Somos Tão Diferentes escrita por Larissa Cavallari da silva


Capítulo 43
Coração Partido.


Notas iniciais do capítulo

#HELLO ! Eaai como vocês estão hoje hein?? Boom, eu estou OTIMA, graças á Deus minha vida esta muuito melhor, as coisas finalmente se acertaram, :D , aaah, ME PERDOEM por ter demorado, eu realmente iria postar antes mais é que eu estava meio apertada com os trabalhos da escola e as provas, então fiquei realmente sem tempo, Mais eu conseguir escrever o capitulo #HUHUU !
Eu particularmente gostei desse capitulo, >.< , Só faltam mais quatro ou três capitulo para a FIC acabar , :/ então já podemos começar com os "Adeus" rsrs', Boooooa leitura e OBRIGADO PELOS OS REVIEWS !! ;)



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Canto minha vida com orgulho

Na minha vida tudo acontece
Mas quanto mais a gente rala, mais a gente cresce
Hoje estou feliz porque eu sonhei com você
E amanhã posso chorar por não poder te ver
Mas o seu sorriso vale mais que um diamante
Se você vier comigo, aí nós vamos adiante

Com a cabeça erguida e mantendo a fé em Deus
O seu dia mais feliz vai ser o mesmo que o meu
A vida me ensinou a nunca desistir
Nem ganhar, nem perder mas procurar evoluir
Podem me tirar tudo que tenho

Só não podem me tirar as coisas boas
Que eu já fiz pra quem eu amo
E eu sou feliz e canto e o universo é uma canção
E eu vou que vou

História, nossas histórias
Dias de luta, dias de glória 4x

Oh minha gata, morada dos meus sonhos
Todo dia, se pudesse eu ia estar com você
Já te via muito antes nos meus sonhos
Eu procurei a vida inteira por alguém como você
Por isso eu canto a minha vida com orgulho
Com melodia, alegria e barulho

Eu sou feliz e rodo pelo mundo
Sou correria mas também sou vagabundo
Mas hoje dou valor de verdade pra minha saúde,
pra minha liberdade
Que bom te encontrar nessa cidade
Esse brilho intenso me lembra você

História, nossas histórias
Dias de luta, dias de glória 4x

Hoje estou feliz, acordei com o pé direito
E vou fazer de novo, vou fazer muito bem feito
Sintonia, telepatia, comunicação pelo cortex bum bye bye

­— Chorão 1970-2013

dia 06/03/2014 faz um ano que chorão morreu, mais sempre permanecerá em nossas memórias, porque musica boa nunca morre, e um ídolo não morre, vira lenda, e chorão se tornou mais que uma lenda, se tornou um símbolo, um símbolo que farei questão de mostrar para meus filhos.

“Só Os Loucos Sabem” #ChorãoEterno

POV ROSELIE*

Depois de um tempo ali, paralisada fixando aquele celular, foi que percebi que eu estava literalmente ferrada.

Eu estava ficando vermelha, e me sentia estranha, mais porque? Minhas pernas estão ficando mole, pisquei algumas vezes e foi ai que percebi que eu não estava respirando.

Soltei o ar, e respirei, pesadamente. Os médicos passavam por mim, correndo, acredito eu para cuidar dos pacientes, as enfermeiras passavam com bandejas, injeções e outras coisas, crianças, mulheres em cadeiras de rodas, todos passavam por mim sem nem perceber que, ali, na frente deles, estava uma menina, assustada e implorando por socorro.

Assim que sai do transe olhei ai redor, totalmente indefesa, o que você faria se, o cara que te estuprou estivesse com o cara que você gosta e a sua irmã nas mãos, e estivesse te ameaçando e mandando você ir ao encontro dele sozinha?

Já sei, você também não sabe o que iria fazer.... Ótimo !

Respirei profundamente e resolvi descer para o andar de baixo, pelas as escadas, assim eu teria tempo para pensar, assim que cheguei no térreo encontrei Peter sentado teclando alguma coisa no celular.

Pelo o seu sorrisinho bobo, tenho certeza que estava falando com Bárbara, sorri, afinal, depois de tudo Peter merece alguém que o faça realmente feliz, e Bárbara me parece ser esse “Alguém”.

—Peter... —Sussurrei assim que cheguei perto dele, ele ergueu os olhos e seu sorriso logo desapareceu.

—Você estava chorando? —Ele perguntou guardando o celular e se levantando.

—Não. Sim. Ah, dane-se, isso não importa agora... Eu quero te pedir um favor. —Falei massageando minha nuca, me sentindo encurralada com aquela situação.

—Claro, pode fala. — Peter disse me olhando atentamente, como se estivesse tentando ler meus olhos, e isso me incomodou.

—Peter, eu vou sair da cidade por um tempo ma...

—Sair da cidade!? —Ele disse me interrompendo. —O que? Não, espera, como assim sair da cidade? Sua mãe ta morrendo, você não pode deixar ela assim, sem mais nem menos ! — Peter disse agora me olhando com um olhar indignado, me pegando pelos os ombros e me segurando firme, como se eu fosse uma louca.

