Start? escrita por Sascha Nevermind


Capítulo 42
#37 - Amigos?




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 - Vou sair com Tom hoje! – Blair anunciou, entrando com tudo na cozinha e sentando em cima da mesa.

 Ergui meus olhos para ela, meio confusa com o porque de tanta animação, meio chateada por ela estar quase em cima do dever de casa que estive fazendo durante toda a tarde. Foi então que finalmente olhei pela janela do corredor. Era sábado, e se Blair já estava em casa, já devia passar das cinco da tarde. O sol se pondo lá fora confirmava minha teoria. Eu estive tão concentrada assim, a ponto de não perceber que três horas haviam se passado?

 - Porque a animação? – Perguntei, soltando o lápis e me espreguiçando na cadeira. – Você sai com o Tom sempre.

 Tom era o filho do dono do cabaré, pelo que Blair havia me contado. Simpático, divertido e animado. Ele gostava de homens, mas o pai não podia saber, então para disfarçar costumava sair com Blair – que sabia de tudo e adorava a sensação de estar enganando o chefe.

 - Hoje vai ser diferente! Vamos numa boate, e você vai com a gente!

 Apenas pisquei, aturdida demais para formular uma resposta muito coerente.

 - Não, não vou.

 Blair apenas riu.

 - Com certeza você vai. Não aceito não como resposta.

 - Fala sério Blair, eu nem mesmo gosto de balada!

 - Não perguntei se você gosta. Estou te informando que você vai. Não vou te deixar passar mais um sábado a noite enfiada em casa por causa do Kid. – Anunciou, com um muxoxo.

 Tive que sorrir para a minha gata. Ela foi a que mais viu como fiquei triste depois de me afastar do Kid, afinal, dormimos no mesmo quarto. Era Blair quem me ouvia chorar a noite ou ficar olhando as nossas fotos nos piores dias. Foi ela quem tomou o celular da minha mão e apagou as fotos, o que nos fez brigar, e por isso ela foi uma das que mais se preocupou comigo. Agora, claro, eu estava bem, mas não bem o suficiente para os padrões de Blair.

 Blair não era acostumada a ficar em casa e apenas fazer nada. Ela saía, dançava e paquerava caras – esse era seu hobby. E havia decidido que eu só teria superado o Kid quando fizesse o mesmo. Obviamente, eu não tinha a menor vontade de sair, mas não pelos motivos que ela pensava. Eu só queria dar um tempo, colocar as coisas em ordem antes de sair por aí como ela queria. Com todos aqueles problemas e confusões, eu não vinha me dedicando a Shibusen como deveria, e precisava melhorar minha nota e treinar mais se queria ficar em primeiro no ranking de notas do fim do ano. Tres meses haviam se passado, o que era uma eternidade para minha gata, mas para mim era apenas o tempo necessário para reorganizar minhas prioridades.

 Infelizmente, Blair não aceitava um não como resposta.

 - Já te falei, eu não estou ficando em casa por causa do Kid ou por causa de qualquer outra pessoa. Eu só não gosto de sair.

 - Mas é COMIGO! Não precisa nem pegar ninguém, ok? – Ela choramingou. – A gente pode ir e só dançar com o Tom. Eu sempre fico aqui com você nas noites de filmes, porque você não pode sair comigo numa noite de balada?

 Torci o nariz para aquele argumento um pouco bom demais, na minha opinião.

 - Eu não preciso me arrumar e sair de casa nas noites de filmes.

 - Precisa sim, quando é na casa da Tsubaki.

 - O que é na casa de Tsubaki?

 Estiquei o pescoço na direção da voz e vi Soul saindo do quarto dele, com o cabelo todo bagunçado.

 - Não dormiu a tarde toda, dormiu? – Perguntei, desconfiada.

 Ele me olhou como se tivesse sido pego em flagrante. Abri a boca, pronta pra reclamar com ele e poder finalmente sair do assunto “balada”. Eu sabia que se Soul entrasse na discussão, seria só mais um argumento pra Blair usar, já que ele já havia saído com Blair e Tom, mas ela foi mais rápida.

