Next To Me escrita por Jessie Austen


Capítulo 9
Capítulo 9




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/342386/chapter/9

– Eu não acredito que vocês vieram! – Molly pulou de alegria ao vê-los.

– Nem eu acredito. – Sherlock respondeu mal humorado lhe entregando um pequeno embrulho.

– Oh, obrigada. Obrigada, John. Venham...tem um pessoal aqui.

Apesar da noite fria, o céu estava completamente limpo, cheio de estrelas. O grupo de quinze pessoas estava reunido na propriedade vazia que ficava do lado do campus.

– Não deixaram a gente fazer lá...- a aniversariante justificou enquanto se aproximavam das pessoas que se esquentavam próximas da fogueira e riam alto, por causa de suas bebidas.

– Oh. Poderíamos aproveitar que estamos aqui para...você sabe...- o moreno tentou dizer discretamente para John.

– Para o quê?

– Investigar. Teddy foi encontrado aqui, lembra? Talvez possamos encontrar algo.

– Certo. Sherlock, relaxe. Hoje é aniversário da Molly, vai parecer suspeito se sairmos por ai...só nós dois.

– É tão suspeito que ninguém vai suspeitar. Não percebe? Você fala como eles estivessem sóbrios. Oh, John. Queria ter ficado em casa a ter que ouvir tal coisa.

– Ficamos só um pouco e depois, vamos. Ok?

– Ok. E você lavará minha roupa por uma semana.

– Sim. Esse foi o combinado. Agora, cale-se e seja educado. – John sorriu se aproximando de Lestrade que chamava os dois.

– Oie! Que legal que vieram. Tome, John... uma cerveja. Para você só tem água...- o mais velho brincou entregando um copo descartável tirado de uma bandeja, para Sherlock que segurou mas o ignorou.

– E Mycroft? – John perguntou enquanto dava um bom gole em sua bebida.

– Não veio...estava indisposto.

– Depois eu que sou a menininha. Oh. Agora minha noite está completa. – Holmes comentou ao ver Sally e Anderson se aproximando.

– Olha o casal! Oi esquisito! E aí, John? – a morena zombou.

– John, lembra aquilo que me pediu para eu fazer hoje? – Sherlock perguntou.

– Socializar com a raça humana? Sim.

– Então...é impossível. Vou buscar pistas...- ele respondeu entregando sua água para o loiro e saindo rapidamente e se afastando do grupo.

– Onde o esquisito foi? – Anderson perguntou.

– Eu não sei por que vocês o tratam dessa forma. Isso não é nada legal. Sherlock não é o mais simpático do mundo, mas ele...

– Mas ele o quê, John? Ele é estranho. E se eu fosse você se afastaria antes que fosse tarde demais...coisas perigosas acontecem com quem anda com ele. Eu e Anderson achamos que talvez Holmes seja um serial killer. – a jovem respondeu, fazendo os outros dois rirem.

– Ok. Para mim já chega. – Watson se afastou também entregando a latinha para Lestrade e tomando com pressa a água, seguindo o mesmo caminho feito por Sherlock.

O lugar era uma planície com muitas árvores e uma propriedade em ruinas completamente abandonada. O local havia sido residencial, mas desde então estava fechado pelas autoridades locais.

Os alunos, mesmo sabendo que era proibido, usavam o local todos os tipos de diversão que jovens costumam procurar.

– Sherlock? Achou algo? – John perguntou assim que o encontrou perto de uma parede.

– Nada além do óbvio. Vê este rastro? É de Teddy. Ele foi arrastado para cá inconsciente, ou seja, foi envenenado na própria faculdade. Mas por quem?

John neste momento sentiu um calor subir sua coluna, ao mesmo tempo que sentiu uma leve tontura.

– Uau. – comentou.

– O quê foi?

– Nada. Certo. Vamos voltar, ok? Não precisamos ficar só ouvindo as baboseiras da Sally. Não tem só ela naquele lugar...

– Não, preciso achar algo. Sempre há algo para ser achado...- o moreno respondeu enquanto procurava por vestígios no chão, com sua pequena lanterna.

– Ok. Acho que eu preciso sentar um pouco...- Watson respondeu após um bom tempo e ainda se sentindo tonto.

– Achei! Eu sabia! John, venha ver! – Sherlock disse animado – Olhe! Um saquinho de ervas e plantas...da loja “Herbovision”...que fica a três blocos da faculdade!

– Ih, mas está vazio...deixa eu pegar...- comentou se agachando calmamente, mas Sherlock foi mais rápido, e dando um tapa em sua mão, o afastou dizendo:

– Não! Enlouqueceu? Eu vou pegar com estas luvas. E é claro que está vazio, Teddy consumiu uma quantidade grande, lembra? Temos que levar até o laboratório para saber se esta embalagem realmente foi a utilizada para envenenar Teddy. Se comprovarmos, podemos ir até a loja e saber quem comprou...

