Bella narrando

– Bom dia, você deve ser Isabella, a filha de Renée.

[...]

– S-sim, e você deve ser a amiga dela.

– Sim, Anne. É um prazer conhece-la, eles falam muito de você.

– Eles... ?

– Ah sim, Renée e meu irmão, Phil.

– Phil é seu irmão? – perguntei espantada. E de repente eu reconheci pouco suas feições.

– Claro, sua mãe não lhe falou? – fez uma cara de desentendimento.

– Não, mas enfim, vamos? – perguntei.

– Ah claro, entre, por favor – disse educadamente, saindo da frente da porta – Venha, vou lhe mostrar seu quarto, não que precise, mas para se trocar ou se quiser apenas ficar por lá – ela seguiu pelo corredor até a última porta – você irá dividir o quarto, tubem bem? – eu apenas assenti. Ela então bateu na porta, apenas para avisar que entrava, e a abriu – Isabella, esta é sua colega de quarto, Amanda Whitlock (link da foto: http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://fondosdeblackberry.com/wallpapers/rostros_de_diosas_480x300_723.jpeg&imgrefurl=http://www.pelauts.com/fondos/fondos-de-wallpaper-rostros-de-diosas-fondos-de-blackberry.html&usg=__bIoAHo5zsTjvbVWlzxr4rSddGzg=&h=300&w=480&sz=66&hl=pt-BR&start=11&zoom=1&tbnid=F6OoA9NKSU0kpM:&tbnh=177&tbnw=284&ei=_YyBUZvdIsf50gH6uYDQBw&prev=/search%3Fq%3Dana%2Bjohnsson%26sa%3DG%26hl%3Dpt-BR%26biw%3D1311%26bih%3D616%26tbs%3Dsimg:CAQSaRpnCxCo1NgEGggIAggXCD0IQwwLELCMpwgaOgo4CAESEuME1ATcBOQE1wTSBNUE3QTeBBog93l6hwhkh3eBOVi3k0TlYNRpVLdZ8ptoygycaae2tZcMCxCOrv4IGgoKCAgBEgQgILL6DA%26tbm%3Disch&itbs=1&ved=1t:3588,r:10,s:0,i:90&iact=rc&page=1&tx=153&ty=120&dur=1 ).

– Oi, como vai Isabella – disse educadamente enquanto estendia a mão em minha direção.

– Olá, apenas Bella, por favor- peguei sua mão, também por educação, ela parecia ser uma garota legal, para a qual eu pudesse contar meus segredos, minha vida – não ando muito bem ultimamente – então abaixei minha cabeça, me lembrando dos homens mais importantes da minha vida, um que me deixou pra trás, e outro que nunca conheci, e nunca vou conhecer.

– Também não, quer alguma ajuda... – ela estava puxando conversa.

– Se não se importa – dei de ombros.

– Bem meninas, vou deixar vocês ajeitarem as coisas – ela já estava saindo quando se virou de volta – Ah, e Amanda, se não se importa gostaria que explicasse as regras e como as coisas funcionam para Bella – disse isso e saiu, sem ao menos esperar uma resposta.

– Venha – pegou minha mão – está será sua cama – disse apontando a uma cama encostada na parede direita – e aquela a minha – apontou para uma encostada à parede esquerda.

Ela me indicou uma porta também encontrada na parede esquerda.

– O closet, não se preocupe, tem espaço nossas coisas – como se eu estivesse preocupada com isso, e finalmente apontou a última porta do cômodo – e o banheiro.

– Tudo bem, acho que não vou me esquecer disso – rimos, nós temos memória fotográfica, assim como eles... Chega, pense em outra coisa, pense em outra coisa, ele não vai voltar...

– Quer ajuda com as malas ou quer deixa-las para depois? – interrompeu meus pensamentos.

– Vamos às roupas e depois pode me apresentar o local se quiser.

Depois de ajeitarmos cada peça de roupa que trouxe no closet, ajeitamos meus All Star (não sou fã de outros calçados), e mais algumas coisas, como meu notebook, alguns livros e algumas fotos, do meu pai, minha mãe, meus amigos de Forks (Ang, Ben, Eric, Jess e Mike), e dos Cullen, e uma minha com ele.

Quando terminamos de ajeitar minhas coisas fomos dar uma volta pela casa, e Amanda, que já considero uma grande amiga, me indicou onde ficava tudo, a cozinha (usada poucas vezes), os quartos, alguns que ali se encontravam também, uma biblioteca (onde a maioria eram livros de feitiços ou histórias sobre outros bruxos), o local de treinamentos (onde treinávamos os feitiços e magias), e o quarto de Anne.