—Deixa eu terminar? —Perguntei me esquivando de suas mãos. — Me escuta, eu preciso sair da cidade porque... Eu prometi pra minha mãe que traria Clarie pra casa antes dela morrer, e pretendo cumprir essa promessa. Não posso ficar aqui parada enquanto ela ta morrendo e vendo que minha promessa ta expirando, ela merecer ver a filha uma ultima vez, eu prometo que volto o quanto antes, eu só preciso tentar trazer a Clarie pela a minha mãe... E por mim. Porque quando minha mãe morrer eu não quero me arrepender com o pensamento de que eu não movi um dedo para cumprir minha promessa. Eu quero ter a certeza de que eu tentei trazer a Clarie, de que eu fiz algo para ajudar. Você entende? — Falei mentindo em partes, afinal, não podia contar a verdade, eu estaria colocando muitas pessoas em risco. O melhor era mentir.

—Sim Rose. Eu entendo... Então eu irei com você. — Peter disse cruzando os braços determinado.

—NÃO ! — Gritei arregalando os olhos, Peter me olhou franzindo o cenho, estranhando minha reação. —Quer dizer... —Falei praguejando mentalmente Por ter dado tanta bandeira. —Você não pode... Alguém tem que ficar aqui para dar apoio pra minha mãe, e você é a única pessoa em que eu realmente confio, eu preciso que você fique aqui, ao lado da minha mãe... Por mim. — Falei contornando a situação o mais rápido possível.

—Ta bom... Mais por favor Roselie, me liga, e pelo o amor de Deus, volte o mais rápido que puder. —Peter falou me abraçando, em seu tom havia um pouco de súplica, e aquilo fez meu coração se apertar. —Promete voltar rapidamente? —Peter disse sussurrando.

—Prometo... —Falei com a voz quase muda. Uma promessa inválida.

Me separei de Peter e sorri, recusei quando ele me ofereceu carona ate em casa e me despedi dele dando um breve sorriso, sai do hospital me recusando á me despedir dos meus pais... QUER DIZER, DA MINHA MÃE !

Afinal, ela não entenderia... Iria fazer muitas perguntas e isso não é bom.

Andei pela a rua, ignorando todos que passavam por mim, eu olhava para o chão, fixando meus pés, vários pensamentos passavam pela a minha cabeça.

O que acontecerá agora? Não sei, mais tenho a certeza de uma coisa, eu farei de tudo para salvar Braian e Clarie, nem que para isso eu tenha que dar a minha própria vida !

Ri sem humor com aquilo, que ironia, se fosse no começo do ano eu pouco me importaria se Braian estivesse em perigo, eu o odiava em todos os segundos da minha vida... Mais ele mudou... Ou foi eu que mudei ? Não sei, mais algo mudou, de repente o ódio se tornou algo mais... Leve ?

Logo percebi que havia chegado em casa, entrei correndo e subi as escadas, entrei no meu quarto e peguei uma mochila, peguei apenas algumas roupas e enfiei dentro da bolsa, de qualquer jeito, quanto mais rápido eu fosse, mais rápido eu voltaria...

Se é que eu vou voltar.....

Desci correndo, e parei no meio da sala, fixando aquele ambiente. Caraca, passei tantos momentos ali, momentos bons, ruins, detestáveis, impressionantes, momentos que ficaram gravados... Pra sempre.

Respirei profundamente e sair pela a porta, colocando meu destino nas mãos de Deus...

POV BRAIAN*

Meu corpo dói exageradamente, como se eu estivesse debaixo de uma grande e pesada barra de ferro, me mexi e logo me arrependi amargamente, estava tudo escuro, ou eu estava com os olhos fechados? Não sei, só sei que não estava sozinho, eu estava ouvindo um choro, um choro quase mudo.

—Ai... —Gemi me esforçando para sentar, minhas mãos estavam em carne viva, passei horas tentando puxá-las para me livrar daquela maldita corrente, o que me fez desmaiar de dor, mais eu estava determinado, e continuaria puxando minha mão ate arrancá-las fora se necessário !

Abri meus olhos e a pouca iluminação me permitiu ver que eu estava no mesmo quarto, no meio do meu sangue, olhei ao redor e, no canto do quarto avistei algo, ou melhor, alguém.

Um corpo pequenino, frágil e encolhido...

—Clarie? —Sussurrei com dificuldades para falar, parecia que eu havia engolido pregos.

—Você acordou... Pensei que tivesse morrido. —Ouvi uma voz tão fraca e tremula, que por breves segundos pensei que ela morreria ali.

—Chega mais perto, quero ver seu rosto. —Disse me sentando mais ereto, mesmo com o desconforto nas minhas costas. —Pode vir, não vou machucar você, eu prometo. —Falei vendo a hesitação dela.

Depois de alguns segundos, ela finalmente rastejou, o fato de ela não andar me deixou preocupado, será que o desgraçado do Derick quebrou a perna dela? Ou estava tão machucada que não conseguia andar?

