EQUIPE DE RESGATE.

Departamento de pesquisa, dez e trinta e cinco da manhã, dezenove dias antes (ou algo assim, que não faz tanta diferença) Logo após a súbita sumida dos capitães.

-AKON!

-O que foi, Rin?

-ELES DESAPARECERAM!

-O quê?

-O QUÊ? –Repetiu Hiyosu, sem conseguir desfazer aquele estranho sorriso aberto e psicopático, que possuía uma estranha aparência robótica.

-OS CAPITÃES! SUMIRAM, DOS RADARES! –Rin respirava ofegante.

-Mas, como? –Akon desesperava-se, incrédulo.

-Simplesmente sumiram, não encontro traço de reiatsu, de nada! De repente desapareceram!- A feição desesperada não abandonava o rosto de Rin. E Hiyosu esticou seu olho para ver a tela com mais precisão:

-Sumiram mesmo!

-Temos que avisar o Comandante! –Akon disse o óbvio.

***

TEMPO ATUAL:

-JÁ FAZ MUITOS DIAS, MALDITOS! –Berrava o velho, vulgo Senhor Comandante, dentro do escuro centro tecnológico, todo cheio daquelas máquinas. –EU PRECISO DOS MEUS CAPITÃES!

-Nós já tentamos procurá-los de todas as formas, mas não sabemos onde estão! Sumiram em algum lugar entre o mundo dos vivos, a soul society e o hueco mundo! Não sabemos, pode ser uma dimensão que não conhecemos, pode ser muitas coisas, estamos trabalhando duro. –Akon tentava parecer sério, por mais que tremesse um pouco e os olhos fossem duas poças escuras, pelo tanto que não havia dormido.

-PRECISAMOS DE EQUIPES DE RESGATE, É ISSO! –Disse o velho, ignorando o que ele havia dito. –Chamem todos, chamem todos, e mandaremos um grupo para cada lugar, perscrutar, enquanto vocês tentam ser menos inúteis e encontram os capitães. Muito bem, tracem mapas com possíveis localizações, e os últimos lugares onde foram vistos. Precisamos agir, estou farto de esperar, FARTO!

-S-s-s-s-im, Comandante. –Disse Rin, timidamente virando para as telas. –Já cuidaremos disso.

-RÁPIDO, RÁPIDO, OU OS QUEIMAREI AO PÓ! –E saiu com um estrondo na porta, carregando a tira colo o seu tenente.

-Esse plano é um tanto precipitado, já que não sabemos quase nada. –Disse Hiyosu. Depois sorriu aquele sorriso estranho e aberto demais. –Mas é o que o senhor comandante quer...

-É não temos tempo! –Disse o Akon.

***

-Muito bem, equipes. –Pedia atenção, Akon, mas os shinigamis, vaizards e humanos faziam furdunço demais. –Equipes... Oh, o equipes... Minna? Pessoal... Gente, eu, eu preciso de atenção aqui... Alguém, olhem para cá, alguém? Estou sendo absolutamente ignorado, é isso? Equipes... EQUIPES! CALEM AS BOCAS, MALDITOS!

-EU NÃO SEI O QUE DIABOS ESTOU FAZENDO AQUI! –Todos ficaram em silêncio, e com isso, a voz de Asano Keigo se sobressaiu. Vestia seu traje de super herói, da equipe do karakuraizer. –OU PORQUE DIABOS ESTOU COM ESSA ROUPA! –Ofegava, chorando. –ICHIGO, ICHIGO! O QUE ESTOU FAZENDO AQUI, COM TODOS ESSES LOUCOS? SÃO SEUS AMIGOS SHINIGAMIS?

-Mas que coisa... Porque você é sempre tão escandaloso? –Falava Arisawa Tatsuki, com também seu uniforme colorido (desenhado por Uryuu Ishida, este que também estava no recinto.) –Oe, Ichigo, explique o que está havendo.

-E EU SEI? –Berrou Ichigo, enquanto Keigo chorava fazendo show. –Era pra eu ta na escola, eu não sei O QUE DIABOS ESTOU FAZENDO AQUI!

-Vocês estão muito tensos. –Disse o Chado, vexado.

-Eu deveria ter desenhado uma roupa especial para essa missão, agora que penso... –Dizia Ishida para ninguém além de si mesmo.

