- Você podia disfarçar um pouco melhor, não acha? - Alex reclamou assim que encontrou a garota, encostada em uma árvore. Ela evitou olha-lo.

- Qual o problema Alex? Só tava me irritando com toda aquela coisa de “admirador secreto” - disse revirando os olhos.

- Ou com a coisa do Andrew estar com a Angel? Tudo bem que ele pode não ser a melhor das pessoas e você não querer a Angel se envolva com ele, mas não é só isso, ta na cara que...

- Que você está sendo idiota - retrucou a menina - Alex, não tem mais nada entre eu e o Andrew, eu não me importo se ele ta vivo ou morto, tanto faz, mas se quiser ficar nessas, você que sabe - disse a garota deixando ele cheio de respostas travadas.

Na saída, o grupo estava novamente reunido e dessa vez, incluia Matthew.

- Acho que eu vou para a casa, provavelmente vai chover. - Jenny disse, se despedindo dos amigos e mais uma vez ignorando Math ali. Isso o machucava, sabia que tinha agido errado, mas todos merecem uma segunda chance, não é?

Anelise resolveu que ia ir até a starbucks, mesmo com todos os avisos de chuva, Alex por mais que estivesse irritado com toda essa história, não queria deixa-la ir sozinha. Ela caminhava na frente, levava na mão seu skate e ignorava totalmente a presença do garoto.

Não haviam andado 15 minutos, e a chuva começou a cair com um torrão. Alex gritou para que Anelise o escutasse, mas não a viu, começou a correr atrás dela, nesse momento não importava se estava chovendo, se seu cabelo molharia ou qualquer coisa, ele tinha que encontra-la. A chuva estava aumentando, quando ele viu a sombra encostada a uma parede, um pouco mais perto, notou que ela chorava.

- Ei, Ane. Me desculpa, eu não devia ter dito aquilo - chegou a abraçando, que soltou-se dele. - Você não pode ficar aqui, não vou te deixar ficar...

- Me deixa aqui, Alex. Quem sabe eu não vá para a casa do Andrew? - Anelise disse com a voz carregada de magoa.

- Me desculpa, eu falei de cabeça quente e...

- Cabeça quente? Alex, eu gosto de você, caralho! Eu nunca senti isso, e me assusta demais. Se quando eu não sentia nada deu nisso, eu tenho muito medo de como vai ser, não sei como lidar e … - Eles estavam molhados, e tudo se misturava com as lágrimas que escorriam.

- Você gosta de mim? - Alex foi pego de surpresa, a garota olhou para cima, evitando olha-lo. Anelise começou a se afastar, mas por impulso, Alex a puxou para um beijo que logo foi retribuído. Ele apertava a cintura dela, enquanto ela arranhava seus braços, Alex a levou até a parede, a presando contra a mesma, quando se separaram, Anelise logo espirrou, fazendo com que Alex risse.

- Rir da desgraça dos outros é feio, sr.Malik - Anelise disse, segurando o riso.

- Realmente, mas vamos discutir isso lá em casa? - Alex estava com um sorriso cativante no rosto.

- Ah é? Você quer me levar para sua casa? Quais suas intenções, Alex? - Ane disse, depositando um beijo nos lábios do garoto.

- Desse jeito, as piores - comentou o garoto rindo a puxando correndo pela rua.

- Espera, espera - Anelise puxou sua mão - Seus pais não estão em casa? - perguntou receosa. Alex riu e a ignorou, abrindo a porta e subindo até seu quarto, Ane o seguia.

- Acho melhor você tomar um banho - comentou o garoto, evitando olha-la, por medo do que pudesse acontecer.

- Hum, é - a garota se aproximou - Mas, acho que eu não tenho roupas aqui - disse quando estava bem próxima do mesmo.

- Eu posso - Alex começou a falar engolindo a seco - te emprestar uma camiseta enquanto suas roupas secam. -Anelise tomou seu banho, enquanto Alex tentava não pensar que ela estava ali, assim que saiu, enrolada na toalha, ele entrou para seu banho, deixando a camiseta longa do nirvana em cima da cama. Quando saiu, usando apenas um calção, encontrou a garota vestida com sua camiseta olhando algumas fotos.

- Você era fofo quando criança - Ela comentou, pegando um retrato dele e da mãe quando criança.

- E lindo, pode assumir - fez piada enquanto arrumava o cabelo na frente do espelho - Quer assistir um filme, jogar video-game? - perguntou, se aproximando da garota e colocando o porta-retrato no lugar.

