Nosso Destino escrita por Isabella Cullen, Lia_Cullen


Capítulo 9
Capítulo 9 - E agora?


Notas iniciais do capítulo

Bem meninas como prometido ai esta o capitulo!



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Eu me olhava no espelho satisfeita com o resultado. O vestido azul tinha algumas pedras na cintura e me deixavam muito linda. Meus cabelos presos num rabo de cavalo alto e bem feito. A maquiagem estava leve e sutil apesar de ser noite. Meus saltos altos e finos davam um ar de elegância e estilo.

Meu quarto era enorme. Edward tinha escolhido os dois quartos de um andar do hotel me dando total privacidade e a ele também, eu sabia que ele não estava nem um pouco satisfeito com meu encontro. Ele ficou de cara feia o resto do dia e depois não falou mais nada. Parte minha estava pulando e outra parte que eu reprimia com muita força se sentia culpada. Só que Edward não era digno da minha culpa, ele não era digno de muitos sentimentos meus. Por isso, me mantive firme no propósito de conhecer Paul. Passando um batom num tom de vermelho encantador, eu tive que admitir que sem encontros eu nunca teria a oportunidade conhecer alguém e formar uma família ou pelo menos estar com alguém. Filhos eram um tema ainda não muito bem administrado na minha cabeça. Eu estava satisfeita com Nessie, me sentia completa com ela. Eu sei que ela não era minha filha, mas James e Kate sempre contaram comigo, mesmo na gravidez. Eu a acompanhei em todos os sentidos vi os primeiros passos, chorei nas suas quedas e levei para o hospital com Kate nas madrugadas desesperadoras. Eu era em partes mãe dela e foi uma ótima experiência, só que ter os meus era algo até então impensado por mim.

Respirei fundo e passei pelos cômodos pegando minha bolsa pequena e meu casaco. Era outro preto para noite. Estava escrito que era para ser usado a noite e com esse vestido. Alice tinha feito combinações para mim. O que me poupou muito trabalho. Fechei a porta e olhei para a porta do quarto de Edward que ficava bem em frente. O que ele faria essa noite? Um “ não te interessa” soou em minha mente e fui em direção aos elevadores.

Paul estava elegante e sorridente no bar do hotel. Assim que me viu se levantou e beijou minha mão num ato de referência. Achei muito bonito. Ele me levou até a entrada onde um carro estava nos esperando. O carro era dele? Era um lindo Saad preto, James era apaixonado por carros e eu sempre o acompanhava em suas aventuras por novos modelos. Era um passatempo divertido.

Entramos no carro e ele dirigia com tranquilidade.

- Eu gosto desse modelo. – disse para iniciar uma conversa.

- Eu gosto também, tenho dois.

- Hum...

- Gosto também de Mercedes. Eu acho um carro maravilhoso.

Ainda debatemos sobre velocidade e potencia e tenho certeza que Paul ficou impressionado com meus conhecimentos. Chegamos a um lindo restaurante. Seu estilo clássico exalava luxo. Ele cumprimentou o atendente que logo nos levou a uma mesa em um ambiente privado, com uma linda decoração e uma sacada que dava vista para o Rio Tamisa. Era lindo, as luzes tornavam tudo ainda mais encantador. Antes de nos sentarmos ele me levou para a sacada e ficamos ali juntos admirado a vista arrebatadora. Londres conseguia ser mais encantadora a noite.

- Venha, vamos escolher o que vamos jantar.

Ele foi muito cavalheiro a noite toda e ri de muitas histórias que ele contou. Queria poder retribuir o afeto que ele estava desenvolvendo por mim. Só que o que senti em todo meu encontro foi uma amizade muito grande por ele, uma pessoa que queria ter por perto e estar junto quando precisasse. Paul era merecedor de um grande e arrebatador amor, algo que meu coração não poderia oferecer a ele.

Depois de o excelente jantar ele me levou de volta para o hotel e fomos para o bar estender a noite.

- Eu gostei muito de sair com você. – ele disse carinhosamente. – Você é uma pessoa surpreendente Isabella. Um homem vai conseguir quebrar suas barreiras, temo que ele não seja eu.

Eu corei quando ele revelou o quanto percebeu.

- Desculpa por não poder lhe dar mais que minha amizade. – disse numa tristeza sincera. Ele tocou a minha mão. Dedos a acariciavam de forma gentil.

- Somos dois adultos Isabella. – ele disse rindo – e não dois adolescentes achando que é o fim do mundo a garota mais bonita da escola não corresponder as minhas tentavas.

Precisei rir com ele e vi as horas. Eram duas horas da manhã. Tinha reunião cedo com Edward.

- Pode me ligar sempre que quiser ter bons momentos. Amigos também têm encontros fabulosos. – ele disse se levantando.

- A noite foi especial Paul.

Depois de um abraço eu fui para meu andar. Tirei os sapatos no elevador e me dei cara com Edward na minha porta. Será que algo tinha acontecido com Nessie? Olhei minha bolsa e peguei meu celular no desespero verificando chamadas ou mensagens perdidas. Droga!

- Edward por que Alice me ligou? O que aconteceu? Nessie...

- Ele satisfez suas vontades? – disse num tom amargo. – Nunca imaginei que você fosse tão baixa... uma caça-maridos... todas são não?

Vi vermelho, mas lembrei de Nessie.

- Aconteceu algo com Nessie? Alice me ligou.

