Next To Me escrita por Jessie Austen


Capítulo 21
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

YAY! Três capítulos fresquinhos saídos do forno! ;P
Espero que gostem! *_*
Quero agradecer pelo carinho especial que essa fic tem sido comentada. Fico muito feliz em conseguir passar toda a minha loucura por JohnLock de maneira aceitável.
Em especial, queria agradecer imensamente pela recomendação linda da May! ♥

Um beijinho!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/342386/chapter/21

Enquanto via o professor falar sem parar na frente da lousa, John ficou pensando sobre Sherlock e sobre tudo o que havia acontecido.

Naturalmente o moreno acabou contando sobre a conversa que teve com Moriarty e agora Mycroft estava completamente recuperado, mas simplesmente era errado que pessoas como Jim estivesse à solta.

Sabia que se pudesse, Sherlock faria algo para impedir. Mas o quê? Jim era nada menos que filho do dono da faculdade! Mas não, aquilo não poderia ficar impune, de maneira alguma.

No final da aula, ao invés de ir para aula de natação, ligou para o irmão mais velho de Sherlock que aceitou encontrá-lo em um restaurante próximo da república.

– Ei, e aí John? Beleza? – cumprimentou enquanto os dois sentavam-se à mesa.

– Bem, e você? Melhor?

– Sim, bem melhor...voltarei para faculdade segunda. Orientações médicas são orientações médicas! Mas você irá na festa sábado, certo? Naquele pub, “The English”? Molly e Greg fizeram tanta questão...

– Claro, vou sim. E Sherlock vai, vou convencê-lo até lá...provavelmente vou ter que pagá-lo, mas de qualquer modo...enfim, eu queria conversar com você.

– Sou todos ouvidos, John.

– Certo. Serei rápido...e objetivo. Eu sei que foi o Moriarty que fez você parar no médico. Ele contou para Sherlock que o envenenou. E não, não adianta inventar desculpas, eu não acreditarei!

O Holmes mais velho, muito surpreso, piscou nervosamente algumas vezes antes de sorrir sem graça e dizer:

– Uau. De fato: rápido e objetivo. Viver com o meu irmão o mudou, hã? Certo...sim, foi o Jim.

– Aham, e como aconteceu?

– E por que eu te contaria? Por que não para o Sherlock?

– Porque eu quero saber...Sherlock provavelmente não tem interesse ou já descobriu. O problema é que ele provavelmente não irá me contar mais do que me já contou, você sabe...quando se trata do Moriarty, as pessoas meio que o temem por aqui...

– E elas tem razão, Watson. Você não vai querer nem saber, ele é completamente alucinado.

– Ele é assim porque o deixam ser assim...mas não pode continuar! Então, me diga...o que você fez?

– É uma longa história, John. - Mycroft respondeu enquanto bebia agora um copo com água.

– Ótimo, eu tenho o tempo todo...

– Isso será um segredo nosso?

– Claro.

– Certo. Sempre tive contato com Jim...diretamente e indiretamente. Sou presidente do conselho de alunos e ter contato com ele neste caso é inevitável. O problema é que, bem...não concordamos um com outro.

– E o que ele fez? O que aconteceu para do nada ele decidir te atacar?

– Não foi algo em específico, quero dizer...algumas coisas acontecem nesse lugar e as pessoas nem ao menos sabem. Quando ele começou a sair com a Sarah, me pediu que ela começasse a frequentar as reuniões...que fizesse parte do Conselho. Mas é claro que eu neguei! Sarah não tinha e não tem qualificações para isso...e mesmo se tivesse, eu sabia que a presença dela lá dentro seria apenas para tentar controlar o Conselho. Jim já havia tentado fazer isso, mas nunca conseguiu mudar a regra a muito tempo estabelecida, de que o filhinho mimado do dono da faculdade não pode participar do Conselho, por motivos óbvios. Aquele lugar é um dos poucos que Moriarty e sua trupe não controla.

– Hum. Entendi. Mas como aconteceu? Digo, sabemos que ele te envenenou...que colocou uma grande porção de Euphorbia tirucalli em sua refeição e que quando chegou em seu quarto, passou mal e foi encontrado horas depois por Greg e Molly.

– Sim.

