A Nova Estrela Da Fairy Tail escrita por Luna Scarlet


Capítulo 1
Prologo


Notas iniciais do capítulo

yoo minna sejam bem vindos a minha mais nova fic, para aqueles que já me conhecem obrigado por lerem mais uma das minhas fics, para aqueles que é a primeira vez eu agradeço por virem ler a minha fic e peço que fiquem sempre comigo.
sem mais delongas vamos ao primeiro cap de a nova estrela da fairy tail



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O dia em Magnólia estava extremamente chuvoso, mas isso não impedia que a guilda mais barulhenta de Fiore fizesse sua tão costumeira festa, esta com direito a musica, dança e bebida, tudo de graça. Este último ao ver de alguns magos era a melhor idéia do dia, talvez fosse pelo fato de estarem completamente livres para beber e acabar com o estoque da guilda.

O motivo da festa era nada mais nada menos que a volta de Lisanna, hoje fazia exatos quatro meses que a albina mais nova tinha retornado de seu tempo em Edolas, era um bom motivo para comemorar.

Mesmo que este fosse um bom motivo para comemorar não queria dizer que eles podiam deixar de perceber que alguns de seus magos não estavam ali. Entre estes Mirajane e Makarov, mas eles logo voltariam a ser vistos pisando por estas bandas, mesmo que nenhum deles fosse perceber que o sorriso no rosto dos dois fosse completamente falso. Também é claro a ausência de certa loira, esta que eles jamais voltariam a ver.

Longe da Fairy Tail o clima não estava tão agradável. A chuva caia impiedosamente sobre Mirajane e Makarov, os filetes grossos de chuva pareciam cortar a pele alva da albina, o vento assobiava nos ouvidos de Makarov.

Seus rostos não estavam molhados apenas pela chuva, mas sim pelas lágrimas que insistiam em correr pelos olhos de ambos, também não era para menos, uma preciosa Nakama tinha os deixado.

Makarov falava poucas palavras em meio à terrível chuva, dizia o quanto à mulher que tinha partido era importante, não só para ele, mas para todos de sua guilda. Só que elas eram meras palavras aos ouvidos de Mirajane, pois lá no fundo ela sabia que para seus outros Nakamas a loira não fora importante, pois se tivesse sido eles não estariam ali.

Se ela tivesse sido importante para seus nakamas ela não teria partido em uma missão de quatro meses e no meio dela falhado e assim acarretado sua morte, não teria ficado dias a fio esperando que seus amigos viessem lhe chamar para uma missão.

Ela não culpava a loira por isso, ela culpava a si mesma por ter ficado calada enquanto sua preciosa nakama chorava em silencio, mas seu coração também culpava os membros da Fairy Tail, pois se eles fossem verdadeiros nakamas não teriam deixado de falar com a loira.

Os joelhos da albina fraquejaram e ela pode sentir as pedras pontiagudas perfurá-los no instante que se encontrou com o chão, seus orbes azuis sempre transmitindo felicidade agora só era visto um azul sem brilho, sem vida. Aquele dia estava sendo tão ruim quanto o dia em que sua irmã a deixara.

Então ela levantou levemente a mirada e seus olhos focaram no túmulo a sua frente. Um lindo anjo fora esculpido nele, uma estrela brilhava nas mãos do anjo. Aquilo fora o máximo que eles puderam fazer por ela.

Ela não se importou com a chuva que caia não se importava pelo fato de que provavelmente pegaria uma gripe que a faria ficar uma semana em seu quarto. Era exatamente o que ela queria no momento, se trancar em seu quarto e se afastar do mundo.

A notícia da morte da loira viera na noite passada junto a seu corpo, mas ver o corpo fora ainda mais doloroso, pois aquela era a certeza de jamais veria sua nakama entrando pela guilda com seu sorriso costumeiro.

A notícia chegara à noite, quando apenas ela e o velho senhor se encontravam na guilda, ela se lembrava do desespero ao ver a amiga inerte no caixão, do desespero de senti-la fria, do desespero de saber que jamais veria aqueles orbes chocolates se abrir novamente. Só isso podia dizer o que Mirajane sentira no momento, desespero.

Uma dor absurda que não podia ser apagada do coração ferido da mulher. Era como se o mundo estivesse entrando em colapso junto com ela, pois no mesmo momento que a notícia fora dita o mundo caiu em solidão e tristeza para a mais velha das irmãs Strauss.

A dor e a tristeza eram como velhos inimigos que insistiam em te perseguir até a morte, mesmo que já estivesse acostumada a sentir a dor e tristeza, não tornara ela mais fácil só mais difícil.

