio de escolas!

Esme estava realmente empolgada e isso me dava medo dela explodir em felicidade bem a nossa frente, porém, não estávamos muito diferentes.

– Hoje é dia vinte e quatro de dezembro e iremos passar a nossa ceia de natal em um avião, então quando chegarmos todos ao aeroporto nós iremos dar as mãos e agradecer, como em todos os natais anteriores, mas sem a ceia.

– Claro mãe! – Edward disse ao meu lado.

– Onde está Carlisle? – Perguntei o procurando com o olhar.

– Ele já está dentro do carro há uns quinze minutos, realmente animado para o passeio. Eu tenho uma lista em minhas mãos, não quero perder nenhum de vocês.

– Mãe isso é necessário? – Alice questionou.

– As garotas irão no banco de trás que são apenas dois lugares, mas como eles são espaçosos e vocês são magrinhas não haverá desconforto. Os garotos que são fortes irão no banco de três lugares que fica basicamente no centro do carro e eu e Carlisle iremos na frente.

– Mãe... – Emmett tentou.

– Vamos rápido com isso porque precisamos passar na casa dos Hale’s para pegar Rose e Jasper. Hm, OK.

– Mary Alice Cullen. – Esme chamou em tom formal.

– Presente. – Alice deu dois pulinhos e entrou no carro. Esme conferiu se estava realmente lá e chamou o próximo da lista.

– Carlisle Cullen.

– Estou aqui, querida. – Tudo o que eu podia ver era sua mão balançando para fora do vidro do carro e Esme riscou seu nome da lista.

Olhei para Edward que prendia o riso e estava completamente vermelho.

– Não é justo você querer rir. – Sussurrei.

– Por quê? – Sussurrou de volta, quase perdendo o controle.

– Edward Anthony Cullen.

– Presente.

– Entre no carro no lugar que eu indiquei, querido.

– Por que sua família é linda e isso é muito fofo da parte de Esme, ela não quer correr o risco de esquecer ninguém. – Sussurrei antes de ele entrar.

– Emmett Cullen. – Esme continuou concentrada em sua lista.

– Presente! Antes, uma foto junto comigo mãe.

Emmett ficou ao lado de Esme e posicionou a câmera a frente dele, e então bateu a foto.

– Esme Anne Platt Cullen.

– Esme, nós não iriamos esquecer você! – Eu disse tentando ser doce.

– Oh, querida, obrigada! Vai que eu me esqueço! Eu risco meu nome quando eu entrar no carro. – Ela olhou o caderninho novamente – Isabella Marie Swan.

– Presente! – Eu disse levantando a mão e sentei-me ao lado de Alice.

– Cara, a mamãe é bizarra – Emmett sussurrou logo a nossa frente.

Jasper Hale. – Esme continuou ao lado de fora.

– Próxima parada, querida! E Emmett, eu ouvi! – Carlisle se pronunciou.

Rosalie Lilian Hale!

– Eu disse irada, não bizarra. – Defendeu-se.

– Próxima parada, querida!

Esme entrou no carro e fechou a porta, logo em seguida riscando seu nome do caderninho e novamente observando todos ali dentro.

– Vamos Carl.

Não demorou até que chagássemos a casa dos Hale e novamente Esme fez a sua chamada formal. Kate ficou como Edward, querendo rir a todo o momento e eu não gostei daquilo. Estava sendo incrivelmente fofo da parte de Esme e ela estava tão feliz!

– Nem ficamos apertadas aqui, isso é o máximo! – Rose comentou enquanto Carlisle dirigia com destino à Seattle.

– Mãe, eu tenho um projeto de fotografias para o Havaí! A primeira parte é: Quando o papai parar em um sinal vermelho você vai tirar a foto com a minha câmera e todos vão sorrir como uma hiena.

– Hiena, não é meio exagerado? – Esme questionou.

– Então vamos sorrir como Alice, melhorou?

– Eu sabia que você adorava o meu sorriso em segredo! – Alice disse ao meu lado.

– Eu adoro o seu sorriso, mas não é em segredo – Jasper disse timidamente.

– Ow! – Rose quase gritou.

– Não vale, você é namorado dela. – Edward disse como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

– Sinal vermelho meninos! – Carlisle anunciou alto para que todos ouvissem.

E assim eu passei meus braços em volta do pescoço das meninas – eu estava entre elas – e sorrimos como Alice. Eu podia sentir minhas bochechas empurrarem meus olhos para cima, porém eu não me importei. Eu estava feliz.

Durante as três horas até o aeroporto internacional de Seattle nós cantamos variedades de músicas, rimos, conversamos e até cochilamos. Em pouco tempo Carlisle deixou o carro na agencia dos Hale e cada um pegou suas malas para fazermos o check-in.

– Agora vamos agradecer. – Esme nos lembrou.

