New End - New Moon escrita por Merida 076


Capítulo 30
CAP 29 (part. 1) - Conversa


Notas iniciais do capítulo

Oie gente, eu n vo fqala mt pq to indo ver Eclipse na Globo, e qm sabe eu n aranjo umas ideias p/ 2ª temp. de NE NM, né??
Boa leitura.



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- Então – comecei, escolhendo a pergunta menos importante, ainda que de vital interesse, para começar – O que você andou fazendo antes de ir para a Itália?

Bella narrando

* O rosto dele ficou cauteloso por um instante.

- Nada de terrivelmente emocionante.

- É claro que não – murmurei.

- Por que está fazendo essa cara?

- Bom... – franzi os lábios, pensando – Se você não quer me contar é porque alguma você deve ter aprontado e não quer que eu saiba, esse seria o tipo exato de resposta que você daria.

Ele suspirou.

- Se eu contar você vai enfim acreditar que não fiz nada do que está pensando?

- Pensando?! – repeti com desdém. Ele esperou por minha resposta – Talvez – eu disse depois de pensar duas vezes – Se você me contar.

- Eu estava... caçando.

- É o melhor que pode fazer? – critiquei – Isso, definitivamente, não prova nada.

Ele hesitou, depois falou devagar, escolhendo as palavras com cuidado.

- Não estava caçando para me alimentar... Estava me testando em... seguir rastros. Não sou muito bom nisso.

- Que rastro você estava seguindo? – perguntei, intrigada.

- Nada de importante – as palavras não combinavam com sua expressão; ele parecia aborrecido, pouco à vontade.

- Não entendi.

Ele hesitou; o rosto cintilando om o estranho brilho verde da luz do despertador estava dilacerado.

- Eu... – ele respirou fundo – Devo-lhe desculpas. Não, é claro que lhe devo muito, muito mais do que isso. Mas você precisa saber... – as palavras começaram a fluir tão rápido, como eu lembrava que ele falava às vezes, quando estava agitado, que tive de me concentrar para assimilar todas elas – Precisa saber que eu não fazia a menor ideia. Não percebi a confusão que estava deixando para trás. Pensei que aqui fosse seguro para você. Muito seguro. Não fazia ideia de que você engravidaria – seus lábios se retraíram ao lembrar-se do fatídico assunto – de mim. Devo admitir que jamais pensei ser possível um humano engravidar de um monstro - ele percebeu meu olhar raivoso por se chamar assim –, de um vampiro. E quando eu observava a mente de Mike, não pensei que ele pudesse ter esse tipo de reação. Tampouco que isso fosse algo obsessivo demais.

Ele continuou:

- Não que haja uma desculpa para o que eu deixei você enfrentar. Quando soube do que você contou a Alice... o que ela própria viu – ele estremeceu, e a enxurrada de palavras parou por um breve segundo – Por favor, entenda que eu não fazia ideia de nada disso. Sinto-me aflito em meu âmago, mesmo agora, quando posso ver e sentir você segura em meus braços. Eu sou o mais miserável pretexto para...

- Pare com isso. – eu o interrompi.

Ele me fitou com os olhos agoniados, e tentei encontrar as palavras certas, as palavras que o libertariam de sua obrigação imaginária que lhe causava tanta dor. Eram palavras difíceis de dizer. Não sabia se podia pronuncia-las sem sucumbir. Mas eu precisava tentar fazer aquilo direito. Não queria ser uma fonte de culpa na vida dele.

Recorrendo a todos os meus meses de prática tentando ser normal com Charlie, mantive o rosto tranquilo.

- Edward – disse. O nome ardeu um pouco em minha garganta ao sair – Isso tem que parar agora. Não pode pensar nos fatos desse jeito. Você não pode deixar que essa... essa culpa... domine sua vida. Não pode assumir a responsabilidade pelo que me acontece aqui. Nada disso é culpa sua, apenas faz parte de como a vida é para mim. Então, se eu tropeçar na frente de um ônibus ou o que seja da próxima vez, precisa perceber que não cabe a você assumir a culpa. Não pode simplesmente correr para a Itália porque se sente mal por não ter me salvado. Mesmo que eu tivesse me matado com o fogo, isso teria sido minha opção, não culpa sua. Sei que é da sua... da sua natureza assumir a culpa por tudo, mas não pode deixar que isso o leve a esses extremos! É muito irresponsável... Pense em Esme, Carlisle e...

Eu estava prestes a perder o controle. Parei para respirar fundo, na esperança de me acalmar. Precisava libertá-lo. Tinha de ter certeza de que aquilo nunca mais aconteceria.

- Isabella Marie Swan – sussurrou ele, a expressão mais estranha atravessando seu rosto. Parecia quase louco – Você acha que pedi aos Volturi para me matarem porque me sentia culpado?

Pude sentir a incompreensão absoluta em meu rosto.

- E não foi?

- Sentindo culpa? Intensamente. Mais do que você pode compreender.

- Então... Do que está falando? Não entendo.

