Intermissão escrita por Miss Stilinski


Capítulo 14
13.


Notas iniciais do capítulo

Ei, pessoas! Olha eu aqui. Meu Deus, 50 comentários??? Estou MEGA feliz por isso *---*
Well, enjoy it ;)



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Ane pulou e segurou mais firme a toalha contra o corpo, mas não gritou. Ela queria ter o feito, contudo, a surpresa fora maior. E fora que seus pais estavam no andar debaixo.


— O que faz aqui? sussurrou Ane, incrédula.


Will deu de ombros e deitou-se na cama da garota e deu um tapinha ao lado dele para que esta se deitasse no lugar indicado.


Ane o encarou, sem se mover de seu lugar. Will ergueu uma das sobrancelhas e voltou a se sentar, a olhando de cima a baixo. Ele sorriu e deu de ombros novamente.


— Tudo bem, pode ficar em pé. A visão está mesmo muito boa. — Disse. Ane arregalou os olhos ao perceber que ainda estava de toalha. Embora eu preferisse senti-la, se é que me entende e piscou.


— Saia daqui, William — só o que ela pôde dizer foi isto; mesmo que seu coração quisesse que ele a sentisse de todas as formas possíveis.


Como ela conseguia fazer aquilo? Uma hora queria Embry e agora queria Will. Porém, com o Will era diferente. Só de vê-lo ali, em sua cama, em toda sua glória, seu coração explodia de amor e necessidade de que ele se lembrasse dela.


Era como se seu mundo girasse em torno de Will, fazendo que Ane esquecesse de tudo e todos. Era uma sensação diferente.


— Ah, eu não pretendo ir embora agora.


— E por que você não vai embora agora? — Ane o desafiou, arrancando uma risada baixa e gutural dele.


— Eu quero vê-la. Vê-la de verdade. Quero conhecê-la — ele respondeu.


— Você já me conhece disse Ane e Will a fitou. Antes que ele abrisse a boca para perguntar, Ane perguntou primeiro: — Como assim me ver de verdade?


Ele sorriu.


Assim ele se levantou e foi até Ane. A essa altura, o coração de Ane batia a toda velocidade.


Will parou a centímetros da garota e esticou o braço, tocando a parte da pele dela exposta. O frito que era a pele de Will em contato com a quente de Ane. Dedos mármoreos em contraste com apele extremamente branca de Ane. Tão iguais. Tão diferentes.


Os dedos de Will desceram até a toalha, parando ali e olhou para Ane, que o olhava antes mesmo de este levantar os olhos. Dois pares de olhos; verdes contra vermelhos. Ele hesitava, pela primeira vez. Havia algo nos os olhos de Ane que o fazia ter medo de tocá-la e tentar seguir em frente. O que ela estava pensando?


Ele afastou os dedos brancos de Ane, lenta e cuidadosamente, que seguravam a toalha. Ane protestou nem disse qualquer coisa, só queria saber onde tudo aquilo ia parar. Se ela senti-lo. Como ela sempre quis. Subitamente, Ane lembrou-se de Bella. Em como ela descrevera que vampiros eram... fortes. Então por que ainda não se afastou?


— Sabe o que eu não entendo? — Will indagou sem tirar os olhos dos de Ane e muito menos tirou a mão da toalha de Ane, que não respondeu à pergunta de Will, impulsionando-o a continuar. — Por que ainda está com aquele fedido, se o seu corpo anseia pelo meu toque?


Ane não respondeu, apenas continuou a fitá-lo, querendo que este visse a saudade em seu olhar, que ele se lembrasse dela e não porque a desejasse desse jeito.


Mesmo assim, ele prosseguiu com suas perguntas retóricas.


— Por que simplesmente não aceita? Por que não fica comigo? Não escolhe a mim? Nós podemos nos conhecer. Eu posso ser bom para você. —  Ele dizia isso, mas a verdade não aparecia em seus olhos agora frios e calculistas. Nem o reconhecimento.


Os dedos dele se moveram, mas Ane pareceu acordar e segurou a mão dele. Ambos se olharam.


— Não — disse Ane. Will piscou. — Quer saber o por que de eu não o deixar levar isto adiante?


Ele esperou.


— Porque eu não te conheço.


— É por isso que eu quero conhecê-la! — exclamou Will, se afastando dela e indo fechar a porta do quarto.


— O pior disso tudo é que você me conhece. Ou, pelo menos, costumava conhecer —  Ane prendeu a toalha ao corpo e sentou-se em sua cama.


— Eu nunca entendo o que você diz. E no entanto, eu estou sempre voltando para você.—  Ele se sentou ao lado de Ane e pousou a mão na coxa da garota. — E você sempre volta para o outro. Todas me querem, menos você.


Ane riu, sem humor, e tirou a mão de Will de sua perna.


— Ao contrário. Eu o quero mais do que as outras — disse ela.


— E por que não se... rende?