 - A Maka não quer sair comigo e com o Tom só porque está com preguiça de se arrumar!

 - Depois eu que sou preguiçoso. – Soul riu, indo até a geladeira.

 Fuzilei os dois com o olhar.

 - Não é preguiça de se arrumar, eu só não curto sair, só isso!

 - Eu não curto estudar, mas na vida nós temos que fazer alguns sacrifícios. – Meu parceiro disse, com toda sua saberia, tomando um toddynho. – Eu vou com você e Tom, Blair, sem problema. Não tenho nada pra fazer hoje mesmo.

 - Se quiser pode ir, mas quero que a Maka vá mesmo assim. – Insistiu. – Ela nunca saiu comigo pra balada.

 - Isso é verdade. – Soul cantarolou.

 Revirei os olhos e comecei a juntar meus livros, lançando um olhar de advertência ao Soul, que apenas riu.

 - Qual é, você sabe que ela vai ficar insistindo até você concordar. Ir pra balada não é esse pesadelo que você acha.

 - E eu posso escolher sua roupa! – Blair completou, empolgada. – E fazer seu cabelo e maquiagem! Aí saímos com o Tom e dançamos e você nem precisa beber, se não quiser.

 - Óbvio que eu não posso, sou de menor! – Respondi, horrorizada, mas Blair deu de ombros.

 - Você sabe que isso não te impediria.

 - Vou pensar, que tal? – Sugeri.

 Saí da cozinha, achando que aquilo seria suficiente para ela me deixar em paz por mais alguns dias, até a briga começar de novo, como sempre acontecia quando o assunto era esse. Mas Blair deve ter percebido o meu plano, porque ficou atrás de mim insistindo na minha resposta até lá pelas oito da noite, quando finalmente larguei o livro que estava lendo e anunciei, emburrada, que se ela fazia TANTA questão assim, eu ia, mas não queria chegar tarde em casa.

 Fiz questão de parecer bem chateada, mas Blair, como uma boa gata, não deu a mínima. Imediatamente começou a dar pulinhos de alegria e dizer como eu iria me divertir – e eu, obviamente, sabia que aquilo não aconteceria.

 - Relaxa, é legal. – Soul garantiu, rindo do meu mal-humor.

 Mas, para falar a verdade, quando chegou a hora de sair, eu estava animada. Blair havia feito com que eu vestisse um shor justo de cintura alta e uma blusa cropped dourada dela, que ficou folgada, mas ela insistiu que estava boa assim. E saltos. E um milhão de pulseiras e colares de amarrar. A única coisa que ficou praticamente intocada foi meu cabelo – eu pedi que fizesse cachos, mas ela disse que eles não durariam nem metade da noite. Blair, ao contrário de mim, estava com um vestido curto e justo de um preto brilhante, botas com saltos que desafiavam as leis da gravidade e o cabelo solto, as pontas naturalmente cacheadas. Ela estava maravilhosa, e para ser sincera me sentia um pouco apagada perto dela, mas de certa forma aquilo era bom. Eu não estava indo para chamar a atenção, de qualquer forma.

 Quando saímos do quarto, não havia nem sinal de Soul nos esperando, e Blair resmungou:

 - O Soul é homem, porque demora tanto?

 - Deve estar arrumando o cabelo. – Brinquei, indo apagar as luzes da cozinha.

 - Chama ele? Vou ligar para saber se o Tom já está vindo.

 Concordei, e deixei Blair na sala ligando para o amigo. A porta do quarto do Soul estava fechada, mas eu podia ouvi-lo assobiando do outro lado, então dei duas batidinhas.

 - Já está pronto?

 - Quase, entra aí.

 Abri a porta meio desconfiada, com medo de flagrar algo que não devia, mas Soul estava vestido, de jeans, camiseta, sua jaqueta de couro de sempre e tênis. E, como imaginei, estava arrumando o cabelo. Tentei segurar a risada, diante da imagem dele parado de frente pro espelho com as mãos cheias de gel, mas não consegui, e ele me olhou, constrangido.

