A Nova Estrela Da Fairy Tail escrita por Luna Scarlet


Capítulo 2
Infancia de Layla


Notas iniciais do capítulo

yoo minna, aqui esta o segundo cap deste mes, o proximo só nomes que vem kkkkkkk eu fiz ele mega granbde pra voces, até tinha pensado em separar, mas resolvi postar ele assim mesmo, espero que gostem do cap, aqui explica meuita coisa para vcs. bjus e até lá em baixo



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Natsu estava em sua casa, uma linda garotinha de apenas um mês de idade estava deitada no sofá puxando o rabo de Happy, era incrível a força que a pequena menina tinha. Natsu dava risada de todas as coisas que a pequena menina fazia dês dos seus sorrisos aos seus choros.

Não fazia nem uma hora que o rosado tinha conhecido a menina e já tinha se afeiçoado a ela de uma forma assustadora, nem sequer conseguia pensar em deixa-la sozinha. Mesmo que hoje fosse o dia em que descobrira que sua amada tinha morrido ainda não conseguia deixar de ficar feliz ao ver a garotinha.

Elas eram tão parecidas que Natsu ficava assustado, dês do sorriso bobo aos cabelos que já nasciam. A pequena tinha uma beleza tão ou mais bonita que Lucy e só era um bebe, quando crescesse teria muitos homens aos seus pés. O rosado sentiu uma raiva avassaladora em seu inconsciente, saber que aquele lindo bebezinho seria tocado por mãos sujas quando ela tivesse certa idade o deixava irritado. Ainda mais por saber que a criança era a reencarnação de sua amada.

Fora por isso que Mirajane, depois de finalmente voltar ao normal quando vira a menininha e prometera fazer diferente, deixara para que Natsu cuidasse dela, já que a Lucy era a sua parceira, e por isso ele estava ali, sentado admirando a bela menina enquanto fazia uma mamadeira.

Perdera as contas de quantas coisas as mulheres da guilda tinham lhe ensinado, mas era visto que nenhuma estava em seu juízo perfeito, pois afinal de contas, quem em sã consciência daria para Natsu Dragneel um bebe? Principalmente se este fosse à reencarnação de uma pessoa total e completamente diferente dele.

Mas não ouve nenhum idiota que disse para as mulheres que elas não estavam em seu juízo perfeito, a noite já tinha caído a muito e a garotinha não apresentava sintomas de estar com sono. Já Natsu às vezes tombava para os lados, se não fosse pelo serviço de ter que realizar a mamadeira ele já teria pegado no sono.

Aquela não era a primeira mamadeira que o rosado fazia, já estava na terceira e a garota parecia muito animada. O rosado não tinha ideia de onde arranjava lugar para tanto leite naquela garota, mas sempre que ela terminava uma mamadeira fazia cara de que queria mais e começava a chorar, se não fosse por Happy a garota ainda estaria chorando.

Natsu finalmente terminou de preparar a bendita mamadeira, olhou para onde antes estava a garotinha, mas o que avisto foi apenas um sofá vazio. Desesperado o garoto se levantou em busca da menina, mas ela não estava em nenhum lugar possível de se ver. O rosado já frustrado por não encontrar a menina levantou a cabeça e avistou uma cena um tanto cômica.

Happy voava de um lado para o outro, enquanto a garotinha se segurava em seu rabo, era tão engraçado que o rapaz nem sequer pensou nas consequências de seus atos e se jogou no chão chorando de dar risada. A porta da casa foi aberta bruscamente, Natsu olhou para ela sem entender e avistou uma Erza furiosa. 

Ele não foi o único a se assustar com o barulho, a pequena menina se assustou ao ponto de largar o rabo do gato, Natsu desesperado viu a garotinha ir para o chão rápido demais, seus ouvidos foram preenchidos pelo doce som da risada da menina. O rosado pulou e com agilidade pegou a garotinha no colo, esta ainda dando risada pelo ocorrido anterior.

– Natsu – Erza bradou irritada – Você ficou maluco? Como pode deixar um bebe ficar voando com o Happy? – a ruiva estava no auge de sua raiva. Talvez fosse pelo motivo de ter se esquecido de sua nakama morta ou pelo simples fato de que o rosado era um péssimo “pai”. Era natural todo aquele estres, mas chegar à casa de alguém gritando não era a melhor forma de extravasar a ira.

– Desculpa Erza – o rosado falou. Era visto que já não tinha medo da ruiva, esta ficou curiosa pelo simples fato de ele não tremer quando ela falara de tal forma com ele.

– Por que você não se importou com a minha voz assustadora? Por acaso quer que eu lute contra você? – a ruiva perguntou curiosa e pronta para uma luta no mesmo momento, mas o rosado apenas se sentou no sofá e dava a mamadeira para a menina.

– O meu único medo se concretizou não preciso me preocupar com mais nada – o rosado exclamou como se aquilo fosse a coisa mais obvia do mundo, quando ele viu o olhar da ruiva percebeu que ela não tinha ideia do que ele estava falando – A Lucy, o meu maior medo era de perder a Lucy, e bem, isso aconteceu – ele falou.

– O que é isso cabeça de fosforo? Ficou sentimental agora? – Gray falou enquanto se sentava no sofá onde antes estava a garotinha. Erza e Natsu deram um pulo e por muito pouco que Natsu não soltou a menina.

– Mas quando? – a ruiva perguntou. Tirou logo em seguida à menina dos braços de Natsu, esta já tinha devorado a mamadeira, mas era visto que queria mais, começou a chorar e abriu o berreiro – Natsu, acho que ela quer mais – a ruiva comentou. O rosado olhou indignado para a garotinha nos braços da ruiva.

– Mais? Como pode caber mais nessa garota? Esta vai ser quarta mamadeira que eu dou pra ela – o rosado reclamou, mas já estava arrumando a mamadeira da menina – Eu me sinto bem cuidando dela, eu não sei por que, mas ela me faz sentir muito bem.

– Franguinho – Gray falou. Depois de um tempo em que Natsu ficou fazendo a mamadeira Erza ficou cuidando da menina – Do jeito que ela tá comendo vai acabar... – Gray nem terminou a frase, pois viu Erza fazer uma careta.

– Natsu ela sujou a frauda – a ruiva exclamou enojada. O rosado não entendeu a principio, mas depois colocou a mamadeira de lado e foi até onde estava a ruiva, esta quase jogou a pequena no garoto – Que nojo – ela falou. Os dois homens apenas deram risinhos ao ver a ruiva daquela forma.

– Se acalme Erza é apenas uma frauda suja – o rosado falou – Você sabe trocar fraudas? Ele perguntou desconfiado. Olhando da ruiva para o moreno e em seguida para a menina – Isso não vai dar coisa boa – ele falou. Os outros apenas concordaram com a cabeça e foram tentar trocar a frauda da menina.

Passado alguns minutos um comentário nada oportuno foi ouvido – Natsu, vocês não tem ideia do que estão fazendo – o pequeno gato falou. Todos os magos lhe lançaram olhares mortíferos, mas eles não podiam negar, afinal de contas a frauda da menina estava na cabeça dela – Como vocês conseguiram colocar a frauda na cabeça? – o gato perguntou indignado. Os outros não responderam, é claro que nenhum deles tinha ideia de como tinham realizado tal feito.

– Nat-kun? – alguém chamou da porta, o garoto gritou um breve entre e logo eles estavam acompanhados da albina mais nova – O que aconteceu aqui? – a menina perguntou abismada ao ver não uma nem duas fraudas jogadas pela casa e sim um pacote inteiro delas total e completamente estragadas, ou por terem sido rasgadas ou por terem sido perdidas.

– Nós estamos com alguns problemas – a ruiva falou com a voz transbordando em vergonha, mas quem não estaria? Já foram dez fraudas e nem sequer conseguiam acertar o lugar onde deveria ficar a maldita frauda – Qual é o segredo desta maldita frauda? – a ruiva exclamou enquanto puxava os cabelos. Os outros apenas olharam a cena, mas os homens queriam fazer muito mais do que isso, talvez jogar-se de uma ponte resolvesse o caso do fracasso, mas nem assim aquela frauda entraria na menina.

– Vocês estão tendo problemas com uma frauda? – a Strauss mais nova perguntou enquanto continha a risada que ousava escapar por seus lábios – Não deveria ser uma tarefa simples? – ela se perguntou. Todos lhe lançaram olhares mortíferos, mas ela apenas caminhou para um pacote de fraudas tirando de lá mais uma, caminhou para perto dos amigos e os expulsou dali. Em movimentos rápidos a garota colocou a frauda na menina.

Pegou ela no colo e mostraram para os amigos, todos olharam para ela admirados – Como você fez isso? – Gray perguntou mostrando sua irritação pelo ocorrido. A mulher levantou os ombros em sinal de não saber, o que deixou os amigos ainda mais bravos.

– Que nome ela tem? – a albina perguntou. Todos a fitaram surpresos, ninguém tinha pensado para um nome, na verdade todos estavam tratando a menina como se ela fosse Lucy, nada mais justo que dar a ela o nome de sua antiga encarnação – Não fique pensando que vamos deixar vocês colocarem o nome da Lucy na menina – a albina falou irritada.

– E por que não? – os três perguntaram ao mesmo tempo. Aquilo era exatamente o que eles estavam pensando – Ela é a reencarnação da Lucy, da nossa nakama, nós podemos sim dar a ela o nome da Lucy – Erza se pronunciou. Queria realmente saber o que a albina estava pensando.

– Não Erza vocês não podem – a albina falou – Imagine essa menina crescida, uma hora ou outra ela vai descobrir que é a reencarnação da Lucy-san, a primeira coisa que ela vai pensar é que é apenas uma substituta para a Lucy, o que eu tenho certeza que vai acontecer, se ela tiver o mesmo nome que a Lucy vai ser ainda pior – a albina lembrou os amigos – É claro que vocês podem colocar um nome que tenha a ver com a Lucy, mas não podem colocar o da Lucy.

– Eu concordo plenamente – a ruiva exclamou – Pensem em um nome que tenha a ver com a Lucy – ela ordenou. Todos, é claro, obedeceram a suas ordens. Depois de algum tempo pesando Gray se pronuncio

 – Que tal Luciana? – ele perguntou – É bonito e tem a ver com a Lucy – ele falou todo feliz pelo simples fato de achar um nome bonito.