A mulher de longos cabelos brancos se permitiu deixar levar com a tristeza, fez exatamente o que o momento pediu, se ajoelhou ainda mais diante da linda imagem que era o anjo esculpido e implorou a qualquer deus, anjo ou alguém que fizesse Lucy ouvir suas palavras. Implorou o perdão que jamais viria de sua amiga, era um pedido de desculpas que jamais seria ouvido.

Mira nunca se sentira tão impotente em sua vida quando vira o corpo da amiga tão fria, e por isso implora o perdão, pois fora incapaz de mudar as coisas. Ela se sentira como um verme que nem sequer podia salvar quem amava.

O mundo parecia estar chorando junte de Mira, mas ela nem sequer percebia isso, estava inerte em seus pensamentos, tão inerte ao ponto de nem perceber ser carregada pelo senhor de idade que usava sua magia para levar a mais nova.

Ele a deixou em seu quarto, onde ela se trancou por uma semana.

Quebra de tempo, uma semana depois

Mirajane finalmente estava voltando para a guilda, estava parada em frente à porta ouvindo o som das brigas lá dentro, a mulher forçou um sorriso e entrou, sem ser percebida. Caminhou até seu lugar e lá ficou, agiu como se fosse um dia normal para ela.

Enquanto observava silenciosamente ela passou a odiar os amigos, pois sempre que via certo rosado sorrir, brigar, gritar, ou fazer qualquer coisa normal para ele, era um insulto para ela, pois Natsu devia estar abalado, desnorteado. Natsu não devia estar feliz.

Quando Mira via Erza comendo seu bolo sentia ódio crescer em seu coração, pois Erza não devia estar ali tão feliz, ela devia estar trancada em seu quarto na Fairy Hills chorando, ou fazendo qualquer coisa menos estar ali, comendo aquele seu maldito bolo. Erza não devia estar feliz.

Quando via Gray sentia uma vontade maluca de pular em seu pescoço e lhe enforcar, pois ele só ficava lá, tirando sua roupa como sempre, fugindo de Juvia, que não cansava de perseguir seu Gray-sama. Gray e Juvia não deviam estar felizes.

Quando Mira entregava para Cana mais um de seus famosos barris de bebida ela sentia uma vontade de colocar veneno na bebida ou fazer a outra engasgar, pois Cana não devia estar feliz.

Mira odiava cada um que passava perto de si, pois eles eram capazes de voltar a sorrir, na verdade, eles nunca perderiam os sorrisos. Mira na verdade os amava por isso, pois no fundo isso lhe dizia que um dia, um dia muito distante ela poderia sorrir novamente.

Quebra de tempo, um mês

Já se passara um mês, Mira perdera as contas de quantas noites passara em branco, pois sempre que fechava seus olhos via a imagem da loira escorada no balcão chorando pelos amigos que não falavam com ela.

Era mais fácil sorrir agora, já não conseguia odiar tanto seus amigos, apenas queria que eles se lembrassem, mas quanto mais tempo passava mais difícil era lembrar-se dela.

– Mira-nee? - sua irmã lhe chamou, a albina levantou levemente a mirada, sua irmã estava preocupada com ela, pois ela conhecia muito bem Mira, sabia que tinha algo errado - Está tudo bem?

– Lisanna, sim está tudo bem - a mulher mentiu mais uma vez, a albina mais nova não estava convencida, mas não perguntou mais nada sobre isso.

– Mira-nee, eu não vejo a Lucy-san há algum tempo onde ela está? - a albina mais nova perguntou, os orbes azuis de Mira se arregalaram levemente, e suas mãos foram à boca. Mirajane fez sinal para que a outra a seguisse. Está o fez ainda mais preocupada.

Mirajane se perguntava o porquê de Lisanna se lembrar dela, Lisanna era meiga e tudo mais, só que nunca tivera uma conversa concreta com Lucy, não por não querer, mas sim por não poder e não conseguir, sempre tinha gente demais a sua volta.

Mirajane não conseguia acreditar que Lisanna se lembrava dela e Natsu não, as coisas tão erradas ao ver de Mirajane, as coisas estavam e sempre ficariam erradas ao ver dela de agora em diante. Quando as irmãs finalmente chegaram à parte de trás da guilda Mira deixou as lágrimas caírem.

– Lisanna o que eu vou contar agora deve ser mantido em segredo - a albina falou séria, a outra apenas confirmou apreensiva só de ver a irmã chorar - Lucy está morta há um mês - quando as palavras foram proferidas por Mirajane Lisanna arregalou os olhos.