Neste momento John começou a rir de um jeito bobo, fazendo Sherlock se espantar.

– Eu disse algo engraçado?

– Levar no laboratório. Podíamos voltar para festa isso sim! Uhu! – comemorou abraçando Sherlock que o segurou para não cair.

– O que você tem?

– Eu não sei...mas...não sinto minhas pernas. E minha visão. – este respondeu levando suas mãos no rosto enquanto Holmes o observava.

– Olhe para mim. Diretamente para mim. Isso, suas pupilas...você tomou algo? – o moreno perguntou enquanto olhava bem de perto os olhos castanhos de John com sua lanterna.

– Não. Só sua água.

– Minha água? Vamos...venha. – Sherlock segurou em sua mão fazendo-o rir enquanto os dois voltavam para o grupo. Assim que chegaram, soltou sua mão e seguiu na frente e gritando para todos:

– Quem foi que colocou substancias químicas em minha água?! Respondam!

– O quê? Na sua água?- Molly se aproximou dos dois completamente transtornada.

– Sim, Molly. Na minha água. Que por minha sorte e azar do John acabou sendo consumida por ele...quem queria me dopar? – o moreno gritou de novo, mas todos só o encaravam.

– Bem, talvez não seja nada demais. Nada muito forte. Só uma maneira de querer que você relaxe como qualquer outro. – a bela Irene surgiu com trajes vermelhos, segurando uma latinha de cerveja.

– Oh. Por quê não pensei que fosse você? – Sherlock se perguntou.

– Porque eu te surpreendo. Assim é melhor. Desculpe-me se John parece mais feliz agora, não acontecerá nada com ele...eu prometo.

– Uau! Essa fogueira está tão brilhante! E vermelha! – John riu se apoiando em Molly que encarava Irene com raiva.

– Muito obrigado. – ironizou.

– Oh, Sherlock Holmes. Não me julgue, eu só queria ter uma chance. Afinal, quem não quer? – Adler perguntou olhando na direção de John e Molly.

Neste momento suas atenções foram tomadas por gritos e o pequeno grupo se dispersou imediatamente ao ver os grandões do grupo de Teddy chegarem ao local com pedaços de madeira, gritando como loucos.

– John! Venha comigo! – Holmes puxou o loiro, que segurou forte em sua mão enquanto corriam agora em direção da propriedade abandonada.

– Sherlock...aqui! – John o puxou para um canto, onde havia ainda uma parte de uma parede construída.

– Shhh...- Sherlock disse enquanto procurava por movimentos do grupo, sem sucesso.

– O que será que eles vieram fazer aqui?!

– E precisamos realmente entender o motivo? Só um faz estrago, não preciso listar o que um grupo pode fazer...- sussurrou enquanto ficava frente a frente com John em um pequeno espaço. – Que festa idiota. Que ideia estupida. Que lugar horrível. Só a Molly... – reclamou e isso fez John gargalhar alto.

– Desculpe. Desculpe.- John pediu tentando se concentrar após Sherlock pedir silêncio de novo.

Era difícil se concentrar. Sua visão não estava tão falha, apesar de sentir agora seu corpo adormecido. Era uma sensação muito boa na verdade. De poder e de perfeição. Era como se ali, naquele momento o mundo era ideal e ele podia e devia fazer tudo que quisesse.

Através daquela luz falha que vinha de bem longe, olhou para Sherlock e isso fez seu coração saltar. O vapor quente que saia daquela boca rosada, quase atingindo os seus fez sua nuca se arrepiar.

Sem pensar ou ter tempo para qualquer tipo de questionamento, puxou Sherlock com força pelo pescoço, encaixando seus lábios nos dele, que se apoiou na parede.

Uma mão de John agora estava entre os cabelos do moreno enquanto a outra puxava o seu quadril para mais perto. Sua língua provocou a de Holmes e ele mordeu levemente o lábio superior do outro que soltou uma exclamação, fazendo os dois separarem.

Ambos agora se encaravam completamente perplexos. John completamente sem fôlego e Sherlock completamente sem reação.

– Ei! A barra está limpa! Eles já foram! – ouviram Lestrade gritar longe de onde estavam.

– Nós precisamos...temos que voltar. – Sherlock disse arrumando seu casaco e ajeitando seu cabelo, enquanto se afastava, deixando John completamente sem jeito.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Ehehehe!
É claro que no dia do beijo tinha que ter um ~beijo~ Johnlock para a nossa alegria, né!?

Espero que tenham curtido.
;)
Até o próximo.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Next To Me" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.