- Bella, eu fui aos Volturi porque pensei que você estivesse morta – disse ele, a voz suave, os olhos ferozes – Mesmo que eu não tivesse nada a ver com sua morte – ele estremeceu ao sussurrar a última palavra -, mesmo que não fosse minha culpa, eu teria ido à Itália. Claro que eu devia ter sido mais cuidadoso... Devia ter falado diretamente com Alice, em vez de aceitar o relato repassado por Tanya. Mas, na realidade, o que eu devia pensar quando minha mente formava imagens das cenas repassadas detalhadamente a mim? Quais eram as chances? As chances... – murmurou então, distraído. A voz era tão baixa que eu não sabia se tinha ouvido direito. – As chances estavam contra nós. Um erro depois do outro. Nunca mais vou criticar Romeu.

- Mas ainda não entendo – eu disse – Essa é toda a questão para mim. E daí?

- Como?

- E se eu estivesse mesmo morta?

Ele me olhou em dúvida por um longo tempo antes de responder.

- Não se lembra de nada do que lhe disse antes?

- Lembro-me de tudo o que me disse – inclusive as palavras que negavam todo o restante.

Ele roçou a ponta do dedo frio em meu lábio inferior.

- Bella, parece que você é vítima de um mal-entendido. – ele fechou os olhos, sacudindo a cabeça com um meio sorriso no lindo rosto. Não era um sorriso feliz. – Pensei que já tivesse explicado com clareza. Bella, não posso viver num mundo onde você não exista.

- Eu estou... – minha cabeça girou enquanto eu procurava pela palavra adequada – confusa. – essa estava boa. Não conseguia encontrar sentido no que ele dizia.

Ele olhou no fundo de meus olhos; o olhar sincero e franco.

- Eu minto muito bem, Bella, tenho de ser assim.

Fiquei paralisada, meus músculos se contraindo como se recebessem um impacto. O rasgo em meu peito se abriu; a dor me tirou o fôlego.

Ele sacudiu meu ombro, tentando me fazer relaxar.

- Deixe-me terminar! Eu minto muito bem, mas, ainda assim, você acredita em mim com muita rapidez – ele estremeceu – Foi... doloroso.

Esperei, ainda paralisada.

- Quando estávamos na floresta, quando eu lhe disse adeus...

Não permiti a mim mesma a lembrança. Lutei para me manter só no momento presente.

- Você não ia aceitar – sussurrou ele – Eu sabia. Não queria fazer aquilo... Parecia que fazer aquilo ia me matar... Mas eu sabia que se não conseguisse convencê-la de que eu não a amava mais você levaria muito mais tempo para seguir com sua vida. Esperava que você pensasse que eu estava em outra, também partiria para outra.

- Um rompimento sem dor. – sussurrei através dos lábios imóveis.

- Exato. Mas nunca imaginei que seria tão fácil fazer você acreditar! Pensei que seria praticamente impossível... Que você teria tanta certeza da verdade que eu teria de mentir por horas para pelo menos implantar a semente da dúvida em sua mente. Eu menti, e lamento muito... Lamento não tê-la protegido do que sou. Menti para salvá-la, e não deu certo. Perdoe-me.

Ele continuou:

Mas como pôde acreditar em mim? Depois de todas as milhares de vezes que eu disse que a amava, como pôde deixar que uma palavra anulasse sua fé em mim?

Não respondi. Estava chocada demais para formular um resposta racional.

- Pude ver isso em seus olhos, que você sinceramente acreditou que eu não a queria mais. A ideia mais absurda e mais ridícula... Como se houvesse algum modo de eu existir sem precisar de você!

Eu ainda estava paralisada. As palavras dele eram incompreensíveis, porque eram impossíveis.

Edward sacudiu meus ombros de novo, não com força, mas o bastante para meus dentes baterem levemente.

- Bella – suspirou ele – Francamente, o que você estava pensando?

Eu queria chorar. Comecei a soluçar baixinho, mas não o suficiente para esconder dele.

- Só posso estar sonhando – falei entre alguns soluços.

- Você é impossível – disse ele, e riu uma vez. Um riso severo e frustrado – Como posso explicar de modo que acredite em mim? Você não está dormindo e não está morta. Estou aqui e eu amo você. Sempre amei você e sempre amarei. Fiquei pensando em você, vendo seu rosto em minha mente, durante cada segundo que me ausentei. Quando lhe disse que não a queria, foi o tipo mais atroz de blasfêmia.

Sacudia a cabeça enquanto soluços sem lágrimas saiam de minha garganta.

- Não acredita em mim, não é? – sussurrou ele, o rosto mais pálido do que o normal; pude ver isso mesmo na luz fraca – Por que pode acreditar na mentira mais não da verdade? * (N/A: trecho encontrado nas páginas 401 à 405 de Lua nova e adaptado para a fanfic).

Continua...


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Notas finais do capítulo

Oq acharam? Fico bom? eu ia faze so 1 cap final, mas n deu tempo de term hj, e kmo n qria dexa vcs sem, fiz assim memo.
Bjs



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