Lisanna se deixou cair, ela sabia que a loira estava sendo esquecida pelos amigos, e por isso sempre tentava falar dela para eles, mas eles nunca ouviam, ou fingiam não escutar. Lisanna se sentiu culpada por tudo, se sentiu muito culpada.

Ela caiu no chão, não conhecia a loira bem, mas eram nakamas de guilda, era doloroso saber que ela já não estava mais entre eles.

Depois disso Mirajane levou a irmã até o túmulo, Lisanna levou algumas flores para a loira, se ajoelhou na frente do túmulo e disse.

– Espero que goste delas Lucy-san - a albina falou, ainda contendo as lágrimas - Eu sinto muito - a albina falou e depois se deixou chorar mais uma vez.

Quebra de tempo dois meses

Lá estava Mirajane no balcão da guilda, olhava para todos que sorriam como se nada estivesse acontecendo. Acordar agora era mais fácil, mas isso não queria dizer que ela tinha esquecido, a albina saiu de seu posto e pediu para a irmã cuidar de tudo por ela.

Lisanna depois de descobrir sobre a morte de Lucy ficou ainda mais próxima da irmã, ajudando ela a esquecer a dor, mas ainda acordava as noites ouvindo os gritos da irmã. Já fazia um mês da descoberta e dês deste dia ela não sai em missões com o time mais forte, na verdade ficava o mais distante possível deles.

Mirajane entrou na sala do mestre, ele estava silencioso, como sempre ficavam dês da morte de sua filha, como podia doer tanto à perda de alguém? Mas não era um simples alguém, era a filha dele, a pessoa que ele amava muito.

– Você acha que vai demorar mais quanto tempo? - a albina perguntou para o velho, ele levantou os ombros em sinal de não saber.

– Eu acho que alguns deles jamais vão descobrir - o velho falou, as palavras pairaram no ar, aquela era uma possível verdade, aquilo não tornara mais fácil. Mirajane aprendera que a verdade nunca era mais fácil.

Quebra de tempo seis meses

Lisanna estava preocupada, sua irmã parecia que estava a beira da loucura, tinha noites que passava chorando ou tendo terríveis pesadelos com Lucy, e outras em que ela ficava até mais tarde na guilda esperando pelo retorno de Lucy. Lisanna e o mestre não conseguiam fazer Mirajane voltar ao normal.

Eles estavam desesperados, Mirajane já tivera de abandonar os seus serviços como garçonete, isso estava causando uma loucura na guilda.

Lisanna tomou o lugar da irmã e lá estava ela, mais uma vez no balcão esperando pelo próximo pedido.

– Lisanna-san? - Wendy a chamou - Pode me dizer algo? - a albina tirou sua atenção do livro que estava lendo e fez que sim para a mais nova - Em que trabalho a Lucy-san saiu? Eu queira fazer uma missão com ela, mas não a encontrei em lugar algum, fui até em seu apartamento, mas ele está vazio - a azulada falou. Seu tom de voz estava mostrando o quanto ela se sentia fracassada.

Lisanna deixou seu copo cair, chamando a atenção de alguns magos que por ali passavam, ela rapidamente limpou tudo e olhou para Wendy, fez a mesma coisa que Mira fizera com ela, mas fora para um lugar diferente, para frente do túmulo de Lucy. A albina ficou na frente das escritas para que a outra não as visse.

– Wendy, o que eu vou te contar é muito complicado e deve ser mantida em segredo - a albina falou, a outra confirmou brevemente - Este é o túmulo da Lucy - ela falou mostrando as escritas na lapide.

Os orbes de Wendy se arregalaram, depois nublaram. Ela olhou para a lápide e se deixou cair no chão, o mundo tinha perdido sua cor – Lucy - ela gritou, mas Lucy jamais a ouviria, Wendy se desesperou, chorou por horas.

Depois de Lisanna finalmente conseguir consolá-la elas foram para o dormitório.

Quebra de tempo, oito meses depois

Mira estava cada vez pior, já nem sequer conseguia colocar alguma coisa na boca, Lisanna também já não sabia mais o que fazer, pedira ajuda ao mestre e de nada adiantara, o mais difícil era ter de esconder isso da guilda. Todos estavam preocupados.

Elfman ia às vezes visitar a irmã, a mais ou menos um mês tinha descoberto sobre Lucy, mas não era tão ligado a ela para ficar abalado da forma como a irmã estava, mesmo que ainda fosse pego por Lisanna enquanto falava sozinho pedindo desculpas a Lucy.

