Segredo! escrita por Pupils Nómada


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Novo capitulo... :3 espero que gostem!! ^^



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Tocou. Nathaniel saiu logo depois do toque, deitando-me um olhar antes de sair. Eu arrumava as minhas coisas devagarinho, até que Violette me chamou:

–Mana…

–Vio, esqueci-me de te dizer… eu vou para a biblioteca agora, desculpa… - -disse, ao lembrar-me que não a avisara pois nós sempre vamos para casa juntas.

–Não tem mal. Então eu vou andando.

–Sim. Tem cuidado.

Ela sorri-me enquanto pega na mala e responde-me:

–Tu dizes sempre isso. Obrigada.

Sorri-lhe como resposta e ela foi-se embora. Fechei a minha mochila, peguei nela e fui-me calmamente em direcção à biblioteca. Melody normalmente “persegue” Nathaniel nos intervalos, pelo que ainda tinha uns cinco minutos até ao toque para ela ir-se embora para o clubezinho dela. Cortei caminho para as máquinas de venda e tirei de lá um sumo de maçã. Calmamente encostei-me à parede, abri o sumo e bebi-o.

Finalmente tocou e eu fui de novo em direcção à biblioteca, deitando o pacote de sumo no lixo, pelo caminho. A biblioteca é no último andar de cima. Há poucas aulas lá em cima pelo que vê-se sempre muita pouca gente nas escadas que dá acesso ao piso superior, para cima.

Já não se via ninguém nos corredores. No momento em que corto para a esquerda para subir as escadas para o andar superior, deparo-me com Castiel, nos primeiros degraus, encostado à parede.

–O que tu fazes aqui? – perguntei-lhe bem admirada por o ver num lugar destes, sem ser para ir para uma aula.

–Vais ter com aquele representante de turmas, não é? – perguntou-me ele, ignorando totalmente a minha pergunta.

Aquilo chateou-me mas ao mesmo tempo magoou-me um pouco por dentro. A sua expressão de irritado irritava-me bastante, pois ele tornava-se um mimado nas alturas em que a faz.

–E se for, o que é que tens a ver com isso?

A expressão dele piorou imenso com a minha resposta. Era o que eu queria, mas bem no fundo não.

–Eu sabia… - murmurou ele. – Eu vi vocês a olharem-se durante a aula, uma e outra vez!

Houve um curto silêncio no qual se sentia o clima a pesar até que reparei em algo.

–Espera, como tu sabes?

Ele manteve-se calado, sem me responder, fixando ainda os meus olhos.

–Tu estavas a observar-nos porquê? – perguntei, agora mais curiosa.

–E se estivesse? – respondeu ele finalmente.

–Porquê?

“E porque raio quero eu saber?! Devia mas era ignorá-lo e ir ter com Nathaniel!”

Vi que ele ia para responder algo, mas interrompi-o.

–Vou-me embora! – disse, desviando o meu olhar do dele e desviando-me dele para poder passar e subir as escadas.

Ia para o segundo lance de escadas quando oiço algo a bater fortemente contra a parede. Olho para baixo e vejo que Castiel não saíra do lugar, mas que dera um murro na parede bem forte. Nunca o vira assim tão irritado.

Caminhei até à biblioteca, tentando afastar o meu pensamento do que agora ocorrera. Ao chegar, a porta estava apenas fechada a trinco. Abri-a e olhei lá para dentro, entrando logo de seguida.

Nathaniel estava num canto, ao pé de uma janela, olhando uma prateleira cheia de livros. Quando ouviu a porta, olhou para mim. Fechei a porta atrás de mim e fui até perto dele, encostando-me na prateleira mais próxima dele que apanhasse a luz do sol, para me aquecer.

Ainda bem que vieste. – disse ele, finalmente.

–Não tinha motivos para não vir. – respondi, poisando a minha mochila.

Ele sorriu-me levemente e aproximou-se um pouco de mim.

–Melinda… tenho algo de importante para te dizer.

“O que ele tem de tão importante para me dizer?”

–O quê…?

–Bem… é que… - ele corara bastante. É tão raro vê-lo tão corado como o cabelo do cabeça de tomate.

“Espera, porque tive que pensar nele numa altura destas?”

–Podemos sair juntos neste fim-de-semana?

Senti o meu coração apenas fazer mais uma batida até parar com o que acabara de ouvir e recomeçar tão aceleradamente como raramente o tinha sentido.

Ele esperava a minha resposta, de olhos brilhantes e completamente corado.

–Sim, podemos... – respondi timidamente.

