O Corvo escrita por Jhiovan


Capítulo 7
Capítulo 6 - História


Notas iniciais do capítulo

Nossa, cansei. Escrevi em menos de duas horas. Rsrs Este capítulo deve responder algumas perguntas de vocês, mas nunca se pode revelar um mistério totalmente. É super importante para entender a história da fic e do Corvo, é claro. Então boa leitura!



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Amanda estava exausta. Seu pé latejava. Porém não podia se sentir mais orgulhosa, por ter alcançado seus objetivos junto a Corvo. Mesmo com ela tendo ajudado ele e não o inverso. Ao chegarem ao refúgio deles, não fez outra coisa a não ser descansar. Corvo até parabenizou-a por ter feito um bom trabalho. E disse que aquele era apenas o começo de tudo.

Entretanto, Corvo nunca parecia cansado, ou mesmo ferido. Ele continuava com o espírito pronto para um bis. Se Amanda ao menos pudesse ver seu rosto poderia tentar saber como ele se sentia. E pelo que ela o conhecia, tinha a certeza de que qualquer pergunta seria respondida com indiferença. Precisa conhecê-lo mais a fundo. Queria entendê-lo. Aquelas perguntas foram se juntando em sua mente enquanto estava na banheira. Após se arrumar foi para a sala principal, onde ele estava tocando novamente o longo piano de cauda. Aquilo lembrou a ela sobre sua antiga pergunta.

– Corvo... – Amanda o chamou enquanto continuava a tocar – Acho que você ainda me deve uma explicação. Não me contou como conhece aquela música e por que falou que era popular.

Ele parou então se passou um tempo no silêncio com a ausência do som do piano.

– Amanda, eu lhe falei que a história é longa. Quer mesmo ouvi-la? – Amanda balançou a cabeça positivamente. – Sente-se – e assim ela o fez. – Para que você entenda, preciso contar como tudo começou.

E Corvo começou a história. Era a história dos antepassados de Amanda, a que ela já ouvira sua mãe contar alguns fatos. E começou desse jeito:

– O mundo estava com mais pessoas do que poderia suportar. A água potável não era suficiente, assim como a alimentação. Os seres humanos possuíam muitas coisas que não eram essenciais para a sobrevivência. Idiotas! Do que serve tanta tecnologia, se não é possível produzir o que realmente é necessário?! E assim começaram. As guerras. O presidente desse país mentiu dizendo que era preciso atacar os países que possuíam condições para que seu povo sobrevivesse. Mas na verdade, era uma desculpa. Seu objetivo real era matar o numero máximo de pessoas para que os poucos sobreviventes vivessem em conforto.

Porém não foi assim que aconteceu. Bombas capazes de destruir países foram acionadas. Mísseis e mais mísseis foram apontados para diversos países com “condições de vida”, perfeitamente calculados. Esse é o ser humano usando sua inteligencia para o mau. Em síntese: aqueles babacas se destruíram aos poucos.

Se os políticos tivessem usado seus próprios corpos gordos em combate seria algo totalmente diferente. Mas eles acabaram com vidas de terceiros, Amanda! Obrigaram todos os jovens do país a se alistarem. E para isso, tinham na mira as famílias deles. Prometiam acabar com a vida delas caso se recusassem. O mundo estava um caos. E no meio disso tudo, em algum momento surgiu esta canção. Era uma popular canção entre as famílias, geralmente cantada por mães para seus filhos para trazer-lhes esperanças.

Caso você preste melhor atenção Amanda, verá que a letra se trata sobre uma metáfora de um pássaro que está reprimido em sua gaiola e não sabe por que. E a segunda frase, que fala sobre um lar destruído e que tudo tem um fim, representa o ser humano destruindo seu planeta de origem e a si mesmo. Já a segunda estrofe, é um conselho para que ele se liberte da opressão. Por isso, após tanta guerra e destruição quando nós sobramos apenas, o Gubner, também conhecido como ex-presidente, proibiu esta música.


Amanda estava reflexiva. E quase em choque, pois eram muitas informações e surpresas para que seu cérebro processasse tão rapidamente. Corvo respeitou isso e ficou em silencio, deixando-a pensar. Não que ela não tenha ouvido algo sobre a história passada do mundo, mas nunca com tantos detalhes. Uma pergunta crucial lhe veio à cabeça, e com coragem perguntou:



– Agora só me responda: como sabe de tudo isso?


– Por que eu estive lá – respondeu com frieza – Eu lutei nessa guerra.

Este foi um dos momentos mais “íntimos” que eles tiveram. Finalmente, Amanda sabia de sua história. Pelo menos a parte mais importante dela. Agora ela podia entendê-lo melhor. Subitamente, Amanda tomou uma atitude perigosa. Abraçou o Corvo fortemente. Pelo jeito que seus músculos ficaram rígidos, ela imaginou que ele estava nervoso. Mas não deixou de abraçá-lo, então seu copo relaxou. De uma forma um pouco desconfortável, Corvo posicionou seus braços sobre as costas de Amanda abraçando-a também. Aquele era um sinal de confiança. Ele finalmente contara algo pessoal a ela. Permaneceram abraçados por um tempo. Até que Corvo educadamente se retirou do abraço.

– Amanda. Eu não posso. Nós não podemos... – ele disse em tom triste.

– Eu sei Corvo. Considere apenas como um agradecimento pela confiaça. Só isso.

– Bem, de qualquer forma temos uma revolução a cuidar. Se eu não estiver errado, o Gubner nesse momento já deve estar ciente do que aconteceu. E logo, colocará todos os homens-da-lei atrás de nós dois.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Comentem, por favor. E se você ainda não favoritou, faça. Caso queiram recomendar eu também agradeço. :)
Não perca o próximo capítulo!