Wendy já era um caso perdido, estava muito pior que Mira, dês do dia em que descobrira sobre a morte da loira não saia de seu quarto. Charles era a única que saia de lá, mas apenas para comprar a comida.

Ambas estavam arrasadas por terem se esquecido de Lucy e agora ela estar morta, era doloroso e isso Lisanna sabia, mas se mantinha forte pela irmã e pela amiga. As pessoas no dormitório começaram a perceber que nenhuma das duas garotas estava bem, pois as noites no dormitório eram assombradas pelos gritos de ambas as garotas.

Não demorou para que Evergreen também descobrisse, ela começou a ter pesadelos assim como as outras, mas eles eram ainda piores que os das outras, pois ela podia não ser amiga de Lucy, mas eram nakamas, ter esquecido dela fora doloroso.

Assim cada vez as coisas pioravam, quando Erza percebeu que o mestre nada fazia resolveu fazer uma reunião, até Mira e Wendy foram obrigadas a vir.

– Agora chega - a voz da titânia se fez presente, a guilda mais forte de Fiore estava em completo silencio - O que aconteceu com vocês? - ela perguntou se dirigindo a Mira, Wendy e Ever - Passam todas as noites gritando em desespero, estão mantendo segredos de nós - Mira parecia estar divagando em seu próprio mundo - Me diga Mira - a ruiva gritou para a outra.

– Ahhhhhh - a albina gritou em medo, abraçou Lisanna fortemente, parecia mais uma criança de dois anos - Não briga comigo - ela falou já chorando desesperada.

– Erza - Lisanna gritou em reprovação - A Mira-nee não está bem - ela falou já tentando acalmar a mais velha.

– É isso que me incomoda, ela está agindo como uma criança, o que aconteceu pra ela agir assim? - a ruiva falou em desespero, seus orbes já estavam mostrando o quanto ela estava aflita, e isso era um espelho de todos - Eu só quero saber, por quê?

– Eu não posso contar - a albina mais nova falou - Não posso, eu sinto muito, mas eu prometi ao mestre - ela estava com a voz embargada de preocupação, seus orbes azuis tinham lágrimas.

– Já chega - Wendy gritou de seu banco, toda a atenção foi voltada para ela - Eu não agüento mais isso Lisanna - ela falou, depois olhou para o mestre que apenas fez sinal para que continuasse - Vocês se dizem grandes nakamas, mas são um monte de lixo - a pequena falou, todos arregalaram os olhos, Natsu tentou falar algo, mas foi interrompido por Wendy - Eu sou como vocês, um lixo de nakama.

– Do que você está falando Wendy? - Erza perguntou brava pelas palavras da mais nova.

– Lucy, este nome te lembra alguém? - a mais nova perguntou em sua raiva, o silencio pairou na guilda, todos olhavam para a garotinha e depois procuravam pela pessoa citada por ela na guilda - Parem de procurar - a azulada falou brava, tomou assim a atenção de todos para ela - Se quiserem encontrar a Lucy vão ao cemitério - ela falou macabramente.

– Co-como assim Wendy? - a ruiva perguntou com o medo estampado na voz, todos olhavam para azulada, e certo rosado estava preocupado, o que tinha acontecido a sua loira?

– Lucy Heartfilia, sua “nakama” - ela fez sinal com ambas as mãos, dando ênfase na palavra Nakama - Está morta e oito meses - as palavras foram como facadas no coração de todos da guilda.

Mira voltou a chorar, Ever se jogou nos braços de Elfman e ficou lá chorando. A reação na guilda era de choque, todos estavam de olhos arregalados, a maioria já chorava.

– Não minta com uma coisa dessas Wendy - ruiva gritou tentando em vão segurar as lágrimas o tom de Wendy era sério demais para seu gosto.

– Eu não estou brincando, se quer a prova venha comigo - ela falou já saindo da guilda, é claro que todos a seguiram.

Eles só pararam na frente do túmulo de Lucy – Viram? - a azulada falou - Aqui está à prova - ela falou apontando para o túmulo.

Erza veio à frente de todos e se ajoelhou em frente ao túmulo, sua mão foi em direção das escritas na lapide, depois de tocá-las a ruiva deixou sua mão pender ao lado de seu corpo, seus olhos nublaram.

– Como? - a ruiva perguntou para si mesma, sua voz estava horrorizada, as lágrimas caiam em intensidade - Como eu não percebi que ela não estava mais entre nós? - a ruiva falava as palavras com pesar - Que tipo de pessoa eu sou? - a ruiva falou enquanto sua voz embargada em culpa se fazia ouvida por todos - Lucy - a ruiva gritou para os céus, a noite já se fazia presente.