Sentia-me tão nervosa que o meu cérebro parara completamente. Sentia que tremia um pouco as mãos, pelo que fechei-as em punhos, escondendo-as para que ele não notasse. Ele sorriu-me tão abertamente, mostrando os seus dentes tão brancos que iluminavam o seu sorriso.

–E o que queres fazer? – perguntou-me ele.

–N-Não sei… Já tinhas pensado em algo?

Bem… - ele fez uma pequena pausa. Notava-se no seu olhar que ele tinha o seu cérebro bloqueado como o meu e que tentava reorganizar as ideias. – E que tal irmos ao cinema?

–Ok!

“Isto não é um sonho, certo? Se for e se eu acordar, eu sou capaz de chorar…”

Senti algo quente tocar na minha mão escondida em forma de punho e olhei. Ele agarrara a minha mão. “De certeza que ele notou que eu estou a tremer ligeiramente!” pensei, enquanto soltava a mão e via ele a abri-la e a encostar a sua, entrelaçando e desentrelaçando os nossos dedos.

–Tens as mãos quentes… - dissemos sem querer ao mesmo tempo.

Ele deu uma leve gargalhada, envergonhado e eu só queria esconder a minha cara de tamanha vergonha, nervosismo e felicidade que eu sentia.

Tivemos um tempo assim. Já começava a ficar um pouco cansada por estar em pé mas não disse nada. Tinha medo que, ao dizer algo, ele decidisse ir embora. Eu sentia-me bem, realmente bem. Tão bem como quase nunca me sentia.

–Tu… sentes algo pelo Castiel? – perguntou ele, já sem o seu sorriso luminoso.

“O Castiel? Porquê o Castiel?! Porque é que aquela coisa ruiva tem que estar sempre a atrapalhar certas coisas importantes?”

–Pelo Castiel? Não, achas? Ele me irrita bastante!

–Mas estás sempre com ele.

–Não! Somos apenas amigos.

“Ele é que está sempre a aparecer à minha frente e farta-se de se meter comigo, de me irritar até eu explodir, de me provocar de mil e uma maneiras, todos os dias, sempre que me vê! É diferente!”

–Quando começaram as aulas parecia que já o conhecias. – comentou ele.

–E já… - murmurei entre dentes, de forma suficientemente audível para que ele ouvisse.

–E como se não eras de cá?

–É uma história engraçada… Nos últimos dias de férias de Verão eu tropeçara com um gelado na mão e ele estava no caminho.

O seu sorriso abriu-se de novo. Ele parecia ter-se divertido com a minha curta história.

–Devias tropeçar mais vezes à frente dele. – comentou ele, sorrindo-me.

–Achas mesmo? – repliquei.

“Parece que não te lembras do porquê de nos termos beijado!”

Ele desistiu da conversa e sem eu contar puxou-me delicadamente pela mão que me agarrava para os seus braços.

–Cheiras bem… - suspirou ele.

Ele logo me largou levemente e disse:

– Tenho que ir. Vai haver reunião daqui a pouco.

–Ok… - respondi.

Ele sorriu-me levemente, e indo em direcção à saída, pegou na sua mochila e abriu a porta.

–Até amanhã. – despediu-se ele.

–Até amanhã.

E saiu. Fiquei um pouco quieta no mesmo lugar, antes de me dirigir para os sofás que ali haviam e me atirar para cima deles. Àquela hora a biblioteca deveria estar fechada, mas Nathaniel tem as chaves, pelo que pode vir aqui as vezes que quiser, quando quiser.

Fechei os olhos, apreciando o silêncio. De repente a porta abriu-se, de forma pouco ruidosa.

“Deve ser Nathaniel… Deve-se ter esquecido de algo.”

Abri os olhos, e levantei-me. Vi Castiel a aproximar-se a passos largos e então levantei-me.

–O que tu fazes aqui? – perguntei meia chateada por ser ele e por causa do que acontecera antes.

Ele ao aproximar-se de mim agarrou-me pela minha mão e puxou-me de repente para ele, agarrando-me logo de seguida pela cintura, para que ficasse muito próxima dele. Não tive tempo de dizer mais nada. Em um segundo, os lábios deles encontraram os meus e o seu gosto doce e viciante fez com que eu perdesse quase o controle de mim, apenas o suficiente para que não conseguisse me mover nem parar aquele beijo e apenas o continuasse, fechasse os olhos e aceitasse aquele beijo.


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Notas finais do capítulo

Ciúmes é tão kawaii!! Principalmente vindos de Castiel... :3
Até ao próximo capitulo! ^^