Next To Me escrita por Jessie Austen


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

YAY!Dobradinha...espero que gostem!:D



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John correu atrás de Sherlock assim que conseguiu raciocinar, mas quase caiu ao tropeçar em um galho em seu caminho.

- Poxa, o que será que eles queriam? – Lestrade perguntou enquanto todo o grupo se reencontrava.

- Não é óbvio? Alguém disse a eles que estaríamos aqui. – o moreno respondeu enquanto olhava ao seu redor, procurando por algo ou alguém diferente.

- Sim, mas quem? – a aniversariante questionou aflita.

- A única pessoa que não está mais aqui. Irene...ou você acha que ela veio apenas para lhe desejar felicidades?- respondeu enquanto John ficava ao seu lado, sendo completamente ignorado.

- Droga, eu só queria fazer algo diferente...- Molly declarou completamente decepcionada enquanto todos iam embora.

- Não fique assim. Foi legal, durou pouco, mas eu me diverti! – Greg respondeu consolando-a enquanto Anderson e Sally iam embora rindo e comentando o ocorrido.

-Eu a levo. Podem ir...- Lestrade disse para John e Sherlock, que assistiam os dois se afastarem.

- E ela pensou que isso poderia acabar diferente?  – o moreno se perguntou enquanto os dois agora voltavam lado a lado em direção do muro que daria acesso ao campus.

- Sherlock...eu....

- O quê? – Holmes se virou e ambos se encararam.

Olhar para aqueles olhos azuis frios fez John se arrepiar, mas mesmo assim ele disse:

- Eu acho que precisamos conversar.

- Sobre o quê? – o outro respondeu enquanto continuava seu caminho.

- Sobre o tempo! Sobre o que eu fiz...sobre o beijo.

- Não há o que dizer. Você está visivelmente alterado por causa de substâncias tóxicas.

- É...eu acho, sim. Mas...

Sherlock se virou novamente e os dois ficaram a centímetros de distância.

- Eu...você é meu amigo...

- John, por favor.

- É sério. Eu admiro você e...

- Agora está ficando patético. Pare, eu imploro.

- Tá certo...me desculpa, ok? Eu não sei o que deu em mim...eu...

- Ok. Desculpas aceitas. Mas eu penso que...

- Nunca mais vai se repetir. - o loiro interrompeu nervosamente, fazendo Sherlock encará-lo.

- Ah não ser que você fique em efeito de drogas novamente. – tentou brincar, mas o clima ficou ainda mais estranho.

- Então...nós estamos bem?

- Sim. Já fizemos coisas bem piores...- o moreno declarou e continuou andando.

- Desta vez foi diferente.  – John respondeu baixinho, acreditando que Sherlock não tivesse escutado.

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John acordou no dia seguinte se sentindo extremamente estranho, como jamais havia se sentido. Além do enjoo, sua cabeça doía parecendo ter toneladas.

- Ai...- reclamou olhando para o lado e vendo a cama de seu companheiro de quarto vazia e perfeitamente arrumada.

Olhando para o relógio viu que este marcava 08h20. Ótimo, havia perdido um dia de aula. Mas se lembrou que era sábado e estranhou pelo moreno já ter saído tão cedo.

Levantando-se devagar foi até o banheiro e lavou o rosto com água gelada. Estava irreconhecível. A noite anterior havia sido estranha. Muito na verdade.

Lembrou que quando chegou, Sherlock chamou a Sra. Hudson dizendo que ele estava bêbado.

Recordou de ter tomado um banho e caído na cama. E é claro, se lembrava da quase festa de Molly, da invasão dos brutamontes e do beijo que havia dado em Sherlock.

O engraçado era que agora parecia tão distante. Desejou poder lembrar mais, mas a única coisa que sabia perfeitamente é que havia gostado da experiência com Sherlock e queria mais.

Obviamente sabia o que estava acontecendo, a verdade é que estranhava o fato de quase todo o resto do mundo não sentir o mesmo, pois para ele era tão óbvio sentir-se atraído por Sherlock.

- Merda. – pensou alto enquanto colocava a pasta em sua escova.

O que faria agora? Como agiria? Como Sherlock reagiria? A verdade é que se sentia confuso e a dor de cabeça não o ajudava absolutamente em nada.

Descendo, encontrou a Sra. Hudson e para tranquilizá-la, tomou seu café fazendo companhia à senhora que gostava de contar suas histórias, além de últimos acontecimentos da república.