Fizemos um circulo no meio do aeroporto e demos as mãos. Algumas pessoas que passavam nos olhavam curiosas, a minoria rolava os olhos e nós apenas agradecemos em silêncio. Eu agradeci por ter feito as pazes com meu pai, por não conseguir odiar minha mãe e ter as pessoas mais maravilhosas que eu poderia encontrar em minha vida. Agradeci pelo passeio, por ter um namorado tão lindo, protetor e sexy, e por ultimo, pedi que meus irmãos estivessem bem. Feliz Natal, bebezinhos.

Acomodamo-nos no primeiro voo que pegaríamos aquela noite, tínhamos uma escala em Los Angeles antes de seguirmos direto para o Havaí. Eu sentei ao lado de Alice, Edward ficou com Jasper, Rose com Emmett e Esme com Carlisle.

– Acho que eu vou vomitar. – Eu disse para Alice.

– Ai Bella, não faça isso! – Sua expressão estava meio desesperada.

– Eu estou brincando meu amor. – Falei voltando a minha expressão despreocupada.

– Acho que isso foi um pouco lésbico. – Alice falou rindo.

– E se for? Eu amo você, você me ama e isso te torna meu amor.

– Então você também será meu amor. – Alice concordou e nós duas rimos em uníssono.

– Veja bem, vamos chegar ao Havaí pela madrugada e nós vamos nos levantar cedinho! Aquele hotel serve o café da manhã no quarto ou na cobertura, e claro que nós não vamos tomar café da manhã enfiado dentro de um quarto!

– Claro que não, eu quero sentir o Sol enquanto tomo aqueles coquetéis naturais de frutas.

– Bella, ele é tão fofo! – Alice mudou de assunto rapidamente.

– Alice, vocês combinam tanto e isso é tão lindo! Eu torço muito para que vocês deem certo!

– Mas nós já damos certo, o próximo passo agora é ele me dar uma aliança de compromisso.

– Mas já? – Perguntei.

– Sim, ele já falou com meu pai e Carlisle gostou dele, você sabe! Portanto, quando o pai sabe do namoro da filha é uma coisa séria e me faz precisar de uma representação disso.

– Acredito que não vai demorar muito, ele está quase quebrando o pescoço para ver você. – Eu disse apontando para Jasper que estava a duas poltronas a nossa frente no lado direito, enquanto nós estávamos no esquerdo.

Como eu e Edward estávamos sentados ao lado da janela não tínhamos visão um para o outro, o que era frustrante. Fomos conversando até a escala em Los Angeles e depois que o avião decolou novamente eu não consegui ver mais nada.


Abri os olhos com Alice agitada ao meu lado, me cutucando a todo o vapor.

– Bella, amor – Debochou – Acorda, vamos pousar e você precisa se segurar.

Dito e feio, eu senti um calafrio ao perceber o avião aterrissando. Olhei pela janela afora e tudo o que eu podia ver era o verde, luzes e mar, um mar num azul tão intenso mesmo na escuridão da noite que me deixou surpresa até eu sentir o avião tocar o solo.

Alguns minutos depois ouvimos a voz do comandante.

“Pouso realizado com sucesso, os senhores passageiros já podem desembarcar com segurança. Tenha uma boa viagem ou volta para casa e obrigada pela preferência.”

– Jaaaasper! – Alice pulou de sua poltrona e sacudiu o ferozmente.

E desembarcando, fizemos o check-out e pedimos dois táxis diretos para o Aston Waikiki Beach Hotel. No primeiro táxi estava eu, Edward, Emmett e Carlisle, o segundo vinha com Alice, Jasper, Rose e Esme.

– Olha só como é movimentando mesmo nessa hora da madrugada, Edward! – Eu disse perplexa ao passar pelas rodovias cheias de turistas.

– Aqui é lindo! – Concordou.

Durante o trajeto eu pude observar vários hotéis à beira da praia, quiosques, casa de dança e dançarinas de hula. Era o lugar mais lindo que eu já havia visto em toda a minha vida.

Quando chegamos ao hotel ele parecia mil vezes mais lindo em comparação as fotos. Definitivamente de frente para o mar, suas cores eram em tonalidades de laranja e bege e cada quarto tinha uma sacada.

Eu estava bêbada de sono e não me lembrei de muita coisa. Apenas Edward me sustentando em seus braços, Alice, Rose e Esme surtando, os garotos animados e Carlisle dando os nossos dados de reserva.

– Quarto número 802 e 803 no oitavo andar. O terceiro quarto se encontra no nono andar e seu número é 903, obrigada e tenham um bom dia.

Não me perguntem como eu fui parar no quarto, a única coisa me lembro foram os lábios de Edward pressionando minha testa e desejando-me uma "boa madrugada".


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então galeraaa? Achei muito engra essa momento da Alice e Bella, achei esse capítulo uma fofura para falar a verdade!

O próximo capítulo virá em breve e amanhã eu vou responder todas as reviews ♥