— Quando você se lembrar quem eu sou, meus braços estarão abertos e meu coração, também. Mas, por enquanto, eu vou dar uma chance para aquele que não se esqueceria de mim nem se quisesse — respondeu Ane, sentindo que seu coração fosse partir mais do que já estava partido.


— Eu posso amá-la mais do que ele — Will tentou, mas ainda não era bastante. E as lágrimas já escorriam pelo rosto de Ane.


— Não é o que eu quero ouvir, Will — ele fez uma careta ao ouvir o sem de seu nome sair estrangulado na voz de Ane.


— Eu digo que posso amá-la e você diz que não é o que você quer ouvir? Ele balançou a cabeça.


— Você não entende, não é? — Ainda caíam lágrimas do rosto da garota.


— Então me ajude a entender! Porque eu não sei e não entendo!  —exclamou ele, exasperado. — Você diz que eu a conheço, mas não responde o por quê. Eu digo que posso amá-la, mas responde que não é isso que quer ouvir. Digo que eu a desejo, mas você se recusa a se render. Eu não entendo você, Ane Bell.


Ela o olhou tão intensamente, que Will teve de recuar. Era como se... como se ela estivesse tentando lhe dizer algo com aquele olhar. Um olhar, que el teve quase certeza de conhecer de algum lugar. Porém, infelizmente, nenhuma luz acendeu-se acima de sua cabeça. Ele queria que isso acontecesse desesperadamente.


Ao ver que ele não diria nada, Ane desviou o rosto. Agora, era quase impossível parar de conter as lágrimas de descerem pelo seu rosto de porcelana.


— Acho... acho melhor você ir disse Ane, ainda sem olhá-lo.


— Não posso ficar aqui?


Ane negou com a cabeça.


— Por que você vai ficar, se amanhã eu vou voltar para os braços de outro? — respondeu Ane com outra pergunta.


Will a fitou. Pela primeira vez, ele sentiu uma dor tão cortante que parecia que ser coração há muito parado iria se pertir.


Ele se levantou e foi para a janela. Não conseguia dizer nada, ela o estava mandando embora. E aquilo doía. Mais do que ele imaginara. E, por algum motivo, aquilo o fez perceber que a amaria de qualquer jeito. Ele acharia um modo de descobrir o que Ane quis dizer com todos aqueles enigmas.


Ane o observou pular a janela. Ela ainda podia sentir o cheiro de Will; ainda podia sentir o toque queimar sua pele. Ela fechou a janela e colocou seu pijama. As lágrimas escorriam pelo seu rosto.


Apagou as luzes e deitou-se. Ane adormeceu ainda com os olhos molhados e o travesseiro com o perfume de Will.


(...)


— Ane — ela ouviu uma voz ao longe chamá-la. — Ane. — A voz agora estava mais perto. Ela sentiu alguém tocar seu braço e sentiu perfume de Nessie.


Ane abriu os olhos e viu o rosto perfeito de sua amiga bem perto do seu. Ela se sentia exausta, havia chorado mais do que poderia imaginar. E, a julgar pela expressão de Renesmee, ela também havia percebido.


Nessie a ajudou a levantar-se. Ane olhou em volta à procura de sua mãe, Jacob ou Embry. Mas encontrou apenas Nessie ali.


Seus olhos arderam e Ane abraçou a amiga, tentando colocar tudo o que acontecer a noite passada naquele pequeno gesto. Nessie a envolveu com um braço enquanto o outro foi para o rosto de Ane.


Will, afirmou Nessie com seu dom.


Ane assentiu e começou a chorar. Dessa vez, Nessie não precisou dizer ou fazer algo; apenas abraçou Ane, consolando-a de um modo silencioso, mas que significava muito.


Depois que Ane conseguiu se recuperar, enxugou as lágrimas e olhou para Nessie.


— Onde está Jacob e Embry? perguntou com a voz rouca.


— Fazendo patrulha. Embry me pediu para buscá-la — respondeu Renesmee. — Você está bem? Para ir à La Push?


Ane assentiu, respirando fundo.


— Não posso... Eu não quero me lembrar da noite de ontem.


— Quer falar sobre isso? — Nessie inclinou a cabeça. Mas Ane negou com a cabeça e olhou para a porta fechada; falar sobre a conversa que tivera com Will doía e não ajudava em nada. — Tudo bem, então. Mas saiba que eu sempre estarei aqui.


— Literalmente — riu-se Ane e Nessie ficou feliz em ver a amiga brincar, que nem ficou abalada com o comentário.


— Ei! — Nessie sorriu.


Depois de algum tempo em silêncio, Ane suspirou.


— É melhor eu ir tomar um banho. Talvez ver Embry me ajude a... — Ane não completou a frase e Nessie nem precisou que o fizesse.


— Vou esperá-la aqui — disse Nessie solenemente. Ane sorriu e saiu do quarto.





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Notas finais do capítulo

Espero que gostem e...
Comentem!



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