– Não, é muito na cara – Lisanna disse. Todos concordaram mais algum tempo se passou, ninguém falava nada todos extremamente concentrados em seus pensamentos.

– O que vocês acham de Estela? Ou Celestia? – a albina perguntou. Algum tempo passou enquanto os amigos pensaram se aceitavam ou não, mas logo um não foi ouvido, estes eram nomes muito ligados a magia, não queriam obrigar a menina a usar a magia celestial.

O tempo parecia parado, ninguém se movia, era uma coisa muito complicada a escolha de um nome foi então que Happy falou – E se nós colocarmos o nome dela de Skyly? – o gatinho falou. Todos olharam para ele surpresos, o nome não era de todo mal, só que era realmente estranha – Sky de céu e ly por causa da ultima e primeira letra do nome da Lucy – ele falou.

– Muito estranho – Erza e Lisanna falaram em uníssono – Podemos achar outro – elas falaram. Erza levantou o olhar para todos e exclamou – Erika – ela falou – Eu sei que não tem nada a ver mais eu gosto do nome – a ruiva se defendeu dos olhares acusadores dos amigos.

– Eu tenho o nome perfeito para ela – Natsu falou – Layla, era o nome da mãe da Lucy – ele viu que todos gostaram do nome então ele foi até Lisanna e pegou a garotinha no colo e olhou para ela – O que você acha? O seu nome vai ser Layla? – a menina ao ouvir o nome sorriu e Natsu retribuiu – Yoshi, seu nome vai ser Layla – ele exclamou feliz.

Os outros apenas concordaram e sorria feito bobo, aquela menina teria uma vida melhor do que se podia imaginar, não só teria a guilda mais forte de Fiore como família com também os melhores tios e futuros amigos do mundo. Qualquer um que visse a linda cena ficaria deslumbrado e jamais imaginaria o que se sucederia com aquela maluca família.

Quebra de tempo

Natsu corria em desespero para a guilda. Layla tinha desaparecido de casa de uma hora para outra, estava sendo uma tortura para o jovem mago, dês dos primeiros passos da menina, ela jamais ficava quieta em um único lugar e isso era a causa de varias loucuras na guilda. O rosado estava indo em direção da guilda para ver se por acaso à menina não tinha sido encontrada por nenhum dos companheiros.

Ele chegou arrebentado a porta, olhou por toda a guilda e soltou um suspiro ao ver a menina no colo do Gray, ele caminhou decidido até o lugar onde os amigos estavam. Na mesa em que Gray estava sentado com a menina muitos dos magos da guilda estavam ali, todos olhavam para a menina, surpresos, e Natsu queria saber qual era o motivo para tal surpresa.

– Layla – Natsu gritou. Todos voltaram sua atenção para o rosado, ele estava arfando ao lado da mesa onde o grupo estava sentado – Ela não se machucou não é? – ele perguntou para os amigos, estes apenas deram leves sorrisos. Natsu era mesmo um pai babão, fazia quase um ano que a menina estava com eles e Natsu jamais a abandonara nem por um único minuto, até quando ia a missões a levava. Sempre levava alguém para cuidar da menina, tinha uma baba especial apenas para isso, ou às vezes simplesmente levava Gray ou Erza.

– Não se preocupe com ela Natsu, a Lay-chan esta ótima – a azulada falou. Levy também criara apresso pela menina, era muito protetora e gostava muito de cuidar da menina, por isso no mês passado quando Natsu ficara gravemente ferido em um trabalho ela se prontificara em cuidar da garota, até disse que ficaria de bom grado na casa do rosado para que este pudesse sempre estar de olho na menina, o que gerou uma loucura na guilda quando Gajeel descobriu que sua baixinha estava na casa do salamander.

Levy tinha o costume de contar historias para a menina, geralmente sobre as aventuras do time mais forte da Fairy Tail. Todas as historias estavam guardados em um livro, este criado pela própria Levy, no intuito de homenagear a amiga já falecida. No livro contaria toda a historia da amiga, mas este ainda não tinha seu fim, pois Levy também queria contar sobre as historias de Layla a reencarnação de sua amada amiga.

– Ela desapareceu de uma hora para outra – o rosado falou enquanto ainda arfava pela corrida – Como uma menina de apenas um ano consegue fazer todo esse trajeto? Ela é muito rápida – o rosado exclamou. Erza e Gray deram risada da cena e do comentário do amigo, jamais iriam contar que entraram furtivamente na casa do rosado e pegaram a menina para que ambos, os padrinhos, pudessem ficar com a garota pelo menos por alguns minutos sem que o rosado viesse lhes incomodar.

– Ela está bem e é isso que conta – Erza comentou brevemente. O rosado concordou e tirou à menina dos braços do moreno, este olhou indignado para o rosado, mas recebeu um olhar reprovador da titânia.

– Por que vocês estavam tão surpresos? – o rosado perguntou enquanto a menininha puxava seus cabelos. Aquela cena já era normal entre os membros da Fairy Tail. Todos sabiam da mania da garota e também de sua loucura pelos cabelos do rosado, mas também não existia mulher que não caísse nos encantos daquelas lindas madeixas rosadas.

– É verdade – Juvia exclamou surpresa, tinha se lembrado de algo muito importante – Antes de você nos interromper a Layla iria falar algo – a azulada disse. Os orbes de Natsu se arregalaram de surpresa, depois ele abriu um dos sorrisos mais lindos que seus amigos já tinham visto. Ele levantou a menina até a altura de seu rosto e ele olhou diretamente nos orbes castanhos da menina, aqueles olhos que beiravam do castanho ao chocolate, que só ela possuía.

– Vamos lá Lay-chan – o rosado falou com sua voz mais manhosa – Fale pro tio Natsu, fala linda – o rosado cantarolou. Todos soltaram risadinhas ao ver o rosado tão sensível e carinhoso – O tio vai te dar muita mamadeira – o rosado provocou. A garotinha abriu um sorriso e forçou algumas palavras.

– T-tt-tio-Tio – a menina proclamou, mas antes que todos pudessem falar mais alguma coisa ela os surpreendeu – Tio Nat-su, quelo chocolate – a menina disse com um bico. A guilda entrou em festa comemorando pelas primeiras palavras da menina, é claro que ela ganhou o seu tão querido chocolate, derretido e morno só para ela. Especialidade da Mira.

Natsu deixou a menina com Levy para poder em fim ter seu merecido descanso, isso só acontecia uma vez a cada semana e só por algumas horas. Ele foi se sentar ao lado de seus antigos colegas de time, as missões que faziam juntos eram poucas, mas poucas as vezes que o faziam eram as melhores.

– Ela cresceu rápida não é? – a titânia falou assim que o rosado se juntou a eles na mesa – Eu pensei que nunca mais veria aquele sorriso – a ruiva comentou, o silencio se seguiu na mesa, mas logo foi arrancado quando Jellal e Juvia se juntaram a eles – Yoo amor – a ruiva falou antes de roubar um beijo do azulado, já estavam juntos há algumas semanas e Erza negava veemente que estava gravida, mas os enjoos eram constantes.

– Gray-sama – a azulada falou assim que se sentou ao lado do moreno, ele soltou um muxoxo ao ver quem viera se sentar com eles – Juvia queria ficar com Gray-sama, tenho certeza que ninguém na mesa se importa – a azulada disse enquanto se agarrava ao braço do outro.

– Eu me importo Juvia, será que você não pode, por favor, me deixar em paz por apenas alguns minutos? – as palavras duras e cruéis do rapaz atraíram a atenção de todos na mesa, Erza já estava pronta para dar um sermão em Gray quando ele levantou a mão e calou a mais velha – Não adianta falar nada Erza, não importa o quanto eu apanhe não vou me obrigar a viver uma vida inteira com uma pessoa que eu não amo – todos estavam em choque com as palavras do moreno.

O silencio reinou na mesa, todos esperavam pela reação da azulada, ou se preparavam para um banho pelo choro da mulher, mas a única coisa que ouviram foi o silencio incomodo. Gray estava aflito, todo aquele silencio estava o incomodando – Se é assim que você pensa Gray não é a Juvia quem vai lhe incomodar – as palavras da azulada foram frias e sem nenhuma emoção ao pronunciar o nome do mago de gelo.

 A azulada se levantou e caminhou decidida para o quadro de trabalhos e logo pegou uma missão qualquer, foi até Gajeel e Levy e os convidou pra a missão, não demorou para que eles tivessem saído da guilda. Gray ficou na mesa de olhos arregalados, vez ou outra ele murmurava um Gray? Se referindo ao fato da maga não ter dito o famoso sama.

– Mancada Gray – Natsu e Jellal falaram em uníssono, o outro nada ouviu. Natsu olhava do amigo para a porta, estava preocupado, jamais vira Juvia agir de tal forma.

Natsu olhou para Layla e ficou pensando que talvez algum dia alguém fizesse o mesmo com ela, dissesse que não a amava e que não a queria por perto. Natsu decidiu naquele dia que estaria para sempre ao lado da menina para poder protegê-la de todo e qualquer mal.

Quebra de tempo

Hoje era um dia especial para os magos da Fairy Tail, o aniversario de Layla e todos queriam estar lá para comemorar. Natsu chegou junto da menina na guilda, ela estava em seus ombros como sempre ficava quando vinham para a guilda. Os cabelos da menina agora batiam em sua cintura e formavam leves cachos nas pontas, os orbes castanhos da menina sempre com o brilho costumeiro se faziam presentes naquela linda cena, a pequena usava um vestidinho rosa que tinham o mesmo tom que os cabelos de Natsu.

– Tadaima – a menina falou assim que colocaram os pés na guilda, todos sorriram e lhe disseram um sonoro Okaeri. A menina pulou dos ombros do rosado e correu em direção da madrinha que estava sentada em uma mesa acompanhada de seu marido e filho de dois anos – Madrinha, eu posso brincar com o Simon-kun? – a menina falou com sua voz meiga. A ruiva apenas fez que sim e deixou que a menina fosse acima de suas pernas para poder olhar por cima da mesa onde o menino estava sentado brincando com o pai.