- Você é baixa demais! – ele cuspiu as palavras e eu então me esqueci de Nessie. Taquei meus sapatos nele.

- VOCÊ É UM IDIOTA RANCOROSO EDWARD! INCAPAZ DE DIZER PALAVRAS BONITAS A ALGUÉM! INCAPAZ DE SER CAVALHEIRO!

Ele se afastou desviando de meus sapatos e depois vi um vaso florido numa mesa que enfeitava o corredor. Era isso, ele ia engolir a porra do vaso. Peguei o vaso e ele se espantou, arregalou os olhos.

- SOU UMA QUALQUER? SOU UMA CAÇA-MARIDOS?

Taquei o vaso e não atingiu ele. Pena!

- Ficou maluca? Está bêbada?

- Bêbada eu estava quando aceitei esse emprego. QUANDO ACEITEI VOLTAR PARA ESSA MERDA DE EMPREGO QUE NÃO PAGA SEUS DESAFOROS EDWARD!

Eu agora vi minha bolsa no chão, minha raiva dizia para tacar mais isso nele, só que precisava me concentrar em ligar para Alice. Peguei o cartão de acesso dentro da bolsa e abri a porta e bati-a com fúria.

Eu sentei no chão do quarto chorando e me perguntando por que raios ele era assim comigo? Por que ele era assim com todo mundo? Eu tinha raiva de entender ele e saber que ele só fazia isso para afastar mais as pessoas. Eu queria odiar ele, mas eu sabia que era só raiva, que era dizer mais algumas palavras que o afetassem e tudo estaria esquecido em mim. Pensei em voltar para casa, pensei em ir direto para meu lar vazio. Só que sempre tinha Nessie, eu precisa dela. Olhar para ela e ver James. Chorava de dor e desespero.

Acordei no chão do quarto. Meu corpo doía e eu sabia que era porque tive uma péssima noite. Meu celular tocava em algum lugar e me levantei sem vontade para atendê-lo. Era Edward. Tinha umas vinte ligações dele. Merda! Eu não pedi demissão na noite passada, tudo que fiz foi jogar sapatos e vaso na cabeça dele. Continuei ignorando enquanto ia para o banheiro. Um banho longo, mas que não lavou toda merda da minha vida. Arrumei-me e vi as horas. Eram nove horas e Edward já deveria estar em seu compromisso com o fornecedor de frascos. Que se danasse toda aquela empresa de cosméticos e vi que na banca do meu banheiro era só produtos da empresa dele. Alice tinha me dado de tudo.

- MERDA! – Gritei revoltada porque estava rodeada de Edward. Joguei tudo no chão de maneira que o barulho foi quase ensurdecedor. E acabei na tentativa de exorcizar ele me cortando. O sangue começou a jorra e eu fiquei assustada. Procurei uma toalha e me vi desesperada. Eu acho que precisaria de uns pontos. Era normal sangrar assim? A toalha branca ficou vermelha e eu pressionava com a outra mão sem muito sucesso.

- O que aconteceu? – A voz de Edward atrás de mim me deixou um pouco aliviada por ter ajuda e envergonhada. Ele estava com outro homem atrás dele, um funcionário do hotel.

- Eu... acho...

Eles olharam para a bagunça que tinha feito há poucos segundos e corei de vergonha. Edward olhou para mim e a toalha.

- Eu assumo daqui. Peça para alguém vir limpar isso. – ele disse e o homem rapidamente sumiu de nossas vistas. – Venha, acho que precisa ir para um hospital. Está sangrando demais.

Eu fui com ele. Ele pegou meus documentos e nos dirigimos a uma emergência indicada pelo gerente do hotel. A dor aumentava e queria gritar de dor, ele me olhava como se perguntasse como eu estava, mas não dizia nada, ele dirigia rápido e foi muito mais rápido ao estacionar e gritar por ajuda. A essa altura, minha roupa tinha gotas de sangue e a toalha estava bem danificada apesar de estar pressionando bem.

- Ela se cortou. – ele disse quando vieram.

E depois disso foi uma sucessão de acontecimentos que passaram quase despercebidos porque estava imersa em meus pensamentos. Logo um médico me atendeu e fez a sutura. Levei cinco pontos e pelo que o médico disse eu fiz um estrago muito bom. Ele mandou eu me consultar assim que chegasse a Grécia.

Sentia-me leve demais, deveria ser os remédios que tomei. Entrei no carro e um Edward totalmente diferente estava do meu lado. Ele não falou comigo em nenhum minuto e só parou para comprar os remédios que estavam na receita médica. Voltamos para o hotel à tarde e meu estômago estava com reclamando. Eu não tomei café da manhã.

- Estou com fome. Muita fome.

As palavras saiam da minha boca sem filtro. Edward me olhou e depois me levou até meu quarto. Ele estava arrumado e totalmente limpo. Ele entrou e chamou o serviço do quarto. Sentei numa poltrona na pequena sala e ficamos nos olhando, ele em pé e eu sentada.

- O que deu em você Isabella? – ele perguntou sério.

- VOCÊ! VOCÊ!

Ele arqueou as sobrancelhas e eu sabia que tinha iniciado uma conversa que não teria mais como terminar. Porra eu estava sob efeitos de remédios!


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem da musica hein! bjs e aguardo muiiiitos reviews desse capitulo! Ah e por favor não queiram matar a pobre autora nem co-autora ok!