As nuvens impediam que qualquer estrela fosse vista por eles, impedia que qualquer coisa fosse vista, as gotas de chuva começaram a cair sobre os magos da Fairy Tail, era um dia de chuva, assim como o dia em que ela partira.

Gray se colocou ao lado de Erza, passou os braços envolta do corpo da amiga e a reconfortou, mesmo que ele estivesse em condições tão ruins ou piores que as de Erza, suas lágrimas se misturavam com a chuva, seu coração estava completamente dilacerado, como ele Gray Fullbuster que sempre se dizia um ótimo Nakama podia ter esquecido de sua nakama?

Levy ao ver as escritas na lapide se jogou nos braços de Gajeel. Sempre que a azulada olhava para o balcão nos últimos meses sentia que algo faltava, e ali, no cemitério de Magnólia ela descobriu o que era. O que faltava era sua tão preciosa Lu-chan, aquela que sempre esteve lá para ajudá-la, mas Levy não ajudou sua nakama quando ela mais precisou.

Gajeel olhava para sua baixinha e a apertava mais firme contra seu peito, a presença dela diminuía a dor em seu coração, a presença dela fazia com que a culpa fosse menos avassaladora. Mas como Gajeel poderia levantar na manha seguinte sabendo que jamais poderia ver a loira entrando pela porta da guilda, e saber que jamais a chamaria de Bunny-girl?

Cana já não tinha mais nenhum de seus famosos barris de bebida, as lágrimas não podiam ser escondidas. Cana estava à beira de um colapso, agarrada a camisa de seu pai em prantos ela chorava, por que Cana tinha que esquecer justamente aquela pessoa? A pessoa que a incentivara a ir ao exame, a pessoa que lhe dera uma mão quando ninguém se importava com ela. A primeira pessoa a quem ela lhe confiara seu segredo, a primeira amiga que ela tivera de verdade.

Gildarts derramava poucas lágrimas, mas estas tinham muito significado. Lucy tinha ajudado sua tão preciosa filha a contar sobre a herança de sangue dos dois. Lucy fora quem estivera ali pela filha dele quando ele não podia.

Bickslow olhava para a lápide de olhos arregalados, ele jamais imaginou que a garota que ele sempre incomodava dizendo que era a garota cosplay, estava morta, mas ali na sua frente tudo lhe provava que estava errado, pois a garota que o derrotara na época rebelde de Laxus estava morta.

Laxus olhava para lápide perplexo, não podia ser verdade, assim como Freed e o resto de seu time ele não tinha muito a ver com a garota, mas isso não queria dizer que gostasse menos dela por isso, pelo contrario, gostava dela muito. A forma como ela se diferenciava dos outros era incrível, ela era o oposto de todos os magos da Fairy Tail.

Já por ultimo Natsu, seus orbes ônix não tinham vida, eles miravam aquela lápide como se não visse nada no lugar dela, ele se segurava para não correr, para não gritar, para não chorar.

Só que ele não era capaz disso, seus gritos de desespero foi ouvido por toda a cidade, suas lágrimas caiam sem cessar, seus joelhos fraquejaram. O mundo estava perdendo sua cor para Natsu.

O mundo era cruel, mas Natsu se perguntava como tinha esquecido a melhor amiga, como podia ter se esquecido da existência da pessoa que mais amava, da mulher que o fazia levantar todos os dias, da pessoa que ele mais admirava.

A atenção de todos estava voltada para ele, todos queriam saber como o rosado reagiria em seguida, mas depois de seus gritos o silencio reinou no recinto, o tempo ia passando e as pessoas apenas ficavam ali, olhando para o rosado que ficava apenas ali, de cabeça baixa.

Logo ele se levantou, sobre os olhares de todos, ele caminhou para longe do cemitério. Desaparecendo em seguida, nem Happy fora atrás do amigo. Natsu precisava de um tempo sozinho isso todos sabiam.

O rosado caminhava pelas ruas de Magnólia, ele não tinha ideia de onde estava ou para onde ele caminhava, só andava. A cabeça de Natsu não conseguia formar nenhum pensamento concreto, não conseguia nem sequer saber como estava se movendo, logo ele não sabia mais como mover nem um único musculo.

Como já era esperado ele foi de encontro ao chão sem conseguir conter-se, o rosado escorregou em algo e deu de cara com o chão molhado e extremamente pegajoso. Com muito custo o rosado conseguiu levantar e se sentou, não sabia a onde estava, mas não se importava.