Natsu se juntou a mesa depois de ter sua briga costumeira com Gray. Eles conversaram animados sobre como era bom criar os filhos mesmo que Natsu não fosse pai todos o consideravam como pai de Layla, o que ele não negava, mas também não concordava com as palavras, pois o que sentia pela menina era algo muito além do amor de pai e filha, mas o rosado guardava isso bem no fundo do seu coração.

– Eu sou o único que ainda não tem filhos – o moreno exclamou enquanto se juntava ao grupo – Vocês adoram dizer o quanto é bom ter alguém para amar, eu queria pelo menos isso ter - os amigos riram das palavras do outro. Ambos os amigos sabiam que Gray desejava muito ter um filho, o moreno sempre estava ali para ver o quanto seus amigos eram felizes com sua família e ele não podia negar que sentia inveja deles.

– Calma Gray – Erza falou tentando, em vão, amenizar o clima do lugar – Vai tudo se resolver, você ainda vai ter os seus filhos com alguém que vai amar muito – ela disse enquanto puxa Layla para que pudesse dar algo para que as crianças pudessem comer, tanto para seu filho quanto sua afilhada – Até lá você têm a Layla para paparicar e cuidar, ela não é sua afilhada?

– Eu sei, eu sei, mas eu queria saber quanto tempo mais vou ter que esperar para que a pessoa certa me de uma família – o moreno reclamou irritado. Natsu e Erza trocaram olhares rápidos, mas muito significativos, eles sabiam que o coração de Gray tinha dona, mas ele jamais iria admitir isso para ninguém, muito menos para si mesmo.

– Eu volto a dizer que você já encontrou essa pessoa só que não quer admitir – Natsu falou enquanto ajudava a ruiva a dar comida para as crianças – Você foi muito idiota quando disse aquelas coisas para ela, sabe que foi por isso que ela se casou com o Lyon – o rosado disse enquanto arrancava a colher de sorvete da mão da ruiva e dava para a filha um pouco – Quem sabe naquela época você não tivesse feito diferente agora poderiam estar juntos e a Ayume seria filha sua e dela.

– Urusai Natsu – o moreno falou – Não quero ouvir sobre os meus erros do passado, qualquer um erra, você também já errou e eu não fico lembrando-se desses erros o tempo inteiro – o moreno estava irritado, pois lá no fundo ele sabia que seu amigo estava completamente certo.

– Talvez por que todos esses erros já foram esquecidos e o seu ainda esta vivo conosco – o rosado falou irritado. Era sempre assim quando o lembravam do que tinha feito a Lucy – Vamos esquecer isso de uma vez – o rosado falou enquanto olhava para Layla sorridente ao lado de Jellal enquanto ambos brincavam com o pequeno Simon.

O garotinho herdara os cabelos da mãe e seu gênio ruim, era um maníaco por bolo de morango, tanto que essa foi à primeira coisa solida que o pivete comeu, além de ter sido sua primeira palavra. O garoto era completamente Erza, não puxara nada de Jellal, pobre garoto, entre o gênio da mãe e centralidade do pai ele tinha que ter vindo como a mãe? Agora vocês ficam imaginando, será que esse garoto no futuro fara as mesmas coisas que a mãe? Todos acreditam que sim, afinal de contas ele tem distúrbio de dupla personalidade, ou mais conhecido como a famosa bipolaridade da Titânia e sempre que Layla faz algo errado ou tenta causar uma briga na guilda ele já vem para cima dela com uma mini espada que ganhou de Erza.

O menino era um monstro com apenas dois anos imagina quando alcançasse a maioridade, a guilda com certeza iria pelos ares em questão de segundos. O que o mestre levara em consideração assim que percebeu os gênios de Layla, Simon, Azuka, Haru e Ayume. Os cinco formavam o super quinteto fantástico da destruição em massa da Fairy Tail. Era um grupo bem animado esse que se tornaria a nova geração.

Ayume era uma linda menina de cabelos brancos, com as pontas levemente azuladas. Orbes azuis quase inexpressivos, mas que continham um brilho maligno e assustador para todos, menos é claro para os outros membros daquele maravilhoso quinteto. A menina tinha, assim como Simon, dois anos, era fruto do primeiro e único casamento de Juvia até agora, mas este fora um completo fracasso.

Azuka se tornara um monstro com o tempo, as coisas que mais gostava de fazer era treinar e destruir coisas. A menina tinha uma cabeça muito mais maluca que a de seus pais, e isso ficava muito claro, mas por sorte puxara as habilidades de ambos os pais só que dez vezes melhores e muito mais sofisticados se assim pode dizer.

Sua magia de reequipar podia suportar três vezes mais armas que as dos pais, podia também aceitar armaduras de grande porte, mas a menina tinha preferencia apenas pelas armas de fogo, as quais ela aperfeiçoava com louvor. Tinha apenas seus dez anos mais já era uma forte candidata para maga classe S, com a suspeita de ainda não ter sido enviado pelo fato de ser muito nova em comparação aos outros competidores, que deviam ter seus vinte e cinco anos ou mais.

Haru era um menino de quatro anos assim como Layla, não fazia nem um ano que se juntara a guilda, fora abandonado na frente do prédio em uma noite chuvosa e encontrado por Lisanna que no mesmo momento se afeiçoara pelo garoto. A mulher aceitara de bom grado cuidar do menino e assim o adotou como seu próprio filho, para o agrado de Mirajane que vira finalmente sua irmã tomar juízo, mas isso não demorou muito, pois não fazia uma semana que ela voltara a ter um rolo com Bikslow, vocês devem imaginar o que eles faziam juntos, mas é simples o fato de que o homem sofrera uma mudança drástica no visual e comportamento.

O menino Haru tinha descoberto ser muito poderoso com a magia dragon slayer, descoberto a não muito tempo atrás que ele era possuidor de um lacrima de magia dragon slayer da agua, o menino sozinho quase demoliu o prédio inteiro e junto de Layla o fez há três meses.

E por fim Layla, a menina ainda não tinha descoberto que magia tinha afinidade, mas de uma coisa era certeza, ela era forte. Com apenas umas das mãozinhas ela arrancou um dos pilares da guilda e o tacou para o pequeno Haru que na mesma hora soltou um pequeno rugido, que acertou o pilar e depois consecutivamente quatro vigas que mantinham a guilda em pé, o que a fez desabar por completa.

Todos ficaram extremamente abismados com tal feito das crianças, mas só puderam dizer que eles eram magos da Fairy Tail.

Enquanto o grupo conversava sobre coisas banais sobre eles alguém minúscula apareceu na porta da guilda, correu desesperada para Gray que estava sentado com os amigos.

– Tio – a voz estridente da menininha pode ser ouvida por toda a guilda, atraindo toda a atenção dos membros da mesma para ela – A okaa-san que me bate, me salva – a menina gritou enquanto pulava em Gray.

– O que você fez dessa vez Ayume? – o homem perguntou curioso enquanto passava a mão nos sedosos cabelos da menina tentando acalmá-la – Sua mãe deve estar uma fera pequena – ele falou enquanto via o desespero da menina.

– Ayume Loxar – o nome foi ouvido por toda a guilda, novamente atraindo a atenção de todos para a porta – Onde a senhora pensa que vai? – a mulher gritou. Sua voz mostrava o quanto à dona dela estava irritado. A azulada apareceu na porta vasculhando todo o salão até finalmente encontrar a filha, seu olhar tremeu um pouco antes que ela pudesse andar a passos firmes em direção da filha – Eu já disse que eu vou te levar para ver o seu pai hoje.

– Mama, eu não quelo – a menina disse emburrada com os típicos erros na fala por ser muito nova – Aquela mulher do papa é má, ela não gosta de mim – a menininha falou com um biquinho quase fazendo a mais velha ceder, mas quando a menina viu que a mãe se mantinha firme arranjou a única forma de não ter que ir visitar o pai – O titio vai me leva pa ve as flores hoje a noite.

– Isso é verdade Gray? – a mulher perguntou com a voz ríspida como sempre falava com o homem – Deveria ter pedido minha permissão, ela é minha filha não vou deixar você ficar saindo com ela o tempo inteiro – a mulher exclamou enquanto se sentava derrotada na mesa – Seria tão mais fácil se eu não tivesse nunca iniciado aquele romance idiota com o Lyon – a azulada exclamou irritada até o ultimo fio de cabelo – Isso é tudo sua culpa Gray – a azulada exclamou segurando o ultimo fio de paciência enquanto viu a o moreno acariciar os cabelos da filha.

– Eu não tenho controle sobre suas decisões se quis ficar com o mal trapilho do Lyon eu não tenho culpa – o moreno rebateu e assim a conversa se encerou. Dês do dia em que Gray falara barbaridades a Juvia essa era a conversa mais civilizado que ambos conseguiam ter.

– Vamos lá, vamos lá – Erza se pronunciou aflita, queria logo acabar com o clima tenso no lugar – Façam isso quando estiverem sozinhos, aqui tem crianças demais, não venham acabar com o clima – a ruiva disse brava – Além do mais Juvia você não pode levar a Ayume para a Lamia Scale hoje, é aniversario da Lay-chan, fique para comemorar.

– Gomenesai Lay-chan – a azulada pediu desculpas para a menina – Eu tinha me esquecido completamente do seu aniversario – a azulada se curvou em sinal de desculpas – Nós vamos ficar, eu vou avisar ao Lyon que hoje ficamos por aqui – ela se levantou e caminhou em direção à parte de trás da guilda.

– Lay-chan, Lay-chan – a voz de um menininho foi ouvida. Aquela mesa estava badalada hoje. Um menino de cabelos azuis curtos corria em direção da mesa, atrás de si um casal vinha desesperado tentando alcançar o menino – Feliz aniversario Lalay – o menino falou entregando em seguida um embrulho. O menino chamou a garota pelo apelido carinhoso que dera a ela a mais ou menos um ano, quando se juntara a guilda e ainda, mesmo tendo três anos, não sabia falar direito, não conseguiu falar o nome da menina e assim ficou Lalay.

– Não me chama assim – a menina exclamou enquanto dava um soco no menino. Pegou o presente e o abriu ficando admirada com tamanha beleza – Que lindo – a menina falou enquanto admirava o pingente em formato de estrela que tinha dentro do embrulho – Mas porque uma estrela? – a menina perguntou curiosa.