 - Eu não consigo deixar esse cabelo no lugar! – Reclamou.

 - Não disse nada. – Respondi, encostando no batente. – Vai demorar muito? Blair já está ligando pro Tom.

 - O Tom já está nos esperando na garagem! – Blair completou, gritando da sala.

 - Acho melhor deixar assim mesmo. – Completei.

 Soul dei um último retoque e se virou pra mim, fazendo uma pose que teoricamente devia ser de modelo.

 - Como estou.

 - Legal. – Admiti. – Vamos?

 Ele me olhou de um jeito estranho, mas apenas concordou e me seguiu para fora do quarto.

 Tom não reclamou por termos feito ele esperar, e elogiou nós três quando entramos no carro – Blair na frente, ao seu lado, e eu e Soul no banco de trás. E então, finalmente, saímos.

***

 - Maka-chan. – Blair me chamou, chegando mais perto do meu corpo, a ponto de quase nos tocarmos.

 - O que?

 - Não olhe agora, mas o Soul está te encarando.

 Em minha defesa, tenho a dizer que apesar da vontade, eu realmente não olhei. Na verdade, eu já tinha notado aquilo.

 Quando chegamos na balada, por incrivel que pareça, fiquei feliz por Blair ter me obrigado a vir. O lugar era legal, e estava cheio, mas tocava música boa, então tudo bem. Mais gente na pista de dança pra disfarçar se eu dançasse mal. Haviam alguns seguranças espalhados por ali, o que me fazia sentir mais segura, e graças a Deus ninguém estava nos encarando. Mal tive tempo de pensar muito, antes que Blair me puxasse para o meio da multidão e começassemos a dançar juntas.

 E tenho que falar, ela estava certa, era divertido.

 Dançar dava uma sensação de liberdade, de que eu podia fazer qualquer coisa, de que o mundo era meu. Estranho? Talvez um pouco, mas gostei. Eu não me sentia daquele jeito a um bom tempo, e percebi que se eu soubesse que me sentiria assim desde o início, não teria evitado tanto. Eu e Blair giramos, rebolamos e rimos juntas até Tom chegar para fazer companhia a Blair – afinal, eles tinham uma missão – e foi aí que Soul veio dançar comigo. Sorrí para ele, acompanhando seus movimentos, e percebi que ele estava bem próximo de mim, me olhando de um jeito engraçado. Franzi a testa para ele.

 - O que foi?

 - Nada. – Respondeu, sem graça. – Você está bonita.

 - Você também! – Respondi, e continuei dançando, até perceber que ele continuava me olhando de um jeito estranho.

 Não tive oportunidade de perguntar sobre isso, no entanto. Pouco depois Blair e Tom voltaram, Soul foi com Tom até o bar e depois mantiveram certa distância, mas percebi que meu parceiro ficava me observando, as vezes. Com aquela mesma expressão engraçada.

 - Ele ta me olhando estranho? – Perguntei pra Blair.

 Ela deu uma olhadinha rápida e virou de volta pra mim.

 - Está sim. Vocês não brigaram, ne, Maka-chan?

 - Não...

 Blair me olhou, olhou para ele, e então disse, animada:

 - Okay, eu vou resolver isso!

 - O que você...

 Mas já era tarde. Assisti, impotente, enquanto Blair agilmente desviava das pessoas ao nosso redor e ia em direção ao Soul. Virei de costas e voltei a dançar, tentando o máximo possivel fingir que eu não tinha nada a ver com o que quer que essa louca estivesse aprontando. Achei que tinha funcionado, por alguns minutos, até alguém encostar nas minhas costas e dizer, no meu ouvido:

 - A Blair foi me perguntar porque eu tava te olhando estranho.

 Me virei de frente para Soul e me afastei um passo, tentando continuar dançando para disfarçar, ao mesmo tempo que tentava encontrar Blair para lançar o olhar mais mortal possível.

 - Essa gata é louca. – Rebati.

