Um Caso escrita por Vtor V


Capítulo 2
Karine. Bela e feroz...


Notas iniciais do capítulo

DESCULPA PESSOAL... ESSE CAP. TA DIFÍCIL... TODO DIA EU POSTO UM PEDACINHO... FOI MAU... MAS LOGO VOU TERMINAR



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Agora que vou contar a história, gostaria que vocês soubessem de uma coisinha sobre mim... Eu não sou chegada a amigos! Se eu tiver um ou dois, já é grande coisa... Isso é um de meus vários problemas sociais.

Já estou entediando muito vocês então... Voltando a história:

Este caso começa com mais uma de minhas entediantes e tanto quanto rotineiras manhãs. Eu sempre acordava às 07:00 da manhã (obs.: eu também trabalhava em dias de sábado). Tomo meu café, sempre acompanhado de frutas e/ou cereais, e às vezes com suco de laranja. Saio de casa às 8:30, sem pressa. Meu carro tinha quebrado já se faziam meses em uma batida! Então, tinha que andar um pouco de casa até a estação de metrô da cidade vizinha, e nunca me atrasada, mas no metrô, eu sempre chagava em horários bem inconvenientes, como o horário de pique por exemplo. Todos os dias no caminho, eu passava em frente à casa da minha tia Marie, então, aproveitava para ver se ela estava bem. Ela era a minha ultima parente de sangue que estava viva, já que toda a minha família já havia morrido em um incêndio, numa comemoração de natal. Digamos que, todos estavam lá trocando presentes e fatiando o peru, quando meu primo Níbio, derrubou uma vela da mesa, que magicamente bateu na cortina de seda da minha avó (todos os natais, nós passávamos na casa do meu avô). Em cerca de segundos a casa inteira já estava em chamas, atraindo a atenção de todos que estava na extensa varanda deles. As portas já estavam queimando quando foram sair de lá, só dando tempo para meu tio Pedro, ligar para minha tia, que tinha se recusado a ir para a comemoração de natal, por conta da briga que teve com meus avôs, ela ficou desesperada, e ligou logo para os bombeiros, que quando chegaram lá, já era tarde.

Minha tia entrou em depressão, e quando eu recebi o seu laudo médico indicando a doença, eles me disseram que ela tinha desenvolvido desde seus 27 anos, uma doença rara consistida na dissolução dos órgãos, perda de memória e dos movimentos do corpo. Fiquei muito triste ao receber a notícia no meio de um caso caótico em que me envolvia na hora do ocorrido. Um marido que teve de matar a família devedora a traficantes, para salvar a sua vida e de sua esposa e filha. Eu não consegui superar direito, mas acho que minha tia só não sofreu mais, por conta de sua perda de memória, e pois eu não gosto de tocar no assunto nem com ela, e nem com ninguém.

Eu sempre chegava no trabalho por volta das 9:30 da manhã, um horário nada conveniente. Assim que eu chego no trabalho (já de cabeça quente) me via cercada pelo assédio de Marcos. Ele corria para perto de mim, e se ajoelhava-se diante de mim, prostrado aos meu pés e todo romântico me diz:

– Olá, minha linda. O que eu posso fazer por ti hoje? - diz ele com todo o ar de apaixonado para mim.

Lhe olho imediatamente irritada, fecho a minha cara e lhe digo com toda a grosseria a que em mim encontrei:

– Seu idiota, eu já disse que não te quero. Ou ainda hoje você para de me perturbar, ou te faço rebaixado ao setor de limpeza dos banheiros! - mas quando lhe vejo abaixar a cabeça e uma pequena e orgulhosa lágrima sair de seus olhos, meu coração não suporta.

Ao ver todos da organização parados ao nosso redor, me olhando om olhares de desaprovação, não me sinto em condição de continuar a bronca. então me agacho junto a ele, ponho as mãos em seus ombros, levanto seu queixo e lhe digo seriamente:

– Me desculpe, Marcos, eu te amo, mas não te desejo. Para mim você é mais que um amigo. - digo eu tentando lhe acalmar.

Ele se irrita, tira meus braços com suas mãos e em um movimento sai chorando e suspirando. Com ar de orgulhoso, para no meio do corredor e me diz soluçando:

– Entre tantas garotas, porque você Anne? Porque eu fui me apaixonar pela mais cruel e bruta de todas? - e volta a caminhar irritado.

Ao se levantar devagar e receosa, Anne, fica envergonhada. Com uma expressão de timidez, vê todos lhe olhando de uma forma reprovadora, mas logo todos saem e voltam para seus lugares tentando evitar um grande briga interna... Até que algo quebra o silêncio...Vindo de longe, deu-se para escutar um estrondoso grito:

– ELA JÁ ESTÁ QUASE ENTRANDO! - gritou Caio desesperado ao ver a Sra. Amanda abrindo a porta principal do prédio da organização.