Depois Amanda me explicou as regras do local, onde temos de treinar os feitiços e magias pelo menos dez horas por dia, podemos receber visitas e podemos sair, não podemos contar nosso segredo a ninguém. Tudo muito simples e meio liberal.

No dia seguinte eu fui diretamente treinar, das 5 horas da manha até as 12, e depois de dar uma volta por tudo fui treinar mais um pouco, das 3 horas as 10. Eu treinava mais de 10 horas por dia, mas fazia isso pra não der tempo livre a ficar pensando no passado.

Com o tempo eu resolvi que Amanda era uma garota confiável, que eu podia contar a ela tudo que me aconteceu e o que me trouxe a essa vida antes do tempo, o porque de sofrer, o porque de querer chorar, de querer voltar atrás, de reverter toda a situação.

– Amanda... eu queria contar a minha história sabe, desabafar com alguém, e eu confio em você – soltei um suspiro, como se esperasse uma rejeição, rejeição essa que não veio.

– Claro Bella, eu ando percebendo que você é muito presa ao seu passado, pode contar pra, prometo ouvir tudo.

Então eu me dirigi ao seu lado em passos calmos, humanos, me sentei ao seu lado direito, e ela passou a mão por minha cintura, enquanto eu apoiava minha cabeça em seu ombro.

– Bom, quando eu me mudei para Forks eu acabei me apaixonando, ele também dizia me amar, acontece que ele não era mais um qualquer, mais um humano. Ele era minha vida, meu amor, e ele era um vampiro – dei uma pausa para que ela absorvesse essas palavras – nós começamos a namorar, nós chegamos a ter nossa primeira vez, sabe – pausa – e depois de um acidente na minha festa de aniversário ele veio me dizer, dias depois, que teria de partir, que não me queria por perto, que não me amava mais, que nunca me amou. E então eu tentei me matar uma vez e um dos ‘irmãos adotivos’, Emmett, me impediu, mas isso não vem ao caso. Depois de um tempo eu me descobri grávida, mas a única possibilidade de eu estar grávida seria dele, de um vampiro – dei um tempo para que ela entendesse e absorvesse tudo que eu havia falado, depois de alguns segundos ela assentiu, me incentivando a continuar – quando estava no quarto mês de gestação um dos meus colegas de escola descobriu que eu estava grávida dele, e como ele gostava de mim ele disse que eu não poderia der engravidado, não do Cullen, ele disse que eu era dele e que iria ficar com ele. Mas acabei me estressando, e minha amiga que estava ali e me defendeu de suas palavras me levou ao hospital, pois eu estava começando um aborto. Mas meu bebe, meu Antony, ele não resistiu, sabe – eu fiquei quieta por um tempo, perdida em lembranças, e Amanda ficava em silencio, esperando que eu me recuperasse – então eu, depois de tudo isso, fui pra casa e me tranquei no meu quarto, e fiquei lá chorando, esperando que a transformação acontecesse. E agora estou aqui, sem Edward Cullen – dizer seu nome ainda me dava calafrios -, o amor da minha vida, e nosso filho, Antony Swan Cullen, o meu Tony.

Eu podia jurar que se ainda fosse humana a blusa de Amanda estaria encharcada de lágrimas.

– Eu sinto muito Bella, e terrível, mas talvez algum dia vocês ainda se encontrem.

[...]

Já fazia sete semanas (quase dois meses), que eu estava ali, eram onze da noite, eu estava dando uma volta pela floresta em redor do local, caminhando. Mas de repente eu ouço um som, algo se movimentando por entre as arvores, alguém correndo. Mas não era algum qualquer, ele corria na mesma velocidade que eu, mas não reconhecia o cheiro. Pensei ser algum novato, então segui meu caminho.

Estava aérea em meus pensamentos, quando alguém pula na minha frente, me fazendo parar. Eu olho para a pessoa que se encontra a minha frente, pronta pra xingá-la até não ter mais o que dizer, quando de repente reconheço esse rosto, esse olhar, e olho para o corpo dessa pessoa, parece a mesma, tento ouvir algum coração, e não ouço, olho profundamente em seus olhos, naqueles olhos amarelados, e ali, naquele momento, encontrei alguém com quem desabafar, alguém com quem eu pudesse contar tudo o que passei, tudo o que senti.

Tudo isso aconteceu em apenas alguns segundos. E então eu constatei que com toda certeza de que era ela, minha madrinha, minha dinda.

– Katrina...

Continua . . .