Assim que ela chegou perto, o sangue ferveu em minhas veias, se eu já estava com vontade de matar Derick antes, agora aumentou mil vezes.

Clarie estava com o rosto completamente machucado, seu olho esquerdo estava absurdamente roxo e fechado, seu lábio estava inchado, e com pequenas bolhas vermelhas, no lado direito do seu rosto havia uma cicatriz enorme, cortando seu rosto desde a sua testa ate seu queixo, seu cabelo estava cortado, como Joãozinho, ela estava vestida com um pano velho manchado de sangue, seus braços tinham marcas de mordidas, queimaduras, e vergões vermelhos, sua perna esquerda estava toda cortada, e seu tornozelo direito estava em carne viva.

—Oh meu Deus... O que fizeram com você...—Murmurei arregalando meus olhos, incapaz de desviar meu olhar daquilo. — Eu prometo, que eles irão pagar, eu prometo princesa. —Eu sussurrei, sentindo uma lagrima escorrer dos meus olhos.

—Não, eu não quero vingança. Eu só quero sair daqui... —Clarie murmurou, secando minha lagrima com seu polegar sujo de sangue e terra.

—Eu vou te tirar daqui. —Falei determinado, fixando seus olhos agora não tão puros como antes.

—Obrigado... — Ela sussurrou, sorrindo fracamente.

—Porque ta agradecendo? Eu ainda nem te tirei daqui. —Falei sorrindo com aquilo, mais me arrependi, ate quando eu sorria doía. Foda !

Obrigado por estar aqui... Por me procurar... Por me achar... Por tentar. Obrigado. — Ela disse agora chorando, sem tirar o sorriso do seu rosto.

—Não agradeça agora pequena, agradeça quando nos dois estivemos numa sorveteria, comendo um enorme sorvete de flocos. —Falei sussurrando, ficando furioso por não poder abraçá-la, já que minhas malditas mãos estavam presas.

— Eu gosto de flocos... — Ela disse sorrindo levemente, fixando a parede acredito eu visualizando o “sorvete de flocos”

—Clarie...Eu preciso que você me diga... O que aconteceu depois que eu... Te vi naquele quanto? — Perguntei franzindo o cenho ao lembrar daquela cena absurdamente.... Horrível.

Ela paralisou e pode perceber um tremor percorrer seu pequenino e frágil corpo, logo seus olhos ficaram marejados, e seus lábios tremeram, como se ela fosse chorar, seu olhar que antes era de alivio por eu estar ali agora estavam amedrontados.

—Shhh... Tudo bem, não precisa contar, esquece okay ? Ta tudo bem. —Falei sussurrando, tentando acalmá-la, mais uma vez xinguei por minhas mãos estarem presas.

—Derick.. Ele a-atirou em você.... Mais n-não era uma b-bala, e-era alguma coisa, v-você cambaleou e cai desacordado... Depois eu só l-lembro que... Os homens que e-estão com Derick s-sairam do quarto com armas nas mãos, e-eu ouvi barulho de tiros, alguns gritos... Depois a-apaguei. — Ela disse fixando o chão, ainda com a expressão aterrorizada.

Fiquei ali, fixando seu rosto pequeno, Jack estaria morto? E os outros? Ah, droga, porque eu tive que meter eles nisso? Ta eu sei, eles são detetives é o trabalho deles... Mais, porra eles tem família... Filhos... Eu praticamente estraguei a vida de varias pessoas.

—Clarie. — Falei ainda refletindo sobre aquilo. —Eu quero que você me faça um favorzinho... Okay? —Falei forçando um sorriso, não sei se deu certo.

—Ta... Pode falar. —Ela disse voltando á expressão normal, me fixando atentamente.

—Eu quero que você tente esquecer aquilo que Derick fez com você... Promete tentar? —Falei fixando seus olhinhos pequenos, tentando lhe passar segurança.

—Prometo. —Ela sussurrou por incrível que pareça com segurança e determinação, e isso me fez sorrir. Ela puxou a Rose... Minha Rose.

POV ROSELIE*

A melhor parte de mim,

Leva o meu caminho ate você

Isso é o que me deixa mais forte

Me faz tão bem, me faz tão bem que perco o medo

E me sinto melhor, já posso enfrentar

Todos os meus problemas, pois agora sei...

Que quando acabar você vai estar aqui

Eu posso ver, posso sentir

Quando tudo acabar será você e eu

Mais uma vez, posso sentir... A melhor parte de mim

A musica tocava no rádio do carro, em volume alto, assim eu me impediria de pensar sobre minha situação... Que me leva á um único resumo: Morte.

Eu fixava a estrada á minha frente, incapaz de manter meus olhos secos, droga estou chorando.

No meu lado esquerdo só tinha mato, e no meu lado direito também, nem uma casa, comércio ou sinal de vida humana ou animal. Resumindo, o fim do mundo.

No fundo acho que aceito o meu destino, parei de procurar uma solução assim que sai de casa e entrei nesse carro.. Afinal, eu fui feliz, em poucos momentos, mais fui feliz.