-Oe, Ichigo, não é hora de gritar, esse estranho dos chifrinhos vai nos ensinar um jeito de salvar a Nee-san! –Kon também estava lá.

-MALDITO! –Berrou Ichigo. –SE VOCÊ ESTÁ AQUI, QUEM ESTÁ NO MEU LUGAR NA ESCOLA?

-Nani? –Disse Kon, desesperado. –PERDI A CHANCE DE LIBERDADE! NOOOOOOOOOOOO! –Chorava, mas quando foi voltar correndo para o portão do senkaimon tomou um chute da Tatsuki e sossegou o facho.

-Éh... Hm... Chizuru-chan, poderia, eu eu não estou conseguindo respirar... –Dizia Inoue, dentre golfadas de ar, o abraço da outra garota, também vestida de ajudante de Karakuzaizer com os olhos em forma de coração.

-Larga ela, ô sua tarada! –Tatsuki resolveu a situação com uns bons golpes de karate, e depois ainda deu na cabeça da Inoue um tapa.

-O que foi isso, Tatsuki-chan?

-É pra ficar esperta! –Ela disse, cruzando os braços.

-JÁ POSSO COMEÇAR, EQUIPES? –Enquanto Akon, ao lado de Hiyosu e Rin pediam atenção com gestos e gritos, e o grupo de shinigamis figurantes juntava-se aos pouco importantes, como o Hanatarou em silêncio, um burburinho vaizard tomava conta do ambiente:

-HIYORIIIII, ESTÁ DOENDO, CARALHO, GAROTA! –Hiyori batia em Shinji quando ele teve a brilhante idéia de cantar a Inoue, que estava do outro lado do saguão do décimo segundo esquadrão. –Qual é o teu problema, peste?

-Peste é você, seu peste! Hentai! PESTE, PESTE, PESTE, PESTE, PESTE, PESTE! –Puxava o cabelo dele.

-Ei, parem com esse escândalo! –Reclamou com impaciência, Muguruma Kensei, sempre com aquela cara de quem vai quebrar seus dentes com um soco. –Pare você também, ô peste!

-KEEENSEEEI! –Chorou a garota. -O que estou fazendo demais? -Mashiro chupava seus dedos sujos de um doce qualquer.

-Está existindo, garota. –Ele disse, mas tão duro que nem pareceu uma piada.

-Minna, temos de nos concentrar na missão... –Disse Hachigen, timidamente, apesar do cabelo rosa e do tamanho tão grande que ocupava, era discreto.

-Oe, Love! Você viu meu pente? –Perguntava Rose, balançando seus longos cabelos loiros. –Meus cabelos não estão devidamente alinhados...

-Eu acho que no outro dia você me emprestou, mas não sei onde coloquei... –Respondeu Love, coçando a cabeça, até que puxou de lá algo. –Isso aqui é teu pente?

-Kyah! Não quero mais. Queime isto!

-Por quê? Eu só me esqueci dele aqui, talvez quando fui limpar meus óculos... –Tirou os óculos para limpar, e jogou longe o pente, que foi parar na cabeça do Hanatarou, quicando.

-Vocês fazem muito escândalo! –Disse de repente Risa, com seu exemplar de mangá hentai na mão. –Assim não me concentro!

-Gente, gente, por favor, por favor!... –Dizia Akon, sem receber atenção.

-DESGRAÇADOS, ISSO É SÉRIO! –A voz de Yamamoto estava tão irada quanto sua reiatsu, depois disso nenhum outro som fora ouvido. –Fiquem em silêncio, diabos! –Ele sentou-se numa enorme cadeira que ali havia sido posta para ele. –Fiquem como o Choujirou. –Olhou para o seu tenente. –Ouviram a voz dele?

-É porque ele não é importante. –Disse Kon. –Por isso não tem falas.

-Eu sou importante! –Sasakibe respondeu.

-É tão importante quanto eu! –Hanatarou.

-Quanto nós! –O grupo anônimo de shinigamis de todos os esquadrões avulsos responderam, perto do rapaz.

-Não, vocês não. –Rebateu Kon. –Ninguém nem sabe o nome de vocês! AGORA OLHEM PARA MIM, SOU O KON-SAMA! TENHO ATÉ UMA RÁDIO, SE FODAM AÍ, DES-CO-NHE-CI-DOS!