* Cenas um pouco quentes poderão surgir, sugiro que quem não gosta de ler, pule esta parte, colocarei um aviso quando acabar*

Ele sentia o cheiro dela misturado com o cheiro de seu sabonete. E se olhasse bem, coisa que não teve com evitar, podia enxergar a calcinha azul que ela usava, como ele gostava de azul e...

- Alex, ei? - Ane o chamava e estralava os dedos em sua frente - Que foi? - Perguntou a garota rindo, iniciando um beijo. As mãos de Alex foram direto para a cintura da garota e ela começou a passar suas unhas pelo abdomem dele. Descendo a mão pelas pernas da menina, deu impulso para que ela enlaçasse suas pernas em sua cintura. Ela assim o fez, os corpos já se esquentavam e a cada toque ambos sentiam anestesiados. Alex se virou e a empresou na parede com força, em resposta a garota deu um gemido que fora abafado pelos lábios sedentos do garoto.

Ela não gostava de ser domada na cama, então começou a empurra-lo em direção a sua enorme cama box. Ele já tirava suas roupas, afobado para tomar a loira em seus braços. Ane quis provoca-lo um pouco, andando calmamente até a cama, ela tirou a camiseta dele que ela usava e engatinhou em direção dele. Alex já estava extremamente excitado, ele queria puxa-la para si e fazer com que ela nunca mais se esquecesse daquela tarde, ela por fim, queria deixa-lo louco, fazer com que ele implorasse para te-la. Ela subiu em cima dele, colocou as pernas cada uma de um lado do corpo dele, desceu as mãos pelo corpo dele chegando até o V que se formava perto da cueca boxer preta dele, ela mordeu os lábios ao ver o volume que já se formava e tentava a todo custo sair para fora. Ane se inclinou para frente depositando beijos molhados por toda a extensão do pescoço e clavícula dele, Alex em resposta colocou as mão sobre as coxas da meninas, as apertando com força, como se disse que ela já tinha dono. Ela se moveu sobre ele, fazendo com que a intimidade de ambos se encontrasse, gemidos baixos podem ser ouvidos escapar dos lábios deles. Alex cansado do jogo de sedução dela que estava o deixando maluco, virou todo seu corpo a jogando contra a cama e ficando sobre ela. Ane deixou escapar um sorrisinho malicioso e ele mordeu os lábios com força. Em questão de segundos ele beijava todo o pescoço dela e ia em direção dos peitos da garota, que ainda estavam cobertos pelo fino tecido do sutiã. A mão dele que estava na coxa dela, subiu lentamente pela lateral do corpo dela até chegar ao peito esquerdo que ele apertou com gosto. Era pequeno, mas se encaixava perfeitamente em sua mão, ela deixou escapar um gemido que tentara em vão reprimir com os lábios cerrados. Ela arqueou as costas com os toques quentes de Alex, ele parecia procurar alguma coisa atrás, Ane não deixou de rir.

- É frontal Alex. - A garota disse sorrindo, mostrando para Alex onde ficava o fecho do sutiã. Ele fez careta e deslizou os dedos da ponta do queixo dela até o fecho.

- Vocês mulheres, sempre complicando a vida dos homens.-  Ele disse por fim abrindo o sutiã.

*Aqui acaba a parte "quente", quem parou de ler pode voltar ;) Quem leu, tome um banho de água fria*

Justin estava estranho, Samantha percebia isso. Ele ficava o tempo todo se aproximando dela ao mesmo tempo que se afastava, a verdade é que ela já estava cansando desse jogo de rola ou enrola. Justin ainda não havia tomado nenhuma atitude, e ela queria que ele tomasse. Por mais que ainda sentisse uma atração por Josh, nada era igual a Justin. Ele era engraçado e muitas vezes a reconfortava apenas com o olhar, Justin era bom, tinha um coração enorme... e como era lindo. Se Sam fechasse os olhos poderia enxerga-lo, sentir seu cheiro, seu abraço.

- Sam, você tem algo para fazer depois daqui? - Ele perguntou a mim, distraído. Samantha negou com a cabeça.

- Mas acho que vai chover - disse a menina, olhando para o céu.

- Não tem problema, eu queria ver um filme que está em cartaz e... você quer ir? - Lembrava-se vagamente de algo que não seria bom... Ah, claro. Em dia dos namorados, cinema é programa de casal.

- Justin, eu acho que hoje...

- Por favor, Sam. Não tenho mais quem convidar. Tenho só duas entradas... e acho que a Ane nem os meninos vão querer vir comigo... - comentou Justin, olhando a amiga que encarava descaradamente Alex.