Conheci pessoas que, por mais absurdo que seja, aceitaram serem meus amigos e aturar minhas ignorâncias, tive a oportunidade de ver minha mãe mudar, deixar a bebida e se dedicar ao seu papel de mãe. Vi Charles de certa forma “tentar” me mostrar que mudou, e no fundo, bem no fuuuundo, talvez eu acredite nele. Vi Peter passar por um momento horrível se recuperar e mostrar mais uma vez que é maravilhoso me perdoando. Vi Hugo largar o caminho do crime e aceitar o amor em sua vida, assumindo Megan como seu amor.

E o mais assustador... Eu conheci o: Amor.

É isso mesmo, eu sempre recusei, sempre menti á mim mesma, mais porra, eu gosto daquele playboyzinho metido e orgulhoso, ele é chato, irritante, extremamente metido mais... Ele é o meu playboyzinho metido, aquele garoto me mostrou que a vida pode valer á pena, que é possível sorrir mesmo com tantos problemas. Ele me mostrou que a vida pode ser boa se estivermos dispostos á buscar essa felicidade independente dos obstáculos.

Então, pensando bem. EU VIVI. Tive meus momentos de felicidade, tristeza, ódio, frustração, arrependimento, esperança... Eu tive uma vida.

Talvez essa fosse uma boa hora de dizer: Adeus. Talvez chegou a hora de eu ir... Pra sempre.

Nesse momento não sinto medo, se vou morrer ou viver tanto faz, no fim somos todos obrigados á aceitar o destino, aceitar o fim.

Logo comecei a avistar os primeiros sítios, grandes casas, com piscinas e gados, uma paisagem deslumbrante... Seria ate que agradável morrer num lugar lindo como esse.

Cala a boca, para de ficar falando que vai morrer, cruzes !”

Ah pilha, pensei que você tinha morrido, faz tanto tempo que não te ouço

“É porque você estava indo bem sem os meus conselhos”

De qualquer forma... Senti sua falta.

“Eu sei, você me ama”

Ah, vai se ferrar consciência maldita.

Ri comigo mesma. Que pessoa normal fica discutindo com a própria consciência? Pois é, por ai você já vê que eu não sou normal.

“Qual o plano ?”

Não tem plano, só vou chegar e me entregar. Simples.

Oque?!! Então é isso? O fim ?!”

—É. — Falei em voz alta, como se pilha realmente estivesse ali pessoalmente, e não na minha mente.

Fala sério, passamos por tanta coisa para acabarmos aqui?! Mais que droga ! Você não pode ta falando serio, vai desistir assim tão fácil? Sem lutar nem nada? Você não é a verdadeira Roselie Wengs !”

Aumentei a música que agora era um rock gritante para poder evitar pensar naquilo.

Depois de mais alguns minutos, finalmente cheguei no endereço aonde Derick me passou por mensagem, respirei fundo quando vi cinco homens em frente á casa, olhando fixamente para o meu carro.

—Vamos lá Rose, direto para o seu fim. —Murmurei pra mim mesma, saindo do carro decidida. Daria minha vida por Braian e Clarie, sem hesitar.

Assim que cheguei em frente á porta, dois dos cinco homens ficou atrás de mim, me “escoltando”, abriram a porta e eu entrei, prevendo que, aquela casa seria o local do meu assassinato. Assassinato sentimental e físico.

—Por aqui. —Um dos homens disse com a voz extremamente grossa e controlada.

Respirei fundo quando vi que eles estavam me levantando para uma sala de jantar, aonde tinha uma mesa redonda farta de comida e vinho, com velas, flores e tudo.

“Um jantar romântico? Derick tem um belo jeito de convidar uma moça para um jantar”

Sorri com o pensamento de Pilha, e vi que um dos homens puxou a cadeira para eu sentar, sem hesitar me sentei, totalmente apreensiva.

—Derick logo estará aqui. —O outro homem que dessa vez tinha uma voz mais grave disse se afastando e ficando perto da porta, a todo momento de olho nos meus movimentos.

Fixei o chão, cheia de perguntas. Onde estará Braian? E Clarie? Como será que ela esta? Qual o plano de Derick? Será que realmente vou morrer?

—Finalmente... —Ouvi uma voz atrás de mim, uma voz baixa e rouca, linda, que causaria tesão em qualquer menina, mais em mim, causava nojo, ódio, repulsa... Rancor.

—Derick... Um jantar romântico? Isso não faz o seu tipo. —Falei sorrindo sarcasticamente assim que Derick deu a volta na mesa e sentou-se de frente pra mim.

—Não sabe o quanto eu esperei por esse momento. Você esta linda, como sempre. —Ele disse inclinando a cabeça para o lado, me observando intensamente.

—Onde esta Braian e Clarie? —Falei rangendo os dentes, aquele olhar me irritava profundamente.

—Sabe, esse vinho é magnífico, é do ano de 1977. Experimente. —Ele disse ignorando minha perguntando com um sorriso tranqüilo, erguendo uma taça de vinho em minha direção, me convidando á “brindar” com ele.

—Posso saber o que vamos brindar, querido? —Falei ironicamente, colocando toda minha ironia e raiva no meu tom de voz.