– É que você tem um brilho especial, muito parecido com uma estrela, então pedi pra mamãe te comprar isso – o menino falou com uma mão atrás da cabeça – Que bom que gostou.

– A festa logo vai começar – Natsu se pronunciou pegando a menina e o menino no colo – Eu vi a Azuka subir lá no segundo andar, por que vocês dois não vão chama-la? – o garoto ofereceu e assim eles o fizeram, saíram correndo pela guilda para ver quem chegava primeiro.

–Eles crescem tão rápidos – a albina comentou enquanto se sentava ao lado de Erza que ainda segurava Simon que queria seguir os amigos – Você não acha que eles vão causar uma loucura na guilda? Eu digo, quando eles crescerem? – a albina fez um breve comentário.

– Eu não acho nada, tenho certeza que eles vão causar uma loucura na guilda – a ruiva disse com um sorriso – Acho que foi por isso que o mestre se aposentou – a ruiva olhou para o velho senhor. Ele já tinha dificuldade para andar, mas quem disse que ficava na cama ou se entregava? Ele se divertia como sempre.

Alguns minutos se passaram, enquanto Gray tentava controlar Ayume e Erza seu filho. Foi então que um grito pode ser ouvido por todos no primeiro andar, o silencio reinou no lugar até que eles puderam ouvir mais um grito vindo este do segundo andar. Natsu sabia de quem era aquele grito, por isso se levantou bruscamente e correu em direção da escada.

Quando o rosado chegou à base da escada mais um grito foi ouvido, sendo seguido de um choro, este fez com que Lisanna se levantasse de imediato e corresse até o segundo andar atrás do rosado. Natsu subiu desesperado as escadas, em busca da dona do grito. Ele não podia perdê-la também, ele não perderia sua Lucy mais uma vez.

E foi estes pensamentos que impulsionaram Natsu a correr mais rápido, quando chegou ao segundo andar correu até o corredor, ele se deparou com varias portas, mas quando ouviu mais um grito de dor e sofrimento, mostrando que não era mera brincadeira das crianças ele saiu quebrando todas as portas.

Algumas eram abertas bruscamente por Lisanna que vinha logo atrás de Natsu, outras eram arrebentadas pelo rosado, eles ouviram mais um grito, mais um choro, seguido novamente por um grito. A cada passo o rosado ficava mais tenso, queria logo estar ao lado dela e enfim acabar com seu sofrimento.

Finalmente eles se depararam com a ultima porta, era a sala do mestre, o que as crianças faziam ali ele não tinha a menor ideia, mas não se importou, novamente chutou a porta com tudo para se deparar com uma cena horrível.

Layla estava deitada no chão, com ambas as mãos na garganta agonizando de dor. Haru chorava compulsivamente ao lado da garota enquanto tentava ajudar ela, mas ele não tinha a menor ideia de como fazê-lo e por fim Azuka que estava escorada na parede apertando as mãos contra o corpo assustada demais para falar algo ou até ajudar à pequena.

Ao lado de Layla varias coisas estava jogada, uma caixa de tamanho médio estava no centro de tudo isso, ela foi à única coisa que Natsu percebeu antes de pegar a menina no colo e correr escada abaixo atrás de Wendy. A menina já estava pronta e começou a tratar da menina com urgência.

– Leve-a para a Polyushka agora Natsu – a menina falou enquanto parava de cuidar da menina. Natsu se desesperou e saiu pela guilda rapidamente, entrou na floresta o mais rápido que podiam, os gritos da menina assombrava o jovem homem.

Finalmente ele chegou à casa da velha senhora e gritou por ela, e não demorou a que esta saísse gritando que odiava homens.

– O que você quer garoto? – ela perguntou desconfiada para o rapaz. Quando viu a menina nos braços dele agonizando de dor e logo em seguida o olhar de suplica do homem – Me de ela – a mulher pediu rapidamente. Natsu mesmo relutante entregou a menina e ficou ali esperando os resultados.

Os momentos eram agonizantes, ele queria saber o que se sucedera com a menina, com o tempo seus colegas de guilda chegaram para prestar apoio e assim todos ficaram ali aflitos a espera dos resultados. Quando finalmente a velha senhora saiu da casa e foi até o garoto e deu um tapa em Natsu.

– Se tivesse me dito que tinha dado um lacrima de magia dragon slayer para a menina tudo teria sido mais fácil garoto – ela falou séria. Todos ficaram abismados, sabiam que Natsu não fizera tal coisa, pois ele não estava com a menina naquela hora – Sua filha quase morreu se não fosse por mim ela estaria morta.

– Mas eu tenho certeza de que não dei nenhuma lacrima para minha filha comer, nem estava com ela quando tudo isso aconteceu – foi então que seus olhos se viraram para as duas crianças nos colos das mães – Por acaso a Layla comeu algo na sala do velhote? – ele perguntou para as crianças que choravam.

– Bem, tinha uma caixinha com alguns bombons dourados e nós a desafiamos a comer, e bem ela comeu tudo de uma vez só – a menina falou – Eu não sabia que aquilo faria mal – a menina proclamou assim que teve o olhar do rosado sobre si.

– Eu só não sei o porquê de ter tal caixa no meu escritório – falou Laxus o atual mestre da guilda – Nunca vi ela e nem conheço essa lacrima que você esta falando – o homem parecia confuso assim como muitos, foi então que de repente Makarov aparece com auxilio de uma bengala.

– Eu posso explicar isso – o velho falou – O lacrima era meu, eu o deixei por engano na sala e só me lembrei dele agora quando vi a caixa no chão – o velho parecia bem abalado – Eu devia ter sido mais cuidadoso, mas fui apenas uma pessoa avoada como sempre.

O silencio reinou, o velho enxugava as lagrimas, tinha sido culpado pela dor de sua filha, nenhum pai gostava disso, mas para acalmar os ânimos o rosado se levantou e foi até o velhote – Esta tudo bem – foram às únicas palavras que ele proferiu, mas estas com muito significado. O rosado caminhou a passos rápidos para dentro da casa e se sentou ao lado da cama da menina e pensou que jamais deixaria que a mesma sofresse dessa forma.

Quebra de tempo

A guilda estava silenciosa naquele dia, a maior parte dos magos da guilda tinha saído em missão e os únicos que estavam na guilda eram as crianças e Levy para tomar conta deles. Layla já estava com seus seis anos de idade, e estava cada vez mais bonita. O grupo estava sentado em uma mesa conversando coisas banais sobre sabe se lá o que, quando Layla se lembrou de algo.

– Tia Levy – a menina chamou rapidamente – Faz três anos que você não conta aquelas historias legais pra nós, conta agora vai – a menina fez sua melhor carinha pidona o que derreteu o coração da azulada que fez que sim com a cabeça e perguntou qual historia a menina queria ouvir – Conta sobre a história da constelação com o símbolo da Fairy Tail – a menina pediu.

Sua paixão pelas estrelas sempre existira só que com o tempo fora aumentando drasticamente, principalmente depois de a menina ter se tornado a dragon slayer celestial via lacrima. A azulada a principio não sabia o que fazer, mas depois sorriu e iniciou a historia que apenas a loirinha sabia.

– Eu vou contar, mas não quero ouvir perguntas antes de eu terminar a historia, entenderam? - A pequena perguntou obviamente preocupada com o rumo que aquela historia acarretaria. Layla era muito inteligente poderia descobrir facilmente a verdade. Depois de um breve aceno de cabeça a azulada foi até sua bolsa e pegou o exemplar de sua própria historia e que sempre levava consigo para ler para as crianças.

– Nossa historia se inicia em julho do ano 784x, uma linda moça de cabelos dourados caminhava pela cidade de Hargeon aproveitando a liberdade de se ver livre das garras do pai opressor – Levy começou a historia atraindo a atenção dos pequenos – Ela como sempre caminhava cantarolando pelas ruas, foi quando ela avista um monte de mulheres histéricas gritando que o salamander da Fairy Tail estava na cidade, à moça que sempre apaixonada fora pela Fairy Tail correu para o lugar.

Levy deixou algum tempo de suspense para aumentar o clima da historia, se tinha algo em que a moça era boa era em contar historias. As crianças já estavam vidradas na historia de uma forma assustadora – A linda mulher foi chegando perto até avistar o homem e então foi pega desprevenida pela magia do amor, esta ficou completamente obcecada pelo homem, mas ainda a de vir um salvador para ela, e em meio a multidão a jovem avista um homem, tão belo quanto as estrelas e o fogo, de cabelos rosados e que possuía um cachecol que pareciam escamas de dragão.

Mais uma vez a pausa, só que desta vez por culpa das crianças que murmuravam felizes pela entrada de alguém conhecido – A menina é salva por ele que mesmo sem perceber a liberta do feitiço e ela como forma de retribuir o convida para um almoço grátis, ambos se divertem muito no jantar a descobrem coisas um sobre o outro – os olhos das crianças estavam fixados na figura esbelta que Levy se tornara.

– Logo depois ambos se separaram cada um seguindo seu caminho, quando mais uma vez o mesmo homem que usara a magia tão mesquinha do amor ludibriou a jovem maga loira. Esta ficou presa por ele e então mais uma vez o jovem de cabelos rosados a salvou, ele a convidou para entrar em sua guilda à famosa Fairy Tail e a jovem prontamente aceitou – a azulada contou a historia e a cada momento adicionava um pouco mais de ênfase no que passava.

Eles foram para a Fairy Tail e lá a menina encontrou vários amigos e suas aventuras começaram – a baixinha disse e assim ela contou toda a historia da Fairy Tail e de seus amigos. Contou de quando Lucy fora sequestrada e tudo mais, cada mínimo detalhe se fazendo presente na linda historia de amor.

As crianças murmuravam felizes quando um personagem novo aparecia e eles conheciam, já estavam apaixonados pela protagonista da historia, Lucy Heartfilia, uma maga exemplar que já tinha conquistado o coração daqueles magos tão pequeninos e que ainda tinham muito pela frente.