Finalmente ele conseguiu formular alguns pensamentos, estes todos a ver com a loira a qual ele jamais veria. O coração de Natsu fraquejou quando ele tentou lembrar como era o rosto de Lucy, mas não importava o quanto ele tentasse, não conseguia lembrar.

Natsu sabia que os cabelos de Lucy eram loiro quase dourados, mas não conseguia lembrar como eles eram ao tocar sua pele, ele sabia que os mesmos eram uma das coisas mais majestosas que ele já tinha visto, mas não conseguia lembrar como eles eram. Natsu sabia que os cabelos de Lucy eram lindos quando a brisa os tocava, mas não conseguia lembrar como eles entravam em completa sincronia com o vento, seguindo o ritmo do vento.

Natsu tentou, em vão, lembrar como eram os olhos da loira. Ele sabia que os olhos dela tinham um brilho sedutor que o encantara no mesmo momento em que se fixara neles, mas ele não conseguia lembrar em como era o brilho deles. Ele sabia que os olhos da loira eram castanhos, beirando entre o castanho e o chocolate, mas não conseguia lembrar como era tê-los sobre si. Não conseguia lembrar como era a sensação de vê-los todo dia.

Natsu sabia que tocar a pele da loira era a melhor coisa que já fizera, mas não conseguia lembrar qual era a sensação que sentia, ele não sabia mais como era poder tocá-la todos os dias. Ele lembrou que Lucy sempre caminhara graciosamente, mas nem sequer conseguia lembrar como era este andar tão gracioso.

E por fim Natsu tentou lembrar-se dos lábios de Lucy, aqueles lindos lábios de Lucy, mas não importava o quanto ele tentasse não conseguia saber como era o formato deles, não conseguia lembrar nem sequer conseguia saber como era vê-los.

Tentou lembrar-se da voz melodiosa que sempre tocava seus ouvidos quando ela falava, mas ele não sabia como ela era não sabia como era poder ouvir as palavras dela.

Com os últimos pensamentos a mão de Natsu foi em direção a enorme arvore que estava ao seu lado, como ele não conseguia lembrar-se de como Lucy era? Que tipo de monstro ele era? Natsu mais uma vez tentou forçar as memorias, mas agora para um tempo muito distante, tentou lembrar-se da ultima vez em que a vira, da ultima vez em que falara com a loira.

Mais uma vez ele socou a arvore, mas dessa vez não foi por causa do fato de não se lembrar da loira, mas sim exatamente pelo contrario. Natsu se lembrava daquele dia com uma riqueza de detalhes chocantes.

Ele estava lá, mais uma vez sentado em um banco qualquer da guilda acompanhado de Lisanna, como já vinha fazendo há dias, não, como ele vinha fazendo há meses. Lisanna pediu que ele fosse falar com Lucy, mas o rosado não entendera o motivo, estava apenas focado em ficar perto da albina.

– Natsu? – alguém o chamara logo atrás do rosado, este se virou para ver quem era. Ao lembrar-se daquele momento Natsu conseguia lembrar perfeitamente de como as brigas ocorriam na guilda, conseguia lembrar que não ficara feliz em ver a pessoa a sua frente, mas não conseguia se lembrar de como era a pessoa – Podemos conversa? – a jovem perguntara.

– Claro – ele disse mesmo contrariado, a mulher o puxou para fora da guilda. Foram caminhando em silencio, a jovem em nenhum momento largara sua mão e isso estava incomodando o rosado, depois de um longo tempo caminhando eles pararam aos pés de uma linda arvora de cerejeiras. Natsu se lembrava de muito vagamente uma vez ter arrancado a mesma para mostrar a alguém, mas não conseguia lembrar o rosto desse alguém.

– Natsu – a mulher o chamara, naquele momento ele por algum motivo desconhecido odiara aquela mulher, sua voz era extremamente insuportável aos ouvidos dele – Eu queria falar com você sobre o que anda acontecendo na... – a mulher fora completamente interrompida por um rosado já furioso.

– Se quer falar algo fale logo – o rosado esbravejou, irritado até o ultimo fio de cabelo. Ele pode ver a mulher a sua frente fraquejar em sua coragem, viu um leve tremor passar pelo corpo da mesma.

– Você está me evitando nos últimos tempos, na verdade há meses, eu queria que você voltasse a me tratar da mesma forma se possível – a mulher falou envergonhada. Por algum motivo Natsu ficara bravo com as palavras da loira, não sabia explicar o motivo disso.

– Você acha que é o centro do mundo não é? – o rosado falou rispidamente – Para de ser egoísta e pense um pouco nos outros, a Lisanna acabou de voltar de Edolas e você está competindo pela atenção que está voltada para ela, deixe de ser mesquinha – o rosado gritou em raiva.