-Cale a boca, maldito. –Dessa vez o Comandante disse baixo, mas todos se realinharam e fecharam as bocas. –Eu não queria envolver pobres humanos nisso.

-Então porque envolveu? O que eu to fazendo aqui? –Keigo disse, chorando.

-Cale a boca, verme. –Disse o Comandante, e prosseguiu. –Mas não há jeito, todos os de que tenho conhecimento, e que podem ajudar foram chamados... Mas nem todos vieram...

-DESCULPE O ATRASO! –Chegava, DO NADA, Kuukaku e seu irmão.

-Mas que diabos...? –Disse Ichigo, é que ambos estavam montados em javalis.

-É que a casa está cada vez mais longe da Sereitei. –Desculpou-se Ganju. –Então é custoso virmos, já que a Nii-san não quis usar a bomba dos fogos, e os gigantes dos portões disseram que o Comandante não os havia deixado sair do posto. Inclusive, aquele portão fechado... Por quê?

-Você é mesmo um inútil, Ganju! – Reclamou Kuukaku. –Eu te contei, baka! Os capitães sumiram! Por isso que outro dia tentei falar com a Yoruichi e não consegui!

-Ah, é mesmo! –Ele disse, e depois tomou um chute de Kuukaku, deixaram os javalis num canto, e se reuniram com os demais.

-Como eu ia dizendo... Esses putos desses Shibas, odeio precisar deles! –Reclamou o comandante. –Malditos. Mas continuando... Eu quero separá-los em três equipes de resgate, cada uma com um mapa e uma jurisdição de procura. Temos de achar os capitães, estamos em estado de alerta máximo, por isso todos vocês foram convocados. Não há tempo para uma nova seleção de capitães, se algum inimigo cair sobre nós, estamos fodidos. Então, ordenem-se em filas, e trabalhem com honra, e a Sereitei, a Soul Society e eu nunca esqueceremos essa ajuda.

-Hm, me lembrarei disso, na próxima vez em que insultar minha família. –Reclamou Kuukaku.

-Teremos, ini, ini-nininininini, ini, INIMIGOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOS? –Asano mantinha os olhos cheios de lágrimas. –CÉUS O QUE EU ESTOU FAZENDO AQUI?!

-Oe, larga de ser frouxo! –Tatsuki disse com impaciência.

-Pois é, esse cara... –Ichigo disse, consternado.

-UMA PERGUNTA! –Disse Kon, de repente. –PORQUE TENHO QUE USAR ESSA ROUPA RIDÍCULA DE HEROI? –Ishida logo se pôs a explicar:

-Essa roupa é mais anatômica, feita para superheróis, protege sua identidade, e melhor... Consegue garotas! –A ultima parte disse apenas para amaciá-lo.

-GAROTAS! –Kon entoou feliz.

-Ele sempre cai nessa... –Chado.

-A última parte é mentira, não é? –Perguntou Tatsuki.

-SE FOR MENTIRA EU NÃO VOU! –Disse Chizuro, depois se arrependeu. –Quer dizer... Eu terei a minha Hime-chan, então... Não pensei que estou te traindo, Hime-chan, é que... –Tomou um tabefe de Tatsuki.

-Cala essa sua boca!

-Tatsuki-chan, não seja tão violenta! –Inoue disse, sem tanta convicção.

                As filas foram formadas, e os três grandes grupos se separaram. Hanatarou e outros shinigamis desconhecidos (ou quase totalmente desconhecidos) ficaram com a própria Soul Society para investigar. A equipe de Kuukaku, que incluía Ichigo e os vaizards ficaram encarregados do Hueco Mundo. E a equipe de Inoue, Chado, Ishida, Kon e afins, ficaram com a própria cidade de Karakura. – O que fez Asano para de chorar um pouco, mas só um pouco. – A equipe de Akon, que incluía alguns shinigamis do primeiro esquadrão, ficaria incumbida do senkaimon, e com investigações de campo e estratégicas, para descobrir de fato o que houve. Yamamoto disse que sua missão única seria proteger a Soul Society a ferro e a FOGO contra quaisquer inimigos e segurar as pontas, enquanto aguardavam.