Levy sorria ao contar a historia da amiga, mas às vezes tinha de disfarçar as lágrimas que insistiam em cair de seus olhos, quando lembrava ou contava da amizade delas – Levy e Lucy se tornaram amigos dês daquele dia, unidos de uma forma surpreendente, sempre dividindo segredos e acompanhando a outra no que fosse necessário, mas Levy não era tão fiel quanto aparentava, pois quando a amiga mais precisasse ela não estaria lá.

O choque nas crianças foi grande, eles não conseguiam acreditar no que a tia estava falando, afinal de contas eles já tinham percebido que a historia era verdadeira e quando viram as lagrimas da tia ficaram surpresos, pois aquela era a prova de que tudo aquilo tinha acontecido, mas onde estava a maga protagonista? Onde estaria Lucy? Eram as perguntas dos quatro pequenos.

Levy contou sobre quando ouve o ataque da Phanton deixando Ayume surpresa de saber que sua mãe era uma inimiga da guilda antigamente, mas o que mais deixou os pequenos surpresos foi saber que Gajeel machucara Levy, já que hoje ele daria a própria vida para que a pequena não tivesse um único ferimento.

Contou aos pequenos sobre quando o time mais forte da Fairy Tail nasceu e de como sempre que eles faziam uma missão perdiam todo o dinheiro pelo simples fato de destruírem tudo, o que atualmente não mudara muita coisa, já que sempre que o time saia em missões juntos acabavam por destruir uma cidade inteira.

A azulada contou para os pequenos sobre como Natsu e Lucy pegaram sua missão de classe S sem permissão e como o resto do time se juntou a eles depois deste dia. É claro que as crianças não obedeceram ao trato de não pedir nada em meio a historia, as perguntas ficavam cada vez mais constantes e mais aprofundadas.

A historia foi indo cada vez mais maluco até chegar à parte em que enfrentaram Jellal, Simon quase não acreditou em tudo que seu pai tinha feito, mas depois aceitou sem mais delongas. O menino gostou de saber que seu nome provinha de um herói que salvara a vida de sua mãe e consecutivamente do mundo.

Logo a historia passou para quando a batalha da Fairy Tail ocorreu, As crianças ficaram vidradas dizendo que aquela era uma parte muito legal da historia, contou como tudo terminou e como as coisas ocorreram de verdade. Em seguida veio à luta contra a dark guilda e a entrada de Wendy na guilda.

Com pesar na voz Levy contou os ocorridos em Edolas, sobre tudo que fizeram e cada luta querendo por tudo não chegar ao fim daquela parte da historia, mas uma hora ela teve de parar de enrolar e contou sobre como Lisanna estava viva e tudo sobre quando eles voltaram.

Contou para as crianças quando eles foram ao exame e por fim os grandes jogos mágicos, quando contou como eles derrotaram os dragões com a ajuda da loira a azulada fechou o pequeno livro, ou melhor, enorme, pois toda a historia era contado nos mínimos detalhes.

– Por hoje é só – a azulada falou. As crianças soltaram um barulho de reprovação total, nenhum deles queria parar por ai – Já esta tarde é melhor eu levar vocês para suas casas – a mulher murmurou e assim mesmo levou as crianças, todas reclamando por não ouvirem o fim da historia.

Todo o caminho até a casa de cada uma das crianças Layla se manteve em silencio, o que deixou Levy preocupadíssima com a menina. Quando elas deixaram Ayume em sua casa apenas as duas ficaram indo pelo caminho até a casa da loira

– Tia Levy, a historia... – a menina não conseguia terminar a frase que estava entalada em sua garganta dês do momento em que sairá da guilda. Tomando coragem a menina levantou o olhar para a mais velha e perguntou com a voz séria – Lucy Heartfilia esta morta não é? – a menina perguntou para a tia que apenas fez que sim com a cabeça – Diga-me como ela morreu – não era uma pergunta.

E Levy contou a historia para a menina, cada palavra, cada momento da historia deixavam a menina com os olhos mais arregalados ainda. Enquanto Levy contava a triste historia elas caminharam pela estrada que parecia mais complicada a cada passo e a cada palavra. Finalmente o momento chegara, Levy contou sobre como Lucy pedira para reencarnar e assim o fez, contou que agora o espirito de Lucy estava no corpo de uma menina e contou que ela tinha sido criada por Natsu.

Quando Levy terminou já estava extremamente cansada e preocupada com a reação da menina, sem que ela percebesse tinham parado em frente ao antigo apartamento da loira. Como se algo impulsionasse a loirinha ela foi até a porta e a abriu sem permissão, Levy foi logo atrás dela e viu a velha casa da amiga.

Ambas muito sérias puderam ver que o apartamento estava igual ao que um dia fora, que nada tinha mudado. A pequena menina caminhou até a beirada da escrivaninha e viu a caixa onde estavam as cartas da mãe de Lucy, abriu a pequena caixa e leu a ultima carta, a menina era dotada de uma inteligência incrível que a impulsionou, a saber, ler com perfeição com a pouca idade.

– Eu sou Lucy não sou? – a menina perguntou para a tia que ficou desnorteada. A menina parecia ter muito mais idade do que tinha ali Layla se mostrou uma linda e incrível mulher, Levy fez que sim com a Cabeça e esperou o que a menina diria, mas a principio não disse nada, quando finalmente levantou o rosto e disse – Não conte que eu descobri tia, eu vou manter em segredo por um tempo – ela falou voltando a ser a criança risonha de sempre.

A baixinha apenas concordou com a cabeça e foram para a casa da menina, mal sabiam elas que alguém escutava a conversa delas.

Quebra de tempo

Fazia uma semana que Layla tinha descoberto ser a reencarnação de Lucy, mas ela passou a perceber as coisas de uma forma diferente, vira quando seus tios a olhavam surpresos como se não esperassem por aquilo, como se estivessem errados as suas ações. A menina via a forma diferente como Natsu a olhava.

A menina se mantinha quieta na mesa onde ela podia olhar para todos da guilda, a menina se sentia como uma substituta, afinal de contas eles pareciam a tratar como se ela fosse Lucy, eles a induziram a ser quem ela era eles não a aceitavam da forma como ela era e isso estava a incomodando.

Foi quando Mira se sentou ao lado dela na mesa, a menina estava tão distraída em pensamentos que nem percebera a principio a mulher ao seu lado, mas logo a albina passou a mão na frente da menina para que ela olhasse para si, quando finalmente a menina despertou de seus devaneios.

– O que foi? – a menina perguntou ríspida, já estava tratando a todos dessa forma, não importava o quanto eles tentassem falar com a menina, ela apenas os tratava friamente, principalmente com aqueles que ela sabia terem se esquecido de Lucy no passado e agora a tratavam como ela. Mira era uma das poucas que a menina tratava melhor, mas mesmo assim o tratamento era ruim.

– Pode, por favor, não nos tratar assim? O que aconteceu no passado já passou – a albina falou para a menina que a olhou surpresa. Como Mira sabia que ela tinha descoberto? – Eu ouvi não os trate assim, eles não fizeram por mal, sempre amaram a Lucy. As palavras da albina ficaram em sua cabeça por um longo tempo – Eles não querem te tratar como tratavam a Lucy, mas vocês são tão parecidas que não conseguimos evitar – a albina comentou.

– Eles podiam pelo menos tentar – a menina falou brava. Mira olhava curiosa para ela, nunca imaginou que aquela menina gentil e carinhosa pudesse se tornar tão amargurada. Logo ela se lembrou de algo para a pequena.

– Venha, eu tenho um presente para você – a mulher disse puxando a pequena. Enquanto as meninas caminhavam os orbes ônix de Natsu a seguiram, como ele queria saber o que Layla estava passando para poder ajuda-la.

Quando ambas chegaram ao lado da guilda elas ficaram se olhando até que Mira tirou algo de sua bolsa – Eram da Lucy, mas acho que você vai gostar – a mulher disse toda feliz enquanto entregava para a menina as chaves que um dia foi de Lucy – O Loke às vezes vinha nos visitar, então eu pedi para que ele visse com os outros espíritos se eles queriam ser seus, e bem, você é a reencarnação da Lucy, eles aceitaram de bom grado – a mulher entregou na mão da menina que olhava deslumbrada para as chaves de ouro.

A menina pegou as chaves como se fossem a coisa mais linda do mundo, quando a menina tocou as chaves elas brilharam assustadoramente atraindo a atenção de todos que estavam na guilda, eles saíram correndo e Natsu ficou de olhos arregalados ao ver a menina com as chaves de Lucy.

Quando o brilho desapareceu todos os espíritos apareceram, incluindo o espirito de peixes e libra, os quais Lucy ganhara um pouco antes de morrer. Loke veio à frente do pequeno grupo e falou por todos – Layla, você esta recebendo o direito de possuir as doze chaves do zodíaco, prometa aqui e agora que será uma dona companheira e amiga de seus espíritos.

– Eu prometo – a pequena falou toda feliz, os espíritos desapareceram rapidamente e apenas Loke se manteve firme ali – Loke não? Vamos fazer o contrato? – a menina perguntou para o espirito que a pegou no colo como se fosse um pai babão e começou a acariciar os sedosos cabelos da menina.

– Você pode me chamar a qualquer momento que eu estarei pronto para lhe proteger – o ruivo exclamou feliz. Layla deixou um sorriso brotar nos lábios ao ouvir tais palavras, fazia algum tempo que ela não se sentia tão bem perto de alguém.

– Arigato Loke-kun sou muito agradecida – a pequena falou com sua típica voz melosa que derretia qualquer um, principalmente Loke.

O sorriso de Loke vacilou por um mínimo instante vale lembrar, mas este não fora percebido por ninguém. Como o espirito sentira falta de ver aquele lindo e tão acolhedor sorriso, como ele queria voltar no tempo para reverter o que fizera a sua amada, pois ele não fora capaz de salvar a mulher que tanto amava como irmã.

Natsu olhava a cena surpreso o que passara na cabeça da albina para entregar as chaves de sua amada para Layla? O rosado estava com ódio do ruivo a sua frente, pois ele jurara proteger a loira e ali estava ele, sorrindo feito um idiota para a menina enquanto a sua verdadeira dona estava em um caixão frio.