- É, acho que não vai ter problema - respondeu. Foram apé até a casa de Justin pegar o carro. Um volvo V40, prata, pelos poucos conhecimentos de Samantha sobre carros.

- É o carro do meu pai, vamos? - Justin disse, abrindo a porta do carro para que samatha se sentasse nele.

-Você é louco ou o que? - A garota perguntou rindo, mas entrou no carro.

- Eu sou o ‘o que’.-  Ele disse rindo e ela revirou os olhos.

Eles foram rindo até o shopping, onde compraram ingressos para o filme que Justin queria assistir. Sam já estava incomodada, Justin não tomava nenhuma atitude, mas ao mesmo tempo ela podia sentir que ele queria algo, eram apenas trocas de olhares durante todo o filme, que por sinal, era muito chato.

- Você tá com fome? - Justin perguntou, quando o filme acabou. Eles dividiram uma pipoca durante o filme. Sam queria que aquela tarde acabasse logo, foi errado pensar que poderia acontecer algo entre ela e Justin. - Sam, tá ai ainda?  Vem, to com muita fome, vamos comer. -

Justin a puxou até o andar de baixo do shopping, onde insistiu em pagar um lanche para a garota, que mal comeu. Ficava o tempo todo olhando o visor do celular, esperando que as horas passassem e logo pudesse voltar para a casa.

- Sam, você não vai comer? - Samantha levantou o olhar, encontrando o garoto com um sorriso sapeca no rosto, por mais que tentasse não poderia evitar de sorrir. Deu uma pequena mordida em seu sanduíche vendo Justin soltar uma gargalhada.

- Que foi? - Perguntou a garota, um pouco irritada, ela a convida para o cinema no dia dos namorados para realmente assistir o filme e ainda ria da cara dela, com a boca um pouco cheia. Justin apenas negou com a cabeça, levando a mão o lábio da garota e passando seu dedão ali.

- Você tem que parar de ser tão apressada, Sam - comentou o garota, aproximando seus rostos e inciando um beijo calmo e sedutor.

Will estava sentado no portão de casa, via as pessoas passaram despercebidas, cada um cuidando de si. Olhou novamente o celular, o número de Eleanor estava ali, junto com a mensagem: Apagar? Confirmar.

- Will? - ótimo, agora ele também delirava - Hey, você está aí? Will? - A voz continuava a falar, e por instinto, ele levantou o olhar. Encontrou uma garota usando um shorts rosa de corrida e uma blusa azul. Ela sorria e segurava na mão um Ipod branco... Era tão linda. - Você está bem, Willi?

- Willi? - Perguntou o garoto com um sorriso.

- Achei que tivesse em estado vegetativo, ficava me olhando e não dizia nada... - Comentou a garota.

É que na verdade eu estava te admirando - pensou o menino.

- Ah - foi apenas o que disse - O que você estava fazendo? Ah, que idiota. Correndo... óbvio, e eu aqui ocupando seu tempo...

- Bom, na verdade eu nem gosto de correr tanto assim...

- Quer sentar? - Will deu espaço para que a garota sentasse ao seu lado.

- Acho que você deveria tentar seguir em frente, existem tantas coisas melhores - comentou a menina.

- O quê?

- Eleanor.

- Eu sei, só não sei como - disse Will, passando as mãos pelos cabelos.

- Pode contar comigo... pra tudo Will, quero ser sua amiga e... - A menina passou o braço por cima do ombro do garoto.

- E você é uma boa amiga, July - ele retribuiu o abraço. - Agora, será que me acompanharia em uma corrida chuvosa? - Disse, olhando a chuva que caía.

- Você corre? - July perguntou desacredita.

- Como uma lebre... tá, mais ou menos... Dizem que é bom para esquecer os problemas! - O garoto se corrigia, e no final abriu um leve sorriso.

- E é verdade, ainda mais com essa chuvinha - A menina se levantou - Vá trocar de roupa, te espero aqui.

Will entrou em casa enquanto July o aguardava, ela não sentia remorso pelo o que fez, via que era o melhor, Eleanor não era boa pessoa e não merecia alguém como Will...

Ambos começaram a correr entre risadas e piadas. Correram quase um quarteirão e Will já diminuía a velocidade.

- Escuta só essa... - disse o garoto. July parou de correr e encostou as mãos nos joelhos

- No balcão da Alfandega: Seu nome ? Abu Abdalah Sarafi. Sexo? Quatro vezes por semana. Não, não, não! Homem ou mulher? Homem, mulher. Algumas vezes camelo.