Ao vê-la começo a rir. Um riso me vem diretamente de uma forma mágica. Já se faziam sete anos que eu não a via, e uma pesada saudade pesou em meu coração. Ela era minha madrinha. Cuidou de mim desde meus dezessete anos de idade, logo após a morte de meus pais e parentes. Sentia que ela também havia sentido minha falta, já que havia ido comandar um grupo de opositores contra más ações do governo russo.

Todos correram para suas devidas posições de trabalho. Haviam funcionários comendo e os que estavam jogavam no lixo, haviam alguns no banheiro, outros jogando e em redes sociais, e para a "surpresa" de todos (todos já sabiam...), um casal, no caso Fábio e Duda, estavam saindo almoxerifado recolocando suas roupas, após uma agitada "reunião" de prazeres. Fazendo todos rirem. Caio logo grita novamente, quando Amanda estava pondo seu pé dentro do prédio:

– Aí vem ela! - grita ele.

Corro para abraçá-la. Mas minha saudade não é nada bem correspondida. Ela me afasta de seu corpo e vai quase correndo ao encontro de Caio e lhe diz em sussurro ao ouvido:

– Não pense que só porque eu estou com a minha idade um pouco avançada eu não pude escutar os seus comandos para os outro funcionários mau caráter que finjem que aqui não tem regras. Eu vou deixar passar desta vez, mas no caso de que eu lhe frague novamente em uma dessas situações, ai bom... - ela para de falar e dá um risinho sarcástico, e logo continua - Você estará encrencado! - e lhe empurra para longe dela.

Ela se vira rapidamente e grita a todos que estavam no pátio:

– VOCÊS VÃO ESTAR ENCRENCADOS A PARTIR DE HOJE! - ergue mais o seu pescoço e com um ar de desprezo e nos diz - Não sabem o que é passar vergonha por conta de uma equipe incoveniente e desobediente.

Ela se abaixa, arruma seu vestido militar, se vira a mim e me diz:

– Aí está você Amy - diz ela a mim, tentando segurar sua firmeza diante do seu pessoal - Por qual motivo ainda não está em seu posto de trabalho? - pergunta.

Paro de andar, me sinto desconfiada, até que, ela arregala seus olhos para mim e após um ato de desentendimento meu, ela os enruga. A partir daí entendo o que ela realmente queria que eu fizesse. Então vou a seu encontro e lhe sussuro, lhe fazendo prestar atenção:

– Mas a senhora sabe que meu nome é Anne! - fico logo triste.

– Sim Appie, o que você quer? Já está me tirando a paciência - pergunta ela olhando para os lados e querendo que eu parecesse conformada com seu comportamento.

– Eu queria lhe ver. A senhora está bem? Já que se passaram sete anos, espero que tenha boas histórias para me contar de sua longa viagem. Confesso que eu gostaria muito de ficar um tempinho com a senhora. Liderar grupos contra o governo deve ter sido bem difícil! - digo eu singelamente

Ela me olha cautelosamente de forma brutal e agressiva, enruga os seu olhos e me diz, tentando me acalmar os ânimos liberando toda a sua ira em cima de mim:

– Minha filha, eu lhe amo muito, mas, não vou aturar esse seu comportamento cheio de moleza neste estabelecimento. Ou você se ajeita ou... - ela paralisa sua fala e continua a me dizer - Venha comigo para minha sala, caso você não possa ir agora, eu estarei lhe esperando.

Eu abaixo minha cabeça me sinal de respeito, e lhe respondo tentando ser educada e minimizando minha raiva:

– Tudo bem senhora - lhe digo - Vou só bater meu ponto! Acabei de chegar. - e então saio apressadamente.

– Ótimo... - ela se vira para trás, analisa a sua volta, e vê um segurança - Jonas... - ele era um dos guardas com rádio do prédio - Me empreste seu rádio, sim? - pede ela.

Ele olha diretamente para ela e responde prontamente:

– Claro senhora. Tome. - logo ele fica curioso e pergunta a ela - Mas se for da minha conta... A senhora poderia me responder para que quer?

Ela olha para ele, e com um belo sorriso sarcástico lhe diz a fim de preocupá-lo:

– Se se interessa... Eu irei chamar a... - ela começa a rir, e então continua - ..."Maldócia"!

...

Enquanto eu ia para a sala de minha madrinha, me deparo com a figura de uma bela moça. Com pele meio escura, cabelos castanhos claros e ondulados, bem formada e definida. Com ar de superioridade me olha e me ignora. Naquele momento eu confesso que senti inveja dela, mas eu nunca imaginaria o motivo pelo qual ela estava aqui, já que eu nunca havia lhe visto antes.