E foram estes pensamentos que levaram Natsu a ir aonde os dois conversavam animadamente sobre banalidades e retirar a menina do homem, dizendo que podiam conversar mais tarde e que ele devia levar a menina para casa e assim ele o fez, mesmo sobre os protestos da menina ele a segurou e levou para casa.

Todos da guilda olharam tal cena estupefata, Natsu estava estranho demais para eles e isso já era um fato, mas agir de tal modo era algo diferente, pois qualquer um podia ver o ódio emanar do rosado, aquela cena estava completamente errada, mas eles teriam de se acostumar a ela.

Quando o rosado finalmente chegou a casa colocou a menina no chão e olhou para ela. A loira estava emburrada e com ódio, ódio pelo tratamento do rosado, ele achava que podia tratar ela como Lucy? A mais ele estava muito engando.

– Quem você pensa que é? – a menina bradou em toda sua ira – Acha que pode simplesmente me tratar como se fosse um bebe? Eu cresci sei tomar minhas decisões, e se eu acho seguro andar com o Loke eu vou andar, ele é meu espirito vai apenas me proteger, você deve saber disso – a voz da menina representava o quanto ela estava irritada, mas qualquer um em seu lugar estaria igual.

– Loke não é um bom espirito – o rosado exclamou irritado e surpreso ao mesmo tempo, em toda a sua vida a menina jamais levantara o tom de voz para ele – Ele foi o culpado pela morte de uma de suas donas, você não pode confiar nesse homem – o rosado disse como se aquilo fosse a coisa mais obvia do mundo.

– Não fale do Loke assim, ele não teve culpa se a Karen resolveu ir naquela missão – a menina disse sem perceber o que falara. Natsu arregalou os olhos ao ouvir a menina falar do passado de seu espirito com tanta facilidade – Não me olhe assim, sou uma maga celestial, devo saber tudo sobre a historia dos espíritos – a menina disse em defesa. Natsu ainda surpreso pelo ocorrido anterior falou as palavras das quais se arrependeria muito depois.

– Talvez sim, mas isso não muda o fato de na ultima vez em que entrou em uma luta ele não protegeu sua dona e ela acabou morta – o rosado disse logo se arrependendo. A menina poderia descobrir sobre o passado e isso não seria bom para nenhum dos dois.

– Urusai – a menina gritou – O Loke não tem culpa se a minha encarnação do passado era uma fraca e não sabia se proteger – a menina disse as palavras com raiva e ódio, de seus olhos lágrimas de ódio tinham significado maior que mil palavras – Não me compare àquela loira idiota, eu não quero ser como ela, eu não sou a Lucy – a menina disse pela primeira vez toda a indignação transbordando em sua voz e em suas lagrimas – Nunca mais me trate como se eu fosse ela.

Depois de tais palavras a garota saiu pela porta da casa, mas Natsu não foi atrás dela, ele ficou lá parado, como se estivesse paralisado, como se nada pudesse lhe afetar. Como a menina descobrira, ele não sabia, mas de uma coisa ele tinha certeza, a vida deles jamais seria a mesma. Aquela não seria a ultima briga dos dois, apenas a primeira de muitas.

Quebra de tempo

Layla estava perdida, não tinha a mínima ideia de onde estava, tinha certeza que não estava em sua cidade, pois conhecia tudo lá. Hoje fazia exato um mês que tinha fugido de casa para poder escapar dos sermões do rosado que insistia em tratar como criança, mesmo que Layla só tivesse seis anos, sabia se cuidar muito bem.

Ela não comia a tanto tempo que já não sabia o que doía mais, seus pés cheios de calos pelo longo caminho que andara, ou a sua barriga. A menina perdera drasticamente o peso, estava desnutrida e só conseguia comer o básico para sobreviver, nem seus espíritos conseguiam lhe ajudar com a comida.

Os pés da menina foram em direção do chão, a menina pode sentir os joelhos se cortarem ao bater contra as pedras, mas não se importou, estava apenas preocupada com o fato de que morreria de uma forma deplorável. Ninguém nas ruas a ajudava por pensar que era uma garota de rua.

Seus cabelos já não eram loiros, estavam marrons pelo fato de ter caído muitas vezes no barro, seus braços estavam cheios de cortes e arranhões assim como suas pernas. Seus vestidos sempre bem cuidados estavam aos trapos, não restava quase nada deles, por sorte Virgo lhe ajudava a remendar tudo para que ainda fossem usadas.

A menina já não podia contar com a ajuda de seus espíritos, estava sem magia para convoca-los, aquele seria o seu fim, ela morreria em meio a uma praça de uma cidade qualquer com o conhecimento de que nunca fora amada.

A verdade é que ela queria seu tio ali com ela, queria que ele a abraça-se assim como fizera quando ela ingerira o lacrima de magia. Queria que suas tias estivessem ali para lhe dar a melhor comida do mundo, ou seus tios para lhe distrair da dor, mas não os tinha e jamais os teria novamente, pelo menos, era o que a garota acreditava.

Foi quando para piorar a sua maravilhosa situação a chuva começou descendo em um enorme vendaval, os cabelos da menina eram jogados de um lado para o outro e batiam em seu rosto encharcado não só pela chuva como também pelas lágrimas.

Sua visão estava embasada e ela já não conseguia ver nada que não fosse escuridão. Isto representava exatamente o que a pequena loira se tornara, uma escuridão, sua vida se tornara um eterno breu de onde a garota não conseguiria sair, de onde ela jamais poderia voltar.

E então, como a luz no fim do túnel um garoto, de belos cabelos castanhos, tão ou mais encharcados que os da menina, com um olhar penetrante e azul, um belo sorriso no rosto chegou até a menina e lhe ofereceu a mão, aquela era a única forma de sair da escuridão que se tornara a vida da garota. E como um gesto de plena confiança a menina aceitou a ajuda e foi levantada pelo garoto.

O menino que devia ter a mesma idade que ela a pegou e colou nas costas, com dificuldade ele a levou para algum lugar do qual a garota não tinha conhecimento. Layla acabou por adormecer nas costas do garoto, aquele calor era tão prazeroso que ela não podia negar que estava apaixonada pelo pirralho.

Os últimos pensamentos de Layla antes de adormecer foram que quando o garoto lhe estendera aquela mão forte, ele também lhe estendera a chance de viver e ser feliz. Ela dormiu extremamente grata pelo garoto ter lhe dado à chance de viver novamente.

Quebra de tempo

Layla com cuidado abriu os olhos para poder se acostumar com a claridade do lugar em que se encontrava. Era uma lindo quarto, suas paredes eram da cor creme com um leve tom dourado, estava deitada em uma cama de casal que por sinal era muito macia e quente, havia duas portas no recinto, ambas de madeira escura. Um criado mudo, uma pequena mesa de centro onde vários livros repousavam.

Com cuidado a menina foi se sentando na cama, sua cabeça lateja muito e seus braços e pernas estava enfaixada, ela não tinha a mínima ideia de onde estava e muito menos como chegara ali. Seus olhos pousaram na mesa, onde não havia só livros, mas também havia foto.

Com cuidado e devagar a menina caminhou até a mesa, era assim como as portas de uma cor escura quase negra o que fazia contraste ao resto do quarto de cores claras. A menina foi em direção da foto e a pegou com ambas as mãos já que estava com sérios ferimentos e não sabia se aguentaria segurar a foto.

Na foto varias crianças estavam nela, alguns adultos, um ou dois na verdade, mas quem realmente se destacava eram as crianças. Cada uma de sua maneira. Havia uma menina de curtos cabelos negros, os olhos dela eram negros e assustadores, mas Layla não se importou, ela podia ser tão assustadora quanto à garota.

Ao lado da menina estava um garoto, este de cabelos verdes, quase perfeito aos olhos da garotinha. O menino tinha um sorriso cativante, mas parecia passar a maior parte do tempo dormindo, pois sua cara era de sono total. Os olhos castanhos eram serenos e lindos ao mesmo tempo.

Havia uma menina de cabelos longos e azuis ao lado do menino, eles batiam na cintura da menininha, o sorriso dela estava estampado em seu rosto, era muito linda e parecia gentil e por ultimo, um menino, mas Layla o conhecia, ele era o garoto que a salvara na noite passada. Um sorriso involuntário surgiu nos lábios da garota.

– O que você esta fazendo? – uma voz se fez presente no quarto. Assustada a garota deixou que a foto caísse e quebrasse em seguida o porta retratos e o vidro, ela rapidamente se ajuntou para poder limpar, não sequer olhara para o dono da voz, só pediu desculpas silenciosas e tratou de limpar a bagunça.

Alguns instantes depois sentiu alguém se ajoelhar ao seu lado e iniciar o mesmo processo que ela – Você não precisa limpar isso, esta machucada, deixa que eu limpo – a voz se fez presente mais uma vez. Pela primeira vez a menina se permitiu olhar para o dono da voz misteriosa, quando seus olhos se focaram no menino ao seu lado eles se arregalaram. Era nada mais nada menos que o garoto que a salvara.

– Por que me salvou? – a menina perguntou. Suas mãos tremiam só em olhar para o garoto, ela devia sua vida a ele e isso era certeza – Por que não fez como os outros, e me abandonou lá? – a voz da menina estava tremida. Suas perguntas tinham que ser respondidas a todo custo, não poderia ficar devendo a um desconhecido a sua vida.

– Minha guilda tem a crença de ajudar a todos, não importa quem seja – o menino falou mostrando a marca de uma guilda. O símbolo da guilda era um A sobre um M com assas, ele ficava no braço direito do menino em cores branca e preta, o A era em cor preta e o M e as assas eram em cor branca.

Layla ficou deslumbrada com a beleza da marca, era não só bonita, mas ela ficava perfeita no garotinho, como se ele tivesse nascido para aquela guilda. O menino mostrava sua marca com orgulho, para ele a sua guilda era a sua casa, não só por ele ter sido acolhido por eles quando não tinha mais nada, mas também por ele ter encontrado pessoas que podia confiar de todo o coração e que jamais iriam o trair como seus próprios pais fizeram ao abandoná-lo na frente do prédio da guilda.