—Á nós meu amor. — Derick disse se divertindo com minha irônica, pelo o menos era isso o que seu sorrisinho cafajeste fazia pensar.

Bati minha taça na sua com certa força, por mágica não quebrou, e se quebrasse não me importaria.

—Como anda sua mãe? —Ele perguntou comendo alguma coisa que não me dei ao trabalho de saber o que era.

—Derick, vamos parar de enrolar, okay? —Falei revirando os olhos, a aflição de não saber de Braian e Clarie estava me preocupando

—Como. Anda. A. Sua. Mãe? — Ele disse pausadamente, sua expressão que antes era de divertimento agora era de ódio, e seu tom de voz raivoso.

—Morrendo. —Sussurrei o fixando com fervor, poderia facilmente matar ele com meus olhos se eu tivesse visão raio laser.

—Pena... Mas conforme-se Rose, no final todos morrem. —Ele disse voltando a comer, com a expressão suave novamente.

—Inclusive você. —Falei sorrindo ironicamente, comendo um pedaço de carne que estava no meu prato.

—Isso foi uma ameaça meu amor? — Ele perguntou levantando a sobrancelha direita.

—Interprete como quiser... Ameaça, destino... Promessa. —Falei dando ênfase na ultima palavra, sem tirar meus olhos dele.

—E posso saber como você pretende cumprir essa promessa? —Ele perguntou sorrindo, parecia estar se divertindo com aquilo.

—Ah, Derick, as promessas sempre se cumprem. De um jeito ou de outro, basta ter... Esperança. —Falei dando de ombros com a faca na mão, tentando não mostrar o quanto eu desejava enfiar aquela faca nele.

O jantar se seguiu, Derick tentava á todo custo puxar conversa, mas o que eu desejava mesmo era saber aonde estava Braian e Clarie, e quando ele os libertaria?

Assim que acabamos, Derick me arrastou para a sala, e aqueles homens vieram atrás, como se eu fosse assassinar Derick, confesso que essa ideia não é tão ruim.

—Nos deixe á sós. —Derick disse assim que se sentou no sofá ao meu lado.

—Mas Derick....

—Eu disse para nos deixar á sós, ta tudo bem, podem ir. — Derick disse interrompendo o homem, que apenas assentiu e saiu da casa, junto com o outro atrás.

—São seus cachorrinhos? Você manda eles fazem? —Falei sorrindo com desgosto, tentando não me incomodar de estar ali sozinha com ele.

—O dinheiro pode fazer coisas que você nem imagina Roselie. —Derick disse sorrindo malvadamente, fixando o chão.

—Derick.. Você me queria aqui, bem, eu estou aqui, to me entregando pra você. Então por favor, deixe Braian e Clarie ir embora, esse foi o combinado. —Falei me segurando para não voar no pescoço dele.

—Você tem razão, eu sou um homem de palavra... Mais, tem um porem. —Derick disse sorrindo grandemente de alguma coisa que eu não sabia o que era.

—Que porem ? —Falei levantando a sobrancelha direita, desconfiada.

—Para Braian sair daqui, você terá que dizer á ele que tudo não passou de um plano desde de o início. —Derick disse cruzando os braços, me fixando seriamente.

—Um plano? —Falei confusa, sem entender aonde ele queria chegar.

—Roselie você acha que eu sou idiota? Eu sei que quando eu deixar ele ir embora, ele voltará com a policia para te salvar... É bem a cara dele te salvar. — Derick disse a ultima frase com raiva. —Então, você vai falar para ele que... Na verdade você ama á mim, que não quer mais nada com ele, que sempre me amou mais ficou com ele para tentar me esquecer, mais não conseguiu, você vai falar que ele não passou de um plano, um plano para me tirar da sua mente, ele apenas foi usado, e que agora você quer ficar comigo, e nunca mais quer ver ele novamente.

—O que? Você é louco? Eu nunca vou fazer isso ! —Falei indignada, me levantando do sofá furiosa.

—Ou é isso, ou Clarie e Braian nunca irão sair daqui, ate o dia em que eles morrerem, e eu farei questão de fazer esse dia chegar logo. Você escolhe... Meu amor. —Derick disse colocando os pés em cima da mesinha do centro relaxadamente, nem se importando com a proposta absurda que acabara de me fazer.

[...]

Depois de um loooooongo tempo pensando, me contorcendo e corroendo por dentro, eu decidi aceitar meu maravilhoso futuro.

Nesse momento estou em um cômodo, vazio, com apenas uma mesa no centro, e duas cadeiras uma em frente á outra, sentei em uma das cadeiras, me preparando para o que eu estava prestes á fazer.

—Ta vendo aquela câmara ali? —Derick sussurrou no meu ouvido, apontando para o canto do quarto, aonde havia uma câmara super pequena.

—O que tem ela? —Eu disse fechando os olhos, evitando chorar.