– Mas Natsu... – a loira ia falar algo, mas se conteve, depois de um longo silencio a loira levantou o olhar para o rosado e falou – Eu ter amo – um sorriso estampado no rosto.

Uma risada sarcástica escapou pelos lábios do homem, ele olhou em deboche para a mulher e falou – Você acha que só porque você me ama eu devo te amar também? – ele falou. A loira tremeu. Natsu estava em chamas queria pular na loira e lhe desferir quantos golpes fosse possível e assim o fez. Acertou em cheio a mulher na barriga a jogando longe, então correu para tentar mais uma vez ataca-la, mas quando viu nos olhos da mulher o horror e o medo ele parou.

Natsu jamais imaginou que veria isso no olhar dela, principalmente direcionado a ele. O homem lembrou-se de uma promessa muito antiga que fizera a si mesmo, então se virou e saiu do lugar sem nada falar.

Lembrando-se deste triste dia Natsu se permitiu derramar lágrimas, as primeiras em muito tempo. Como ele fizera isso com ela? Ele não sabia, ele não queria saber como arranjara coragem para atacar a própria amada. Aquele Natsu não era o mesmo de agora.

– O que eu fiz? – Natsu gritou para si mesmo, ele gritou para que o mundo ouvisse suas palavras, aqueles não eram feitos do salamander, aquela não era a mesma pessoa que estava ali ajoelhado, chorando pela nakama morta – Lucy – o homem gritou em desespero.

Natsu pela primeira vez olhou para onde estava, era nada mais nada menos que o lugar em que desferira em Lucy um golpe quase mortal. A arvore a qual socara era exatamente aquela que uma vez ele mesmo com suas próprias mãos arrancara para dar a Lucy, ou melhor, para que ela pudesse ver de sua casa.

Lágrimas incessantes caiam dos orbes ônix do rapaz, ele já nem sequer se aguentava em pé, não sabia quanto tempo passara ali, mas ficou aos prantos naquele lindo lugar que agora para Natsu era apenas motivo de dor e tristeza.

Foi enquanto encostava-se a arvore que ele pode olhar para o céu, as nuvens já não estavam mais lá como antes, nem sequer chovera, mas o que deixou Natsu ainda mais assustado foi o que viu havia uma linda e majestosa constelação a qual Natsu nunca tinha visto. A constelação era a mais linda de todas, formava perfeitamente o logo da Fairy Tail.

A cor das estrelas que formavam a constelação eram quase rosas, lembrava a Natsu a cor que Lucy escolhera para colocar na marca da sua mão. Uma vez há algum tempo a loira dissera a Natsu que a cor da sua marca era por causa do seu cabelo, pois no momento de escolhê-la a loira se virara para olhar o rosado, fora algo tão breve que nem Mira percebera.

Ao ver a linda constelação Natsu pode ter certeza que Lucy, onde quer que ela esteja ainda olhava por ele, pela Fairy Tail e pelos seus nakamas. Lágrimas voltaram a descer pelo rosto do rapaz, com ódio de si mesmo ele se levantou e caminhou em direção a guilda, talvez encontrasse com alguém lá, ou talvez não, ele não se importava.

Em meio a seu caminho ele passou ao lado da casa de sua amada, curioso ele foi até o lugar e subiu, como sempre, pela janela. A casa estava limpa, mas era visto que ninguém entrava ali há algum tempo.

Tudo estava em seu devido lugar, Natsu imaginara que as coisas deviam estar completamente bagunçadas, já que ninguém entrava ali há algum tempo, mas não. Ele se deparou com o quarto da loira, olhou calmamente para o banheiro e se lembrou de muito tempo atrás, quando ele estava deitado na cama da jovem e ela como sempre entrou no quarto apenas de toalha cantarolando.

Ele sabia como a cena tinha se desenrolado, ela tinha corado absurdamente ao vê-lo em sua cama, ele ficara extremamente corado por vê-la quase nua, mas fingindo não se importar ele a tratou da mesma forma de sempre, ela quase tivera um treco ao perceber que ele chegava perto demais para seu gosto. Natsu deixou um sorriso nascer em seus lábios quando se lembrou daquele dia.

O garoto tirou seus olhos da porta do banheiro e se focou na cama, como ele gostava daquela cama. Lembrou-se dos milhares de vezes em que vira Lucy deitada ali no meio da noite enquanto ele entrava pela janela, se lembraram das vezes em que ela o encontrara ali, seus chutes ainda lhe doíam o rosto.