– Você se importa em me dizer de qual guilda você é? Eu não conheço a sua pela marca – a menina disse com a mão na cabeça em sinal de culpa. O garotinho voltou ao normal só que um pouco cabisbaixo, essa não era a primeira vez que ele tinha que contar de qual guilda era, pois sua guilda fora à recém-formada e não tinha muitos magos. Mesmo que a mestra fosse uma dos dez magos santos e que o marido dela fosse um dos magos mais poderosos e futuro candidato para mago santo.

– Isso sempre acontece – o garotinho resmungou. A menina apenas pediu desculpas para ele – Minha guilda é a Angels of Death, ela é nova por isso você não deve conhecer – o garotinho falou com o sorriso renovado – Venha eu te apresento para a minha família – o menino exclamou sorridente. É claro que a menina não pensou que muitas coisas poderiam acontecer quando se vai visitar uma guilda a recém-formada e que aceita todo tipo de membro.

No caminho eles conversaram muitas barbaridades e loucuras, boa parte vindas do menino que não parava de falar um minuto até que ele fez um comentário que valesse a pena a menina responder e prestar a atenção.

– Quando eu te encontrei lá na rua eu pensei que você fosse feia, mas estava muito enganado, quem diria que debaixo de tanto barro e roupas rasgadas havia uma menina tão fofinha – ele falou alto o suficiente para que apenas ele ouvisse, mas o menino não sabia dos ótimos ouvidos da menina.

– O que foi que você disse seu abestado? – a menina falou com raiva. O garoto apenas deu risada, mas era visto que ele estava surpreso – Não diga uma coisa dessas, eu não tenho culpa se me perdi – ela falou em defesa.

– São ainda mais parecidas do que eu imaginava – o pequeno garoto exclamou depois de receber um belo de um cascudo na cabeça. A menina ouviu mais uma vez e olhou para ele curiosa.

– Do que você esta falando em abestado? – a menina perguntou sorrindo para ele. O garoto aumentou ainda mais o bico ao ouvir o novo apelido.

– Não me chame assim loirinha – o garoto gritou em raiva. Depois de um tempo ele se acalmou e respondeu à menina – Eu estou falando que você é muito mais parecida com a Tora-chan – o menino falou.

– Quem? - A menininha perguntou curiosa, como assim ela era parecida com alguém da guilda do rapaz?

– Com Tora-chan, ela tem a mesma idade que eu, ela é filha da mestra – o menino explicou. Depois disso, eles ficaram em silencio por algum tempo – De onde você é? – o menino perguntou para quebrar o silencio, mas a pergunta pareceu incomodar Layla, o que deixou o garoto curioso.

– Eu sou uma maga da Fairy Tail – a menina mostrou a marca de sua guilda. Ela era na cocha esquerda em dourado e rosa – Moro lá desde que me conheço por gente – a menina disse com um sorrisinho triste o que não passou despercebido pelo garotinho – A proposito, meu nome é Layla – a menina estendeu a pequena mãozinha em direção do garotinho que a apertou.

– O meu é Hikaru – o menino se apresentou com um sorriso no rosto. Layla não sabia ainda não sabia naquela época, mas viria a se apaixonar por aquele sorriso dos deuses – É um prazer lhe conhecer – o menino disse e Layla apenas retribuiu ao gesto sorrindo.

Eles andaram mais um pouco até parar em frente a um lindo prédio. O símbolo da guilda dos anjos pendia lá de cima tapando quase metade da faixada, mas era tão ou mais deslumbrante que a própria Fairy Tail. O barulho que vinha lá de dentro era quase ensurdecedor para a pequena Layla.

O garotinho entrou na guilda dando um enorme chute na porta, Layla ainda não podia ser vista pelas pessoas que estavam ali dentro, mas podia muito bem ouvir o que eles diziam.

– Hikaru – uma voz grossa foi ouvida. Deixando muito claro que o dono dela estava com os nervos à flor da pele – Eu já não disse para não entrar na guilda como um maluco? Tente tomar juízo menino – o homem falou. Pela voz que era extremamente grossa a loirinha pode identificar, mas algo naquela voz acalmava o coração pequeno da menina.

– Não brigue comigo tio – o garotinho falou ofendido – Eu trouxe uma amiga para conhecer a guilda, você não pode recepcioná-la desta maneira tão grossa – o garoto falou como se fosse à voz da razão. Logo um braço surgiu sabe se lá de onde e derrubou o pequeno menino, assustando em seguida a loirinha que se afastou da porta.

A loirinha pode ver a mão voltar para o dono, o braço era elástico pelo que parecia, a menina seguiu a mão até se deparar com um homem muito mais alto que ela. De cabelos loiros e lisos assim como os dela, os olhos negros e um sorriso assustador, o homem estava parado a frente da pequena menina com um sorriso de canto, mas este logo desapareceu para dar lugar a uma cara de choque.

– Naomi – a voz do homem estava surpresa, e podia ver em seu rosto um pouco de alegria misturado há um pouco de incredulidade e acima de tudo felicidade. Obedecendo ao chamado do homem uma mulher de cabelos negros e cumpridos apareceu, com um sorriso contagiante, de olhos castanhos que beiravam ao chocolate, assim como os de Layla. A mulher tinha a fisionomia quase perfeita, se não fosse pela cicatriz em sua barriga – Nossa menina voltou – o homem exclamou assim que a mulher apareceu.

Layla nem tinha percebido, mas já estava no meio da guilda e todos prestavam atenção nela, não havia exceções. Quando a mulher olhou para Layla seus orbes se arregalaram e sua expressão mostravam os mesmos sentimentos que as do homem.

– Kumi-chan? – a mulher perguntou surpresa, sua voz sai falhada, talvez fosse o nervosismo – Você voltou? – a mulher perguntou ainda em choque. Antes mesmo que a menina respondesse, a mulher pulou nela e a pegou em seus braços, logo o homem se juntou aquele caloroso abraço.

Layla estava surpresa demais para falar qualquer coisa, mas de uma coisa ela sabia. Aquele calor, o calor do abraço de ambas as pessoas lhe era tão bom quanto o de Natsu.

– Quem são vocês? – a voz da menininha se fez ouvida. Os dois largaram a menina como se estivesse tomando coragem pata contar algo para a pequena – Quem é você? – a menina perguntou surpresa ao avistar alguém atrás das pessoas.

– Eu que pergunto. Quem é você? – uma voz tão melodiosa quando a da pequena Layla se fez ouvida, as duas garotinhas se olhavam surpresas demais para pronunciar qualquer coisa além daquela pergunta. A menina tinha cabelos loiros curtos, a cor deles era idêntica às cores do cabelo de Layla, os olhos da menina eram tão castanhos quanto os de Layla, para resumir as meninas eram uma a fusa da outra.

– Meu nome é Layla, e você? – a loirinha falou. A outra olhou em desdém para esta e falou.

– Meu nome é Tora Mizari, você não tem sobrenome? – a Mizari falou. Sua voz estava completamente normal agora, parecia de certa forma com pena da outra.

– Meu tio preferiu não colocar o nome dele em mim – a menina falou emburrada – Não tenho culpa se fui abandonada pelos meus pais – a garotinha estava mais chateada do que o normal. Sempre era assim quando falavam dos pais dela, porque não importava se ela fosse à reencarnação de Lucy, ainda tinha que ter pais verdadeiros e estes a abandonaram quando era apenas um bebe.

– Eu sinto... – antes que a Mizari pudesse terminar sua frase, ela foi interrompida pela morena.

– Tora, não fale assim com ela – a mulher disse em reprovação – Se não quiser ficar de castigo – a mulher advertiu a pequena, que apenas se manteve relutante pelas ordens da mulher que se mostrara sua mãe – Layla, você não foi abandonada pelos seus pais querida – a mulher disse carinhosamente.

– Como assim? – a garotinha mostrou que estava sem entender muita coisa do que a outra falava, mas não era para menos.

– Ela esta dizendo que você não foi abandonada pela sua família – uma voz foi ouvida, mas apenas a menininha loira sabia de quem era já os outros se assustaram com ela e ficou pronta para atacar – Ela sabe disso tudo porque é sua mãe Layla – perto da pequena loirinha apareceu a imagem da primeira mestra. Apenas por um feitiço que todos podiam vê-la – Eu mesma te tirei deles para lhe levar para a Fairy Tail.

– Como assim? – a pequena perguntou em choque – Você disse que... – a menina não pode terminar a frase. A primeira mestra a interrompeu bruscamente.

– Eu sei muito bem o que eu disse – a primeira falou rispidamente assustando todas as crianças no recinto, incluindo Layla, esta se agarrou na mulher de longos cabelos negros e começou a chorar – Acha que eles teriam aceitado uma criança a recém-tirada dos pais? – a primeira falou – Eu não tive escolhas, você mesma me pediu isso Lucy, era a minha única escolha.

– Eu não sou ela – a menina gritou enquanto mais lágrimas caiam de seus olhos – Eu não sou ela, eu não sou a Lucy, eu não te pedi pra me tirar da minha família, eu não te pedi, eu sou a Layla, eu sou a Layla – a menina murmurava mais para si do que para qualquer um no recinto. A mulher a segurava fortemente em um abraço apertado, ela não perderia sua filha mais uma vez, ela não iria a abandonar nunca mais, e vendo a pequena garota chorar em seus braços ela prometeu a si mesmo que jamais deixaria que aquele lindo rostinho derramasse lágrimas.

– Filha vai tudo ficar bem – a mulher murmurou para a pequena que se sentiu melhor ao ouvir as palavras da mãe – Eu prometo que irei te cuidar – a morena estava chorando assim como a menina, mas era de felicidade, finalmente tinha a filha em seus braços novamente, finalmente podia ampará-la.

– Cuidem dela por um mês, eu vou avisar a todos que você está bem, mas depois deste tempo você tem que voltar para a guilda – a primeira falou para todos. O homem loiro arregalou os olhos ao descobrir tal verdade – Venho lhe buscar em um mês, aproveite esse tempo, pois é o único que vai passar com eles – dita essas palavras a primeira saiu da pequena guilda.

– Eu não vou deixar – o homem falou enquanto puxava a garotinha, sua mulher e filha mais nova para um abraço caloroso – Eu prometo que irei proteger vocês a todo custo – o homem disse ainda abraçado as três.