—Eu estarei vendo e ouvindo o que você falar ou fazer, então, não tente nenhuma gracinha, e se tentar alguma coisa, dê Adeus ao Braian, a Clarie e a sua vida também, porque eu mato vocês três. Estamos entendidos princesa ? —Derick perguntou mordiscando minha orelha, me causando náusea.

—Vai se fuder Derick. —Falei rosnando, sentindo meu sangue ferver.

Derick saiu do cômodo rindo, o que me irritou profundamente.

POV BRAIAN*

Clarie e eu estávamos conversando... Na verdade estávamos tentando esquecer a nossa situação, porque parece que quanto mais agente pensava aonde nos metemos mais piores ficávamos, então a melhor opção era esquecer,

Ouvimos a porta abrir, e Clarie rapidamente correu e se escondeu atrás de um pequeno sofá que tinha ali.

Três homens entraram, com a cara fechada e a expressão atenta á qualquer movimento. Um deles se aproximou e abriu as correntes, me fazendo gemer, já que minha mão estava em carne viva.

Assim que estava livre, levantei minhas mãos, e o que vi me deu vontade de vomitar, não tinha pele na minha mão, apenas carne, uma gosma branca escorria, e algumas manchas verdes estavam ali também, deixando a coisa ainda mais nojenta. Minha mão estava apodrecendo.

—Caralho, olha o que esse idiota fez com a própria mão! —O mesmo homem que me livrou disse, apontando para minhas mãos que tremiam sozinhas.

—Dane-se, logo ele não será mais problema nosso. Vamos levá-lo. —Outro homem disse me ajudando á levantar.

Olhei pra trás e lancei um olhar tranqüilizador em direção á Clarie, que observava tudo com os olhos arregalados e marejados, mesmo não sabendo o que fariam comigo, eu tinha que mantê-la confiante.

—NÃO, BRAIAN !! — Clarie gritou e correu em direção de um dos homens, se agarrou no braço dele e começou a implorar para que não me levassem,

—CALA A BOCA !! — O homem disse desferindo um tapa no rosto de Clarie, que caiu para trás chorando alto.

—DESGRAÇADO ! — Gritei tentando partir pra cima dele, mais os outros dois homens me seguraram firme, apertando minhas mãos, gemi alto pela a dor alucinante, e logo parei de tentar bater no homem.

Andamos por um longo corredor, não me importava o que aconteceria comigo, só importava duas coisas: Roselie e Clarie.

Logo paramos em frente á uma porta marrom desbotada, a qual foi aberta por um dos caras que me segurava.

—Entre e senta. —Ele disse me soltando.

Mesmo confuso entrei, e logo a porta foi fechada, e de repente, todo meu medo, confusão, ou hesitação se foi quando vi ela ali, sentada naquela cadeira, olhando fixamente para mim.

—Rose... —Sussurrei indo em sua direção rapidamente, me ajoelhei para ficar da altura dela, e a abracei, forte, como se eu quisesse me certificar que aquilo não era um sonho. Dane-se o lugar, dane-se a situação, dane-se a dor nas minhas mãos, eu só queria ficar ali, abraçado á ela eternamente.

POV ROSELIE*

Fudeu. Toda a minha força e confiança se foi assim que fixei meus olhos em Braian, pareceu que tudo ao meu redor desapareceu e só ele existia... E quando ele me abraçou, foi estranho, um tremor me percorreu e um arrepiou me fez fechar os olhos e aproveitar aquela sensação maravilhosa.

Não Rose. Para. Afaste Braian, lembre-se o que você tem que fazer, é para o bem dele, e da Clarie, então. Faça !

Abri meus olhos fixando o nada, sentindo os braços de Braian ao meu redor, respirei profundamente e o afastei cuidadosamente de mim.

—O que você ta fazendo aqui ? —Ele perguntou confuso, como se a ficha tivesse caído só agora.

— Braian...Senta. —Murmurei indicando a cadeira do outra lado da mesa.

Ele me observou por alguns instantes e se levantou, deu passos largos ate a cadeira e se sentou em seguida, de frente pra mim.

—O que fizeram com você...—Murmurei fixando os ferimos que estavam espalhados pelo o seu rosto.

—Roselie, o que você esta fazendo aqui? — Ele perguntou completamente confuso, me fixando quase suplicando por uma explicação.

Sorri sem humor e fixei a câmera no teto no canto, antes que Braian percebesse desviei meu olhar para a mesa, tentando achar uma maneira menos dolorosa....Uma maneira que não machucasse nos dois.... Uma maneira mais leve.

O fixei e encontrei seu olhar, que me fixava atentamente, por um segundo cogitei a ideia de falar ao Braian a verdade, dizer que Derick estava nos observando, me ameaçando, dizer que eu queria ficar com ele, e apensar de não demonstrar eu queria dizer que gosto dele... Queria dizer que eu o... Eu...

Odeio essa dificuldade que tenho em dizer... Mais eu cansei de negar. Sim, Eu amo o Braian Christopher Albuquerque.

Mais á quem eu quero enganar, isso aqui é vida real, e se eu contasse tudo para ele, com certeza morreríamos ali, os dois, e Clarie pagaria pelo o meu erro... Ah, como eu odeio minha vida nesse momento.