 - Entendi... – Soul riu, voltado a chegar perto. – Bem, podemos dançar?

Sorri, me aproximando.

 - Já estamos dançando, não?

 Pousei minhas mãos em seus ombros, enquanto me mexia, e ele acompanhou meus movimentos, com um sorriso. E lá estava novamente: a sensação de não estar presa a lugar nenhum. Apenas me deixei levar pela batida, pelo ritmo que atravessava meu corpo, e me perdi naquela sensação. Dancei com Soul, nossas peles sempre se tocando, nossos olhos sempre juntos. Quando Blair voltou com Tom, nos juntamos a eles, ela tentando me ensinar alguns passos novos e eu falhando e falhando até conseguir acertar. Em algum momento me peguei nos braços de Tom, e deu trabalho me manter no mesmo nível dele – o cara dançava muito!

 As horas foram passando, e o lugar ficou cheio a ponto de eu mal acreditar que poderia caber mais uma pessoa sequer ali. Paramos algumas vezes para descansar, e afinal Blair conseguiu me convencer a deixar o refrigerante de lado uma vez e provar uma bebida, dizendo que só beberia se eu a acompanhasse. Desceu amarga no inicio, mas o efeito valeu a pena. Me senti mais animada ainda, e qualquer resquício da vontade de voltar cedo para casa sumiu. Eu apenas queria aproveitar.

 E eu aproveitei. Dancei, ri, e me diverti, até Tom falar que era melhor voltarmos antes que amanhecesse, e lá pelas 4 da manhã, finalmente saímos, com os pés doloridos e cansada, mas muito mais feliz do que pensei que estaria.

***

 - E quem diria que a Maka é uma festeira, hein? – Anunciou Blair, entrando em casa e se jogando no sofá para tirar as botas.

 - Hey, fala baixo! Os vizinhos devem estar todos dormindo. – Tentei reclamar, mas na verdade estava rindo.

 Soul, que vinha por último, trancou a porta atrás de nós e passou o braço pelos meus ombros, meio que me dando um abraço.

 - Agora a gente que vai ter que insistir com ela pra NÃO sair nos fins de semana.

 Revirei os olhos, e dei língua pra ele.

 - Não fui eu que bebi quatro tequilas.

 - Foram só quatro tequilas a noite toda! – Soul tentou se defender. – Não foi tão ruim assim!

 - Você foi o que mais bebeu, mesmo assim. – Blair se juntou a mim contra Soul. – Tom não bebeu nada, e Maka e eu tomamos coca com vodka.

 - Não é porque vocês são fracos que eu bebi muito! – Soul riu.

 - Que seja. – Blair resmungou. – Cansei dessa conversa. To indo dormir.

 Observei ela, enquanto se levantava e ia direto para o quarto.

 - E o banho?

 - Amanhã. – Respondeu, com um bocejo, antes de entrar no quarto.

 E assim ficamos só eu e Soul na sala.

 Me virei para ele, que tirou o braço dos meus ombros e se afastou um passo, enfiando as mãos nos bolsos. Parecia estar sem graça, e apesar do suor e do cabelo bagunçado e colado na cabeça, ele estava fofo. Sorri e fui em direção a cozinha.

 - Quer água? Dizem que é bom para evitar ressaca, o que é bom para um bêbado como você.

 Não me virei para ver sua reação enquanto abria a geladeira, mas o ouvi rindo.

 - Maka, realmente, quatro tequilas não é muito para uma noite inteira.

 - Bom, eu acho. – Rebati, jogando uma garrafa de água na direção dele, que pegou no ar.

 Soul acenou com a garrafa pra mim.

 - Meus reflexos continuam ótimos.

 Sorri novamente e peguei dois copos da pia, segurando-os enquanto Soul os enchia de água. Bebemos em silencio por alguns segundos, ele apoiado na mesa e eu na pia, até ele quebrar o silencio.

 - Você tem estado estranha ultimamente.

 Ergui os olhos, surpresa.

 - Bom, eu poderia dizer o mesmo de você.