– O que eu quero saber é se ele simplesmente falou que faria algo do tipo ou ele fez isso. Você tem provas...porque sinceramente Mycroft, apesar dele ser o principal suspeito de todas coisas ruins que acontecem neste lugar, precisamos das provas. Veja, eu...fui acusado que algo que jamais faria sentido...só porque alguns fatos batiam.

– Eu sei, o Diretor soube dias depois que havia sido obra de Jim, tanto que a investigação contra você não foi para frente. Eu não sei te dizer...eu e ele sempre discutimos muito. Naquele dia o vi apenas de longe, no refeitório, mas ele me ignorou. Irene e Sarah vieram me perguntar algo sobre as atividades complementares que sempre acontecem nas férias. E Will veio me dizer se Sherlock tomava algum remédio, pois achava que o meu irmão estava muito bem humorado ultimamente. Mas acho que esta última parte você deve entender, certo? – provocou fazendo John dar um quase sorriso.

– Espera...Irene e Sarah. Como foi isso?

– Ah, eu estava terminando um relatório, você sabe...último semestre de faculdade. Então, elas vieram e me perguntar e logo sairam.

– Mas elas podem ter te envenenado! Você estava comendo algo, certo? Você saiu da mesa deixando o prato com elas?

– Bom, não...na verdade. Eu estava, espere...elas estavam comendo uns bolinhos. E me deram...eu devo ter comentado algo de estar com fome e elas me ofereceram. Bom, quando acabei meu relatório, comprei um sanduíche natural na lanchonete e foi nisso que passei mal.

– Então foram elas que te envenenaram...isso é óbvio.

– É. Mas não tenho provas...elas estavam comendo também, John...e eu quis comer os bolinhos. Sem dizer que depois comi algo da própria faculdade. Se levarmos isso a diante, os sanduíches das lanchonetes serão os suspeitos. Não tem como eu provar realmente que eu comi os bolinhos que Irene me ofereceu.

– Eles eram caseiros?

– Sim e deliciosos! Nem pareciam envenenados. Quero dizer, como posso saber...nunca havia sido envenenado antes.

John coçou seus olhos e encarou Mycroft que o observava. Aparentemente não havia nada a ser feito. Sem provas, sem nada.

– Temos que fazer algo, esses loucos não podem simplesmente fazerem o que querem...manipular a tudo e todos! – comentou.

– Eu também acho, mas John...acredite: isso acontece a um tempo. Antes de Jim, tinhamos o irmão dele...é isso que vai acontecer sempre.

– Por favor, não existe isso...não podemos acreditar nesse tipo de coisa. Se alguém pudesse me ajudar...que tivesse provas para isso. Já sei! Vou procurar Teddy novamente...claro!

– O gigante sem cérebro? Boa sorte com isso.

– Obrigado! E nos vemos no sábado...- John respondeu saindo e se afastando rapidamente.




–-----------------------------------------------------------------------




John subiu as escadas rapidamente e assim que chegou ao quarto, viu Sherlock deitado em sua cama completamente entediado.

– Ei...- disse animado enquanto pendurava seu casaco.

– John...

– Está tudo bem?

– Sim, só o mesmo tédio que me bate em uma noite de segunda.

– Como foi seu dia? Tudo bem com o seminário?

– Sim. Normal e previsível.

– Eu senti sua falta hoje, sabia? – revelou deitando-se sobre Sherlock beijando levemente seus lábios.

– Onde esteve então? Já são quase 21hs...- respondeu enquanto os dois se olhavam.

– Eu tenho boas notícias. Reveladoras pelo menos. – disse sentando na ponta da cama.

– Estou ouvindo.

– Não fui para a aula de natação hoje. Ao invés disso procurei pelo seu irmão e logo após fui até onde Teddy está. E o encontrei, Sherlock!

O moreno se sentou muito atento enquanto John se ajeitava na frente dele.

– Eu sei que eu não te contei...eu na verdade tive essa ideia maluca após falar com seu irmão. Eu simplesmente precisava. Desculpe por não ter te chamado...mas você não poderia ir e talvez até tentasse me impedir.

– É, talvez eu tentasse, podia ter sido perigoso...o que houve? O que descobriu? – Sherlock perguntou curioso.