—Braian. —Falei tentando colocar a expressão mais fria que eu consigo. — Acho que é a hora de você saber de tudo. —Falei com o tom firme, tentando fazer aquilo parecer o mais verdadeiro possível.

—Saber de tudo ? Do que exatamente você esta falando? — Ele perguntou franzindo o cenho, me fixando com intensidade.

Fixei aqueles olhos cinzas, e por um momento enfraqueci, e senti vontade de me atirar em seus braços e implorar por socorro.

—Não era para ser assim. —Murmurei falando de tudo, de nós, de Derick, de Clarie, de tudo. —Não era para chegar nesse ponto. Desculpa.

—Roselie, ta me deixando preocupado. O que você esta fazendo aqui? E como assim não era para chegar nesse ponto?! —Ele perguntou parecendo estar desesperado, e isso me quebrou.

—Eu lembro o que eu pensei quando te vi pela a primeira vez. —Falei sorrindo, vendo sua expressão mudar de desesperado para confuso.

—O que você pensou? —Ele perguntou agora parecendo estar interessado.

—“Esse playboyzinho desgraçado, ta achando que vai chegar aqui e mandar em todo mundo?!” —Falei fazendo aspas, dando um risinho em seguida. —Acho que eu pensei errado sobre você. —Falei ficando séria rapidamente.

—O que pensa de mim agora? —Ele perguntou super sério, e pude perceber que ele esquecera completamente que eu estava ali, na casa aonde ele e Clarie estão sendo mantidos em cativeiro.

—Você não é um playboyzinho louco por atenção. Você é apenas um homem louco para provar sua coragem, e para provar que você pode fazer de tudo, por aquelas pessoas que você ama. —Falei fixando seus olhos, e pude ver varias emoções passarem por eles.

—O que te faz pensar assim? — Ele disse inclinando a cabeça para o lado, me analisando.

—Você deixou seus pais, seus irmãos, só para vir aqui, resgatar a Clarie, mesmo sabendo que corria perigo de morte, você venho... —Murmurei mais para mim, do que para ele, sem tirar meus olhos dele.

—Foi por você. —Ele sussurrou, com a expressão tensa.

—Eu sei, e admiro isso. Admiro pessoas que fazem de tudo por outras pessoas. É meio difícil encontrar isso hoje em dia... Obrigado Braian. —Falei colocando toda minha frieza na minha voz, para encobrir minha emoção.

—Aonde quer chegar ? —Ele perguntou visivelmente surpreso com meu tom de voz frio.

—Braian, eu agradeço por tudo que passamos, não aproveitamos muito porque a minha maldita vida é uma coisa meio conturbada... Mais, a ultima coisa que eu queria era que você viesse parar aqui por causa da minha teimosia. —Falei agora sorrindo ironicamente, tentando tornar tudo o mais verdadeiro possível.

—Não estou entendendo. —Ele murmurou balançando a cabeça negativamente.

—Quando eu estava com o Derick, eu era um pouco.... Pior do que sou hoje, cabeça dura, revoltada e meio... Louca. Agente brigava constantemente, mais no fim sempre acabávamos na cama, acho que era o único lugar aonde nos entendíamos bem...—Falei abaixando minha cabeça, incapaz de fixar Braian.

“Tem certeza que vai fazer isso? Pense bem Roselie, estará dando adeus ao amor da sua vida”

É para o bem dele pilha, eu preciso.

Tudo bem... Então vá em frente...”

Pode repetir aquelas quatro palavras tão estúpidas e mentirosas mais que no fundo sempre ajuda ?

“Claro.... Roselie, Vai ficar tudo bem”

Obrigado pilha...

—Porque esta me falando isso? —Ele disse cerrando o maxilar, me fixando intensamente.

—Porque... Eu te usei o tempo todo. —Falei mantendo minha posição, colocando firmeza na minha voz.

—O que? —Ele perguntou me encarando sem entender, mais pude ver uma faísca de raiva surgir em seu olhar.

—É isso mesmo que você ouviu. Foi tudo um plano, eu terminei com Derick porque estava cansada de brigar, mais, porra, eu amava ele, e morria de ciúmes quando via ele com outra, então, eu decidi provocá-lo, arrumando outro, confesso que quando te vi te odiei, mais, percebi que Derick reagia muito mal quando via eu com você, então resolvi te usar para afetar ele, causar ciúmes, e quer saber? Funcionou, ele ficou louco, louco para me ter de volta. Ele seqüestrou Clarie só para chamar minha atenção, não era para você vir aqui, mais eu não vi nenhum jeito de te impedir sem levantar suspeitas, depois que você venho, Derick me ligou, e fez uma proposta, podíamos voltar e ele esqueceria que eu fiquei com você... O que eu posso dizer? É claro que eu aceitei, eu o amo, ele é o Grande amor da minha vida, o único homem por quem eu sou completamente apaixonada.—Falei dando ênfase na ultima frase, sentindo cada palavra ferir não só o Braian, mais á mim também.