– Não vai adiantar, a mestra vai conseguir me levar novamente – a pequena menina falou em tom sofrido, aquelas pessoas emanavam energia boa, ela não queria ter de deixa-los, não agora que encontrou os pais e a família – O máximo que podemos fazer é aproveitar esse tempo e esperar que eu consiga escapar uma vez ou outra para vir visita-los – a menina disse com um sorrisinho – Vamos aproveitar, não sei se vocês já chegaram a conhecer a maneira Fairy Tail de comemorar? – a menina perguntou com um sorriso maroto. Os pais dela, é claro, sorriram com as palavras da menina e começou a festa, digna de Fairy Tail, só que dez vezes maior.

A festa ocorreu bem e foi muito longa, Hikaru apresentou Layla a todos e ela pode constatar que aquela guilda tinha mais malucos que a Fairy Tail, cada um tinha seu jeito diferente como, por exemplo, Fuyuki, ele era o garoto que Layla vira na foto mais cedo. Ele era o garoto de cabelos verdes que parecia estar com sono, e Layla deduzira certo, o menino passava metade do tempo dormindo ou apenas acordava para comer ou brigar.

Ela também chegou a conhecer a menina de cabelos negros, essa parecia ainda mais assustadora ao vivo que fez a pequena Layla tremer levemente o que passou despercebido por todos. O nome da morena era Aki. Também conheceu a menina de cabelos azuis compridos, ela era doce e encarregada de ajudar a mulher do balcão com a comida. O nome da menina era Hana um nome lindo a seu ver, muito diferente do que Layla achava do próprio nome.

A menina descobrira que antes de ser levada para a sua guilda ela tinha outro nome este era Kumi, para ela o seu nome era total e completamente sem criatividade, assim, é claro, como o da sua querida irmã. Ambas ficaram muito apegadas, mas Layla aprendeu a conviver com as loucuras que a menina inventava como, por exemplo, jogar bolas de vôlei na cara da mestra, que seria a mãe de Layla.

É claro que a garotinha resolveu experimentar da diversão, mas se arrependei ao descobrir o gênio ruim da mãe, que superava em dez o de Erza. Mas nem toda a loucura de sua mãe chegava aos pés da loucura de seu pai, este um poderoso mago de controle mental que com apenas uma mão controlou uma das magas da guilda, mais especificamente a senhorita Amy, uma das mulheres mais bonitas de Fiore, a fazer uma dancinha sensual para todos da guilda, com direito a tirar a roupa e tudo.

O homem não tinha pensado nas consequências que isso acarretaria, já que sua querida esposa estava no salão, à única coisa que Layla pode ver foi um loiro voando pela janela da guilda a cem quilômetros por hora. A mãe de Layla era super carinhosa, mas era inegável que sua força era admirável. Explicando assim a força bruta de Layla que mesmo aos seis anos já se parecia em muito com a mãe.

Já Tora que puxou veemente o espirito do pai, apenas a magia da mãe, se tornara um peso para a jovem mulher que tinha mais de uma criança birrenta para cuidar todos os dias. Quando a noite chegou Layla foi levada para a casa de seus pais e lá viu pela primeira vez uma verdadeira casa de família, pois a casa do salamander não é bem um exemplo a ser seguido de casa maravilhosa.

Os pais de Layla fizeram questão de convidar a menina para se juntar a uma missão que fariam no dia seguinte, o que ela aceitou de bom grado, e a mãe prometeu ensinar a menina a usar a sua magia, pois Layla ou Kumi, era a filha da famosa deusa da morte, conhecida por sua magia Take Over assassino.

Quebra de tempo

O mês passara voando de uma forma assustadora, a pequena Layla se apaixonou pela vida que sua família vivia, a cada dia ela ficara mais fascinada pelo que eles passavam ou passaram. Agora eles estavam na frente da guilda onde a primeira mestra da guilda esperava Layla se despedir dos mais novos amigos, e assim Layla o fez, se despediu de Hana que se tornou muito próxima a ela, se despediu de Aki que também ficou muito próxima, mas que só tinha em comum o amor pelos livros. Despediu-se de Fuyuki que se mostrou um pervertido no tempo em que passava acordado, o que era muito raro de se acontecer.

Despediram-se das irmãs, sim irmãs, pois tinha descoberto um dia depois de chegar que tinha uma irmã mais velha com a idade de Azuka, ela era chamada de Amaya e tinha os cabelos negros da mãe, na verdade ela era a copia exata da mãe a única coisa que mudava era a sua magia que era idêntica a de seu pai.

Falando em magia, Layla aprendeu a magia Take over muito bem, era uma maga de alto nível, e só nesse mês já poderia passar Azuka em poder, ficara de um nível quase supremo de sua própria magia, era vista no olhar de seus amigos a inveja, mas eles nada falaram, pois na verdade a tinham como heroína.

Quando a primeira mestra fez sinal de que já estava na hora de ir a menina correu para os braços da mãe, que a confortou com o máximo de carinho que conseguia.

– Minha menina – a voz da mulher foi ouvida por todos que logo fizeram silencio, muitos já choravam. Layla tinha conquistado a todos e nenhum deles queria a menina distante – Volte para sua guilda e se torne a maga mais poderosa dentre eles, e quando isso acontecer se sinta livre para vir para casa, eu sei que você vai conseguir – as palavras de incentivo ficaram no coração da pequena menina.

– Isso mesmo pequena – seu pai se pronunciou dando um longo abraço na menina – Prometa que vira nos visitar – o pai pediu e a menina concedeu de imediato – Cuide-se minha menina – ele falou imitando a mulher.

– Nós prometemos Lay-chan – o garoto de cabelos castanhos falou – Nós ficaremos fortes como você e poderemos dizer que somos seus amigos – depois das palavras de Hikaru a menina sorriu e junta da primeira ela desapareceu deixando para trás uma guilda chorosa.

Quando elas apareceram em frente à guilda Fairy Tail a menina soltou uma risadinha ao ver a guilda toda no escuro e em silencio – Eles por acaso pensam que vão me fazer uma surpresa? – a pequena exclamou. A primeira apenas sorriu e abriu as portas da guilda.

Um vulto agarrou Layla de imediato impedindo que a surpresa fosse realmente feita, a menina apenas retribuiu ao gesto do mais velho, sentindo aquele calor tão intenso que só ele podia emanar. Layla pode sentir as lágrimas escorrerem pelos olhos dela, e também pode sentir lágrimas em sua camisa, olhou de relance para cima e pode avistar o rosado com o rosto encharcado pelas lágrimas.

– Nunca mais – ele falou com a voz chorosa – Nunca mais saia de perto de mim – as palavras foram ditas para a pequena garota. Ela não concordou com as palavras do rosado, mas apenas o abraçou novamente. Ele a apertou ainda mais forte contra seu corpo queria saber como era tê-la em seus braços novamente, fazia dois meses que ele nem sequer tocava ela, os dois piores meses da vida do rosado.

– Eu também quero um abraço – a voz da titânia se fez presente. Logo Layla foi tirada dos braços do rosado para ser pega pelos fortes braços da titânia – Não deixe sua madrinha tão preocupada assim – a mulher exclamou enquanto puxava a menina contra si, apertando ela contra seus braços fortes e a armadura.

A menina mais uma vez foi arrancada dos braços de quem a abraçava para se sentir ser abraçada por outros. Desta vez Gray seu padrinho – Ei garota, não faça mais esse tipo de coisas, te procuramos feito doidos – ele exclamou bravo. O tom de reprovação na voz, logo os olhares de todos estavam sobre ela macabramente, todos lhe julgando pelo tempo que passara fora de casa.

– Eu só precisava de um tempo depois de descobrir – ela falou em defesa. Todos se acalmaram um pouco, mas não o suficiente para tirarem as caras de surpresa e felicidade do rosto. Layla foi mais uma vez abraçada, mas agora por vários braços minúsculos, olhou para baixo e avistou Simon e Ayume agarrados a ela chorando em desespero, Haru como sempre ficou lá atrás apenas olhando para ela, mas era visto que ele queria correr em direção dos amigos, mas não daria o braço a torcer.

Então como um furacão Azuka pegou o menino e caminhou até eles, depois de algum tempo eles se abraçaram e curtiram a festa de boas vindas. O tempo passou e a menina jamais imaginou que ficaria tão feliz em rever os amigos, e por mínimos instantes ela se esqueceu da família que a esperava, que esperava por sua volta, e que nesse momento chorava pela falta da pequena.

Quebra de tempo

Já fazia muito tempo que Layla tinha voltado do seu tempo com sua verdadeira família, mas isso não quis dizer que ela tinha os esquecido, sempre os visitara escondido, mas o que a surpreendera foi saber que boa parte dos amigos na guilda dos anjos tinha saído para treinar e por tempo indeterminado, mas ela se sentia feliz em saber que seus amigos estavam felizes e que logo estaria tão forte quanto ela.

Já com seus sete anos a menina conseguia convencer Natsu a deixar sair em algumas missões e fazia todas com louvor, quando Natsu ia junto ela sempre o surpreendia com a força e habilidade da garota.

Hoje era um dia especial, quase todos os magos da guilda sairiam em uma única missão para acabar com uma dark guild, Natsu estava se despedindo de Layla, o relacionamento entre os dois estava muito melhor, mas já não era a mesma coisa.

– Você sabe que se acontecer alguma coisa e só pedir ajuda a Mira não é? – o homem perguntou preocupadíssimo com a garota, ela confirmou com a cabeça e andou até ele e deu um caloroso abraço no tio.

– Nos vemos quando você voltar Tio Natsu - a menina falou. O homem se virou e partiu junto de quase todos da guilda. Mal sabia a garota que aquela seria a ultima vez que se veriam por um longo tempo.


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Notas finais do capítulo

como vcs viram o cap ficou mega grande, por isso vou demorar um tempinho para postar o proximo, vcs nao tem ideia do quanto tempo eu passei para escrever apenas este cap. bem isso é tudo bjus a e aqui esta A MARCA DA ANGELS.
http://1.bp.blogspot.com/_Uu1UjJpxSO0/S7oAABlsQ5I/AAAAAAAAAEM/JwjmMiHO668/S660/Bras%C3%A3o+do+Anjo+M%C3%B3rbido.jpg
espero que gostem da marca, é uma imagem aleatoria do google se alguem conhecer me diga



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