Ao continuar minha caminhada até a sala da "comandante", eu ao entrar no elevador, vejo Caio lá dentro. Ele estava suando, parecia angustiado. Curiosa eu lhe pergunto diretamente:

– O que foi que houve Caio? Está todo suado.

– N-nada Annie. Só estou nervoso. Só isso - respondeu-me ele ofegante.

Eu desconfio, e não desisto de saber. O encosto na parede e o prendo:

– Caio. Você vai me dizer agora o que está acontecendo. Ou eu conto a todos o que aconteceu no verão de 2006, quando você se... - e neste momento as portas do elevador se abrem e haviam pelo menos umas sete pessoas o esperando.

Na posição em que nós dois estávamos, parecia que nós dois estávamos nos pegando no elevador. Caio fica logo vermelho. Eu cubro meu rosto com a minha mão e saio apressada.

Ao chegar a sala da minha chefe, eu tenho uma enorme surpresa ao encontrar a mesma em sua sala acompanhada da que eu havia visto anteriormente (a tal moça). As duas olham diretamente para mim com um olhar de "finalmente''. Eu subitamente começo a tremer, temerosa. Esperava o pior ao ver as duas juntas. Logo minha madrinha diz:

– Agora que as duas já estão juntas aqui em minha sala, irei apresentá-las para que fique um ambiente agradável. Anne está é Karine. Karine esta é Anne.

Ela se vira para mim de um jeito animado, ela me pareceu retardada. E em sinal de educação logo me diz com os olhos arregalados:

– Prazer. Me desculpa ter te ignorado naquela hora. Pensava que era alguma maloqueira má vestida, que no futuro iria derramar comida em mim e diria que foi sem querer. - e paralisa com os olhos arregalados e olhando para o chão.

Fico aliviada por conhecê-la, mas eu me assusto com seu jeito. Começo a sentir vontade de me afastar, mas me seguro e então fico feliz pela madrinha ter lembrado meu nome. Brevemente ela volta a falar conosco:

– Sinto-me feliz em ver que as duas novas companheiras se deram muito bem - comenta ela toda satisfeita.

– COMPANHEIRAS? - grito eu desesperada com a ideia. - Não sei se essa é uma boa ideia!

– Pode ter certeza de que é! Eu avaliei o perfil das duas e vi que são bem mais compatíveis do que imaginam. É pura lógica! - e cruza todos os dedos das mãos.

Nós duas nos entreolhamos e Karine sorri para mim. Eu já afita, sorrio em sinal de compreenssão. Mas me contento me levanto e saio da sala com raiva. Cinco segundos depois, vinha Karine correndo atrás de mim, fazendo com que todos prestassem atenção em nós duas. Logo eu a intercepto dizendo:

– O que pensa que está fazendo? Ficou louca? - pergunto eu cobrindo o meu rosto.

Ela deita a cabeça como se não tivesse entendido a pergunta e então me diz toda inocente:

- O que eu fiz de errado? - pergunta ela - Só estou lhe acompanhando. Sou sua parceira né? - e sorri para mim.

- Não - grito eu - Eu não sou sua parceira, você é uma menina "louca", que por puro azar foi escalada comigo em um caso que a gente ainda nem sabe qual é, e não pense "nunca" que eu sou sua amiga! - e saio eu bufando de ódio.

E ela enruga seus olhos em sinal de ira e grita no meio do saguão:

- Annieeee... Volte aqui agora! Eu fui escalada com você e agora você vai trabalhar comigo do seu lado, bem queira ou não! é um caso sério e você "vai levar a sério. Sua nojenta. - e faz uma expressão de nojo repentina.

Eu me viro lhe olho nos olhos e vejo... Fogo. Uma coisa que não via nos olhos de ninguém a muito tempo, vejo decepção e vejo bravura, a partir daí eu sinto que minha madrinha sabia o que estava fazendo na hora em que nos escalou em equipe. Karine poderia me completar. Então eu lhe respondo firmemente:

- Nojenta é você, sua maltrapilha! Agora venha aqui e vamos para minha sala resolver sobre... "Negócios". Temos muito trabalho a fazer, e quero lhe ver afiada, mas antes, vamos falar sobre suas experiências em casos comuns.

Ela sorri. Tão brilhante, e vem correndo ao meu encontro saltitante. E ao ficar ao meu lado lhe sussurro ao ouvido:

- Se gritar em público como se estivesse me dando ordens de novo, eu te mato. E mato bem! - levanto o dedo para dar ênfase.

Ela dá um sorriso tímido e seguimos o caminho para a minha sala no escritório.



































































































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Notas finais do capítulo

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