– Bom, primeiramente seu irmão me contou sobre o que aconteceu com ele...no dia do envenenamento. Está claro para mim que foi Irene e Sarah...a mando de Jim, mas não tinhamos prova com relação a isso. Bem, as motivações de Moriarty ter envenenado Teddy não poderiam ter sido as mesmas que envenenaram seu irmão...porque não faz sentido, certo?

– Evidentemente.

– Mycroft é inteligente e tem uma certa influência, diria até poder no Conselho. Mas e Teddy? Bem, foi isso que tentei descobrir...ele não quis me receber, ficou hesitante a princípio, mas sua mãe insistiu, após ver a minha cara de bom moço – John sorriu fazendo Shelock sorrir junto – Então, ele me contou o que houve e uau...primeiramente me contou que teve que mudar de faculdade, você acredita? Moriarty praticamente o obrigou a fazer isso. Após sua alta no hospital foi isso que ele fez. Então, Teddy me contou...que ele descobriu que Jim era o responsável por toda a droga vendida no Campus para os alunos. Teddy mesmo era um comprador até então, mesmo não sabendo exatamente de onde vinha a droga que consumia. Quando soube disso, quando teve provas disso, tentou usar essa informação contra Jim, que ficou simplesmente furioso. Como alguém pode descobrir? Isso seria o fim dele...

– Teddy, o estúpido, descobriu sobre Jim? Talvez ele não tenha escondido direito, John.

– O pior é que não. Ele me contou que ouviu Jim falar com um dos caras dele no banheiro, achando que estava completamente sozinho. Após isso, tentou descobrir uma forma de subornar Moriarty. Mas ao invés de ir com calma e pensar na maneira certa, não. Ameaçou Jim, disse que contaria sobre ele para seu pai...e no dia seguinte ele foi encontrado no terreno do lado da faculdade.

– Ele te contou tudo isso, sem hesitar?

– Sim, porque veja...ele não tem mais nada a perder. Enquanto estava no hospital, Jim não parou de atacá-lo. Enviou uma carta anônima para seus pais e para o diretor, informando...com evidências que Teddy era um comprador assíduo de drogas. Sabemos que para alguns alunos, o consumo de maconha é algo legal...mas não para o Diretor Cunningham e muito menos para os pais de Teddy que quiseram tirar seu filho da faculdade, obrigando-o a se tratar de seu vício por duas semanas inteiras enquanto ficava na casa dos avós. Por isso quando você foi lá na primeira vez, ele não estava...ele estava em uma clínica.

– Plausível. O fato dele ter ameaçado Jim com tão pouco nos leva ao início de tudo isso: sua burrice. – Sherlock sorriu e John concordou.

– Porque Jim pode ter bobeado...em ter falado algo tão comprometedor, achando que estava sozinho em um banheiro...mas deixar isso ser seu fim, seu fim por causa de alguém como Teddy. Isso jamais poderia acontecer.

– Ele quis matá-lo, John. Podemos perceber isso com a quantidade que foi usada para ele. Meu irmão foi mais um castigo, um susto.

– É. Bom...foi isso! São boas notícias, certo? Quero dizer, ainda não temos provas...e Teddy deixou claro que não nos ajudará mas... – John concluiu e Holmes percebeu que nunca esteve tão afim dele quanto naquele exato momento.

Num ato de impulso avançou, beijando John com vontade enquanto segurava seu pescoço.

– Hmm...uau. Suas interrupções devem ser assim a partir de hoje. – o loiro disse sem ar enquanto Sherlock voltava para seu canto com um sorriso enorme no rosto.

– Você foi brilhante. É sério. Como ninguém mais poderia ter sido. E é prova de que viver com alguém com inteligência acima da média, o faz adquirir maior conhecimento também.

– Obrigado, Sherlock. Eu poderia negar, mas a verdade é que você me inspirou. Você é meu muso...- sorriu.

– O que eu posso fazer? Inteligência é o novo sexy...não é o que dizem? – brincou fazendo John sorrir.

– Então...com essa informação, temos que achar uma maneira de dar uma lição em Jim.

– Oh, não precisamos não, John!

– Não?

– Não! Faremos do jeito que ele faz. Você não pode jogar limpo com alguém que não conhece isso. O atacaremos e faremos a nossa própria prova ser criada. – Sherlock sorriu e Watson mesmo sem entender nada, sorriu de volta.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!