Então seus orbes se focaram na escrivaninha da loira, muitas coisas incomuns estavam ali, cartas pela mesa, estas não eram as típicas cartas escritas para sua mãe. Também havia outras coisas ali. Natsu caminhou até lá e pegou uma das coisas que estavam espalhadas por ali, a primeira coisa que viu foi o romance de Lucy só que agora terminado.

Sobre ele estava uma pequena carta, o rosado leu brevemente o que estava escrito, era uma mensagem para Levy, dizia que ali estava o fim do seu romance e que era para ela ler. Natsu ficou imaginando o que Levy diria ao ver que sua tão amada amiga não se importara com o fato de ela ter se esquecido da loira, e que mesmo assim escrevera o romance para que a azulada pudesse ler.

Havia muitas cartas por ali, Natsu olhou para cada uma com cuidado, não ousou ler, pois eram palavras de Lucy para eles, cada carta era endereçada para um de seus nakamas. Depois de algum tempo o rosado ficou apenas olhando uma carta, aquela carta era escrita para ele, só para ele e para mais ninguém.

Depois de um tempo ele ficou olhando aquela carta, mas a letra não era de Lucy, era de outra pessoa, ele sabia disso, pois a letra de Lucy era a mais linda que ele já tinha visto e aquela era um garrancho. Natsu finalmente tomou coragem e abriu a carta, mas seus olhos se arregalaram ao vê-la.

Havia uma ou duas gotas de sangue na carta, a principio as letras da carta eram idênticas as de Lucy, mas depois foi ficando cada vez mais complicado de entender. A carta contou a Natsu que ele não tinha culpa de nada, que a morte dela era apenas culpa dela e de mais ninguém.

É claro que Natsu não acreditou em nenhuma das palavras, se ele não tivesse brigado com Lucy naquele dia abaixo da arvore ela não teria saído em uma missão solo, mas a loira lhe disse que o destino prega peças e que eu logo descobriria o motivo de ter agido com ela daquela forma absurda.

No fim da carta só três palavras fizeram Natsu bambear. Eu te amo. O sorriso de Natsu desapareceu, para logo depois aparecer, ela retribuía aos seus sentimentos. Naquela noite o mundo pareceu desabar sobre os magos da Fairy Tail, mas nenhum deles imaginaria que uma menininha de apenas uma menininha pudesse mudar o futuro deles.

Natsu voltou para a guilda e entregou as cartas a cada um, eles leram e é claro caíram no choro, o que já era esperado. Até Wendy, Mira e Lisanna que ainda não tinham lido suas cartas, mas então quando a porta da guilda foi aberta pela primeira mestra ela nos disse.

– Eu pensei que isso jamais fosse acontecer, mas finalmente voltaram – ela falou, muitos não entenderam suas palavras – A mais ou menos um mês eu me encontrei com Lucy no céu – primeira falou. Todos ficaram em choque sem acreditar nas palavras da mestra – Ela sabia o que aconteceria com vocês e me pediu uma segunda chance – a loira falou.

– Como assim mestra? – o pequeno Makarov perguntou.

– Lucy me pediu para dar uma segunda chance para fazê-los felizes e eu concedi – a garota falou sorrindo – Ela reencarnou naquele mesmo tempo, demorei algum tempo para acha-la, mas a mais ou menos uma hora a encontrei em um orfanato aqui perto – a garota falou enquanto tirava de trás de si um pequeno bebe – Aqui esta ela, espero que façam certo desta vez.

 A primeira os deixou ali apenas com o bebe, Natsu foi o primeiro a chegar perto da pequena criança, ele a pegou no colo e viu naquele lindo e majestoso olhar, vendo aquela linda bebezinha Natsu lembrou-se exatamente como era cada parte de Lucy, ele lhe sorriu e desejou que tudo pudesse ficar finalmente bem.

Ela não seria a substituta de Lucy, seria uma nova nakama para eles, ela seria a nova estrela da Fairy Tail. Daquele dia em diante, novas aventuras nasceram, novos caminhos para se seguir. Todas essas aventuras em busca de um final feliz para nosso casal tão amado.


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Notas finais do capítulo

bem minna espero que tenham gostado deste cap, eu fiz ele com muito carinho, era para ser apenas uma one-shot, mas quando eu vi a oportunidade de ouro fiz ela uma long fic apenas para vcs, vai ser bem longa e espero que vcs gostem, nao se preocupem o natsu nao vai ser um pedofilo maniaco esta bem, só para avisar. tudo vai se resolver bem daqui uns dois caps. sei que vcs vão gostar



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