Quando terminou pensou em procurar por Holmes, mas sabia que o ideal agora era não forçar a barra, pois como não sabia a reação dele, a coisa que mais prezava era a amizade.

Acabou passando a manhã toda estudando e adiantando alguns trabalhos. Depois do almoço, Sherlock finalmente voltou, enquanto John escutava música em seu notebook.

- Oi! – puxou papo ao ver que o moreno não diria nada.

- Oi.

- Tudo bem? – perguntou enquanto o outro tirava seu casaco e colocava sua mochila em cima da mesa de estudo.

- Sim.

- Tá. Comprei cookies..se quiser.

- Não, acabei de almoçar.

- Certo...

Sherlock então pegou alguns livros de biologia e sem olhar para o loiro que o encarava, sentou-se à sua frente muito concentrado.

- Então...onde esteve? – Watson perguntou tentando disfarçar a curiosidade.

- Fui na Herbovision...pesquisando...

- Oh, é mesmo? E aí? Conseguiu descobrir quem comprou aquela quantidade absurda que fez Teddy ficar inconsciente?

- Não, os vendedores não quiseram ajudar muito.  Incompetentes.

- Aposto que você falou com eles com um jeito que ajudou bastante....- John tentou brincar e neste momento seus olhares se encontraram. – Eu poderia ter ido. Por que não me chamou?

- Você estava se recuperando de ontem.

- Então por que não me esperou? Eu iria com você, Sherlock. Eu quero ajudar...

- De qualquer maneira, peguei alguns livros. Vou pesquisar, tenho que achar algo.

- Sherlock...Sherlock...olhe para mim. Eu vou querer vê-los também...eu fui o maior prejudicado nessa história e eu quero ajuda-lo. - John disse levantando-se e pegando um dos livros.

- Não, o maior prejudicado foi o Teddy.  E eu deixarei ajudar desde que esteja sóbrio e em perfeitas condições de me ajudar.

- Estou ótimo, não vê? Cem por cento...ontem...eu só fiquei um pouco alegre!

- Você ficou chapado, John. Não mude os significados das palavras.

- Ok, e posso saber por que você está assim? Todo sério...ainda mais sério e me evitando? Eu te pedi desculpas e você disse que tinha levado numa boa...

- E eu levei. – Shelock respondeu enquanto se encaravam.

- Não está parecendo.

- Eu fiquei surpreso. E só. – o moreno declarou e John teve que segurar o riso ao perceber pela primeira vez uma pontada de insegurança.

- Eu imagino!

- Foi um experimento...- Sherlock respondeu voltando aos livros.

- Experimento? Experimento?

- Sim. Eu nunca havia passado por uma situação como essa e agora eu sei como é. Não me acrescentou em nada, mas pelo menos sei como é beijar alguém...

- Eu sou...um experimento?

- Ninguém pode ser um experimento. Mas se quer classificar as coisas, eu fui a cobaia da história e não estou reclamando.

- Eu não usei você...aconteceu! – John respondeu indignado.

- Aconteceu, pois você estava sob efeito de drogas e eu fui pego de surpresa.

-Ah, Sherlock. Seja normal pelo menos uma vez! E outra coisa, você devia me agradecer, quem devia ter bebido aquela água era você!

- Eu agradeci a partir do momento que deixei você colocar sua língua na minha garganta.  – Sherlock respondeu fazendo John se envergonhar.

- Tá, é impossível falar com você.

- Por quê?

- Porque você é um idiota, às vezes. Na maioria delas, na verdade.

- Bom, pelo menos eu estou sempre sóbrio e sou dono dos meus atos. E é você quem está insuportável hoje, John Watson. Tão chato que eu mesmo sairia se pudesse, mas preciso ficar aqui. Então cale-se e só fale comigo se for algo: a) relacionado ao envenenamento ou b) relacionado à nossa sobrevivência, se caso a república for atacada por terroristas, por exemplo. - respondeu abrindo de maneira desajeitada alguns livros.

John ficou perplexo por um momento e depois sorriu disfarçadamente. Toda aquela situação seria constrangedora normalmente, mas ele achava graça. No jeito de Sherlock, do fato dele estar evitando-o. Teria o moreno gostado tanto do beijo quanto ele?

Tinha que descobrir, mas como? Holmes era um quebra cabeça e tentar fazer algo contra sua vontade era começar uma guerra com o inimigo ganhando em disparado.

Não podia fazer algo óbvio, naturalmente, mas a vontade de vê-lo saindo do sério, ficando envergonhado e sem jeito era a melhor parte disso e era nisso que John pensaria agora.


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