 - Sério? – Perguntou, parecendo tão surpreso quanto eu. – Porque?

 - Você me olha como se eu estivesse fazendo algo estranho, o tempo todo. – Respondi, simplesmente, dando de ombros.

 Não era algo que me incomodasse muito, mas estava sempre lá. Soul suspirou, parecendo resignado.

 - Posso ser sincero? Eu acho que esperava que você estivesse diferente, agora.

 - Diferente porque... – Incentivei.

 - Esperava que depois que você... Superasse o Kid, iria me dar uma chance.

 Soul me encarou, direto, e o encarei também, meio sem saber o que fazer.

 Eu sempre achei isso, também. Achava que, depois que eu ficasse bem, automaticamente eu iria atrás do Soul. Era constrangedor admitir isso assim, porém, era verdade. Eu sempre tive aquele sentimento por ele, aquela atração, e sem nada para impedir, ela deveria se desenvolver.

 Deveria. Porém, não foi o que aconteceu. Quando Soul tentou se aproximar de mim, logo depois que eu e Kid nos afastamos, eu disse a ele que não. Que queria apenas um amigo, e ele concordou com isso. E desde então, as coisas vinham sendo tão mais fáceis... A atração ainda estava ali, como quando ele parecia adorável mesmo depois de uma noite inteira fora de casa. Mas ela não era tão... irrefreável, como antes. Era algo administravel, e eu vinha singelamente ignorando ela.

 - Eu só não tenho pensado muito no assunto. – Respondi, dando um gole de água.

 - Bom... Você pode pensar?

 Sorri de leve, um sorriso de desculpas, e me aproximei, me acomodando ao lado dele, na mesa.

 - Esse ano foi realmente muito complicado. Eu vim morar sozinha com você, me apaixonei, nós brigamos, eu me apaixonei de novo, e estar apaixonada por duas pessoas pode ser bem cansativo.

 - Acho que não vou gostar disso... – Soul resmungou, com um muxoxo.

 - Me ouve! – Ri, batendo meu ombro no dele. – Eu não sei bem como explicar isso, mas espero que entenda... Aconteceram realmente muitas coisas. Eu estive tão preocupada com você e Kid e Liz e tudo que aconteceu que perdi meu foco. – Suspirei. – E só percebi isso quando finalmente me afastei de tudo. Esse ano deveria ter sido um ano de aprendizagem, de começar a construir minha história na Shibusen e minha vida “longe” dos meus pais, mas eu estive tão ocupada com tudo isso que estava perdendo essas oportunidades.

 - Belo jeito de me dar um fora.

 - Mas não estou te dando um fora.

 Soul, que estivera com a cabeça abaixada, ergueu-a rapidamente para mim, parecendo tão confuso quanto poderia estar.

 - Se isso não é um fora, não sei o que é.

 - É um... “vamos esperar”. – Respondi, com um sorriso, e então encarei meu copo, meio constrangida com as palavras que viriam a seguir. – Eu não quero voltar a estaca zero de novo. Não quero perder as oportunidades e ir mal no que sempre foi importante para mim por causa de problemas pessoais. E isso não significa que eu não sinta nada por você, porque eu sinto, isso apenas significa que não quero tentar nada antes que as coisas estejam “certas”, sabe? Antes que tudo esteja indo bem na Shibusen, tanto minhas notas quanto nossa parceria, e não quero tentar nada antes que eu tenha certeza que não é qualquer briga que vai nos fazer correr perigo em uma missão. E então, quando as coisas estiverem bem, e se a gente ainda se sentir da mesma forma...

 - Podemos tentar. – Ele completou, com um sorriso. – Sem medo que isso vai trazer coisas ruins para nós.

 - Isso! – Concordei, animada por ele ter entendido. – Então, tudo bem pra você?

 Em vez de responder, Soul colocou seu copo de água na mesa e me puxou para um abraço,quase me esmagando no processo.

 - Senti sua falta, Maka.

 Abracei-o de volta, e naquele momento, soube que tudo ficaria bem.


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