- Você é muito idiota, Will... E é isso que eu mais gosto em você.

Jennifer estava disposta a passar o dia todo debaixo das cobertas, escutou July comentar algo como “vou sair para caminhar” e Angel algo como “Quer chocolate quente?” mas negou tudo, se bem que um chocolate quente agora seria uma boa pedida.

Ela virava para um lado, virava para o outro e nada de conseguir desocupar a cabeça, que importunava seus pensamentos? Math.

Era apenas nele que ela pensava, a cada minuto sentia sua boca seca implorando pelos beijos dele, sua pele doía longe do toque dele. Diversas vezes ela pensou em levantar e fazer o que sempre fez para esquecer um pouco suas dores: Se cortar.

Mas fora esse o motivo que a fizera terminar com o cara que ela amava, não iria se dar o luxo de terminar com o resto.

Pegou seu celular e olhou a ultima mensagem que havia recebido de Math: Te amo baixinha. Ela sorriu, mas deixou uma única lagrima deslizar pelo seu rosto, a limpou rapidamente e decidiu dar uma volta. Não ficaria mofando dentro de casa.

Jen não sabia muito bem a onde ir, pegou um guarda-chuva, não que se importasse em se proteger da chuva, era apenas pela insistência de Medth. Caminhou olhando as gotas se formarem e explodirem no chão, causando um pequeno puc. Seus tênis estavam sujos, ela própria sentia suja, imunda para ser sincera.Já havia prometido para si mesma não magoar as pessoas que amava, e qual seu primeiro ato? Fazer Math nem sequer querer olha-la... E com certa razão. O único problema é que essa atitude dele apenas piora as coisas, para ambos... Ela notava a tristeza em seus olhos, assim como sabia que ele também a via. Olhou para os lados, finalmente levantando o olhar e vendo que a rua encontrava-se praticamente vazia, sentou-se em um banco, abraçando o joelhos, sentindo a água escorrer por seus cabelos, pensou o que os amigos estariam fazendo agora... pensou o que ele estaria fazendo agora. Escutou alguém vindo, quem era louca o suficiente para sair de casa no dia dos namorados com essa chuva? Ah, ela... e Math? Levantou o rosto já com um sorriso, encontrando mais a frente aquele sorriso que ela tanto amava, o cabelo dele estava caídos sobre os olhos, por estar molhado, ele parecia animado e ela logo pensou que fosse sua presença, quando ele a viu, ela sabia que ele tinha a visto pois seu sorriso sumira na hora.

Math estava cansado, queria muito ver Jenny, a sua Jenny e foi isso que ele saiu de casa disposto a fazer.

- Mathew, nossa, nem imaginava você por aqui! Está chovendo! - Disse uma vez fina, conhecida e irritante.

- Oi Nath, eu estou com um pouco de pressa...

- Indo para onde?

- Para a casa da Jenny - Disse logo, sem rodeios na esperança de que a menina entendesse o recado.

- Ah... Ela já foi para a casa? Porque eu estava no shopping - Nathalia levantou umas compras - e a vi lá com uns amigos...- Toda a esperança do garoto desaparecerá em um passe de mágica. Ela estava seguindo em frente - Mas eu ia ir na padaria que tem aqui na esquina, será que você poderia me acompanhar? To cansada de andar sozinha...

- Claro, Nathália - Mesmo sem querer, Math não podia negar, Nathália era divertida, era boba, ao contrário de Jenny... mas por outro lado ela conseguia fazer com que o garoto pensasse um pouco menos nela...Math andou um pouco a frente, para tentar apressar a garota que tagarelava atrás dele sem parar, quando já havia se distanciado um pouco, parou para esperar a senhorita saltos finos na chuva. Já estava parado a uns minutos, quando uma figura chamava sua atenção, a principio pensou ser um desconhecido, quando seus olhos finalmente se encontraram, ali quem estava era Jen... sua Jen... Ele queria sair correndo e pegar sua pequenininha no colo e dizer para ela que a ajudaria com seus problemas, que ele estaria sempre ao seu lado, sempre...

Então um grito estridente de Nathalia acabou com tudo, a garota estava reclamando que seu salto quebrou? Ele virou para encarar a garota que não parava de resmungar, seus olhos reviravam de raiva e ele passava a mão nos cabelos mostrando estar irritado. Quando virou-se novamente para olhar Jen, ela já não estava mais lá.