Fixei Braian e o que vi em seu olhar me machucou muito, me machucou tanto que senti meus olhos encherem de lagrima instantaneamente. Eu vi dor, magoa e ódio.

Braian permaneceu estático, apenas me fixando com seu olhar que me matava aos poucos, eu sabia que havia sido dura, mais não queria correr o risco de ele perceber que era mentira e tentar me salvar, Derick foi bem claro, qualquer coisa errada e eu, Braian e Clarie morreríamos.

—Você...—Braian murmurou entre dentes, pude perceber seu olhar me fuzilar e.... Caralho, aquilo é uma veia saltando no meio da sua testa?!! —VOCÊ NÃO PODE TER FEITO ISSO COMIGO !! —Ele berrou socando a mesa fortemente, me fazendo dar um pulo.

—Mais eu fiz, o que foi? Ta magoadinho ? —Falei forçando um sorriso, reforçando minha farsa.

—SUA VADIA !! — Ele berrou, e por um instante pensei que ele pularia em cima de mim.

Fechei meus olhos sentindo suas palavras me ferirem.... Caramba, como dói.

Você sabia que ia ser assim...”

—Braian.... Foi bom enquanto durou, desculpa ter te usado, mais você era perfeito para atrair a atenção do Derick. —Falei segurando o choro que lutava para sair.

—Você não pôde ter feito isso comigo... —Ele murmurou, fixando a mesa com dureza.

Fixei a câmera e senti um ódio ao saber que provavelmente Derick estaria sorrindo com aquela cena, e só de visualizar seu sorriso sacana no rosto sinto vontade de xingá-lo ali mesmo, mantive meu olhar mais duro em direção á câmera, tendo a plena certeza que Derick estava encarando meu olhar pela a câmera.

Voltei meu olhar para Braian e me surpreendi ao ver que ele me fixava, tentei não mostrar que eu olhava para a câmera, mais falhei, ele virou a cabeça na direção aonde eu estava olhando e fixou a câmera.

Senti meu coração pular, droga, se ele descobrir já era !

Ele voltou a me olhar com um olhar desconfiado, e uma sobrancelha arqueada, mais logo sua expressão desconfiada desapareceu, dando lugar á uma expressão raivosa.

—Você é uma grande vadia. Você e Derick se merecem, vocês me dão nojo. —Ele disse fixando meus olhos, atingindo diretamente minha alma, que á essa hora se desmanchava á cada palavra que ele dizia.

—Cuida da Clarie pra mim... —Sussurrei olhando para baixo, incapaz de sustentar seu olhar.

—Cuidarei, mais não por você, e sim por ela. —Ele disse também sussurrando, pude ouvir ele arrastar a cadeira e depois ouvi passos, levantei minha cabeça e vi que ele não estava mais na minha frente.

Logo o cheiro dele invadiu minhas narinas e pude perceber que ele estava atrás de mim, bem, bem perto.

—Sabe, eu te amei de verdade, entreguei meu coração á você... Acho que esse foi o meu erro. —Ele sussurrou no meu ouvido, me causando um arrepio que fiz de tudo para disfarçar. —Adeus Roselie, tomara que você e Derick ardam no fogo do inferno juntinhos. —Ele disse dando ênfase na ultima frase, ainda sussurrando no meu ouvido.

Fechei meus olhos e uma lagrima escorreu, pude sentir que Braian se afastou, o ouvi bater na porta á qual foi aberta por um homem que o esquadrinhou para fora do quarto.

Soltei a respiração, a qual eu nem sabia que estava segurando, abri meus olhos e fixei a parede á minha frente, eu sentia meu coração bater, porem, parecia que ele estava quebrado, partido. Um vazio, uma sensação de que algo fora arrancado de mim, me sinto como se eu fosse explodir, sinto uma sensação de vazio, escuridão, uma sensação de que algo esta faltando.

—Bravo, bravo ! —Ouvi Derick cantarolando, entrando naquele quarto e batendo palmas. —Foi emocionante, eu quase chorei. Deveria seguir a carreira de atriz Roselie, você tem talento. —Ele disse acariciando minha face, eu apenas mantive meus olhos na parede, ainda com a sensação de que meu coração fora arrancado fora.

—Deixe-os ir. —Murmurei secamente, sentindo uma sensação de sufoco, como se eu não estivesse respirando.

—Claro, amanhã de manhã eles irão embora, você poderá assistir eles indo pela a janela, para se certificar de que é verdade, mais agora vamos para o meu quarto, vamos para o “único lugar aonde nos entendemos bem”. —Ele disse repetindo a frase que eu dissera ao Braian, e começou a beijar meu pescoço, me causando raiva e nojo de mim mesma.

E quando tudo acabar você vai estar aqui

Eu posso ver, posso sentir

Quando tudo acabar será você e eu

Mais uma vez, posso sentir

A melhor parte de mim -NX Zero


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Notas finais do capítulo

Oii... NÃO ME MATEM ! RSRS', Pode me xingar nos Reviews, porque eu sei que a maioria de vocês estão querendo fazer isso agora :S

#BYE, ate o próximo povo lindo O/



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